A CELAG (Centro Estratégico Latino americano de Geopolítica) é um centro de estudos políticos e estratégicos latino-americano. É uma organização independente, sem fins lucrativos, que busca promover uma análise crítica e propositiva dos principais desafios políticos, econômicos e sociais enfrentados pela América Latina e o Caribe. A CELAG se dedica a produzir pesquisas, análises e propostas em áreas como democracia, direitos humanos, integração regional, desenvolvimento, segurança e relações internacionais. Seu objetivo é contribuir para a construção de um pensamento crítico e independente na região, com base em uma visão latino-americana e progressista.
UM RESUMO DOS
MOVIMENTOS E PESQUISA DOS MOVIMENTOS E DIREITOS LGBT NA AMÉRICA LATINA
- Os movimentos de dissidência sexual,
especificamente o que hoje se denomina "movimento LGBTI+", na
América Latina têm buscado seu reconhecimento político e condições de
igualdade jurídico-institucional com o restante da sociedade, inicialmente
desde a década de 1960, mas com maior ênfase a partir década de 1980.
- Uma peculiaridade dos direitos sexuais na
América Latina é que a sequência de reconhecimentos foi inversa à
europeia: na América Latina vários direitos LGBTI+ foram reconhecidos
antes de outros reivindicados especificamente pelo movimento feminista,
como os direitos reprodutivos.
- Foi principalmente a partir do início do
novo milênio que a América Latina, particularmente a América do Sul e o
México, avançaram – não de forma homogênea – no reconhecimento da grande
maioria dos direitos existentes em seus marcos jurídicos.
- Governos chefiados por mulheres como
Cristina Fernández, Dilma Rousseff e Michelle Bachelet se destacam como os
que mais concentraram o reconhecimento jurídico LGBTI+.
- Apenas Equador, Bolívia e México
incorporaram em suas constituições a proibição da discriminação com base
na identidade e orientação sexual.
- Apesar de alguns países latino-americanos estarem na vanguarda da conquista dos direitos das comunidades LGBTI+, o fosso que separa o institucional do cultural continua enorme: pelo menos 1.292 pessoas com orientação sexual ou identidade de gênero diversa foram assassinadas em cinco anos e meio na América Latina entre 2014 e 2020.