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segunda-feira, 2 de maio de 2016

PAIS GAYS NÃO INTERFEREM NA VIDA DE FILHOS ADOTADOS

Felicidade de filhos independe de pais são gays ou héteros, diz estudo
02/05/2016: 
Por DiairodePernambuco.com.br


Osmir e Carlos Eduardo com os filhos: o casal viajou at Caruaru (PE) para conhecer as crianas, adotadas em 2012. Foto:Ana Rayssa/Esp. CB/ D.A Press

As risadas que chegam até o corredor do elevador oferecem indícios consistentes de que crianças vivem naquele apartamento do segundo andar, casa de Carlos Eduardo dos Santos e Osmir Messora. Trata-se de mais um momento alegre em família. Juntos há 31 anos, o enfermeiro e o servidor aposentado compartilham a paternidade de Felipe, Fagner, Victor e Vinícius, uma escadinha de 10, 8, 6 e 4 anos, respectivamente. Quem os conhece não hesita em afirmar: se os filhos estão felizes, é por causa do amor dos dois pais.
A adoção era um sonho antigo de Osmir, 54 anos, e Carlos Eduardo, 55. “Somos de São Paulo e entramos com o processo lá, mas não deu certo. Prestei um concurso para a Universidade de Brasília (UnB) em 2008, fui aprovado e me mudei para cá. O Osmir veio dois anos depois. Retomamos o sonho aqui”, conta Carlos, hoje chefe do Setor de Gestão do Ensino do Hospital Universitário de Brasília (HUB).
Em 2010, quando procuraram o Fórum em Brasília, encontraram menos resistência do que na capital paulista. O processo andou e, em 2012, receberam uma ligação de Caruaru (PE). A voz ao telefone dizia que três irmãos eram candidatos à adoção, e o casal poderia conhecê-los se quisessem. E, de tanto quererem, passaram 15 dias na cidade em companhia das crianças, que em nenhum momento se opuseram à sexualidade do casal. Elas foram adotadas e, logo depois, veio Vinícius. Na visita a Caruaru, o caçula ainda não era elegível, porque os pais biológicos ainda tinham direitos.
Os argumentos contra a adoção por casais homoafetivos sugerem que as crianças teriam risco aumentado para problemas mentais e do desenvolvimento. Victor, contudo, garante e demonstra que está feliz. E Felipe assegura que, na escola, há outras crianças adotadas por casais do mesmo sexo e, por isso, a situação é tratada com normalidade. Agora, a percepção dos meninos foi constatada em um estudo coordenado por Ellen C. Perrin, diretora de Pesquisa do Floating Hospital for Children, associado ao Centro Médico Tufts, em Boston, nos Estados Unidos.
Sem depressão
Segundo a pesquisa, apresentada ontem na reunião da Academia Americana de Pediatria, filhos de gays têm índices de bem-estar semelhantes aos das crianças criadas por heterossexuais. Pais de vários estados americanos — incluindo 732 homossexuais — responderam a questionários sobre sua relação com os filhos. Entre os gays, por exemplo, 88% disseram não ser verdade que o filho seja infeliz ou deprimido. Entre os demais pais, esse índice foi de 87%. Outro exemplo: 72% dos homossexuais e 75% dos héteros disseram que o filho não “se preocupa muito”, no sentido de ser estressado com as condições de vida. Na amostra, 36% dos filhos de homossexuais tinham nascido no contexto de uma relação heterossexual, 38% foram adotados ou acolhidos e 14% eram fruto de barriga de aluguel.
Os maiores problemas constatados ainda vêm da discriminação. Muitos dos pais gays descreveram ter encontrado barreiras para conseguir a custódia das crianças (33%) e para adotar (41%). Um terço disse que os filhos tinham sofrido provocação, intimidação ou outras experiências estigmatizantes por amigos. Perrin constatou que o preconceito não tinha como alvo apenas as crianças: de 20% e 30% relataram experiências estigmatizantes simplesmente por serem pais. Outro dado constatado pelo levantamento é que a rejeição vem de pessoas próximas. Os julgamentos negativos são feitos principalmente por familiares, amigos e comunidades religiosas.
Duas perguntas para
Valdenízia Bento Peixoto, pesquisadora do Grupo de Estudos de Gênero, Política Social e Serviço Social da UnB.
Podemos extrapolar os resultados deste estudo para a realidade brasileira?
O que move a família são laços de afeto, independentemente de sangue, por isso acho que os dados do estudo podem ser aplicados no Brasil. Por outro lado, o Brasil tem uma forte dosagem de valores ultraconservadores herdada da formação sócio-histórica do país. Ela é fundada em um tripé de interesses e valores morais da Igreja, do Estado e das ciências médicas. Tudo que foge disso vira pecado, crime ou doença. Eu discordo da aparente colocação que crianças filhas de homossexuais sofrem mais bullying, terminação que eu não gosto de usar. A homofobia tem herança e berço histórico, já o bullying é um problema psicossocial da criança que agride e que é agredida. Essas agressões ocorrem por motivos diversos, não somente por razão da sexualidade.
Como combater o preconceito?
A informação é muito importante neste sentido, porque preconceito se quebra com orientação, razão e compreensão. O segundo passo é mais enfático e depende dos movimentos LGBT para realizar enfrentamentos junto ao governo, de forma que a ampliação e manutenção de políticas sejam garantidas. A cultura e educação também são importantes, porque a homossexualidade não é um assunto individual e exclusivamente privado. É público e precisa ser discutido na educação. A sexualidade é uma forma de estabelecimento de poder, disse Michel Foucault. Raça, sexualidade e gênero são variáveis de hierarquia de poder e quem não está nessas casinhas está sempre vulnerável e submisso. 
Fonte: Diário de Pernambuco
 athosgls.com.br


http://boainformacao.com.br/2016/05/felicidade-de-filhos-independe-de-pais-sao-gays-ou-heteros-diz-estudo/

Como a américa corporativa se tornou uma importante aliada da causa LGBT



The Huffington Post | De Shane Ferro

A América corporativa emergiu como um poderoso aliado na luta contra uma série de projetos de leis que ameaçavam reduzir os avanços conquistados a favor dos direitosLGBT

O apoio tem crescido rapidamente desde 2008, quando apenas cinco empresas assumiram a oposição ao referendum da Preposição 8 na Califórnia que derrubou a igualdade no casamento no estado.
No ano passado, antes da decisão da Corte Suprema que levou ao reconhecimento federal dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo, aproximadamente 400 empresas assinaram uma petição no tribunal a favor do demandante.

Nela, eles argumentaram que “permitir que casais do mesmo sexo casem levanta a moral dos empregados e sua produtividade, reduzindo as incertezas e removendo inúteis encargos administrativos impostos pela atual disparidade no tratamento da lei estadual”.

No ano passado, as coalizões corporativas anularam legislação no Arizona, Arkansas, Indiana e Geórgia que discriminava lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros.

A briga recentemente se voltou para a Carolina do Norte e, em menor grau, para o Mississippi, que passaram legislação anti-LGBT nas últimas semanas. Nos dois estados, grupos de empresas assinaram cartas denunciando publicamente as leis e afirmando seu apoio de proteções legais contra discriminação LGBT.
Na Carolina do Norte, algumas empresas até passaram por uma espécie de greve econômica contra o estado.

No início de abril, PayPal anulou seus planos de construir um novo local para seus 400 empregados em Charlotte e oDeutsche Bank anunciou que não dará continuidade a uma expansão para seus 250 empregados em escritório próximo a Raleigh.
As duas empresas citaram a nova lei da Carolina do Norte.
O governador da Carolina do Norte, Pat McCrory (Republicano), respondeu à crítica da lei na terça quando emitiu uma ordem executiva para esclarecê-la. Expandiu a política de não discriminação para funcionários públicos para que incluísse orientação sexual e identidade de gênero, mas fora isso ele reafirmou os termos da lei que passou em março, permitindo que o setor privado e governo local definissem suas próprias políticas anti-discriminatórias.

As corporações ainda não comentaram sobre a ordem executiva. PayPal não respondeu aos pedidos do Huffington Post e o Deutsche Bank se negou a comentar.







O governador da Carolina do Norte, Pat McCrory (R) acredita que há uma “indignação seletiva” sobre a nova lei do estado, que discrimina contra a comunidade LGBT 




Muitas das ações corporativas nos meses anteriores tiveram origem no trabalho da Campanha de Direitos Humanos (CDH), um grupo de defesa LGBT cujo logo é conhecido pelo sinal de igual, que viralizou nas redes sociais em 2013 como símbolo de igualdade no casamento durante o julgamento da Proposição 8 na Corte Suprema da Califórnia.


A CDH tem tratado de galvanizar a liderança corporativa em apoio aos direitos LGBT por mais de uma década. Publicou o índice de igualdade corporativa anual desde 2002.


A CDH avalia a igualdade LGTB nas empresas usando uma escala de 0-100. No seu primeiro relatório, apenas 13 empresas receberam uma avaliação ideal. Em 2016, 407 empresas conseguiram alcançar esse nível.


As leis anti-LGBT como as que passaram na Carolina do Norte e no Mississippi “não só são erradas, mas não são boas para os negócios” disse Deena Fidas, encarregada do Índice de Igualdade Corporativa para o CDH. “Os estados que têm a mancha de discriminação não são os mais economicamente viáveis”.


E por isso faz sentido que as corporações estejam aumentando a defesa pelos direitos LGBT no ambiente de trabalho.


“Sinto que existe uma frustração das empresas nesse cenário que muda o tempo todo”, disse Bob Witeck, estrategista de comunicação sobre questões LGBT em Washington, D.C. “Isso nos está levando a um momento crítico. E este momento de virada acontece quando as empresas são as principais responsáveis por uma mudança ao passarem leis federais contra a discriminação”.


Witeck disse que em breve eles estarão fartos e exigirão que lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros recebam a mesma proteção legal no ambiente de trabalho que recebem as mulheres cissexuais e pessoas negras. Apenas 22 estados e Washington, D.C. nos Estados Unidos — menos da metade do país — têm leis anti-discriminação para proteger os direitos de pessoas gays da perda de emprego ou do lar por causa de chefes ou proprietários intolerantes. Três desses estados não incluem leis para indivíduos transgêneros.


As grandes empresas não se tornaram aliadas importantes no movimento LGBT apenas por uma questão de princípio. O escalão superior da América corporativa permanece como um lugar evidentemente heterossexual e cisgênero, com apenas um executivo da Fortune 500 abertamente gay, Tim Cook da Apple.


O ex BP CEO John Browne renunciou em 2007 após denúncias de ser gay. Mas — enquanto as empresas competem por talento e o poder aquisitivo de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros adultos nos Estados Unidos alcança $884 bilhões— a luta a favor dos empregados e das partes interessadas nos direitos LGBT, logicamente tornou-se um bom negócio.


É verdade especialmente quando falamos sobre talento jovem: quase três-quartos da geração do milênio apoia o casamento gay e a aceitação dos direitos LGBT aumentou a cada geração que entra no ambiente de trabalho.





http://www.brasilpost.com.br/2016/04/29/america-corporativa-causa-lgbt_n_9810658.html

ALUNO DA UNIVASF É AGREDIDO E ESPANCADO EM PETROLINA

foto: blog-Geraldo Jose




Mais um ataque homofóbico aconteceu neste final de semana em Petrolina, o segundo com alunos da Univasf. O primeiro foi no início do mês de abril e o segundo neste final de semana. De acordo com o último agredido, Anderson Veloso, ele foi levado por três homens dentro de um Sedan preto, espancado e violentado sexualmente. Após o ocorrido, o garoto escreveu um texto no facebook falando sobre esse momento triste em sua vida, veja abaixo na íntegra:

"O dia 30 de abril de 2016 tinha tudo pra terminar de uma forma positiva, mas não foi isso que aconteceu. Mais uma vez, a violência e o ódio permearam as ruas da cidade de Petrolina, fato que tem acontecido bastante, levando em consideração as grandes tragédias que aconteceram aqui nos últimos tempos. Entretanto, dessa vez foi algo diferente. A vítima de todo esse obscuro e frio momento me fez parar pra refletir sobre diversas questões que antes não chegavam até a pele, até o verdadeiro sentir. Dessa vez, a vítima da agressão foi eu.

Tantas e tantas vezes já havia ouvido falar que a homofobia matava, mas mesmo assim, isso não me chegava aos olhos, visto que nunca havia passado por uma situação como essa. Hoje, só hoje, eu posso verdadeiramente enxergar que o preconceito é capaz de nos levar a lugares nunca vistos antes, e com o coração despedaçado, infelizmente, terei de confessar aqui que ontem à noite (sábado), por volta das 18:30 da noite, eu fui capturado por três pessoas em um carro sedan preto; fui levado a um lugar desconhecido e chegando lá me espancaram com socos, me derrubaram no chão e continuaram a me bater, mesmo já debilitado, após isso me enforcaram com o cordão do meu short. Como se não bastasse tudo isso que aconteceu, ainda violaram sexualmente de mim.

Os gritos de "vou te matar viado", "vai embora de Petrolina, viadinho" e tantos outros ainda ecoam dentro de mim e eu sei que eles permanecerão ainda por muito tempo. Todavia, mesmo diante disso tudo, eu não me silenciarei. A minha dor não será apenas mais uma dor. O meu choro não será um choro em vão. Olhar e ver o desespero daqueles que verdadeiramente me amam, rasga meu coração. Olhar em um espelho qualquer e ver o desespero no meu próprio olhar, me consome. Só que essa luta não é só minha. Em nome de todos aqueles que já apanharam ou morreram por conta da homofobia, eu digo: não foi em vão. Nós somos fortes e nós vamos conseguir, mesmo que queiram nos destruir. E quantos são aqueles que foram destruídos pela simplicidade de existir, tantos são aqueles que ainda serão atingidos e se machucarão pior do que eu. Eu sou um sortudo, um maldito sortudo que carregará dentro de si uma dor que agora faz parte de mim, mas eu ainda estou aqui.

Apesar de achar que nunca mais iria ver meus pais, meus amigos ou aqueles que verdadeiramente eu amo, eu ainda estou aqui. E EU SEI QUE NÃO É EM VÃO. Agora, não mais uma dor me consome, além disso, uma danada vontade de lutar e gritar está louca pra sair, assim como as lágrimas que escorrem pelos meus olhos. Doeu? Sim. Vai doer mais? Sim. Mas isso não me calará. Essa dor que eu estou sentindo não é só minha, é a dor das milhares de famílias e amigos que perderam os seus por não serem esses malditos sortudos, assim como eu. É por eles, pelos que não voltaram. Pelos meus familiares. Pelos meus amigos. E acima de tudo, pela minha liberdade que ninguém toma, por aqueles que ainda irão levar muito na cara, por todos aqueles que perderam suas vidas. Um lado da minha face apanhou, mas EU AINDA TENHO O OUTRO LADO."





Um evento está sendo organizado contra a Homofobia. No dia 05 deste mês, o DAPSI e o DACBIO (UNIVASF) convocam a comunidade do Vale do São Francisco, a comparecer no Ato CONTRA a HOMOFOBIA em defesa dos direitos humanos. O encontro será as 18 horas em frente à Cantina em Petrolina.
Redação Blog Geraldo José

DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A HOMOFOBIA

LGBTQIAPN+ A LUTA CONTINUA O   17 de maio   é o   Dia Internacional de Luta contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia . Essa data tem como ob...