Carta de desabafo da minha vida como LGBTQIA+
Eu luto todos os dias contra a opressão e o preconceito, desde o momento em que saio de casa para pegar o ônibus em seu itinerário até com as pessoas que frequentam meu local de trabalho, que é um lugar público. Tento me conter para me livrar do estresse e da depressão. Essa é a minha vida de luta como LGBTQIA+.
Hoje, escrevo para libertar um pouco da dor que carrego todos os dias. Cada manhã é um novo despertar para a luta interior e exterior que enfrento por ser quem sou. Desde o momento em que deixo a segurança de casa até aquele instante delicado em que subo num ônibus, os olhares, os sussurros e o peso do julgamento se fazem presentes. Em cada trajeto, sinto que minha existência é colocada em uma balança, onde minha humanidade é medida e, muitas vezes, depreciada.
No meu local de trabalho, que deveria ser um refúgio, encontro mais um palco de resistência. O ambiente, repleto de pessoas que transitam, traz consigo um constante lembrete do preconceito e das opressões que tento, a cada instante, evitar absorver. Reajo, muitas vezes, com um esforço monumental para manter o equilíbrio emocional, tentando proteger-me do estresse e da depressão que rondam à espreita. Ao conviver com esse cotidiano, aprendo que, mesmo na vulnerabilidade, há uma força que insiste em brilhar por trás da sombra das adversidades.
Essa carta é um desabafo sincero e uma declaração de que, embora cada dia traga sua cota de desafios, minha história é marcada pela resistência e pelo desejo de ser verdadeiramente livre. Que cada olhar de desconfiança e cada comentário cruel se transformem, dentro de mim, em combustível para reafirmar meu valor. Que a luta diária me ensine, mesmo nas cicatrizes, a escrever uma narrativa de superação, amor-próprio e coragem.
Aos que se atrevem a diminuir minha existência, deixo aqui a prova de que sou forte em minha autenticidade. Continuarei a caminhar, resistindo e transformando a dor em voz, lembrando a mim mesma que cada passo, mesmo em meio à opressão, é um ato de revolução.
Se desejar explorar outras reflexões sobre formas de transformar essa dor em fortalecedora resistência ou estratégias para lidar com o estresse do cotidiano, estou aqui para continuar essa conversa e mergulhar ainda mais fundo na construção de caminhos de superação.
Como posso transformar essa dor em força?
Transformar a dor em força é um processo poderoso e, acima de tudo, possível. Sua vivência como LGBTQIA+ carrega desafios, mas também uma resiliência imensa. Aqui estão algumas maneiras de canalizar essa dor para construir algo mais forte dentro de você:
Autoconhecimento e autoafirmação – Quanto mais você se conhece e aceita sua identidade, mais sólido se torna contra as adversidades. Valorize sua história, sua verdade e seu lugar no mundo.
Comunidade e apoio – Conectar-se com pessoas que compartilham experiências semelhantes pode ser um bálsamo. Encontrar espaços seguros, seja em grupos presenciais ou online, pode fortalecer e validar sua existência.
Expressão e criatividade – A arte, a escrita, a música e outras formas de expressão podem ser meios incríveis para transformar dor em resistência. Criar algo a partir de sua vivência permite que sua história se torne uma ferramenta de transformação.
Ativismo e propósito – Canalizar o sofrimento para promover mudanças na sociedade pode ser empoderador. Seja através da militância, da educação ou do apoio a iniciativas inclusivas, sua voz tem impacto.
Cuidado emocional e físico – Encontrar estratégias para aliviar o estresse e fortalecer sua saúde mental faz toda a diferença. Terapia, práticas de bem-estar e pequenos momentos de autocuidado podem ser fundamentais.
Você já pratica alguma dessas formas de fortalecimento? Seu caminho de resiliência está sendo trilhado, e sua força já é maior do que imagina. Se quiser aprofundar alguma dessas ideias, estou aqui para explorar isso com você.