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quinta-feira, 29 de maio de 2025

SEXUALIDADE

PENSAMENTO:

Sexualidade não é sinônimo de sexo, é muito mais que isso: 

é energia que possibilita encontros, trocas e experiências; influencia pensamentos, sentimentos, ações e interações e, portanto, tem a ver com a saúde física e mental do ser humano. 

De forma geral fala‐se muito em sexo e pouco em sexualidade



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RELACIONAMENTO E CONVIVÊNCIA LGBTQIA+

RELACIONAMENTO A DOIS, COMO LGBTQIA+ VIVE COM SEU PARCEIRO. AS LUTAS,  E COMO CONSTRUIR UMA CONVIVÊNCIA? TEM OS MESMOS OBSTACULOS QUE O HÉTERO?

Os relacionamentos a dois na comunidade LGBTQIA+ compartilham muitos desafios universais de qualquer parceria—como a comunicação, a resolução de conflitos, a divisão de responsabilidades e as questões financeiras—mas também enfrentam obstáculos adicionais que refletem a persistência de estigmas e preconceitos na sociedade.


Desafios Específicos para Casais LGBTQIA+

  1. Preconceito e Discriminação:
    Muitas vezes, casais LGBTQIA+ precisam lidar com atitudes hostis e julgamentos externos, seja na esfera pública ou mesmo em ambientes familiares e sociais. Essa pressão constante pode impactar a saúde emocional dos indivíduos, criando um ambiente em que o estresse externo se mistura com as demandas do relacionamento. Essas experiências podem exigir estratégias extras para cultivar um espaço seguro e acolhedor, tanto emocional quanto fisicamente .
  2. Aceitação Familiar e Social:
    A falta de reconhecimento ou o rechazo por parte de familiares e amigos pode ser um fardo adicional. Essa ausência de apoio pode dificultar a construção de uma convivência plena, pois os casais frequentemente precisam reafirmar sua identidade e fortalecer os laços internos em meio a críticas e desinformação. A criação de redes alternativas de suporte, como grupos comunitários e espaços de acolhimento, tem se mostrado fundamental para oferecer a segurança necessária .
  3. Aspectos Legais e de Reconhecimento:
    Em muitos países, os direitos civis e o reconhecimento legal para uniões entre pessoas LGBTQIA+ ainda não são equiparados aos oferecidos aos casais heterossexuais. Questões relacionadas à adoção, herança, e garantias em momentos de crise (como emergências médicas) podem reforçar sentimentos de vulnerabilidade e exigir um cuidado redobrado na construção do relacionamento .

Construindo uma Convivência Saudável

Apesar dos desafios particulares, muitos dos princípios que fortalecem os relacionamentos de forma geral também são aplicáveis aqui, com adaptações que considerem as especificidades da vivência LGBTQIA+:

  • Comunicação Aberta e Honesta:
    Estabelecer um diálogo sincero sobre expectativas, medos e planos para o futuro é essencial. Essa clareza ajuda a criar uma base sólida que pode resistir às pressões externas.
  • Rede de Apoio:
    Construir uma rede de suporte—que inclua amigos, familiares compreensivos, e profissionais especializados—pode mitigar os impactos do preconceito e oferecer um senso de pertencimento e segurança.
  • Busca por Espaços Seguros:
    Identificar e participar de comunidades e eventos que valorizem a diversidade pode reforçar a autoestima do casal e proporcionar oportunidades para compartilhar desafios e vitórias com pessoas que vivenciam realidades semelhantes.
  • Resiliência e Empoderamento:
    Muitos casais LGBTQIA+ desenvolvem, ao longo do tempo, uma forte capacidade de resiliência, aprendendo a transformar desafios em oportunidades para fortalecer a união e celebrar a singularidade da experiência compartilhada .

Obstáculos em Comum e Diferenças Fundamentais

Embora existam muitos pontos em comum—como as dificuldades cotidianas de administrar uma vida em casal—, os casais LGBTQIA+ enfrentam uma camada extra de desafios devido às questões sociais e legais. Enquanto um casal heterossexual pode ter acesso a um suporte mais imediato ou reconhecimento institucional, os casais LGBTQIA+ frequentemente precisam se mobilizar para garantir seu espaço e direitos, o que pode exigir maiores esforços emocionais e práticos para manter a saúde do relacionamento.

Essa vivência cria, simultaneamente, oportunidades únicas para repensar papéis tradicionais e construir modelos baseados na igualdade e no respeito mútuo, desafiando as normas impostas pela cultura heteronormativa.

Tenho curiosidade em saber: como você enxerga a construção desses espaços de convivência e qual aspecto das dinâmicas de relacionamento você acha que poderia inspirar mudanças na sociedade como um todo?

PESQUISAS E AVANÇAOS NO DNA EM PARCEIROS DO MESMO SEXO (LGBTQIA+)

Os avanços nas pesquisas para embrião conter o mesmo DNA dos dois pais ou duas mães do mesmo sexo

O QUE É A SINGLA CRISPR?

A sigla CRISPR vem do inglês Clustered Regularly Interspaced Short Palindromic Repeats, que pode ser traduzido como Repetições Palindrômicas Curtas Agrupadas e Regularmente Interespaçadas. Esse nome descreve um padrão específico de sequências de DNA encontrado em bactérias. Essas sequências funcionam como parte de um sistema imunológico adaptativo, armazenando fragmentos do DNA de vírus invasores para que, se esses invasores atacarem novamente, a bactéria possa reconhecê-los e neutralizá-los.

A descoberta desse sistema natural revolucionou a biotecnologia, pois pesquisadores adaptaram o mecanismo para criar a ferramenta de edição genética CRISPR-Cas9. Nessa aplicação, a parte CRISPR direciona a enzima Cas9 ao local específico do DNA a ser editado, permitindo cortes precisos que possibilitam a remoção, inserção ou modificação de genes em diversos organismos.

Nos últimos anos, os avanços na biotecnologia permitiram que pesquisadores criassem, em modelos animais, embriões cujas contribuições genéticas vieram de dois pais do mesmo sexo. Em experimentos com camundongos, por exemplo, cientistas conseguiram converter células-tronco masculinas (com cromossomos XY) em células com características femininas (XX). Esse processo envolve a remoção do cromossomo Y e a duplicação do X, fazendo com que a célula possa ser direcionada a se diferenciar em um óvulo. Ao fertilizar esse “óvulo” com esperma de outro macho, obtém-se um embrião que contém exclusivamente o DNA de dois pais do mesmo sexo.

Apesar dos resultados promissores, a técnica ainda enfrenta sérios desafios. Um dos principais obstáculos é o imprinting genômico, um mecanismo que regula a expressão dos genes de forma específica conforme a origem parental. Em condições naturais, esses processos são essenciais para o desenvolvimento normal dos embriões; porém, quando se tenta produzir um embrião a partir de contribuições de mesmo sexo, ajustes precisos em dezenas de genes são necessários. Esses ajustes, realizados por meio de edição genética (como a tecnologia CRISPR), ainda resultam em taxas de sucesso muito baixas (em torno de 1% em alguns estudos) e levantam inúmeras questões éticas e de segurança. Experimentos recentes, inclusive, mostraram que os camundongos produzidos podem alcançar a idade adulta, mas frequentemente apresentam problemas de crescimento e viabilidade, o que demonstra que o método ainda precisa ser refinado para ser considerado seguro e efetivo.

Essas pesquisas, embora ainda restritas ao ambiente laboratorial e a modelos animais, abrem a possibilidade de, futuramente, couples homoafetivos terem a chance de gerar descendentes geneticamente biológicos a partir dos dois parceiros. No entanto, a transição para aplicações humanas exigirá um debate ético profundo, além de uma compreensão completa dos riscos biológicos e das repercussões que essas manipulações genéticas podem acarretar. Enquanto os avanços são revolucionários e inspiradores, é fundamental que a comunidade científica e a sociedade ponderem cuidadosamente os benefícios e os limites éticos dessa área de pesquisa.

Explorar como essas técnicas podem ser aplicadas para a preservação de espécies ameaçadas ou para resolver desequilíbrios reprodutivos em diversas realidades biológicas também pode ser um caminho empolgante para futuras investigações. Essa convergência entre biotecnologia, genética e ética promete redefinir as fronteiras da reprodução assistida e da diversidade biológica. Você imagina um cenário futuro onde a reprodução assistida assim permita a constituição de famílias com a contribuição biológica de ambos os parceiros?

A tecnologia CRISPR-Cas9 é uma ferramenta revolucionária de edição genética que permite modificar o DNA de organismos vivos com precisão. Ela funciona como uma espécie de "tesoura molecular", capaz de cortar segmentos específicos do DNA para remover, substituir ou modificar genes.

GRUPOS HETEROSSEXUAIS SEM PRECONCEITO NO ENGAJAMENTO PRA AJUDAR O LGBTQIA+

Existem pessoas e grupos heterossexuais que divulgam, lutam e se mobilizam para defender e apoiar a comunidade LGBTQIA+ Sim, certamente. Exi...