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fica a questão a ser discutido pelo servidor para as decisões futuras.
Conforme se pode verificar, o período eleitoral impõe aos agentes públicos
uma prudência especial na prática dos seus atos de gestão, para que não se traduzam
em qualquer preferência eleitoral. Segundo M. SEABRA FAGUNDES, “administrar é
aplicar a lei de ofício”.
3 Pois bem, no período que envolve as eleições, a observância à
legalidade deve ser redobrada e tratada com especial cuidado. Vale aqui a lição de
CELSO ANTONIO BANDEIRA DE MELLO, “(...) o necessário – parece-nos − é
encarecer que na administração os bens e os interesses não se acham entregues à livre
disposição da vontade do administrador. Antes, para este, coloca-se a obrigação, o
dever de curá-los nos termos da finalidade a que estão adstritos. É a ordem legal que
dispõe sobre ela”.
Não se pode confundir interesse público (interesse público primário) com um
eventual interesse da administração, vista como aparato administrativo (interesse
público secundário). O interesse público constitui a síntese dos interesses da
coletividade, emanados dos princípios e regras constantes no Ordenamento Jurídico,
de onde decorrem os valores prevalentes relativos à mesma coletividade. O interesse
da Administração, dizendo respeito ao corpo administrativo, aquele que dirige a
Administração, pode ser descoincidente com o interesse público. Não é incomum essa
situação. Toda vez que ocorre é evidente que a opção há de ser pelo interesse público.
Não se desconhece que todo agente público, por se inserir na cidadania, tem interesse
político e preferências ideológicas. Mas deve exercer seus atos políticos com total
respeito à legislação eleitoral.