RADIOS HOMO FORA FOBIA

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

RAÍ É HOMOFOBICO? NÃO É


Em uma bela manhã, Raí acorda e se depara com a notícia, via jornais: Bomba! Jogador Raí assume romance gay com apresentador da Globo, ou ainda, com amigos que ligam e o indagam: “e aí Raí, pegando o Zeca Camargo, hein, quem diria, por que você não falou nada para gente antes?

Deve ser bastante confortável tal questão, da noite para o dia você ter sua vida exposta de forma pejorativa, pois a homossexualidade, gostem ou não, no meio social, é símbolo de preconceitos e tabus fortíssimos; símbolo de rejeição e chacotas;  símbolo de ignomínia e perversão e, de repente, agora nem mais cobrar uma postura responsável e honesta, de quem fez o que fez, é algo viável ou possível, pois alguns militantes consideram que uma reação de indignação seja ela HOMOFOBIA!

Ao meu sentir, quem pensa assim, pensa precipitadamente... Quando uma prostituta é chamada de prostituta (por quem for), ela pode processar, inclusive, criminalmente por difamação a pessoa que lançou tal impropério. Perceba, mesmo ela sendo prostituta! Afinal, o termo prostituta usado com o intuito de desonrar alguém, ou atingir a intimidade sexual de alguém de forma vexatória é crime! Da mesma forma a questão de chamar alguém de gay, de homossexual, com o intuito de expor a condição intima de um cidadão de forma a desqualificá-lo diante da opinião pública.  

Não foi o Raí que inventou a rejeição social dos gays, nem foi ele que caçou confusão com os mesmos, pelo contrário, envolveram-no em uma situação surreal,  expuseram-no de forma acachapante em uma questão em que há dois mil anos ter seu nome associado a tal grupo traz constrangimentos mil, e só por isso, há milhões de gays pelo mundo vivendo no anonimato, na clandestinidade da orientação sexual, com medo de serem expostos e terem que enfrentar o preconceito, a rejeição, a humilhação de algo íntimo e PERSONALÍSSIMO, que não diz respeito a ninguém!

Portanto, NÃO, RAÍ NÃO É HOMOFÓBICO por processar ninguém, ele só faz uso de seu direito de não querer ter sua vida exposta, ou seu nome usado em questões em que ele não consente, independente de ser a noticia falsa ou verdadeira. É direito de Raí não querer esse tipo de assunto relacionado à sua pessoa, pelo direito pessoal, intransferível, irrevogável, íntimo, que só diz respeito a ele e a ninguém mais! 

fonte: Gospel Lgbt

ASSEXUALIDADE E SAPIOSSEXUAL



Sapiossexual /Assexual

O que têm a dizer as "novas" sexualidades saídas do armário recentemente





Recentemente, os assexuais saíram do armário e têm tencionado um reconhecimento da assexualidade como uma verdadeira "quarta" orientação sexual à parte – se desconsiderarmos a pansexualidade. Dizem os assexuais que não têm interesse por relações sexuais, o que os diferenciaria dos héteros, homos, bis.


É verdade que, há um certo tempo, já se sabe que hétero, homo e bi são tipos ideais. Como tenho defendido, não existe entre eles fronteiras: existe um degradê, e há pessoas que ficam entre as cores intermediárias, difíceis de encaixar nas três orientações clássicas. Os exemplos são muitos, do homem que curte exclusivamente travestis à travesti que se relaciona com mulheres exclusivamente.

No entanto, este não é o caso da assexualidade. Se formos pensar no que diz a proposta dos assexuais, a ideia é que o "a-" representa a ausência de interesse por relações sexuais, que estariam no bojo das outras três orientações clássicas.

No fundo, com esse entendimento, os assexuais estão promovendo um retrocesso a tudo que a psicologia tem estudado e construído a respeito da complexa sexualidade humana e, para nos mantermos no tema, a respeito das orientações sexuais.

A primeira delas diz respeito ao conceito de sexualidade: um conceito amplo, que passa pelas sensações físicas provocadas por diferentes estímulos e vai até o ponto de conter as próprias orientações sexuais em si. Adultos têm sexualidade. Idosos têm sexualidade – mas, vale dizer, crianças também têm sexualidade, ainda que seja difícil determinar, nas mais tenras idades, qual seja sua orientação sexual.

O caso clássico das "fases sexuais", trazidas pela psicanálise, é aqui interessante. Quem nunca ouviu falar das fases oral, anal, genital... Que marcam o desenvolvimento do ser humano? Ora, a criança que está na fase oral está exercitando sua sexualidade, que difere da do adulto, ainda que não seja possível, ou muito difícil, determinar sua orientação sexual.

Essa verdade indica o óbvio, se o leitor acompanhou meu raciocínio: sexualidade vai muito além do ato sexual genital, do aquilo naquilo. Dentro desse espectro amplo da sexualidade, insere-se a orientação sexual, com o que se compatibiliza.

Com efeito, vamos manter um exemplo, uma pessoa é hétero se tem atração/desejo pelo sexo oposto. Ora, compatibilizando esse fundamento à noção ampla de sexualidade, é evidentemente que essa atração/desejo não se esgota no ato sexual, nem mesmo no desejo de realizá-lo. O desejo, aqui, deve ser tomado em uma acepção igualmente ampla, na qual o ato sexual se insere, mas que não se esgota nele e chega, inclusive, a abarcar a afetividade. Ninguém é hétero porque "transa" exclusivamente com alguém do sexo oposto: a pessoa "transa" exclusivamente com alguém do sexo oposto porque é hétero.

Tendo isso como pano de fundo, não é difícil chegar a seu resultado lógico: o ato sexual é resultado da orientação sexual, e não seu determinante. Mais ainda: pela própria amplitude do conceito de sexualidade e, compatível com ele, orientação sexual, esse ato sexual (= genital) pode ser resultado da orientação... Ou não.

Dito isso, por que a proposta dos assexuais é um retrocesso? Porque, indo na contramão da psicologia e de todo o conhecimento científico acumulado até agora, identifica a relação sexual com a orientação sexual, quando a segunda inclui a primeira, podendo esta ser seu resultado ou não. Em suma, para o assexual, o hétero é hétero porque "transa" exclusivamente com alguém do sexo oposto. É um erro conceitual, que cheira a naftalina e não faz jus ao conceito de orientação sexual.

Desse ponto de vista, portanto, a suposta assexualidade, excluindo-se os casos em que se instalou por traumas, não é uma "quarta" orientação sexual. É tão somente um dos resultados possíveis das três orientações sexuais clássicas, no que diz respeito ao ato.

Retomando o exemplo do heterossexual, existirão aqueles héteros que mantêm relações sexuais, os héteros que as mantêm em excesso (satiristas ou ninfomaníacas) e os héteros que não mantêm qualquer relação ("assexuais"): havendo atração pelo sexo oposto, e tomando essa atração ou desejo em sua acepção ampla, que inclui a afetividade – amor Eros –, a pessoa é hétero. "Transar" ou "não transar" é apenas um detalhe.

Não deixa de ser, aliás, comum observar que os assexuais mesmo dizem que não gostam do sexo em si, do ato em si – mas gostam do carinho, do afeto, do companheirismo e até do toque (não genital ou erotizado) de companheiros, com quem se envolvem, se apaixonam e gostam de dividir suas angústias e sentimentos. Lamento dizer: mas isso não é assexualidade. É a mesma velha e conhecida sexualidade humana, com a única diferença de não resultar ou não levar ao ato genital.

Assim, o "assexual" que dispensa esse tipo de carga emocional, desejo ou atração para o sexo oposto, por exemplo, não é assexual. É um hétero, tanto quanto aquele que transa, porque a transa é só um detalhe no conceito de orientação sexual, e, mais ainda, no conceito de sexualidade.

Gospel Lgbt
por João Marinho

"CURA DA HOMOSSEXUALIDADE"? DIGA NÃO!


Para quem não sabe, hoje a Câmara dos Deputados está discutindo um tenebroso projeto cujo intuito é fazer o Brasil voltar aos anos 1950 e restaurar as "terapias de conversão" ou "reparação" da homossexualidade.
 atualmente proibidas pela resolução CFP 01/99.

Não existe evidência científica de que essa "reversão" exista. O que existe é evidência de que ela pode causar danos emocionais e psicológicos a quem a ela se submete.

Diga NÃO! Não a essa nova tentativa evangélica fundamentalista de estabelecer uma volta ao passado e reescrever o que a ciência tem descoberto e já abandonou. É simples!


ntegrante do Conselho Federal de Psicologia (CFP), o psicólogo Celso Tondin, critica a proposta de lei que pretende mudar a resolução do CFP para permitir que psicólogos possam atuar na chamada “cura gay”. De acordo com o conselheiro, trata-se de como uma tentativa de “moralização” e de “higienização” da sociedade.

"Essa proposta é apresentada envolta em um discurso muito sedutor que é o do direito das pessoas. No entanto, esse discurso esconde uma tentativa de moralização, de higienização da sociedade. Há uma negação da diversidade humana sob uma fachada de defesa de direitos", analisou.

O conselheiro lembrou ainda que a atribuição de regulamentar o exercício da profissão de psicólogo cabe ao conselho e essa atribuição é regulamentada pela Lei 5.766, de 1971, que cria o conselho federal e os conselhos regionais de psicologia.

Ele reagiu à alegação de que a resolução restringe a atuação dos profissionais. "A gente não restringe, a gente regulamenta de acordo com o nosso código de ética, que é baseado em técnicas e conhecimentos científicos", destacou.

"Ao dizer que não é papel do conselho e, sim, do Poder Legislativo, o de criar as regras para o exercício da função, o deputado João Campos [autor da proposta] está cometendo um equívoco conveniente. Trata-se do meio que ele encontrou de veicular a idéia de que a homossexualidade é uma patologia", disse o conselheiro referindo ao parlamentar, do PSDB de Goiás.

Em nota divulgada nessa semana, o relator da proposta na Câmara dos Deputados, deputado Roberto de Lucena [PV-SP], disse que seu relatório foi mal interpretado. "A má interpretação do projeto de decreto legislativo causou desconforto e levou a discussão para a esfera religiosa, o que não é o caso. O termo ‘cura gay’, para Roberto de Lucena, foi um equívoco da matéria, utilizado de forma pejorativa, em especial por ser o autor da proposta um parlamentar de confissão evangélica, fato que demonstra mais um evidente e claro preconceito", diz o texto divulgado pela assessoria do deputado.

No entanto, para Tondin, as explicações do relator não passam de uma tentativa de "escamotear" a ideia central da proposta que é tratar a homossexualidade como uma doença. "Querem escamotear o real objetivo dessa proposta que é o de transformar a homossexualidade em uma doença. Se não achassem isso, não entrariam nessa questão dessa forma, não contestariam as resoluções do conselho de psicologia e não usariam o termo homossexualismo", diz o conselheiro.

No início da semana, o Conselho Federal de Psicologia publicou uma nota na qual afirma que "não existe oposição entre psicologia e religiosidade". "Pelo contrário, a psicologia é uma ciência que reconhece que a religiosidade e a fé estão presentes na cultura e participam na constituição da dimensão subjetiva de cada um de nós. A relação dos indivíduos com o sagrado pode ser analisada pelo psicólogo, nunca imposto por ele às pessoas com as quais trabalha", diz a nota.

"Assim, afirmamos o respeito às diferenças e às liberdades de expressão de todas as formas de religiosidade, conforme garantidas na Constituição de 1988 e, justamente no intuito de valorizar a democracia e promover os direitos dos cidadãos à livre expressão da sua religiosidade, é que o Código de Ética Profissional do Psicólogo orienta que os serviços de psicologia devem ser realizados com base em técnicas fundamentadas na ciência psicológica e não em preceitos religiosos ou quaisquer outros alheios a esta profissão", diz o texto.


Frente Parlamentar LGBT considera aberração projeto que propõe a "cura" do homossexualismo

Gays homofóbicos Uma verdade inconveniente


Já devo ter dito que não dou apoio à "tese" de que homofobia é coisa de gay enrustido. Embora haja duas pesquisas que apontam isso, elas apontamhipóteses – e autolimitadas ao público e cultura estudados (faixa etária, localidade, etc.), segundo os próprios pesquisadores, e aos algoritmos que selecionaram alguns dos vários tipos de homofobia.

Politicamente e realisticamente, o discurso é também perigoso. Joga nas costas dos gays a culpa pelo próprio preconceito que sofrem e pelas agressões de que são vítimas, não explica a homofobia que parte das mulheres, despreza os inúmeros fatores culturais e religiosos que dão suporte à ideologia homofóbica e isenta, por tabela, os heterossexuais de toda e qualquer responsabilidade, como se fossem todos anjos de candura e inofensivos.

Isso simplesmente não procede.

No entanto, existe uma verdade inconveniente que, por sinal, ajuda também a mostrar o quanto essa "tese" é falha: existem gays homofóbicos, alguns dos quais abraçaram, ainda que de forma enviesada, a sua sexualidade. Em suma, "enrustimento" e homofobia não andam lado a lado.

Deixemos, porém, essa questão para outro momento, pois quero me centrar nessas "estranhas figuras". Os gays homofóbicos. Você sabe qual é o discurso que eles têm?

Iguais e diferentes
Basicamente, é o mesmo dos não gays homofóbicos. Como em outras realidades de homofobia, há níveis e, no máximo, "atenua-se" alguma coisa. No entanto, o substrato é igual. 

Entre os gays homofóbicos que são mais radicais, e geralmente e inicialmente direcionam a homofobia para si próprios, os argumentos vão de que a homossexualidade é antinatural e até os religiosos, como o de "não ser de Deus" à "teoria" de que é fruto da influência de algum demônio.

Esses vão acabar buscando "se curar" ou "se livrar" da homossexualidade – e aí vão lotar os consultórios de Marisa Lobo & Cia. ou programas da Exodus e entidades semelhantes de "ex-gays".

Esses gays mais radicais e homofóbicos vão também a cultos de libertação, a "aconselhamentos", a sessões de exorcismo e vão até se casar e ter filhos, tudo na busca para "sair" daquilo, ou "controlar" – e nem é raro que vejam o casamento como uma "tábua de salvação".

Muitas mulheres, especialmente as religiosas, apoiam essas ideias – e não ficam sabendo que, como o desejo é difícil de ser reprimido, fatalmente, mais tarde, buscarão homens, vivendo uma realidade dupla e infeliz.

Num segundo momento, eles se voltam contra os gays assumidos e felizes. Para eles, soa absurda essa opção: todos os gays deveriam, como eles, "buscar o bom caminho" e procurar se "converter" à heterossexualidade e à norma hétero de vivência afetivo-sexual, qualquer que seja ela.

Nessa fase, também não é incomum começarem a adotar outros discursos do opressor, como criticar a vida gay por ser "promíscua", "não gerar filhos", "ser cheia de álcool e drogas", culpar os gays por terem pegado HIV e disseminado a aids, etc. – tudo para justificar por que a homossexualidade é uma "vida desgraçada" a não ser seguida.

Moralismo
Existe também outro tipo de gay homofóbico bastante comum. Esse é o que até adota a sua sexualidade. Na minha experiência, acaba sendo um dos desdobramentos dos mais radicais, mas com outra solução. Se mantivermos essa tese, são aqueles que, depois de um tempo, não buscam mais o processo de cura, reversão – e admitem se relacionar com homens, mesmo que na vida dupla que mencionei mais atrás.

No entanto, não demora a vir a homofobia, de forma mais velada, num discurso conservador.

Terminantemente no armário, esses gays criticam os que dali saem e "expõem sua sexualidade". Dizem que "não é necessário se assumir" (porque, afinal, "héteros não se assumem"), que "contar pra família só trará desgosto", que beijar em público é "desrespeitar idosos", que fazer carinho na frente de crianças "pode influenciá-las e não deve ser feito", que exibir casais gays na tevê é "desrespeitar a família" e daí por diante.

Inclusive, apoiam os não gays homofóbicos e os gays do primeiro tipo com esse mesmo discurso. Chegam até mesmo a achar que "movimento gay é besteira" e que "casamento deve ser mesmo só entre homem e mulher".

Fatalmente, desse discurso deriva uma veia moralista. Aí, passam a criticar a parada gay porque é "orgia a céu aberto", gays mais femininos "porque não é porque é gay que é para ser mulher".

Detestam as drags, "que só trazem vergonha", e também as travestis "porque elas não se aceitam e querem ser o que não nasceram para ser". Também detestam "o meio gay" (seja lá que sentido deem à expressão), que, para eles, "só tem p*taria". Se topam um relacionamento, tem de ser um namoro tipicamente moralista, porque se consideram "diferentes" dos "outros gays, que só pensam em sexo".

Culpa da vítima
A rigor, o que há de comum, na verdade, é associar a homossexualidade a algo necessariamente negativo ou indesejável. Pode ser desde uma doença até um problema espiritual, de algo antinatural até motivo de vergonha (e "com razão") para os pais.

Para além disso, há uma crítica a qualquer comportamento gay que soe como uma liberação e exposição do que deve ser, irremediavelmente, vivido por baixo dos panos para não "desrespeitar" ninguém (leiam-se: héteros homofóbicos).

A coisa é tão séria que há até os que põem nas vítimas de agressão homofóbica a culpa por serem agredidas... Porque, "se fossem discretas" ou se "não transassem com qualquer um", "nada disso aconteceria".

Você já conheceu algum gay desses dois tipos? Se sim, acenda seu alerta. Ele é um gay que não conseguiu deixar a homofobia cultural e social de lado.

Gospel Lgbt
por João Marinho

DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A HOMOFOBIA

LGBTQIAPN+ A LUTA CONTINUA O   17 de maio   é o   Dia Internacional de Luta contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia . Essa data tem como ob...