RADIOS HOMO FORA FOBIA

terça-feira, 20 de agosto de 2013

UMA HISTÓRIA DE PRECONCEITO E PERSEGUIÇÃO A GAYS EM TODO O MUNDO


Gays: uma história de perseguições

"Você é um homem, não pode estar aqui! Você tem que ir ao banheiro dos homens!", começou a gritar histericamente a deputada Elisabetta Gardini, chamada de "Mãezinha das dores" nos programas em que derramava algumas lágrimas depois de ter sido promovida de dançarina a apresentadora. "No início", conta Vladimir Luxuria, "eu pensei que ela estava brincando, mas depois me dei conta que não era isso. Ela estava falando sério. E também me antecipou que se dirigiria aos seguranças da Câmara".
A reportagem é de Gian Antonio Stella, publicada no jornal Corriere della Sera, 07-11-2011. A tradução é de Moisés Sbardelotto.
Era o fim de outubro de 2006. E aquele pequeno, esquálido, miserável episódio explicava mais do que mil artigos e ensaios sociológicos como, até mesmo dentro do Parlamento [italiano], lá onde teoricamente deveria se sentar a elite cultural do país, ainda resiste uma calorosa rebeldia contra o reconhecimento da plena afirmação dos direitos das minorias sexuais.
Certamente, a transgênero da Puglia, que depois venceria até L"isola dei famosi [reality show italiano], não corre mais o risco de ter o fim de Rolandino Bragaglia, que em 1354 foi processado em Veneza porque, mesmo tendo "aspecto, voz e gestos de mulher", tinha "membro e testículos ao modo dos homens" e foi acusado de ter atraído muitos que "acreditavam que ele fosse mulher".
E nem o de tantos outros pobrezinhos assassinados com base em leis assustadoras, como o Código Teodosiano, de 438 d.C.: "Todos aqueles que estão acostumados a condenar o seu próprio corpo viril, transformado em feminino, a sofrer práticas sexuais reservadas ao outro sexo, e que não tem nada de diferente das mulheres, expiarão um crime de tal feito entre as chamas vingadoras, diante do povo". Os estatutos medievais italianos sobre os quais Paolo 
Pedote escreve nesta Storia dell"omofobia, em que a pontualidade da reconstrução documental e científica, aqui e ali, faz com que nos horrorizemos de espanto, não estão mais em vigor há muitíssimo tempo.
É apenas uma horrorosa recordação o Costituto de Siena de 1262, que previa que o culpado pelo "detestável crime sodomítico" fosse "enforcado pelos genitais". Assim como os estatutos de Collalto e TrevisoPádua eSalòCarpi e ViterboAscoli e Cremona e Bolonha. E aquele de Florença, usado por Carlos II de Anjou para se livrar, como relata uma anônimaCrônica florentina de 1293, do Conde de Acerra: "Acusou-se de ser sodomita e fez com que lhe fosse fincada uma vara no ânus, fazendo-a sair pela boca, e como um frango fez com que ele fosse assado".
Memórias de horror. Mas relegá-las a um passado remoto, juntamente com o homem de Neandertal, a antropofagia ou a prostituição sagrada emCorinto seria um erro consolatório. As penas fixadas para o crime de sodomia ainda chegam a cinco anos de trabalhos forçados nas Ilhas Maurício, sete na Botsuana, 10 na Jamaica, 14 no ZâmbiaNigériaQuêniaTanzânia, 20 na Malásia. Sem falar da prisão perpétua na Uganda e emBangladesh. E da pena de morte nos Emirados Árabes Unidos, na Arábia Saudita, no Irã. [...]
A incessante corrente de agressões contra todos aqueles que, às vezes, "parecem ser" diferentes, com assassinatos, espancamentos, ferimentos, no entanto, foi desencadeada por gangues que se sentem de algum modo "legitimadas" por um clima homofóbico. Diz um relatório da primavera de 2009 da Agência da União Europeia para os Direitos Fundamentais que a homofobia está cada vez mais difundida, e que o país mais homofóbico de todos é a Lituânia. Em segundo lugar, porém, historicamente, está a Itália.
A web transborda de agressividades contra os homossexuais. "Melhor à direita com as acompanhantes do que à esquerda com os trans". "Deus odeia os gays". Mas é sobretudo a homofobia da nossa chamada "classe dirigente" que os deixa estupefatos. Nos últimos anos, já disseram de tudo. Piergianni Prosperi, à época assessor regional daLombardia, explica em uma entrevista ao jornal Il Giornale: "Garroteemos os gays, mas não com o garrote espanhol, o colar que aperta lentamente a garganta. Mas sim a indiana, parecida com a dos Apaches: pulseira de couro amarrada ao redor das têmporas que, secando-se ao sol, se aperta ainda mais".
Francesco Storace entrou em discussão com o verde Mauro Paissan e depois disse aos jornalistas: "Aquela bicha de Paissan me arranhou com as suas unhas pintadas de vermelho, eu não o toquei: desafio qualquer um a encontrar as suas impressões na minha bunda". [...]
E como esquecer o comunicado oficial, em papel timbrado do Ministério, emitido por Mirko Tremaglia contra Bruxelas, que havia rejeitado Rocco Buttiglione como comissário europeu por causa das suas pesadas posições sobre os gays? "Pobre Europa, os "veados" estão em maioria".
Por isso, é indispensável esta Storia dell"omofobia escrita por Pedote. Porque ajuda a colocar as coisas no seu contexto. Basta, por exemplo, o indecente disparo de Giancarlo Gentilini, o "verdadeiro" prefeito de Treviso: "Vou dar ordem imediatamente para que a minha comandante dos vigilantes urbanos faça uma limpeza étnica dos "veados". Os "veados" devem ir para outras capitais regionais que estão dispostas a acolhê-los. Aqui em Treviso não há nenhuma chance para "veados" ou semelhantes".
Até ele teria, talvez, algum escrúpulo de consciência ou, pelo menos, algum constrangimento se fosse reler o que dizia o Statutum Tarvisii de 1313 a propósito daqueles "veados" para os quais ele hoje invoca a limpeza étnica.
Ele dizia: "Estabelecemos que, se uma pessoa se une com uma outra abandonando o uso natural, isto é, homem com homem (dos 14 anos para cima), e mulher com mulher (dos 12 anos para cima), cometendo o vício sodomítico que é chamado vulgarmente de buzeron ou fregator, e isso foi estabelecido pelo prefeito [podestà], que essa pessoa encontrada em tal situação, se for homem, na Praça do Carubio, despojado de todo indumentário, seja pendurado sobre uma vara nessa praça, com o seu membro viril perfurado com uma agulha ou um prego, e assim permaneça durante todo o dia e a noite seguinte sob boa custódia, e depois, no dia seguinte, seja queimado fora da cidade".

SPORTV FAZ PESQUISA ONLINE SOBRE ACEITAÇÃO DE GAY NO FUTEBOL

PESQUISA CITA EM RESULTADO PELO CANAL DE ESPORTE SPORTV SOBRE A MACHISMO NO FUTEBOL

Em resultado parcial fica registrado a pesquisa do canal sportv sobre homossexualismo no futebol, essa breve pesquisa foi feita no canal redação sportv com programa das 10:00 horas da manhã.


fonte: pesquisa canal SPORTV

DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A HOMOFOBIA

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