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quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

A propósito do filme sobre o inglês que decifrou o código criptográfico nazi

  A propósito do filme sobre o inglês que decifrou o código        criptográfico nazista

Saímos da sala de exibição do filme um tanto amargurados. Não é para menos. Vermos que, em 1954, foi levado ao suicídio um autêntico herói nacional que, pela obra a que se dedicou, de corpo e alma, fez com que a Segunda Grande Guerra acabasse dois anos mais cedo do que se esperaria. Poupando, desse modo, inúmeras vidas humanas…
fonte: tribunadonorte.com.br 
E porquê? Como muitos de vocês saberão, o homem foi condenado pelo Tribunal por ser… homossexual. Isto na civilizada Inglaterra dos anos 50 do século passado. País em que a homossexualidade só deixou de ser crime em 1967, o que explica uma vasta lista de condenações judiciais de ingleses com essa tendência sexual. No país que, nos anos 60, assistiu à libertação sexual associada à descoberta da pílula, ao aparecimento da mini-saia, à criativa explosão de bandas da música rock…
 
Estamos, portanto, a falar do matemático Alan Turing, retratado no filme "O Jogo da Imitação", que está em exibição "num cinema perto de si". O referido suicídio de Turing veio na sequência de uma depressão, como resultado da sanção, decretada pelo Tribunal, a que se submeteu: tratamento com hormonas femininas e castração química. A alternativa a este tratamento compulsivo seria cumprir uma pena de prisão. Mas o nosso cientista, que teve o azar de ser homossexual, preferiu essa sanção química, pois o encerramento na prisão separá-lo-ia da máquina (que tinha em casa), que antes concebera e que servira para decifrar o Enigma - dispositivo nazi criptográfico, absolutamente temível para os Aliados, por ser considerado impossível de decodificar. O seu desejo era aperfeiçoar esse engenho antigamente. Que deu origem ao moderno computador.
 
A actividade de Turing e sua equipa de decifração do referido código nazi constituiu um segredo de Estado, vindo a ser revelado somente 50 anos depois, por decisão das superiores autoridades inglesas. Assim, embora se compreenda a razão dos segredos nacionais em causa naquele tempo do após-guerra, não podemos deixar de nos chocar com as consequências de todo esse secretismo no trágico destino de Turing. Pelos vistos (por aquilo que sei), não houve intervenção de responsáveis, conhecedores da sua portentosa obra antinazi, que tivesse atuado junto das devidas instâncias do Estado, inclusive do Tribunal, para libertar o cientista daquele suplício.
 
Ah! Mas sempre houve um louvor e pedido de desculpas oficial, a favor do cientista, por parte da rainha Isabel II, em 2013. Vá lá… Alguma coisa oficial foi feita, como desagravo! No filme, é evidenciada a personalidade complexa de Alan Turing: certa insociabilidade e falta de empatia do cientista: Um expert solitário e autocentrado, convencido da sua superioridade, mas que soube evoluir para uma postura mais de acordo com o trabalho em equipa. A gênese do mecanismo decodificador concebido por Turing foi construir uma máquina com a mesma lógica de pensamento que a do Enigma alemão. Advirá daí o título do filme: "O Jogo de Imitação".
 
Em todo o filme, não é muito abordada a homossexualidade da personagem. Sequências de certo interesse, nesse aspecto, situam-se na sua vida de estudante, em Cambridge, em relação um colega de turma, seu único amigo e cúmplice. Usando ambos frequentemente mensagens codificadas. Um aspecto a assinalar é a surpresa (e decepção?) sentida pelo matemático, ao saber que esse seu colega - e objeto da sua afeição - tinha morrido de uma doença incurável, que nunca lhe revelara. Terá Turing interpretado essa omissão da verdade como mais um jogo criptográfico?
 
 Fonte: http://pt.blastingnews.com

MILITARES ENDURECEM E NÃO ACEITAM GAYS NAS FORÇAS ARMADAS

Governo prevê embate com militares na luta por direitos dos gaysPlanalto identifica forte resistência das Forças Armadas à proposta de aceitar homossexuais em seus quadros, possibilidade que se aproxima com leis antidiscriminação.

 Ele mais uma vez: o deputado Jair Bolsonaro é um dos parlamentares que já se posicionou contrário ao PL-7582, de autoria da deputada Maria do Rosário (PT-RS)

A estratégia do governo para avançar na defesa dos direitos de homossexuais, apesar do Congresso com perfil mais conservador que tomará posse na próxima semana, pode esbarrar em um novo obstáculo. Em vez da bancada evangélica, a resistência deverá ser liderada por representantes das Forças Armadas. O temor dos militares é que, com o avanço de leis que combatam a discriminação de gênero, tenham que aceitar homossexuais em seus quadros.

O governo pretende abrir diálogo com as igrejas, abandonando a defesa do PLC-122, que torna crime a homofobia e que acabou apensado à proposta de reforma do Código Penal, em uma manobra dos evangélicos no Senado que anulou toda aprovação já realizada na Câmara.

A nova estratégia do governo inclui apostar na aprovação de outra proposta, de combate à intolerância. O PL-7582, de autoria da deputada Maria do Rosário (PT-RS), define crimes de ódio e intolerância e cria mecanismos para coibi-los.

Este projeto não carrega a resistência das igrejas. No entanto, conta com a aversão dos militares, que não querem ser impedidos de recusar homossexuais nos quadros do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.

O ponto de discordância está no dispositivo que proíbe o “impedimento de acesso de pessoa, devidamente habilitada, a cargo ou emprego público, ou sua promoção funcional sem justificativa nos parâmetros legalmente estabelecidos, constituindo discriminação”, constante no item II do artigo 4º da proposta. Entre as formas de discriminação listadas na proposta, estão orientação sexual, identidade e expressão de gênero.

Em uma nota técnica emitida pela assessoria parlamentar do Exército, ainda sob o comando de Enzo Peri, a instituição se manifestou contrária à proposta. O documento foi enviado ao relator da proposta, deputado Luiz Couto (PT-PB).

Na nota, a assessoria se colocou contrária à aprovação do documento, alegando que traria “efeitos negativos” para as Forças Armadas e “reflexos indesejáveis” para o Exército. Entre os parlamentares mais ligados às Forças Armadas e que se posicionam contrários à proposta estão o deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), que protagonizou mais de uma polêmica relacionada ao tema no Congresso, e Nelson Marquezelli (PTB-SP), bastante ligado a militares da Aeronáutica.

Uma das alegações dos militares está no próprio Código Penal Militar, de 1969, que condena, no artigo 235, a "prática de ato libidinoso, homossexual ou não, em lugar sujeito à administração militar".

Para a autora do projeto, o posicionamento da assessoria parlamentar do Exército foi precipitada e equivocada. “Eu minimizo o conteúdo desta nota porque considero que foi um equívoco da assessoria em relação a esta proposta. Até porque, este posicionamento não foi endossado pelo governo”, disse a deputada que pretende abrir o diálogo sobre a proposta, tanto com as igrejas quanto com os representantes militares.

“Não considero que esta proposta seja capaz de abalar as estruturas de instituições como o Exército, a Marinha e a Aeronáutica. Além disso, o projeto não foi pensado com esta intenção. Foi uma proposta construída ouvindo os movimentos sociais e vários segmentos da sociedade. Estou disponível ao diálogo com o governo e com a sociedade”, disse a deputada.





Fonte: iG

DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A HOMOFOBIA

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