RADIOS HOMO FORA FOBIA

sábado, 17 de novembro de 2012

MERCADO CONSUMIDOR DE GAYS O poderoso mercado gay Empresas descobrem a força desse milionário segmento, formado por um consumidor que gasta mais que o heterossexual e é fiel às suas marcas


 Na avenida Paulista, segundo a Polícia Militar, 1,9 milhão de gays, lésbicas, bissexuais, transexuais e simpatizantes. Com dez anos de existência, a Parada tornou-se o principal evento da cidade, deixando para trás até o milionário circo da Fórmula 1, segundo a São Paulo Turismo (SPTuris), órgão oficial de turismo da capital paulista. A Parada atrai cerca de 600 mil turistas, que vêm para participar da manifestação, fazer compras e se divertir nos bares, restaurantes e casas noturnas paulistanas. "São pessoas que chegam com uma semana de antecedência e permanecem na cidade até o final do evento. Fora transporte e hospedagem, gastam no comércio local de R$ 180 a R$ 200 milhões", diz Caio Luiz de Carvalho, presidente da SPTuris. "Os gays são o cliente que todo mundo quer: gastam muito e ficam bastante tempo." Com tanta gente e dinheiro, é de se concluir que o evento tenha muitos patrocinadores, dispostos a mostrar seus produtos para esse público poderoso, como acontece com outras Paradas, no mundo todo. A de São Francisco, nos Estados Unidos, por exemplo, reúne pouco mais de 1 milhão de pessoas e tem o apoio de gigantes como Bank of America, MasterCard, Pepsi, Delta Airlines, entre outros. Aqui, a história é outra. As empresas ainda não apoiam o evento, mas já estão de olho no potencial desse mercado. Segundo IBGE, 10% da população do Brasil é homossexual. Pela visão corporativa, são 18 milhões de consumidores.

STF APROVA DIREITO A GAYS




SUPREMO GARANTE DIREITOS CIVIS A CASAIS GAYS

Em sessão ontem realizada e por unanimidade, o Supremo Tribunal Federal - STF reconheceu como entidade familiar a união estável entre casais do mesmo sexo, o que na prática quer dizer que as regras que valem para relações estáveis entre homens e mulheres também deverão ser aplicadas, a partir de agora, aos casais gays, precedente que pode e certamente será seguido pelas instâncias inferiores e a administração pública.

Quando da conclusão da votação, o presidente do Supremo, ministro Cezar Peluso, pediu ao Congresso Nacional que regulamente as consequências da decisão tomada pelo tribunal por meio de uma lei.

- O Poder Legislativo, a partir de hoje, tem que se expor e regulamentar as situações em que a aplicação da decisão da Corte seja justificada. Há, portanto, uma convocação que a decisão da Corte implica em relação ao Poder Legislativo para que assuma essa tarefa para a qual parece que até agora não se sentiu muito propensa a exercer, afirmou Peluso.

De acordo com o Censo Demográfico 2010, o país tem mais de 60 mil casais homossexuais, que a partir de agora podem ter assegurados direitos como herança, comunhão parcial de bens, pensão alimentícia e previdenciária, licença médica, inclusão do companheiro como dependente em planos de saúde, entre outros benefícios.

Em mais de dez horas de sessão, os ministros se revezaram na defesa do direito dos homossexuais à igualdade no tratamento dado pelo Estado aos seus relacionamentos afetivos.

Em seu voto, por exemplo, o ministro Ayres Britto, relator da matéria, foi além dos pedidos feitos nas ações que pretendiam reconhecer a união estável homo afetiva  e baseada nesse voto, a decisão do Supremo sobre o reconhecimento da relação entre pessoas do mesmo sexo pode viabilizar, inclusive, o casamento civil entre gays, que é direito garantido a casais em união estável. A diferença é que a união estável acontece sem formalidades, de forma natural, a partir da convivência do casal, e o casamento civil é um contrato jurídico formal estabelecido entre duas pessoas.

A lei que estabelece normas para a união estável entre homens e mulheres destaca, entre os direitos e deveres do casal, o respeito e a consideração mútuos, além da assistência moral e material recíproca.

A decisão é histórica, e certamente vai imprimir outros rumos à causa da homossexualidade. Com ela, a maior Corte de justiça do país reconheceu o direito de uma parcela significativa da sociedade que durante longo tempo foi humilhada e teve seus direitos ignorados, foi ofendida e viu sua identidade ser negada, o que lhe restringiu o direito à liberdade garantido a todos pela Constituição Brasileira.

Mas não acredito que esse seja o último capítulo da luta dos homossexuais. Mesmo com a decisão do Supremo Tribunal Federal e a necessária legislação que a deve seguir, o preconceito continuará a existir. O direito nasce dos fatos, e o reconhecimento dessa unidade familiar diferente das que caracterizam a união estável heterossexual era necessário. Mas a consciência humana nem sempre evolui como o direito ou se dobra diante dos fatos. Por isso, só o tempo dirá até onde a sociedade brasileira se dispõe a avançar e conviver com essa nova realidade; até onde ela está disposta a reconhecer o direito de quem optou ou venha a optar pela união homo afetiva  até onde ela vai compreender que os que fazem essa escolha não podem ser tratados como desiguais pela maioria. É esperar pra ver...

PALAVRAS NO DISCURSO DE ESTREIA DO DEPUTADO FEDERAL JEAN WYLLYS (Relembrando a posse do deputado)


O deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), ex-BBB, afirmou nesta quinta-feira (24/02), em seu discurso de estreia na Câmara, que pretende apresentar um projeto de emenda à Constituição (PEC) que garanta o direito do casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. “Em parceria com outros sete parlamentares, estou reestruturando a Frente Parlamentar Mista pela Cidadania GLBT [Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgênero] e apresentando uma proposta de emenda constitucional que assegura aos homossexuais o direito do casamento civil. Se o estado é laico, os homossexuais têm de ter todos os direitos e leis garantidos. Inclusive o direito ao casamento civil”, disse o deputado.
Na análise do parlamentar, a competência sobre o casamento civil não deve ser das igrejas. “Se um casal pode se divorciar e em seguida partir cada um para novos casamentos é porque o casamento civil não é da competência das igrejas, nem das religiões”, declarou. “Eu sou o primeiro homossexual assumido sem homofobia internalizada e ligado ao movimento GLBT a assumir como deputado federal. Eu disse que este seria o norte do meu mandato e vai ser”, afirmou o parlamentar, que no último sábado participou de uma manifestação em São Paulo contra a homofobia. Jean Wyllys afirmou ainda que, na Câmara, vai integrar a Comissão de Finanças e Tributação, além de ser suplente na Comissão de Direitos Humanos.
Fonte: G1

PARLAMENTARES NA FRENTE CONTRA HOMOFOBIA


A Frente Parlamentar  Mista pela Cidadania LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais) será relançada na próxima terça-feira (29/03), às 14 horas, no Salão Nobre da Câmara, com a presença da ministra-chefe da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário, e do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Benedito Gonçalves.
Segundo a Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT), 171 parlamentares se integraram à frente, que busca igualdade de direitos para todos os cidadãos, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero.
O convite para o evento é assinado pelos deputados Jean Wyllys (Psol-RJ), Manuela D’Ávila (PCdoB-RS), Erika Kokay (PT-DF), Fátima Bezerra (PT-RN), Janete Rocha Pietá (PT-SP), Artur Bruno (PT-CE) e Dr. Rosinha (PT-PR) e pelas senadoras Marta Suplicy (PT-SP), Marinor Brito (PSOL-PA) e Lídice da Mata (PSB-BA).
Presença internacional
De acordo com a ABGLT, parlamentares da Espanha e Argentina comparecerão ao evento. São aguardados o vereador de Madri Pedro Zerolo, que também é assessor do presidente da Espanha, José Luis Rodríguez Zapatero, e a deputada federal argentina Vilma Ibarra, coautora, junto com a ex-deputada Silvia Augsburger, da “lei de matrimônio igualitário” argentina.

Também confirmaram presença militantes dos direitos humanos da Argentina, país cujo Congresso aprovou em 2010 a igualdade no acesso ao casamento civil para todos os cidadãos. A Espanha também tem igualdade no casamento desde 2005.
Da Redação/NA
Com informações da Agência Senado

NA LUTA EM BUSCA DA FELICIDADE

EU TRABALHO EM UMA CLINICA MEDICA E RESOLVI DIZER A TODOS QUE ERA GAY ALGUNS ACEITARAM COM PALAVRAS DE INCENTIVO OUTROS NÃO ENTRARAM NO MÉRITO E NÃO COMENTAM, MAIS NA RUA DA CLINICA SOU INSULTADO XINGADO E APONTADOS POR PESSOAS DE UMA ESCOLA QUE TEM NA RUA JÁ PRESTEI QUEIXA A MINHA CHEFE DE TRABALHO E A MESMA NÃO COMENTOU SOBRE O ASSUNTO A NÃO SER RELACIONADO AO TRABALHO QUE PRESTO A ESSA UNIDADE DE SAÚDE, ESTOU ESPERANDO ATRAVÉS DE UMA AMIGO COM ÁUDIO E CÂMARA GRAVAR PROVAS PARA EU FAZER UM BO NA DELEGACIA E DENUNCIAR TEM MEDO DAS AMEAÇAS DE MORTE QUE JÁ SOFRI NO ITINERÁRIO AO MEU TRABALHO, MAIS ESPERO EM DEUS SAIR E VENCER ESSA BARREIRA EM MINHA VIDA.

Avanços e limites da política de combate à homofobia : uma análise do processo de implementação das ações para a educação do Programa Brasil Sem Homofobia

Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Faculdade de Educação. Programa de Pós-Graduação em Educação.
AssuntoHomofobia
Política social
Programa Brasil Sem Homofobia.



O objetivo dessa dissertação foi analisar as estratégias de implementação das ações educacionais do Programa Brasil Sem Homofobia no Estado do Rio Grande do Sul, evidenciando suas principais contradições, apontando neste processo os limites e avanços – e como elas têm contribuído para a consolidação daquela política. Com base no referencial teórico metodológico materialista histórico dialético, procuramos evidenciar as condições históricas que possibilitaram a elaboração do Programa Brasil Sem Homofobia. Os dados que nos permitiram dizer dos avanços e limites da política foram buscados em relatórios produzidos pela Secretaria de Educação Continuada e Diversidade do MEC, editais para concorrência de projetos, termos de referência e nos Planos de Ações Articuladas dos sistemas de ensino. Três principais estratégias de implementação foram encontradas a partir dessa análise: parcerias com ONGs, convênio com Universidades Federais e nos Planos de Ações Articuladas. A conquista do Programa Brasil Sem Homofobia resulta da correlação de forças empreendida entre Estado e Movimento LGBT, que, ao longo de suas três décadas de existência, tiveram a relação alterada passando de oponentes a parceiros na execução de políticas voltadas para a população LGBT. Configurou-se como avanço na medida em que houve, em um primeiro momento, a participação de militantes do movimento vinculadas a ONGs LGBT na sua elaboração definindo o conteúdo da política. O envolvimento das ONGs no processo de execução foi fundamental para o início do processo de implementação do Programa, pois possibilitou a expansão da atuação do Movimento na educação através dos projetos executados para professores das redes públicas de ensino. No entanto, essas parcerias concederam um caráter fragmentário e pontual para a política na medida em que foram desenvolvidos apenas onde havia ONGs interessadas em executar projetos voltados ao combate da homofobia, deixando muitas regiões do Brasil desassistidas. Os convênios realizados com Universidades Federais também foram fundamentais para o fortalecimento da política na medida em que se envolveram através de convênios instancias que compõem o aparato estatal. No entanto, a entrada das Universidades representou um limite para a política na medida em que as ONGs foram sendo excluídas do processo de implementação. Quando a política de formação continuada de professores com temáticas voltadas para a discussão do combate ao sexismo e à homofobia na escola entrar na pauta do Plano de Desenvolvimento da Educação, a possibilidade de acesso aos professores se expandirá a todos os sistemas de ensino. Neste caso também o Estado retomará para si a responsabilidade da execução, no entanto a política a qual deveria combater a homofobia tem sido alvo de discriminação na medida em que não vem sendo solicitada pelos sistemas municipais e estaduais de educação.

AutorRossi, Alexandre José 
OrientadorPeroni, Vera Maria Vidal 

Senado aprova criminalização da homofobia no novo Código Penal


A comissão encarregada de elaborar proposta para um novo Código Penal aprovou no fim da última semana alteração do artigo 1º da Lei 7.716/1989, conhecida como Lei do Racismo, para proibir a discriminação também por gênero, opção sexual e procedência regional.
Essa proposta iguala as punições ao crime de preconceito por homofobia ao crime de racismo, tornando-o inafiançável e imprescritível. De acordo com a Agência Senado, a alteração na legislação faz com que fiquem proibidas também as incitações ao preconceito e as manifestações ofensivas através de meios de comunicação, como a internet.
A mudança na lei torna crime, por exemplo, impedir um travesti de entrar em um estabelecimento comercial ou um aluno transexual de frequentar uma escola, ou deixar de contratar ou dar tratamento diferente em função da opção sexual. A pena prevista para o crime de preconceito ao homossexual vai de dois a cinco anos de prisão.
Afirmando que tal modificação no Código Penal serviria com substituto à PLC 122, o ativista Julio Severo critica a decisão em seu site. Segundo ele, com a lei “a ‘homofobia’ — que inclui a oposição ou contrariedade a qualquer das inumeráveis exigências dos supremacistas gays — fica igualada ao crime de racismo, que é imprescritível e inafiançável”.
Severo critica ainda a atuação das bancadas religiosas nesse caso, afirmando que a lei for aprovada “não precisaremos mais de bancada evangélica ou católica”, ele justifica a afirmação dizendo: “pois se não conseguem deter o monstro agora que está enjaulado, o que farão depois que o monstro estiver solto?”.

A LEI PLC/122 DE 2006

Atualmente a reabertura pela Câmara do projeto da Lei PLC 122/2006, tem causado polêmica e levantado questionamentos sobre a igualdade de direitos para lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros  Lei essa idealizada desde 2001, que estabelece crime a discriminação de homossexuais e sujeita à pena, reclusão e multa aos autores criminais.

A homofobia sempre existiu. Na Idade Média os homossexuais eram queimados nas fogueiras. Depois passaram a ser considerados criminosos e propulsores das DST’s. Até maio de 1990 foram gabaritados como doentes portadores de alguma insanidade mental. E hoje, em pleno século XXI são as pessoas que mais têm sofrido com preconceitos e violência. Crimes dificultados até para serem denunciados, já que podem ser vítimas nas próprias delegacias.

Nos últimos trinta anos, um grupo brasileiro, o LGBT tem lutado para promover a cidadania e combater a discriminação sofrida por pelo menos 10% da população. Sejam assassinatos, violência física, agressão verbal, na seleção para empregos, no próprio trabalho e também nas escolas.

De acordo com a Declaração Universal dos direitos Humanos, o artigo 7 diz: “todos somos iguais perante a Lei”. Direito esse ressaltado pela Constituição Federal, no artigo 5: “todos são iguais, sem distinção de qualquer natureza”. Sendo assim, antes mesmo da aprovação da nova lei, no conceito de igualdade para os cidadãos, pessoas do mesmo sexo têm os mesmos direitos que um casal heterossexual.

Portanto, se é necessário a formulação e a aprovação de uma nova lei para que os agressores homofóbicos sejam punidos, é importante que se acelere e que seja colocada em vigor o mais rápido possível. Pois existem pessoas que precisam de proteção e o respeito para conquistar seu espaço.

LEI CONTRA HOMOFOBIA DEVE ENTRAR EM VIGOR



Criminalizar a homofobia. Dar nome para o preconceito e penas severas para aqueles que cometem crimes contra a população de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT). Essa foi a discussão da audiência pública realizada nesta quarta-feira pela Comissão de Cidadania e Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul.

Uma das discussões foi a retomada da Lei Estadual nº 11.872, de dezembro de 2002, que reconhece a liberdade de atos homossexuais e prevê penas legais aos crimes de homofobia. A lei ainda precisa de um decreto para a regulamentação. Uma equipe técnica da Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos (SJDH) está realizando a análise e, segundo o coordenador da Diversidade Sexual da secretaria, Fábulo Nascimento da Rosa, a previsão de assinatura do governador é para o mês de outubro. 

“A lei vai ser regulamentada como Rio Grande sem Homofobia. Essa lei vai inibir o comportamento e atitudes homofóbicas, claro que as pessoas vão continuar pensando como pensam”, explica.

A SJDH está capacitando servidores públicos em várias cidades do Interior para o atendimento da população LGBT. Segundo o coordenador, a secretaria recebeu de janeiro deste ano até agosto, 120 denúncias de homofobia no Rio Grande do Sul. 

Uma das defensoras da aplicação de penas rigorosas é a proponente da audiência pública e representante da campanha Todos Pela Criminalização da Homofobia, a empresária Jucele Azzolin Comis.

“Hoje nossa maior luta é a criminalização. A cada 20 horas temos uma vítima dos crimes homofóbicos. É nossa tarefa dizer um basta. Precisamos de mecanismos legais para nos defender”, disse.

Para o primeiro juiz no Brasil a aplicar pena por racismo, desembargador representando o Tribunal de Justiça do Estado, Umberto Guaspari Sudbrack, o problema está na base cultural do País com a herança da escravidão dos negros e a constante violência contra a mulher. “Dentro da nossa sociedade machista está o preconceito com os homossexuais. É preciso discutir o êxito que terá essa criminalização. Uma das bases para acabar com a intolerância parte dos bancos escolares e passa pela família.”

Por outro lado, o defensor público João Otávio Carmona Paz, disse que o aumento das penas não deverá resolver os problemas. “O que todos querem é paz. A lei pode ser um marco legal e criar a cultura nas pessoas de que aquela conduta não é aceitável. Mas é preciso criar grupos de consciência para que os agressores compreendam sua ignorância e preconceito. O objetivo é a pacificação social.” 

Segundo o coordenador-geral de Promoção dos Direitos LGBTs da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH), Gustavo Bernardes, para enfrentar a homofobia é precisar conhecê-la. Dados da secretaria, obtidos através do disque 100 e 180, da ouvidoria do Sistema Único de Saúde (SUS), do Ministério da Saúde (MS) e de um levantamento realizado por notícias veiculadas na mídia, revelaram 1.681 denúncias relacionadas a casos homofóbicos no Brasil em 2011 e 6.809 violações dos direitos. O número de violações é maior porque uma denúncia continha mais de uma violação. 

“As maiores vítimas são os jovens, 50% deles tem entre 15 e 29 anos, sendo que a maioria é de negros. Os homicídios são os menos reportados. Seis homicídios foram noticiados ao Poder Público e 278 pela mídia.” A SDH está articulando com os estados um termo de cooperação técnica que prevê a criação de polícia especializada nos crimes de ódios. 

Para a presidente da Comissão Especial da Diversidade Sexual do Conselho Federal da OAB e representante do Observatório Contra a Homofobia da Associação de Juízes do Rio Grande do Sul (Ajuris), Maria Berenice Dias, a saída para criminalizar a homofobia está nos movimentos populares. “Já que o nosso legislador é covarde no âmbito federal, é preciso buscar reconhecimento através da população.”

Maria Berenice apresentou o Estatuto da Diversidade Cultural, iniciativa popular para assegurar direitos à população LGBT e criminalizar a homofobia. Dentre alguns pontos, o estatuto proíbe a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero, assegura licença-maternidade, reconhece uniões homoafetivas, concede direito à filiação e inclui os parceiros como herdeiros. São necessárias 1,4 milhão de assinaturas.

Cristina Duarte

SERIES FILMES/ QUEBRANDO TABUS

O FILME O VIBRADOR
TORONTO, Canadá - Os vibradores viraram o tema dominante do Festival de Cinema de Toronto, após a estreia, na quinta-feira, de "Hysteria", filme que trata da invenção deste aparelho sexual, protagonizado por Maggie Gyllenhaal.
A película, uma comédia romântica da diretora americana Tanya Wexler, narra a verdadeira história de como dois médicos de Londres, interpretados por Hugh Dancy e Jonathan Pryce, auxiliados por um amigo fascinado por máquinas (Rupert Everett), chegaram a inventar o vibrador elétrico para tratar mulheres que, aparentemente, sofriam de histeria nos anos 1880.
Fisicamente esgotados com as massagens pélvicas que faziam em suas pacientes para aliviá-las de dores abdominais, eles inventaram um aparelho motorizado com o protótipo de um espanador giratório para acelerar o clímax. Sem querer, o resultado contribuiu também para a independência sexual das mulheres.
Wexler disse, durante entrevista coletiva, que durante as filmagens, a maioria das mulheres do elenco e a equipe tinham sua própria história sobre vibradores. "Foi estranho que todas dissessem que ficaram tímidas na primeira vez", contou a cineasta.

QUEBRANDO TABUS
O segredo de Brokeback Mountain
Brokeback Mountain.
LEE, Ang (Diretor).
EUA: Focus Features, 2005. 1 DVD (134 min.).
Quando, em fins do século XIX, Lord Alfred Douglas afirmou, em seu poema "Dois Amores", "Eu sou o Amor que não ousa dizer seu nome" não apenas trouxe ao discurso as relações entre homens, mas o fez no registro do elo amoroso. Assim, tomou como referência a definição de São Paulo sobre a sodomia como o pecado que não devia ser nomeado e a reverteu da esfera das práticas sexuais para a dos sentimentos. Feito similar pode ser creditado ao filme de Ang Lee, cujo roteiro adapta e refina o belo conto de Annie Prouxl, originalmente publicado em 1997.
Ennis Del Mar e Jack Twist são dois jovens pobres que se conhecem ao procurar emprego como pastores de ovelhas durante o verão de 1963 em Wyoming, Estado rural e conservador do Oeste americano. Não são, portanto, cowboys, assim como o filme não é um western, pois a história se passa na segunda metade do século XX. Trata-se de um drama que se insere no recente interesse de Hollywood por personagens que encarnam oslosers da sociedade americana.
O trabalho duro, a alimentação ruim e a solidão na montanha aproximam o introvertido Ennis do mais expansivo Jack, até que, após uma noite de embriaguez, fazem sexo. No dia seguinte, Ennis afirma que aquilo terminava ali. Jack observa: "Isto não interessa a mais ninguém além de nós". Ennis diz que "ain't no queer", ou seja, não era nenhum anormal ou bicha. O outro também diz que não. Na mesma noite, Ennis procura Jack na cabana, pede desculpas e, dessa vez, eles fazem amor. Assim, passam do encontro físico para o amoroso e iniciam a relação que marcará suas vidas.
slogan "O amor é uma força da natureza" soma-se à crua primeira cena de sexo (reproduzida do conto) de forma a essencializar o amor entre os jovens. É como se longe da civilização aflorassem sentimentos mais naturais e, portanto, mais puros. Tais associações fazem parte do vocabulário imagético ocidental ao menos desde Rousseau, mas mal encobrem o fato de que, distantes de tudo e de todos, as normas sociais são suspensas e isso é o que permite o envolvimento amoroso dos rapazes.
O idílio na montanha é ameaçado com a descoberta de sua relação pelo contratante que os observa pelo binóculo. Assim, o isolamento e a distância deles no acampamento se revelam ao expectador uma ilusão de proteção sem a qual talvez não tivessem se envolvido. A ordem para que desmontem o acampamento e tragam o rebanho de volta para a planície um mês antes do combinado é mal recebida por Ennis, cujo mau humor o leva a iniciar uma briga em que ambos saem feridos e com as camisas manchadas de sangue.
Os amigos retornam para a planície. Aparentemente, aquela relação terminaria em meio às sanções sociais. Isso parece corroborado quando, após a contagem das ovelhas, os amigos se despedem sem trocar nem um aperto de mão. Pelo retrovisor de sua caminhonete velha, Jack observa Ennis seguindo pela estrada. O que não vê é a dor que se apodera do caminhante, uma verdadeira reação de corpo e alma que o leva a procurar um canto na estrada pensando que vai vomitar, mas termina por chorar escondido e esmurra a parede diante do sofrimento da separação.
Não é uma experiência comum a todas as pessoas constatar que seus sentimentos mesclam o desejo amoroso com o medo de ser rejeitado e perseguido. Um amor que não pode ser declarado e tem como lugar o segredo é vivenciado como contradição diante da sociedade. É assim que o filme retoma o tema do amor proibido presente em melodramas, mas o enriquece por confrontar os sentimentos dos protagonistas não com restrições circunstanciais, mas com toda a ordem social que os rejeita.
Ennis casa-se com Alma, tem duas filhas e sobrevive em trabalhos brutos. A pobreza e a conformidade aos padrões sociais marcam Ennis de maneira tal que é difícil dissociar sua condição econômica desfavorecida da vida restrita a que se conforma. Jack é mais ambicioso e em um rodeio conhece uma moça texana rica, filha de um comerciante de equipamentos agrícolas, com a qual se casa e tem um filho.
Quatro anos depois da despedida, Jack envia um cartão a Ennis perguntando se poderia visitá-lo. Ele responde: "Pode apostar que sim". A cena do reencontro é uma das mais dramáticas do filme, pois os dois não conseguem se conter e trocam beijos do lado de fora da casa enquanto Alma os vê pela vidraça. A beleza da paixão incontida se mescla ao susto da esposa ao descobrir o segredo do marido.
Pela segunda vez, o amor dos dois se converte em um segredo aberto1 e, dessa forma, o filme leva o expectador a temer pelo futuro dos dois apaixonados que estão mais expostos e vulneráveis do que imaginam. Além disso, nos vemos no dilema entre a cumplicidade com os amantes e a simpatia pela esposa traída. A obrigação social de se relacionar com pessoas do sexo oposto, a heterossexualidade compulsória, enreda todos em suas teias, inclusive as companheiras.2
Logo depois do reencontro, Jack propõe que abandonem suas vidas de casados e construam outra juntos em um rancho isolado. Ennis relata que na infância sabia de um casal de homens que, apesar de sérios e trabalhadores, eram motivo de piada em sua comunidade. Um dia, seu pai o levou para o ver o cadáver de um deles, o qual fora assassinado e jogado no canal de irrigação. Segundo Ennis, provavelmente seu pai fizera o serviço. Assim, pondera que dois homens não podem viver juntos e só lhes resta se conformarem a encontros esporádicos na montanha.
Contraditoriamente unidos por meio de uma separação e pelo distanciamento da sociedade, vivem, ao mesmo tempo, seu amor e seu segredo. A obrigação social da invisibilidade se expressa nos silêncios que perpassam a história e a enriquecem, pois são justamente os silêncios que caracterizam relações entre indivíduos estigmatizados. Nenhum dos protagonistas diz eu te amo. O que não pode ser dito é convertido em uma troca de olhares a partir de um código de iniciados. A comunicação por olhares converte o amor do julgamento moral no da cumplicidade estratégica entre os subalternizados. O que os une, assim, é tão particular aos dois quanto socialmente moldado.
Alma separa-se de Ennis e ele se apega ao trabalho duro para cumprir as obrigações com as filhas. Ensaia um romance com uma garçonete, mas se decide pela solidão. Jack, mais passional e financeiramente estável, progressivamente não se conforma com os encontros esporádicos e se envolve com um vizinho. No último encontro dos dois, Jack desfere a frase "Quem me dera saber como te deixar", diante da qual Ennis desmorona e revela que por causa do que sente pelo outro não tinha mais nada, talvez nem mesmo forças para continuar a suportar aquela situação.
Diante de um cartão que retorna com o carimbo "falecido", Ennis liga para a esposa de Jack. O relato de Lureen sobre a morte do marido em um suposto acidente com um pneu estourado é seguido por imagens de um espancamento, o que contradiz sua versão e mostra ao expectador que ele foi assassinado. O último desejo dele era o de que suas cinzas fossem espalhadas na montanha Brokeback e por isso ela enviara parte das cinzas para a família, em Lighting Flats, por achar que lá ficava o local.
Ennis segue até o rancho decadente em que vivem os pais de Jack. John Twist é um patriarca decadente cuja fala descreve o fracasso do filho. Nessa cena, descobre-se que Jack nunca escondera Ennis dos seus, mas por fim tentara mudar para ali com o vizinho texano, decisão que precipitou sua morte.
A comunicação não-verbal entre os personagens alcança seu ápice na troca de olhares entre Ennis e a mãe de Jack. Ela o convida para ir sozinho ao quarto do filho delegando a ele a intimidade e confiando-lhe um último segredo. No quarto austero e pobre, Ennis sente curiosidade pelo armário aberto e ao entrar nele percebe que, no fundo, em uma parte escondida, há um cabide com as camisas sujas de sangue pela briga no último dia de acampamento daquele verão de 1963. Em meio à penumbra e no aperto do armário ele as abraça como se nelas pudesse ainda sentir o amigo. As camisas guardadas revelam a Ennis que Jack também o amara desde o início e sofrera ao se despedirem vinte anos antes.
De volta à sala, Ennis se aproxima da mãe de Jack com as camisas em suas mãos. Eles trocam mais um olhar cordato e ela o ajuda a guardá-las em um saco de papel enquanto escutam John Twist sentenciar que as cinzas do filho serão enterradas no jazigo familiar. A mãe o mira nos olhos e pede para que ele venha visitá-los novamente. É como se fizessem um acordo para cumprir o último desejo de Jack.
Historicamente, as mulheres tornaram-se mais sensíveis a sinais não-verbais, aprenderam a identificar melhor uma emoção não representada verbalmente e decifrar o que está implícito em um diálogo. Gays, ao contrário, por serem homens que foram criados para a heterossexualidade, costumam compreender melhor o ponto de vista dos dominantes do que o seu.3 Nessa cena, Ennis passa por uma inflexão que não existe no conto. Ele terá que usar do mesmo tipo de astúcia da mãe de Jack para subverter o sistema do segredo aberto que moldou sua vida e matou seu amado.
A cena final também não existe no conto e evidencia a visão política dos roteiristas Diana Ossana e Larry McMurtry com relação às polêmicas contra o casamento gay. A filha de Ennis vai visitá-lo em seu trailer. Está com 19 anos, a mesma idade que ele tinha quando conheceu Jack. Alma Jr. vem noticiar-lhe seu casamento e pedir que ele vá à cerimônia. Ele titubeia porque tinha um rebanho para cuidar, mas aceita o convite. Quando a filha se vai, percebe que ela esqueceu seu suéter. Assim, o dobra e ao abrir o armário para guardá-lo vemos que mantém penduradas na porta as camisas velhas e um postal da montanha Brokeback. É como se mirasse o amor perdido e cujas cinzas nem lhe pertencem – a prova de amor mantida em segredo. Com o olhar turvo diz: "Jack, eu prometo" e fecha o armário. A câmera se fixa na imagem da porta fechada, bem ao lado da janela, enquanto a bela música de Gustavo Santaolalla se eleva.
A história que já era conhecida nos bastidores de Hollywood como o melhor roteiro impossível de se produzir demorou sete anos a se materializar em um filme de orçamento baixo e que, tudo indicava, seria relegado a um circuito alternativo. Ao contrário do esperado, a obra tornou-se sucesso de público e de crítica. Nos Estados Unidos, sua repercussão foi beneficiada pelo conhecimento geral de que a história se passa na região em que um rapaz gay, Martthew Shepard, foi brutalmente assassinado em 1998. Também é o local de origem de George W. Bush, presidente eleito em meio à controvérsia de acrescentar uma emenda à constituição proibindo o casamento entre pessoas do mesmo sexo.
No Brasil, a recepção se dá quando o casamento gay alcança certa relevância na mídia, mas o decisivo parece ser o fato de que em nossa sociedade é forte a invisibilização de amores como o de Ennis e Jack. O armário continua a existir e o segredo ainda é regra para a imensa maioria das pessoas que amam outras do mesmo sexo, em especial as que vivem em cidades pequenas e médias. Nesse sentido, o filme tem maior alcance por deslocar a problemática de uma classe média cosmopolita, daqueles que podem ser mais apropriadamente chamados de gays, para pessoas menos favorecidas e mais expostas às sanções morais e à violência.
Brokeback Mountain mostra como vivemos em uma sociedade estruturada no jogo do visível e do invisível, do dito e do silenciado, do plenamente vivido e do que é mantido em segredo. A mesma ilusão de invisibilidade que permite que o amor entre Jack e Ennis se realize na montanha os aprisiona na condição do segredo aberto. Nele, a rejeição da relação é dupla: pelos parceiros amorosos que a concebem como questão privada e pelos quesabem e convertem-se em algozes. O contratante expressa sua repulsa por Jack quando ele retorna em busca de emprego; Alma, a esposa traída, revela seu nojo pela relação do marido em uma conversa enquanto a esposa de Jack termina como a provável mandante de seu assassinato. Todos, sem exceção, são enredados no mesmo mecanismo social que constitui a experiência de vida dos protagonistas.4
A estrutura do segredo aberto e o fim de Jack expõem o caráter elusivo da escolha entre viver escondido ou sair do armário. Aqueles que vivem seu amor de forma clandestina estão expostos ao perigo e quanto mais o segredo é aberto mais rigor e violência emergem para a manutenção das normas sociais. Quem sai do armário coloca outros dentro dele. Alma, sem poder viver mais o conflito do segredo do marido, pede o divórcio, mas a esposa de Jack vê-se jogada contra a ordem social pela decisão do marido de a deixar e reage de forma assassina.
A obrigação social da invisibilidade mantém atual o amor impossível expresso na metáfora clássica do viver no armário. Os roteiristas enfatizam essa experiência nas cenas finais ao focarem as camisas sujas de sangue, símbolo dos conflitos da relação. De um armário ao outro, o amor é mantido em segredo por vinte anos, o que o filme dramatiza de forma a politizar o privado e fazer da história de amor de Ennis Del Mar e Jack Twist um épico em que um casal marginalizado revela-se heróico até no fracasso. Enquanto no final do conto permanece o conformismo de que se deve agüentar o que não tem jeito, na versão escrita pelos roteiristas Ennis fica entre o segredo no armário e a promessa de não aceitar as coisas como elas ainda são.


QUEBRANDO TABUS

filme Lolita
Em 1947, um professor de meia-idade (Jeremy Irons) de origem inglesa vai lecionar literatura francesa em uma pequena cidade da Nova Inglaterra e aluga um quarto na casa de uma viúva (Melanie Griffith), mas só realmente decide ficar quando vê a filha (Dominique Swain) dela, uma adolescente de doze anos por quem fica totalmente atraído. Apesar de não suportar a mãe da jovem se casa com ela, apenas para ficar mais próximo do objeto de sua paixão, pois a atração que ele sente pela enteadaé algo devastador. A jovem, por sua vez, mostra ser bastante madura para a sua idade. Enquanto ela está em um acampamento de férias, sua mãe morre atropelada. Sem empecilhos, seu padrasto viaja com sua enteada e diz a todos que é sua filha, mas na privacidade ela se comporta como amante. Porém, ela tem outros planos, que irão gerar trágicos fatos.


QUEBRANDO TABUS


A ultima tentação de cristo (filme de 1988)
Jesus (Willem Dafoe) é um carpinteiro que vive um grande dilema, pois é quem faz as cruzes com as quais os romanos crucificam seus oponentes. Resumindo, Jesus se sente como um judeu que mata judeus. Vivendo um terrível conflito interior ele decide ir para o deserto, mas antes pede perdão a Maria Madalena (Barbara Hershey), que se irrita com Jesus, pois não se comporta como uma prostituta e sim como uma mulher que quer sentir um homem ao seu lado. Ao retornar, Jesus volta convencido de que é o filho de Deus e logo salva Maria Madalena de ser apedrejada e morta. Então reúne doze discípulos à sua volta e prega o amor, mas seus ensinamentos são encarados como algo ameaçador, então é preso e condenado a morrer na cruz. Já crucificado, é tentado a imaginar como teria sido sua vida se fosse uma pessoa comum.

DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A HOMOFOBIA

LGBTQIAPN+ A LUTA CONTINUA O   17 de maio   é o   Dia Internacional de Luta contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia . Essa data tem como ob...