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sábado, 4 de março de 2023

O QUE SABEMOS ATÉ AGORA SOBRE IDENTIDADE DE GÊNERO E ORIENTAÇÃO SEXUAL

ESTUDOS SOBRE A IDENTIDADE DE GÊNERO

Existem muitos estudos realizados em diferentes campos para entender a formação da identidade de gênero e da orientação sexual das pessoas. Abaixo estão alguns dos estudos mais relevantes e conhecidos na área:

1.    Estudos de biologia: Estudos em biologia têm tentado entender as diferenças biológicas entre homens e mulheres. Alguns pesquisadores estudam hormônios, cromossomos e outras diferenças físicas que podem influenciar a identidade de gênero.

2.    Teoria da Identidade de Gênero: A teoria da identidade de gênero sugere que a identidade de gênero é formada através da interação entre fatores biológicos, sociais e psicológicos. Segundo essa teoria, a identidade de gênero de uma pessoa é influenciada por experiências vividas desde a infância, como brinquedos, roupas e outras práticas culturais.

3.    Teoria do desenvolvimento sexual: A teoria do desenvolvimento sexual sugere que a orientação sexual é formada através da interação entre fatores biológicos, sociais e psicológicos. De acordo com essa teoria, a orientação sexual é influenciada por experiências vividas desde a infância, como interações sociais, relações afetivas, entre outros.

4.    Estudos de psicologia: A psicologia tem investigado a formação da identidade de gênero e da orientação sexual. Estudos em psicologia sugerem que a orientação sexual é influenciada por uma combinação de fatores biológicos, psicológicos e ambientais.

5.    Estudos de neurociência: Estudos em neurociência têm investigado as diferenças cerebrais entre homens e mulheres e como essas diferenças podem influenciar a identidade de gênero e a orientação sexual.

SETE DIREITOS LGBTQIAP+ PARA CONHECER E RESPEITAR

 

NOVAS LEIS LGBTQIAP+

A Constituição Federal elenca em seu artigo 3° os objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil. Entre eles, promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação. No entanto, o Brasil, é considerado um dos países que mais discrimina e mata pessoas LGBTQIA+ no mundo.

Relatório da Associação Internacional de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros e Intersexuais (ILGA) aponta que o país é o primeiro lugar nas Américas em quantidade de homicídios de pessoas LGBTs. Também é o líder em assassinato de pessoas trans no mundo.

Segundo dados do Grupo Gay da Bahia (GGB), a cada 19 horas, uma pessoa LGBT é morta no Brasil. Conforme a Rede Trans Brasil, a cada 26 horas, aproximadamente, uma pessoa trans é assassinada. A expectativa de vida dessas pessoas é de 35 anos.

Planejamento familiar em uniões LGBT+ é abordado com profundidade em novo livro

 

Por isso, é importante falar amplamente sobre esse tema, destacando conceitos relacionados a ele, como homoparentalidade e transparentalidade, por exemplo.

 

Homoparentalidade e transparentalidade

A terminologia homoparentalidade surgiu na França com a APGL (Association des Parents et Futures Parents Gays et Lesbiens) e corresponde a tradução da palavra homoparentalitéFoi criado para definir aquelas famílias compostas por pais e mães não heterossexuais.

O objetivo é identificar as situações nas quais, pelo menos um adulto, que se autoidentifique como homossexual – seja ele um homem gay ou uma mulher lésbica – é ou pretende ser pai, ou mãe de, ao menos, uma criança.

Já o conceito de transparentalidade nada mais é do que a identificação das situações nas quais pelo menos um adulto, que se autoidentifica como trans (travesti, transexual ou transgênero/a), é ou pretende ser pai, ou mãe de, no mínimo, uma criança.

Assim, abrange tanto os contextos de pessoas trans solteiras quanto daquelas que forem casadas ou estiverem em uniões heteroafetivas, ou homoafetivas.

 

Direitos LGBTQIA+ conquistados

Recentemente, alguns direitos foram conquistados reforçando a importância do combate ao preconceito na busca por igualdade. Para reforçar e ampliar o conhecimento a respeito das garantias das pessoas LGBTQIA+, selecionamos 7 direitos abaixo, confira:

1 – União Estável

Em 2011, o Supremo Tribunal Federal reconheceu, por unanimidade, as uniões estáveis entre pessoas do mesmo sexo, em igualdade de condições em relação às uniões heterossexuais.

2 – Casamento Civil

O casamento civil entre pessoas do mesmo sexo foi reconhecido também em 2011. O fato ocorreu por meio do julgamento de um recurso especial pela 4ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O direito ao casamento foi definitivamente assegurado por meio de resolução do Conselho Nacional de Justiça – CNJ, que proibiu que cartórios se recusassem a celebrá-lo.

3 – Detentas

Atendendo a pedido da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transgêneros (ABGLT), o ministro Luís Roberto Barroso, em decisão cautelar na ADPF 527, determinou que as presas transexuais femininas sejam transferidas para presídios femininos. Na ação, questionam-se decisões judiciais que negam o direito à transferência.

4 – Transfobia e homofobia

A transfobia, juntamente com a homofobia, foi equiparada ao crime de racismo, até que o Congresso Nacional edite lei que criminalize atos dessa natureza. Na decisão, o Plenário do STF reconheceu a mora do Congresso Nacional para incriminar atos atentatórios a direitos fundamentais dos integrantes da comunidade LGBT.

5 – Identidade de gênero

Em relação à identidade de gênero, o STF reconheceu a possibilidade de retificação do nome e do gênero de pessoas transgênero, independentemente de realização de cirurgia de transgenitalização ou qualquer outro procedimento médico.

6 – Doação de sangue

Em 2020, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu derrubar restrições à doação de sangue por homens gays. A maioria dos ministros decidiu que normas do Ministério da Saúde e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que limitam a doação de sangue por homens gays são inconstitucionais.

7  – Adoção

A  2ª Turma do Supremo Tribunal Federal manifestou-se pela primeira vez sobre o tema em caso sob a relatoria da Ministra Cármen Lúcia, tendo reconhecido a possibilidade de adoção por casais homoafetivos, sem restrição de idade.

Aprofunde-se no tema. Conheça o livro:

A  tutela jurídica da população LGBTQIA+ no campo do direito das famílias é o foco da obra de autoria de Manuel Camelo Ferreira da Silva Netto. O livro “Planejamento familiar nas famílias LGBT” dá ênfase na proteção e garantia do livre exercício no planejamento familiar de uniões homoafetivas e transafetivas. O tema é abordado especialmente sobre a escolha pela reprodução humana assistida (RHA) . A obra está disponível nas versões impressa digital.

 

 

LEIS QUE FASCILITAM A VIDA DO LGBT NAS QUESTÕES DE APOSETADORIAS E CRÉDITOS

 

DIREITOS A APOSENTADORIA E CRÉDITOS BANCÁRIOS ESPECIAIS

Existem diversas leis e decisões judiciais que garantem direitos aos membros da comunidade LGBT+ em relação à aposentadoria e aos créditos bancários. Alguns exemplos incluem:

  • A Lei nº 8.213/91, que estabelece os critérios para concessão de aposentadoria por idade, por tempo de contribuição e por invalidez, entre outras modalidades. Essa lei não faz distinção em relação à orientação sexual ou identidade de gênero do beneficiário.
  • A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) em junho de 2019, que reconheceu a equiparação da homofobia e da transfobia ao crime de racismo. Essa decisão ampliou a proteção legal contra a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero, o que pode ter reflexos em situações como a concessão de aposentadorias e o acesso a créditos bancários.
  • A Resolução nº 4.733/2019 do Banco Central do Brasil, que estabelece normas para a prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, e que inclui a proibição de discriminação por orientação sexual e identidade de gênero no acesso a serviços financeiros.
  • A Resolução nº 4.316/2014 do Conselho Monetário Nacional, que dispõe sobre a inclusão de nome social nos documentos de identificação dos clientes dos serviços bancários, garante aos membros da comunidade LGBT o direito de serem tratados pelo nome social nas suas relações com as instituições financeiras.
  • A decisão do Supremo Tribunal Federal no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade nº 4.275/DF reconheceu a união estável entre pessoas do mesmo sexo como entidade familiar, equiparando-a à união estável entre pessoas de sexos diferentes para todos os fins legais, inclusive em relação à Previdência Social.
  • A decisão do Superior Tribunal de Justiça no Recurso Especial nº 1.717.127/SP garantiu aos companheiros do mesmo sexo o direito de receber pensão por morte do INSS, desde que comprovada a existência de união estável.
  • A decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo no Agravo de Instrumento nº 2058452-31.2020.8.26.0000 determinou que uma instituição financeira incluísse o nome social de uma cliente transgênero nos seus cadastros e sistemas internos, garantindo-lhe acesso aos serviços bancários sem discriminação.

Esses são apenas alguns exemplos de leis e decisões judiciais que garantem direitos aos membros da comunidade LGBT em relação à aposentadoria e créditos bancários. É importante ressaltar que a legislação e a jurisprudência estão em constante evolução e que é fundamental buscar orientação jurídica especializada para a defesa dos direitos da população LGBT.

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DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A HOMOFOBIA

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