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sexta-feira, 1 de julho de 2022

VISIBILIDADE TRANS.

 29 de janeiro, Dia da Visibilidade Trans. O Brasil celebra essa data liderando um ranking que em nada traz orgulho para nós. Segundo dados do relatório da organização não governamental Transgender Europe (Ong TGEu /2016), quase 900 pessoas trans e travestis foram assassinadas entre 2008 e 2016. Para entender o tamanho do problema, o México contabilizou 256 mortes nesse mesmo período. Estados Unidos somaram 146 assassinatos. Na Turquia, foram 46. Rússia, três. Só no ano passado, segundo levantamento da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), pelo menos 175 pessoas trans e travestis brasileiras tiveram a vida, os planos e a chance de um futuro interrompidos. 



Em números absolutos, São Paulo foi o estado brasileiro que mais matou trans e travestis no ano passado, seguido de Ceará, Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Mesmo com a pandemia, em que o isolamento social se tornou imprescindível, o número de pessoas mortas pela condição de ser quem são não caiu.  "O Brasil vai continuar ainda por muitos anos sendo o País que mais mata trans. Não existe uma política pública específica que vai erradicar os assassinatos, a não ser pela educação e pela punição dos crimes. Muito embora tenhamos o feminicídio como uma prática criminosa, ainda assim existe uma grande parte de pessoas que comete esse crime. O transfeminicídio vem nesse mesmo bojo, com uma grande característica de que esses crimes nem são investigados", lamenta a presidenTRA da Antra, Keila Simpson. 

A expectativa de vida dessas pessoas é outro problema alarmante, destoando consideravelmente da média das pessoas consideradas cisgênero - que é quando o indivíduo se identifica com a condição de nascimento (a menina se enxerga como menina e o menino se enxerga como menino). De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a média nacional das pessoas cis é de 75,5 anos. As transgênero vivem, em média, 35 anos. Além da morte física, pessoas transexuais e travestis ainda têm que lidar com a falta de representatividade. Não há, por exemplo, um levantamento oficial ou confiável que revele hoje quantas e quantos se identificam de maneira diferente da que nasceram. 

"Não existe nenhum dado quantitativo de pessoas transexuais e travestis no Brasil. Quem deveria ter desses dados era o IBGE e eles nunca fizeram isso, a despeito de termos feito diversas investidas. Pedimos que colocassem no censo o marcador identitário da identidade de gênero e ainda não conseguimos. Estima-se por alto o número de pessoas trans no Brasil (1,9% da população total), mas não são números reais. Então, toda vez que trabalhamos com políticas públicas, partimos dessas suposições com números que não são reais", dispara Keila. 

A falta de identificação com o corpo pelas pessoas trans também passa pelo nome. Um levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feito em 2018, mostra que pouco mais de duas mil pessoas retificaram o nome nos cartórios, isso no primeiro ano da norma que possibilita essa mudança sem ação judicial ou laudo médico - agora, basta ir ao cartório para realizar a alteração.Na opinião de Ábiner Augusto Mendes Gonçalves, integrante da Associação de Advogados pela Igualdade, o Brasil já avançou em alguns pontos nesse sentido. "Nos últimos tempos, foi retirada a transexualidade do rol de adoecimento mental pela Organização Mundial da Saúde (OMS), por exemplo. Tivemos também essa Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) que julgou a mudança de prenome pelas pessoas trans, em que elas não precisam de nenhum laudo médico nem passar pela Justiça. Já temos decisões judiciais nos estados aceitando que a Lei Maria da Penha seja aplicada para as mulheres trans, já que o conceito de mulher dado pela lei é de identidade de gênero, e não biológico e fisiológico", elenca o advogado. 

"Quanto mais visibilidade é dada para as pessoas trans, mas a sociedade se naturaliza com o convívio delas na sociedade. É importante que isso continue, que isso se naturalize realmente como pessoas dignas que elas são, como qualquer outra, para ter relacionamentos, empregos e uma vida que possa prosperar", espera Ábiner. Caetano Mendes, 21 anos, mora atualmente em Belo Horizonte (MG). Além de cursar faculdade no curso de relações internacionais na PUC Minas, Caetano tem ainda uma marca de roupas, em parceria com uma amiga. E ele ainda encontra tempo para estudar para o tão sonhado concurso. "Eu pretendo seguir a carreira de diplomata, mas só depois da graduação."

Aos 15 anos, Caetano percebeu que gostava de mulheres. O que poderia ser um acontecimento natural na vida de um adolescente nessa idade, tornou-se motivo de reflexão para ele: Caetano é um jovem trans. "Aos 17 anos, tive meu primeiro relacionamento sério com uma menina e foi quando eu comecei a entender mais a relação com meu corpo, a entender melhor a relação com outras pessoas. Comecei a explorar mais meu corpo e percebi que não me identificava com certas coisas." 

Caetano se considera uma pessoa transgênero não-binário. O termo, ainda pouco difundindo e que pode causar confusão, é utilizado para denominar quem não se classifica exclusivamente em nenhum dos gêneros binários (masculino ou feminino). São pessoas que transitam entre os dois gêneros, sem necessariamente estar em um deles. 

"Eu me identificava com algumas características comumente chamadas de características sexuais secundárias masculinas ou associadas a homens, como barba, peitoral liso, voz mais grave. Mas não me identifico com o conceito de ser homem", reforça Caetano. "Eu me identifico mais com a transgeneridade do que com qualquer conceito de homem ou mulher." 


FONTE: SITE LINHA POPULAR

Busca por representatividade trans aumenta 129% em um ano em plataforma de imagens

No “Mês do Orgulho”, as empresas já estão pensando em como incluir a comunidade LGBTQ+ em suas campanhas sem cair em lugares-comuns que capitalizam o movimento e que, ao invés de atrair, alienam seus consumidores ano após ano. A iStock, a plataforma líder de e-commerce que fornece imagens, vídeos e ilustrações premium a preços acessíveis para PMEs, criativos e estudantes de todo o mundo, explora como as marcas podem promover uma representação mais autêntica de um dos coletivos LGBTQ+: a comunidade transgênero, não apenas durante este mês, mas durante todo o ano.

fonte: jornal linha popular

Por meio do VisualGPS Insights, sua mais nova plataforma interativa, a iStock oferece aos clientes dados de busca e download que informam suas estratégias de conteúdo e os ajudam a identificar lacunas nas narrativas visuais atuais, incluindo a representação de pessoas trans e outras identidades da comunidade LGBTQ+.

Analisando o contexto atual da comunidade transgênero na América Lati
na, observa-se que, embora a representação e a cobertura trans nas políticas públicas e nos principais meios de comunicação nunca tenham sido tão frequentes, os países latinos estão na metade do caminho, restando notar que ainda há muito trabalho ser feito.

Em março de 2020, o canal de notícias público na Argentina anunciou Diana Zurco como sua apresentadora, tornando-se a primeira mulher trans a apresentar notícias na TV aberta da região. A Argentina já era notícia há uma década por ser um dos primeiros países a aprovar a mudança de gênero no Documento de Identidade. Na Colômbia, durante as eleições de 2018, Tatiana Piñeros foi promovida como  a primeira candidata transgênero ao Congresso. Em novembro de 2021, foi inaugurada a Clínica Pública Trans na Cidade do México, a primeira do gênero no país. Essa iniciativa busca relembrar a rejeição e discriminação sofridas pela comunidade trans quando vão aos serviços de saúde. Vale lembrar que o México, segundo a ONG LetraS, é o segundo país com maior letalidade para pessoas trans, atrás apenas do Brasil. A expectativa de vida da comunidade trans no México é de apenas 35 anos.

Nesse sentido, de acordo com a plataforma de pesquisa criativa da iStock, o VisualGPS, uma fonte de informação que oferece dados e perspectivas sobre o consumo de conteúdo visual, revelou que os consumidores são muito mais propensos a ver pessoas da comunidade trans retratadas como vítimas de violência, do que em um ambiente diário com suas famílias ou mesmo “curtindo a vida”. De acordo com Federico Roales, Creative Researcher da iStock, apenas uma maior representatividade em termos de volume não é suficiente. O especialista indica que é importante que o público veja uma variedade maior de histórias visuais positivas protagonizadas por pessoas da comunidade trans e ressalta que as marcas podem ajudar a preencher essa lacuna.

Com maior visibilidade na mídia e progresso lento, mas constante na América Latina, uma das barreiras para aumentar a representação de transgêneros na publicidade parece ser que as marcas têm medo de errar. De acordo com o The Visibility Project da GLAAD, 81% dos anunciantes e 41% das agências estão preocupados com a representação inautêntica da comunidade e da cena LGBTQ+. O medo de que isso possa provocar uma reação negativa (um “escrache” ou a marca ser “cancelada”) tem como consequência a não inclusão de conteúdos visuais diversos como estratégia de redução de danos. No entanto, o VisualGPS revelou que o compromisso com a diversidade vai além da identidade autopercebida: 68% dos consumidores não LGBTQ+ preferem comprar de empresas que representam pessoas LGBTQ+ em seu conteúdo visual.

A iStock também informou que, entre 2021 e 2022, as pesquisas por conteúdo de pessoas transgênero aumentaram +129%. No entanto, apesar dessa intenção, as pessoas transgênero só foram representadas em menos de 1% do conteúdo mais baixado. Além disso, as narrativas visuais tendem a mostrar um espectro muito estreito de suas trajetórias de vida: como mostra a ferramenta VisualGPS Insights, a maioria das imagens mais populares relacionadas aos termos “lgbt” ou “trans” mostram cenários com bandeiras de orgulho, ou o tradicional desfiles, demonstrando falta de profundidade cultural e autenticidade na forma como as histórias LGBTQ+ estão sendo abordadas.

“As imagens LGBTQ+ mais populares mostram celebraçõe
s de orgulho e os temas predominantes são centrados na luta pela igualdade. Embora isso tenha sido importante alguns anos atrás, quando se defendia mais visibilidade, as marcas agora precisam se concentrar em tornar o LGBTQ+ mais prevalente na sociedade. Os resultados da pesquisa no VisualGPS Insights mostram que há muito pouco conteúdo que coloque as histórias do coletivo LGBTQ+ diretamente na cultura latino-americana”, disse Federico Roales.

Sobre a iStock:

A iStock é uma fonte global líder de conteúdo visual, oferecendo às pequenas e médias empresas e indivíduos uma maneira poderosa de fazer sua mensagem se destacar para os consumidores. A iStock oferece mais de 145 milhões de fotos, ilustrações, vetores e videoclipes premium extraídos da multidão e disponíveis a preços acessíveis e sem complicações. Combinando a comunidade global exclusiva de colaboradores da iStock com os extensos recursos e experiência em tendências criativas da empresa-mãe Getty Images, a iStock oferece qualidade líder de mercado, conteúdo de estoque criativo distinto e autêntico, disponível apenas em www.istock.com.

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