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sábado, 1 de junho de 2013

US$ 100 MILHÕES DE DOLARES SERÃO INVESTIDO NO MERCADO LGBT MUNDIAL

Sophia Camargo
Do UOL, em São Paulo
FONTE: ATHOSGLS.COM.BR 
 
O mercado LGBT, que inclui lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros, está avaliado em US$ 3 trilhões e só o mercado brasileiro tem potencial de R$ 300 bilhões. Quem afirma, em entrevista exclusiva ao UOL, é Paul Thompson, fundador da LGBT Capital, uma empresa do Galileo Group, com sedes em Londres e Hong Kong, especializada na administração de ativos e consultoria para empresas e cujos serviços são voltados aos gays.
 
Com objetivo de desenvolver e apoiar negócios ligados ao mercado LGBT, a empresa está lançando uma empresa de consultoria e um fundo de fomento para este mercado: o LGBT Wealth (aberto em fevereiro) e o LGBT Diversity Fund, que está sendo preparado e visa investir, só no primeiro ano, US$ 100 milhões em empresas do segmento.
 
A intenção desses produtos, segundo Thompson, é, promover e identificar oportunidades de investimento para apoiar a causa LGBT no mundo e auxiliar o desenvolvimento e gestão de negócios voltados a esse público.
 
O Brasil, na opinião do executivo, é um mercado em franco desenvolvimento com potencial de R$ 300 bilhões. "Acredito no poder do "pink real".
 
Leia abaixo a íntegra da entrevista:
 
UOL - Por que o senhor criou o LGBT Capital?
 
Paul Thompson - Como um ex-gerente de investimento que trabalhou em alguns dos principais bancos de investimento, incluindo Goldman Sachs, eu decidi que eu queria usar minha experiência para estar envolvido em uma área na qual sou apaixonado – o mercado LGBT.
 
Nós acreditamos que alinhar o potencial de investimento do mercado LGBT não só representa oportunidades de investimento, mas também apóia a mudança e os avanços. O mercado LGBT representa um setor significativo com estimativa de poder de compra anual de mais de US$ 3 trilhões.
 
Esse segmento tem sido geralmente sub-representado e o LGBT Capital acredita que pode oferecer uma oportunidade significativa de investimento, bem como apoiar a comunidade LGBT.


O fundo foi criado em 2010 e só agora está começando a investir?
 
Nós criamos o LGBT Capital em 2010 e desde então temos realizado uma série de atividades, incluindo investimentos em private equity [tipo de atividade financeira onde se investe em empresas com objetivo de auxiliar seu desenvolvimento].
Desde 2011 temos investido no setor. Nosso foco principal tem sido a Ásia, e os investimentos incluíram a Fridae.com, uma rede social proeminente na região. Também estão sendo lançados o LGBT Wealth, que tem como objetivo gerenciar riquezas, e o LGBT Diversity Fund, que ainda será lançado como um novo desenvolvimento do nosso negócio.
 
Qual é o objetivo do LGBT Capital?
O LGBT Capital é uma empresa de investimento e consultoria empresarial especializada no setor LGBT. Temos um enfoque em investimentos de impacto, pois acreditamos que investimentos de qualidade no setor LGBT podem apoiar a mudança e os avanços nesta comunidade.
 
Quanto dinheiro está envolvido no negócio?
Valores de investimento e estruturas podem  variar. Até o lançamento do LGBT Wealth, os investimentos em private equity variaram consideravelmente em tamanho e foram realizados por um pequeno grupo de experientes investidores e empresas.
 
O  lançamento do LGBT Wealth recentemente (foi lançado em fevereiro) é a primeira oferta de varejo e o LGBT Diversity Fund tem como objetivo investir US$ 100 milhões durante o primeiro ano e, a partir daí atingir um número maior de investidores de varejo.
 
O total de ativos mantidos e administrados pelas empresas afins ao LGBT Capital e LGBT Wealthy está em torno de US$ 350 milhões.
 
Como funciona o LGBT Capital?
Dentro do LGBT Capital, nós temos áreas de negócio e parcerias com outras empresas, mas todas com objetivo de apoiar o segmento LGBT. Estas áreas são:
• Investimentos em Private Equity - investe e fornece apoio a negócios LGBT.
• LGBT Wealth Management - fornece consultoria especializada em gestão de riqueza para a comunidade LGBT (inicialmente estabelecido na Ásia).

• LGBT Diversity Fund - a ser lançado (irá investir US$ 100 milhões no segmento). Ainda não é possível dar maiores detalhes sobre o fundo por estar em fase de lançamento.
 
O senhor poderia explicar melhor qual é o objetivo do LGBT Wealth? Esse fundo foi criado para apoiar o casal gay em áreas como aposentadoria e divórcio?
 
A LGBT Wealth é uma empresa de consultoria financeira focada na comunidade gay. Não é um fundo, mas um serviço que analisa os melhores produtos para este consumidor. Geralmente a comunidade gay terá um ciclo de vida diferente para o mercado. Não ter filhos pode proporcionar desafios específicos, mas também uma oportunidade significativa.
 
Com o rendimento disponível superior e sem os mais de 20 anos apoiando os filhos há uma oportunidade para planejar melhor o futuro e até mesmo se aposentar mais cedo.
 
Sem o ciclo de vida tradicional que poderia fornecer o foco para o planejamento financeiro, o oposto também pode ser verdade. Pesquisas mostraram que, apesar de a renda disponível ser maior, a comunidade LGBT não planeja suficientemente para o futuro e, como tal, a aposentadoria é uma questão muito importante para esse segmento.
 
A proteção ao parceiro é outra questão importante para esta comunidade, que é muitas vezes esquecida. Sem a estrutura do casamento tradicional, uma atenção especial deve ser dada à proteção do parceiro.
 
Mesmo aqueles que são casados ou têm uma parceria formal podem não ter os mesmos benefícios de um casal tradicional. Há muitas questões a se levar em conta ao comprar uma casa, por exemplo, especialmente com um parceiro.
 
Muitos na comunidade LGBT estão agora também olhando para potencialmente comprar um segundo imóvel ou casa de férias ou até mesmo a casa de sonho para a aposentadoria.
 
Ter uma boa assessoria financeira e legal também é algo a ser considerado. Muitas pessoas podem não se sentir confortáveis em falar abertamente sobre sua sexualidade ao seu banco ou consultor financeiro e uma parte fundamental do quebra-cabeça estaria perdida.
 
Falar sobre questões financeiras é algo muito íntimo e estar em um ambiente seguro onde os nossos problemas são compreendidos é considerado algo muito importante pela maioria das pessoas com quem tenho conversado.
 
Nos mercados mais desenvolvidos, como o Reino Unido e EUA, algumas das principais instituições financeiras  introduziram "mesas LGBT" para fornecer um serviço para essa comunidade.
 
O LGBT Capital já financiou alguma empresa?
 
Sim. A Fridae.com, rede social na Ásia, é um exemplo.
 
Por que o senhor escolheu o mercado LGBT? Por que considera esse mercado atraente?
 
Eu escolhi o mercado LGBT porque sou apaixonado por este assunto e estou pessoalmente empenhado em obter mais avanços para o segmento LGBT. Acredito que o poder do "pink dollar" irá apoiar estas mudanças.
 
O mercado LGBT é muito importante e, na minha opinião, subdesenvolvido. Estima-se que apenas o mercado LGBT norte-americano alcance os US$ 750 milhões ao ano e que o mercado global seja superior a US$ 3 trilhões.
 
O senhor pretende investir em outro mercado? Qual é o seu próximo passo?
 
Nós estamos olhando para novos mercados e nós geralmente investimos e desenvolvemos negócios com o mercado global/internacional em mente, pois acreditamos que a globalização irá ocorrer no mercado LGBT, assim como nos outros mercados.
 
Sendo um setor de negócios muito específico, geralmente procuramos acessar novos mercados com parceiros que tanto conheçam o mercado local ou um setor para aplicar o elemento LGBT.
 
Um exemplo disso é o LGBT Wealth, onde fizemos uma parceria com o Financial Partners, uma empresa de consultoria financeira especializada na Ásia e do LGBT Diversity Fund nos EUA, onde temos parceria com um banco de investimento com sede nos EUA.


O que o senhor acha do mercado LGBT no Brasil?
 
O mercado LGBT brasileiro é dinâmico e, na minha opinião, destinado ao crescimento.  É muito emocionante ver as coisas em desenvolvimento e, como em outros mercados, acreditamos que o poder do "pink real" pode ser significativo. Estimamos que o mercado LGBT brasileiro valha mais de R$ 300 bilhões.
 
Sua empresa pretende investir no Brasil? Se alguma empresa ou pessoa tiver interesse em ganhar seu apoio, que tipo de procedimentos eles teriam de fazer?


Nós certamente estaríamos interessados em conversar com potenciais parceiros no Brasil. Teríamos de ter uma discussão inicial com um acompanhamento do plano de negócios.
 
O senhor gostaria de deixar um recado para a comunidade gay brasileira?


Sim. Em primeiro lugar, tenham um orgulho fantástico! Tenho estado envolvido em eventos ao redor do mundo e visto o mundo mudar para melhor. Por isso, estamos realmente animados sobre o futuro da comunidade gay no Brasil e no mundo.
 
Acreditamos também que o poder do "pink real" irá apoiar esta mudança. Então, vamos mostrar ao mundo!
 

MATEUS SOLANO QUE VIVE FELIX NA NOVELA AMOR À VIDA BUSCA SE COMPLETAR COM INFORMAÇÕES LGBT PARA O SUCESSO DO PERSONAGEM

MATEUS SOLANO LUTA PRA VIVER GAY EM NOVELA

Félix, o vilão vivido por Mateus Solano em "Amor à Vida", não é um sucesso absoluto. Alguns comentaristas já apontaram as inconsistências do personagem: não faz muito sentido ele roubar o próprio pai, de quem é herdeiro, ou jogar o sobrinho recém-nascido numa lata de lixo.
 
Nem o trabalho do ator está passando incólume. Solano estaria exagerando nos trejeitos e se aproximando perigosamente da caricatura.
 
O malvado também prestaria um desserviço à causa LGBT. Por ser fútil, cruel e inescrupuloso, acabaria reforçando o preconceito que ainda existe contra os homossexuais. Como se no mundo só existissem bichas boazinhas.
 
O fato é que Félix já é, de longe, o mais importante personagem gay da teledramaturgia brasileira. Ele desempenha um papel central na trama de Walcyr Carrasco, e tem uma complexidade que seus antecessores jamais tiveram.
 
Desde os anos 60 que os gays são figuras frequentes na nossa TV (as lésbicas, bem menos). Mas, durante muito tempo, foram relegados a mordomos afetados nas novelas ou a tipos meio grotescos nos programas de humor.
 
O primeiro personagem a fugir do estereótipo foi Inácio Newman, interpretado por Dênis Carvalho em "Brilhante", de Glberto Braga, em 1981. Um rapaz rico que tinha sua homossexualidade reprimida pela família, mas que terminava feliz ao lado de um namorado. Só que essa história foi contada tão sutilmente, com tanta discrição e pudor, que um telespectador mais distraído nem teria percebido do que se tratava.
 
Inácio acabou sendo o paradigma da forma como gays e lésbicas foram retratados nas novelas durante quase três décadas: presenças marginais, pouco importantes para a trama principal. Muitos tiveram suas histórias abafadas, para não assustar o público conservador.
 
Foi o que aconteceu com Cecília e Laís, o casal de moças de "Vale Tudo". Ou com Sandrinho e Jefferson, de "A Próxima Vítima", que ainda carregavam o estigma de serem de raças diferentes. Destino pior tiveram Leila e Rafaela, de "Torre de Babel" que foram rejeitadas pela audiência, morreram na explosão de um shopping.
 
Nos últimos anos surgiu a polêmica do beijo gay. Diversas vezes prometido, ele jamais deu as caras numa novela da Globo: o caso mais famoso foi no final de "América", em que a cena chegou a ser gravada, só para ser cortada antes de ir para o ar.
 
Mas, de uns tempos para cá, assim como na vida real, os homossexuais passaram a ter maior visibilidade na TV. E também maior diversidade: do chamativo Clô de "Fina Estampa" aos discretos namorados Hugo e Eduardo de "Insensato Coração", passando pela inesquecível escrivã Jô feita por Thammy Miranda em "Salve Jorge".
 
Temas como a violência homofóbica, a saída do armário e a aprovação da sociedade foram tratados com sensibilidade, e bem aceitos pela maioria do público. Mas ainda falta o contato físico e neste ponto, o Brasil está atrás de países como Estados Unidos ou Argentina, onde o tema deixou de ser tabu.
 
Agora temos nosso primeiro grande vilão homossexual, que refreia seus impulsos para ganhar o amor do pai. Numa época em que a absurda "cura gay" é discutida a sério no Congresso, não deixa de ser bom que um personagem apareça sofrendo as consequências da repressão no programa de maior audiência do país.
 
Félix é um avanço na representação dos gays na TV brasileira. Mas claro que ainda há um longo caminho a ser percorrido. Quando teremos, por exemplo, um protagonista gay? Talvez Giovanna Antonelli, que fará uma lésbica na sucessora de "Amor à Vida", a ser escrita por Manoel Carlos?

FONTE: BLOG ATHOSGLS.COM.BR 

DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A HOMOFOBIA

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