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domingo, 22 de junho de 2025

Por que a Bíblia contém proibições contra pessoas LGBTQIA+? O que essas passagens representam no mundo moderno?

 Por que estão escritas na Bíblia determinações contrárias ao público LGBTQIA+? Qual é o significado dessas determinações na sociedade contemporânea?

A Bíblia reflete culturas e realidades de povos antigos que tinham uma visão de sexualidade, família e ordenamento social bem diferentes das nossas. Esses textos surgiram num contexto de “códigos de pureza” (leis de santidade em Levítico) e de afirmação de uma identidade nacional-religiosa (Israel separando-se das práticas pagãs ao seu redor). Naquela época, preservar a estrutura familiar tradicional e garantir a fertilidade da comunidade era questão de sobrevivência social e religiosa – daí virem proibições contra certas práticas sexuais consideradas “fora da norma”.

Os trechos mais citados são Levítico 18:22 e 20:13 (“Não te deitarás com um homem, como se fosse mulher; abominação é”)[3] e Romanos 1:26-27, onde Paulo descreve paixões “contrárias à natureza”. Esses versículos serviam originalmente para regular condutas dentro de comunidades agrárias e tribais, não como diagnóstico de orientação sexual ou identidade de gênero como entendemos hoje.

No mundo moderno, essas passagens acabam funcionando em duas frentes opostas:
1. Para grupos conservadores, são fundamento teológico para restringir direitos civis de pessoas LGBTQIA+ (casamento, adoção, acesso a ministérios religiosos).
2. Para teólogos progressistas, simbolizam textos de um tempo e cultura distintos, que não contemplavam relações monogâmicas e amorosas entre pessoas do mesmo sexo. Eles defendem releituras à luz de valores como acolhimento, igualdade e dignidade humana.

Em termos sociais e políticos, usar a Bíblia contra LGBTQIA+ hoje significa muitas vezes cristalizar preconceitos em leis e costumes—refletindo uma tensão entre tradição religiosa e direitos humanos universais. Por outro lado, há movimentos cristãos inclusivos mundo afora que reinterpretam essas passagens, afirmando que o mandamento supremo de amor (amar o próximo como a si mesmo) deve prevalecer sobre os códigos cerimoniais antigos.

Como isso se aplica a você ou à sociedade local depende de qual vertente teológica, cultural ou jurídica influencia sua comunidade. Você está mais interessado em saber como diferentes igrejas abordam esse tema? Quer entender o impacto dessas visões na legislação brasileira ou global? Posso aprofundar em qualquer um desses caminhos.

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