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quarta-feira, 26 de junho de 2013

COMISSÃO DA FIFA CONTRA O PRECONCEITO SE SURPREENDE COM CURA GAY DE FELICIANO

DIRIGENTES DA FIFA SE DEPREENDEM COM MARCO FELICIANO E SEU PROJETO DE CURA GAY

Responsável por coordenar a operação de jogos no Maracanã na Copa das Confederações para a Fifa, o ganês Anthony Bafoe é também um símbolo das campanhas da entidade contra a discriminação em competições. Precoceito que ele sofreu por ser um negro que desenvolveu sua carreira na Alemanha. Já se retirou de um jogo de futebol e bateu em um colega pelas ofensas. Agora, se mostra surpreso com o projeto de lei do Congresso brasileiro que propõe disponibilizar psicólogos para curar a homossexualidade, aprovado na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, presidida pelo deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP)
 
Questionado sobre o assunto. Bafoe inicialmente não entendeu o projeto. Perguntou se o deputado tratava a homossexualidade como doença. Quando entendeu que esse era o centro do projeto, ele soltou uma interjeição surpresa: "Uou". "Não sou político. O que posso dizer? Se ele acha que pode curar uma pessoa gay, ele [Marco Feliciano] tem muito trabalho para fazer", disse, ironizando o deputado. 

Para Bafoe, a luta contra a homofobia tem muita relação com a luta contra o racismo. "Quando era jogador, eu não vi [jogador homossexual]. Acredito que uma liga da Alemanha, La liga [Espanha], há vários. Mas, para mim, em Bonn e Colônia [onde foi criado], nunca foi uma questão. Isso tem a ver com racismo também. Eu aceito. Cresci em um ambiente muito liberal. Falamos de racismo e homofobia", contou o ex-jogador da seleção de Gana.

Sua posição é de que, se ainda tem de se falar sobre racismo, é porque ainda há um problema. Ele participa das campanhas contra discriminação da Fifa. Na Copa das Confederações, capitães das seleções vão ler mensagens antidiscriminatórias antes das semifinais da competição. No regulamento da Fifa, há previsões de perda de mando de campo, multas financeiras e perdas de pontos por manifestações racistas de torcidas.

O objetivo é evitar episódios como os ocorridos na carreira do ex-jogador ganês, iniciada na década de 80. Em uma situação, ele bateu em um colega do time do Colônia ao ser ofendido. "Sim, aconteceu. Em Colônia, houve um racista. Eu bati nele no vestiário. Depois, o presidente e o técnico me ligaram e disseram que eu não deveria fazer isso. Ninguém vai falar da minha cor, da minha família. Essa pessoa [o outro jogador] se desculpou. Não estou dizendo que violência é a solução. Não deveria dizer um jovem a fazer o mesmo. Mas eu sabia como responder além de dar um tapa nele", contou.

Em outra ocasião, a torcida do seu time, que o idolatrava, começou a fazer barulhos de macaco quando um negro do time adversário pegava na bola. Ele chutou a bola para fora do campo, parou o jogo e pediu que fosse falado pelos auto-falantes que a torcida deveria parar. Segundo Bafoe, a torcida o ouviu e parou de fazer as provocações.

No Brasil, Bafoe é o responsável pela operação técnica do Maracanã, que inclui o acerto de segurança com os times, organização de cerimônias, e serviços em geral. Ele é contratado temporariamente pela federação durante as competições. Se houver alguma manifestação discriminatória, disse que espera o relatório do juiz para que depois a Fifa possa tomar medidas disciplinares. Uma questão é que o ex-jogador aponta que a Rússia, sede do Mundial-2018, é um dos países ainda acontecem muitos incidentes de racismo.


Rodrigo Mattos
Do UOL, no Rio de Janeiro
Antônio Araújo/Câmara dos Deputados

CURA GAY É UM ATENTADO CONTRA OS DIREITOS HUMANOS ABRE SE UM PRESCINDENTE PERIGOSO PARA UM FUTURO CENTRO DE CONCENTRAÇÃO USADOS POR NAZISTAS


DEZENAS DE PESSOAS EM TODO PAIS PROTESTA CONTRA CURA GAY

Algumas dezenas de militantes e simpatizantes dos movimentos LGBT se reuniram no local conhecido como Esquina Democrática, no Centro de Porto Alegre, nesta quarta-feira para protestar contra o Projeto de Decreto Legislativo 234/11, conhecido como Cura Gay.
 foto Oglobo.globo.com

Com bandeiras de arco-íris, de partidos e sindicatos, os manifestantes se organizaram em circulo para discursar contra a projeto aprovado na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, da qual o deputado Marco Feliciano (PSC-SP), criticado pelas declarações homofóbicas, é presidente.

“Esse é um manifesto nacional... esse projeto dele (Feliciano) é um tiro no pé, porque se ele quer curar os gays, deveria propor a construção de hospitais ao menos para atender todos”, ironiza a presidente da Associação de Travestis e Transexuais do Rio Grande do Sul, Marcelly Malta.
Para ela, Feliciano deveria “sair do armário” , e diz que o projeto é uma regressão a luta pelos direitos da comunidade LGBT, que pede a saída do deputado da comissão da Câmara.



Usando o megafone, os manifestantes ligados a diversos movimentos proferiam discursos contra a medida, dizendo que o projeto propõe a cura de algo que não é uma doença, e que é um ataque aos direitos humanos. “O que precisa de cura é o País”.


FONTE: BLOG ATHOSGLS.COM.BR/Manifestantes pediam a queda de Marco Feliciano Foto: Daniel Favero / Terra

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