RADIOS HOMO FORA FOBIA

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

ESTUDOS SOBRE O HOMOSSEXUAL NO TRABALHO

DISCRIMINAÇÃO, HOMOFOBIA E VIOLÊNCIA NO TRABALHO

A homossexualidade é tema constante de piadas e de  desprezo na cena organizacional, além da discriminação no que se refere à ascensão profissional.
Violência envolve a capacidade de alguém – o agressor – de tirar de outrem – o agredido – algo que lhe é importante em algum sentido. Instala-se uma condição de desigualdade que permite àquele privar este de algum aspecto que lhe é caro.
Como cidadãos. “A violência nos impede não apenas de ser o que gosta-ríamos de ser, mas, fundamentalmente, de nos realizar como homens”
Neste artigo se explora basicamente um tipo de violência, a violência
Moral. Esta variante tem como um dos seus principais representantes o assédio
Moral, que pode ser compreendido como “toda e qualquer conduta abusiva manifestando-se, sobretudo, por comportamentos, palavras, atos, gestos e escritos que possam trazer dano à personalidade, à dignidade ou à integridade física ou psíquica de uma pessoa, pôr em perigo seu emprego ou degradar o ambiente de trabalho” . É um processo contínuo em que a pessoa vai tendo as suas resistências psicológicas minadas pelo assediador, de tal modo que o constrangimento e a humilhação se tornam características constantes do seu ambiente de trabalho.
Seja por meio da agressão vertical ou lateral, por  manobras perversas, por líderes narcisistas destrutivos ou por abuso de poder, o sujeito é invadido em sua subjetividade pela desqualificação, pelo isolamento e pela falta da comunicação.
Ainda segundo Hirigoyen , “o assédio torna-se possível porque vem precedido de uma desvalorização da vítima pelo perverso”. E essa desvalorização pode ainda ocorrer quando o grupo categoriza os sujeitos e não respeita a diversidade. A humilhação ou a violência moral não necessitam ser algo de grande visibilidade, para estabelecer uma doença ou desequilíbrio psicológico; são os pequenos e, muitas vezes, invisíveis constrangimentos e humilhações que acarretam perda de significado do trabalho e nas relações lá vivenciadas.
A problemática da violência moral adquire contornos dramáticos quando a
homofobia – qualquer tipo de ato discriminatório, mesmo sem violência física – entre em cena. A homofobia é um dos problemas sociais brasileiros menos estudados, sendo assassinados, anualmente, mais de 2.000 homossexuais no país pela sua orientação sexual (GGB). Apesar de alarmante, esse número é possivelmente maior, tendo em vista a carência de levantamentos específicos.
Os crimes de ódio contra homossexuais, além de constituírem desrespeito aos direitos humanos não ocorrem apenas sob a forma de homicídios, mas também por atos de violência moral, como ataques verbais proferidos por autoridades dos três poderes. Não são raras, também, as declarações de políticos e religiosos que comparam homossexuais a animais, preconceitos que consideram o indivíduo gay como aberração da natureza, e a homossexualidade, uma doença que precisa ser “curada”

Associada ao machismo, à baixa escolaridade e à impunidade, a homofobia se reproduz em diversas esferas sociais, provocando a estigmatização do indivíduo gay. No meio organizacional, a situação não é diferente, sendo observada

JORGE MOTT.
De acordo com Mott (2006, p.510), “Em muitos manuais de Sexologia Forense e Medicina Legal ainda hoje utilizados em nossos cursos de Direito,  a homossexualidade continua sendo preconceituosamente referida como ‘homossexualismo’e ‘pederastia’, conceituada como parafilia, anormalidade, patologia”. Daí a rejeição ao termo homossexualismo e adoção do termo homossexualidade, ainda que haja divergências consideráveis  a respeito deste termo, associada à orientação sexual, e não a uma perspectiva social e política mais ampla.

Uma manifestação recente na cultura da força da sexualidade, de acordo com Jorge (2007, p.42), foi a tentativa da governadora do Estado do Rio de Janeiro, Rosinha Garotinho “de instaurar pelo Estado o tratamento gratuito para os homossexuais que quisessem se curar. Trata-se do projeto de lei nº 717/2003, proposto pelo deputado estadual evangélico Edino Fonseca. Os maiores de idade poderiam buscar tratamento ‘voluntariamente’ e os menores, pela vontade dos pais! Tal projeto, que parte do pressuposto de que a homossexualidade é uma doença  que pode – e portanto, deve – ser tratada, aliando os preconceitos dos evangélicos filiados à  Assembléia de Deus às forças repressivas do
“Estado, não obteve aceitação e foi repudiado na medida em que alguns segmentos da cultura manifestaram-se intensamente por meio de artigos na imprensa e por protestos na Câmara”. Distintas formas de discriminação do diferente e de recusa do outro, o que se estende aos homossexuais, que se vêem muitas vezes desamparados em situações de preconceito e atos discriminatórios, velados ou explícitos, em que são limitadas as possibilidades de ascensão profissional, de relacionamentos sociais, e de inserção mais ampla nas organizações.
A homofobia pode ser compreendida como “representando sentimentos emocionais de ansiedade, aversão, raiva, desconforto e medo que heterossexuais podem experimentar em contato com pessoas homossexuais” (SERDAHELY;
(ZIEMBA, 1984, p.110). A discriminação do gay no ambiente de trabalho leva a que os indivíduos mantenham sua orientação sexual  in closeted ocultando sua própria identidade, acarretando desdobramentos físico se emocionais. Estudos que permitam compreender as dinâmicas sociais relacionadas ao homossexual nas organizações, assim, são necessários para se levantar propostas de medidas de prevenção e de combate à violência e à estigmatizarão do homossexual na sociedade contemporânea, o que inclui as organizações.
O indivíduo gay está, em muitos casos, em situação fragilizada nas organizações, tenha ou não a sua orientação sexual revelada, o que inclui situações de constrangimento e de humilhação, como piadas homofóbicas, discriminação e desigualdade de tratamento em questões associadas à ascensão na carreira. Croteau
(1996) observa que o medo da discriminação é um dos principais fatores experimentados pelos homossexuais no ambiente de trabalho. E esta vivência emocional dolorosa pode, como discute Dourlen (2005, p.85), atingir a representação (consciente e inconsciente) “que o indivíduo possui de si mesmo. Ele é o sintoma
de uma ferida narcisista que significa uma diminuição da estima de si, do sentimento de unidade interior, de integridade; é capaz  de desintegrar a vida psíquica, desvelando a vulnerabilidade do indivíduo”. A tensão oriunda dessas práticas insere o indivíduo em um estado de confusão e de sofrimento que, não raras vezes, culminam em seu adoecimento, por mais que utilize estratégias de defesa na manutenção da sua normalidade psíquica.
Além de sua história pessoal na aceitação da homossexualidade, o indivíduo gay se vê envolvido em circunstâncias de aviltamento ou, como sustenta Ansart (2005, p.15), vivencia situações humilhantes, “uma  agressão na qual o sujeito
(“indivíduo ou coletivo) fere, ultraja uma vítima sem que seja possível uma reciprocidade”. No momento em que o homossexual é preterido em um processo de promoção por conta de sua orientação sexual, ele se sente constrangido frente aos colegas e perante si mesmo, vulnerável e inseguro,  sem referências e sem saberá quem recorrer (BARRETO, 2003).
No contexto organizacional, o indivíduo  gay é objeto de injustiças e de situações que o degradam em seu ambiente de trabalho, tendo dificuldades em exercer seus direitos, inclusive nas empresas em que trabalham. Benefícios, como plano de saúde para os parceiros, são freqüentemente negados, apesar da tendência de mudança em várias empresas, líderes de mercado
 É contraditório se pensar que, por um lado, as organizações se mostram mais abertas aos homossexuais – desde que não sejam efeminados e nem saiam do padrão social mínimo pré-estabelecido – mas, por outro, o empregado gay teme um possível  seus efeitos e, principalmente, a omissão da empresa que, apesar de lhe conceder alguns benefícios equivalentes aos concedidos aos heterossexuais, não o protege de atos discriminatórios.
A homossexualidade é tema constante de piadas e de desprezo na cena organizacional, além da discriminação no que se refere à ascensão profissional.

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FONTE:HOMOFOBIA E VIOLÊNCIA NO TRABALHO NO DISTRITO FEDERAL Marcus Vinicius Soares Siqueira
Luiz Alex Silva Saraiva
Alexandre de Pádua Carrieri
Helena Karla Barbosa de Lima
Augusto José de Abreu Andrade

veja segunda parte sobre discriminação e homofobia no trabalho

HOMOFOBIA

A LUTA CONTRA A HOMOFOBIA


A homofobia é o termo usado para designar o preconceito e aversão aos homossexuais. Atualmente a palavra é usada para indicar a discriminação às mais diversas minorias sexuais, como os diferentes grupos inseridos na sigla LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais, transgêneros, travestis e intersexuais). A repulsa e o desrespeito a diferentes formas de expressão sexual e amorosa representam uma ofensa à diversidade humana e às liberdades básicas garantidas pela Declaração Universal dos Direitos Humanos e pela Constituição Federal.   
Muitas vítimas de homofobia sentem-se impelidas a reprimir sua orientação sexual, seus hábitos e seus costumes, sendo freqüente a ocorrência de casos de depressão. É importante salientar que todo ser humano, independente de sua sexualidade, tem o direito ao tratamento digno e a um modo de vida aberto à busca de sua felicidade. A procura de ajuda psicológica e da Justiça é essencial para que a discriminação homofóbica afete da menor maneira possível a vida das vítimas.
A Constituição Federal brasileira não cita a homofobia diretamente como um crime. Todavia, define como “objetivo fundamental da República” (art. 3º, IV) o de “promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor, idade, ou quaisquer outras formas de discriminação”.  É essencial ter consciência de que a homofobia está inclusa no item “outras formas de discriminação” sendo considerada crime de ódio e passível de punição.
Através da Lei Estadual 10.948/2001, o estado de São Paulo estabeleceu diferentes formas de punição a diversas atitudes discriminatórias relacionadas aos grupos de pessoas que tem manifestação sexual perseguida por homofóbicos e intolerantes. Atualmente está em tramitação no Congresso o Projeto de Lei da Câmara (PLC) 122/2006 que tem como proposta a criminalização da discriminação gerada por diferentes identidades de gênero e orientação sexual.

A expressão homofóbica pode se dar das mais variadas formas. Em alguns casos a discriminação pode ser discreta e sutil, entretanto, muitas vezes, o preconceito se torna evidente com agressões verbais, físicas e morais. Qualquer que seja a forma de discriminação é importante a vítima denunciar o acontecido. A orientação sexual não deve, em hipótese alguma, ser motivo para o tratamento degradante de um ser humano.
  •  o agressor costuma usar palavras ofensivas para se dirigir à vítima ou aos LGBTI como um todo;
  •  muitas vezes o agressor não reconhece seu preconceito e trata as ocorrências de discriminação como brincadeiras;
  •  é comum o agressor fazer uso de ofensas verbais e morais ao se referir às minorias sexuais;
  •  a agressão física ocasionada pela homofobia é comum e envolve desde empurrões até atitudes que causem lesões mais sérias, como o espancamento;
  • o agressor costuma desprezar todas as formas de comportamento da vítima, considerando-os desviantes da normalidade;
  •  o homofóbico costuma se dirigir à vítima como se esta fosse inferior, nojenta, degradante e fora da normalidade;
  • é costume do homofóbico a acusação de que as minorias sexuais atentam contra os valores morais e éticos da sociedade;
  • o agressor costuma ficar mais agressivo ao ver explícitas demonstrações amorosas ou sexuais que fogem ao padrão heteronormativo (por exemplo: mãos dadas, beijos e carícias)
  • o agressor costuma negar serviços, promoção em cargos empregatícios e tratamento igualitário às vítimas
Não há justificativas para qualquer tipo de discriminação causada pela homofobia. Os LGBTI têm direito à expressão amorosa e sexual, e a explicitação desta não é desculpa para um comportamento agressivo. É muito importante denunciar qualquer tipo de atitude homofóbica. Toda Delegacia tem o dever de atender as vítimas de homofobia e de buscar por justiça. Além de ser um direito, é dever de todo cidadão denunciar esse tipo de ocorrência. Através da denúncia protege-se não apenas uma vítima, mas todo um grupo que futuramente poderia ser atacado.

A vítima deve exigir seus direitos e registrar um Boletim de Ocorrência. É de essencial importância buscar a ajuda de possíveis testemunhas na luta judicial a ser iniciada. Em caso de agressões físicas, a vítima não deve lavar-se nem trocar de roupa, já que tais atos deslegitimariam possíveis provas que devem ser buscadas através de um Exame de Corpo de Delito (a realização desse exame é indispensável). Se a violência acontecer através de danos à propriedade, roupas, símbolos, bandeiras e etc, deve-se deixar o local e os objetos da maneira como foram encontrados para que as autoridades competentes possam averiguar legitimamente o acontecido. Atualmente o Disque 100 funciona como um número de telefone destinado ao recebimento de denúncias sobre pedofilia, abuso de crianças, trabalho infantil e também homofobia. 

fonte:WWW.GUIADEDIREITO.ORG

OS MAIORES BEIJOS DA HISTÓRIA DO FUTEBOL MUNDIAL

OS BEIJOS FAMOSOS EM UM ESPORTE MACHISTA



O mundo do futebol em uma escalada de situações divertidas de seu integrantes em uma formar de combate o preconceito e homofobia, em um esporte onde o machismo e arraigado com a tradição moralista que não vale a pena pois o mundo agora mudou a época passada não existe novas vidas nasceram com suas forma de felicidade. A cada época as coisas modificam sendo criados forma de amar e viver e isso vai acontece no futuro.




DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A HOMOFOBIA

LGBTQIAPN+ A LUTA CONTINUA O   17 de maio   é o   Dia Internacional de Luta contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia . Essa data tem como ob...