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segunda-feira, 23 de junho de 2025

ETARISMO ( CAMPANHA LGBTQIAPN+)

Etarismo na sociedade e em instituições de saúde: como combatê-lo no contexto profissional, na relação com o grupo LGBTQIAPN+ e na educação das pessoas sobre o tema.

O etarismo — preconceito ou discriminação com base na idade — é uma forma sutil, mas persistente de exclusão social, especialmente quando se entrelaça com outras identidades, como as da comunidade LGBTQIAPN+. Vamos explorar como enfrentá-lo de forma eficaz em três frentes: profissional, relacional e educacional.

1. No contexto profissional e institucional

  • Capacitação contínua: Promover treinamentos sobre diversidade etária e interseccionalidade para profissionais da saúde e gestores. Isso inclui reconhecer que pessoas LGBTQIAPN+ idosas enfrentam desafios únicos, como o medo da invisibilidade ou a necessidade de “voltar ao armário” em instituições de acolhimento.
  • Políticas inclusivas: Implementar protocolos que garantam o respeito à identidade de gênero e orientação sexual em todas as faixas etárias. A Política Nacional de Saúde Integral LGBT, por exemplo, é um marco importante nesse sentido.
  • Ambientes acolhedores: Criar espaços onde pessoas idosas LGBTQIAPN+ possam expressar sua identidade sem medo de julgamento ou exclusão.

2. Na relação com o grupo LGBTQIAPN+

  • Valorização da vivência: Combater a ideia de que juventude é sinônimo de relevância. Homens gays, por exemplo, relatam sentir que “perdem valor” ao envelhecer, enquanto mulheres lésbicas enfrentam dupla invisibilidade — por idade e gênero.
  • Redes de apoio intergeracionais: Estimular o diálogo entre gerações dentro da comunidade LGBTQIAPN+ pode fortalecer vínculos, reduzir o isolamento e promover trocas ricas de experiências.
  • Representatividade: Dar visibilidade a pessoas LGBTQIAPN+ idosas em campanhas, mídias e espaços de decisão ajuda a desconstruir estereótipos e ampliar horizontes.

3. Na educação e conscientização

  • Educação antietarista desde cedo: Incluir o tema nas escolas e universidades, abordando como o envelhecimento afeta diferentes grupos sociais de forma desigual.
  • Campanhas públicas: Utilizar datas como o Dia do Orgulho LGBTQIAPN+ (28 de junho) para promover reflexões sobre etarismo e diversidade etária.
  • Produção de conhecimento: Incentivar pesquisas e publicações sobre o envelhecimento LGBTQIAPN+, como já vem sendo feito por periódicos como Saúde e Sociedade.

Combater o etarismo é, acima de tudo, um compromisso com a dignidade humana em todas as suas formas. Quer que eu te ajude a montar uma campanha, palestra ou projeto sobre isso?

Quais exemplos de campanhas já foram eficazes contra o etarismo?

Algumas campanhas recentes têm se destacado no combate ao etarismo, especialmente quando conectadas à diversidade e aos direitos humanos. Aqui vão alguns exemplos marcantes:

🏳️‍🌈 Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo 2025

O tema deste ano foi “Envelhecer LGBT+: Memória, Resistência e Futuro”, com foco na realidade das pessoas LGBTQIAPN+ idosas. A campanha trouxe à tona questões como abandono, invisibilidade e a necessidade de políticas públicas específicas. O evento contou com apoio de marcas como Amstel, L’Oréal e Sephora, que promoveram ações de valorização da longevidade e da diversidade etária.

💜 Campanha Junho Violeta

Realizada anualmente em junho, essa campanha visa conscientizar sobre os direitos da pessoa idosa e combater a violência, incluindo o etarismo. Em 2025, destacou-se no Rio Grande do Sul, onde houve um aumento de 58% nos crimes contra idosos. A campanha promoveu atividades em centros de convivência e alertou para abusos físicos, patrimoniais e simbólicos.

🇬🇧 “Age Without Limits” – Reino Unido

Liderada pela organização Centre for Ageing Better, essa campanha internacional usa o slogan “Fique atento, desafie, mude” (“Notice it, challenge it, change it”) para incentivar a população a reconhecer e combater o etarismo em situações cotidianas — desde o ambiente de trabalho até a mídia e a saúde.

Essas campanhas mostram que o combate ao etarismo exige visibilidade, diálogo intergeracional e ações concretas. Se quiser, posso te ajudar a criar uma proposta de campanha ou atividade educativa inspirada nesses exemplos.

Qual foi o impacto dessas campanhas na sociedade?

As campanhas contra o etarismo vêm provocando mudanças significativas — ainda que graduais — na forma como a sociedade enxerga o envelhecimento e valoriza a diversidade etária.

📣 Impactos observados:

  • Aumento da visibilidade e do debate público: A Parada do Orgulho LGBT+ de São Paulo 2025, ao adotar o tema “Envelhecer LGBT+: Memória, Resistência e Futuro”, trouxe à tona a realidade de pessoas LGBTQIAPN+ idosas, gerando ampla cobertura na mídia e engajamento de marcas e artistas.

  • Conscientização sobre violência e exclusão: A Campanha Junho Violeta de 2025 destacou o crescimento de 58% nos crimes contra idosos no Rio Grande do Sul, o que impulsionou ações em centros de convivência e maior atenção das autoridades para o tema.

  • Mudança de percepção cultural: A campanha britânica “Age Without Limits” revelou que muitos ainda consideram embaraçoso que pessoas com mais de 50 anos frequentem shows ou ocupem cargos de destaque. Ao desafiar esses estigmas, a campanha incentivou o público a reconhecer e confrontar o etarismo em situações cotidianas.

  • Engajamento de marcas e mídia: Empresas como Natura, Amstel e Sephora passaram a investir em campanhas inclusivas, produtos adaptados e representações positivas da maturidade, contribuindo para uma mudança de narrativa no marketing e na publicidade.

Esses impactos mostram que, quando bem estruturadas, campanhas contra o etarismo não apenas sensibilizam, mas também mobilizam setores diversos da sociedade. Se quiser, posso te ajudar a montar um plano de ação inspirado nesses resultados.

Que ações políticas foram influenciadas por essas campanhas?

Campanhas contra o etarismo têm impulsionado avanços políticos importantes, especialmente no Brasil. Aqui estão alguns exemplos concretos:

🏛️ Projeto de Lei 3549/2023

Apresentado na Câmara dos Deputados, esse projeto propõe o Programa Nacional de Prevenção ao Etarismo nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Ele prevê:

  • Distribuição de materiais educativos gratuitos;
  • Realização de campanhas, debates e dinâmicas em grupo;
  • Atendimento psicológico, psiquiátrico e jurídico gratuito para vítimas de etarismo;
  • Reinserção social de pessoas afetadas.

Essa proposta surgiu em um contexto de crescente conscientização pública, alimentada por campanhas como o Junho Violeta e ações voltadas à população idosa LGBTQIAPN+.

🌈 Campanha “O Brasil é de Todas as Cores” (2025)

Lançada durante a 29ª Parada do Orgulho LGBTQIA+ de São Paulo, essa campanha do Governo Federal destacou o tema “Envelhecer LGBT+: Memória, Resistência e Futuro”. Como desdobramento político:

  • O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) reforçou o compromisso com políticas públicas voltadas à velhice LGBTQIAPN+;
  • Foram discutidas ações para ampliar o acesso a moradia, saúde, educação e políticas de cuidado para essa população.

Essas iniciativas mostram como campanhas de conscientização podem influenciar diretamente a formulação de políticas públicas mais inclusivas e sensíveis à diversidade etária. Se quiser, posso te ajudar a transformar essas informações em um artigo, apresentação ou proposta de projeto.

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