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sábado, 28 de setembro de 2013

MUDANÇAS NOS CONCEITOS DA HOMOSSEXUALIDADE

Homossexualidade ao invés de homossexualismo

Em 1973, os Estados Unidos retirou “homossexualismo” da lista 

dos distúrbios mentais da American Psychology Association, passando a ser usado o termo Homossexualidade. 

Em nove de fevereiro de 1985, o Conselho Federal de Medicina
aprovou a retirada, no Brasil, da homossexualidade do código
302.0, referente aos desvios e transtornos sexuais, da Classificação Internacional de Doenças.
Em 17 de maio de 1990, a Assembleia Mundial da Saúdeaprovou a retirada do código 302.0 da Classificação Internacional de
Doenças da Organização Mundial da Saúde. A nova classificação
entrou em vigor entre os países-membro das Nações Unidas a
partir de 1º de janeiro de 1993.
Em 1999, o Conselho Federal de Psicologiaformulou a Resolução

001/99, considerando que “a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão”, que “há, na sociedade, uma
inquietação em torno das práticas sexuais desviantes da norma
estabelecida sócio-culturalmente” (qual seja, a heterossexualidade), e, especialmente, que “a Psicologia pode e deve contribuir
com seu conhecimento para o esclarecimento sobre as questões
da sexualidade, permitindo a superação de preconceitos e discriminações”. Assim, tanto no Brasil como em outros países, cientificamente, homossexualidade não é considerada doença.
Por isso, o sufixo “ismo” (terminologia referente à “doença”) foi
substituído por “dade” (que remete a “modo de ser”).

LGBT

No dia 08 de Junho de 2008, durante a

I Conferência Nacional GLBT, promovida

pelo Governo Federal, envolvendo mais de
10 mil pessoas em conferências estaduais
e 1.200 delegados/as nacionais, reunidos
Em Brasília, decidiu-se pelo uso da terminologia LGBT para identificar a ação conjunta de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais, no Brasil. Posteriormente,
em dezembro de 2008, no maior evento
do movimento LGBTdo Brasil, o Encontro
Brasileiro de Lésbicas, Gays, Bissexuais,
Travestis e Transexuais – EBLGBT também
decidiu-se pelo uso do termo LGBT.

Identidade de gênero: 
É uma experiência interna e individual do gênero de cada pessoa, que pode ou não corresponder ao sexo atribuído no nascimento, incluindo o senso pessoal do corpo (que pode envolver,
por livre escolha, modificação da aparência ou função corporal
por meios médicos, cirúrgicos e outros) e outras expressões de
gênero, inclusive vestimenta, modo de falar e maneirismos.
Identidade de gênero é a percepção que uma pessoa tem de si
como sendo do gênero masculino, feminino ou de alguma combinação dos dois, independente de sexo biológico. Trata-se da
convicção íntima de uma pessoa de ser do gênero masculino
(homem) ou do gênero feminino (mulher).



Cura da homossexualidade: 
A Ciência, no final do século XX, declarou que a Homossexualidade e bissexualidade não são doenças e nem distúrbios ou transtornos, e são tão naturais como a Heterossexualidade. Conselho 
Federal de Psicologia, por meio da resolução 001/99, veda toda 
e  qualquer  tentativa  de  um  psicólogo  de  “curar”  seu  paciente 
homo  ou  bissexual.  Nesses  casos,  o  profissional  que  infringir 
a  resolução  pode  sofrer  sanções,  inclusive  a  perda  do  registro 
profissional. Também um psiquiatra ou médico pode ser denunciado ao Conselho Regional de Medicina, caso tente “tratar” a 
homossexualidade. 
Desvio sexual: 
No Brasil, a homossexualidade não é considerada “desvio sexual” desde 1985, pelo Conselho Federal de Medicina. É um termo 
ofensivo, e que não deve ser usado por profissionais da comunicação, pois indica que a homossexualidade é uma “anomalia”, 
algo fora da “normalidade” heterossexual.

GLS: 
Sigla que se popularizou por designar, em uma única sigla, não 
só os “gays” e “lésbicas”, mas também aqueles que, independentemente de orientação sexual ou identidade de gênero, são solidários, abertos e “simpatizantes” em relação à diversidade 

LGBT. 
GLS também é utilizado para descrever as atividades culturais e 
mercadológicas comuns a este grupo de pessoas. 
A sigla GLS é excludente porque não identifica as pessoas bissexuais, travestis e transexuais. Dessa forma, não deve ser empregada como referência à esfera política das diversas vertentes dos 
movimentos LGBT.
Hermafrodita: 
Ver “Intersexual”. 
Heteronormatividade
Expressão  utilizada  para  descrever  ou  identificar  uma  suposta 
norma  social  relacionada  ao  comportamento  padronizado  heterossexual. Esse padrão de comportamento é condizente com 

Heterossexismo: 
Atitude condizente com a ideia de que a heterossexualidade é a 
única forma sadia de orientação sexual. O termo é utilizado na 
mesma acepção que caracteriza as palavras racismo e sexismo.
Heterossexual: 
Indivíduo  amorosamente,  fisicamente  e  afetivamente  atraído 
por  pessoas  do  sexo/gênero  oposto.  Heterossexuais  não  precisam, necessariamente, terem tido experiências sexuais com pessoas do outro sexo/gênero para se identificarem como tal.

 Heterossexualidade: 
Termoutilizado para descrever a sexualidade dos heterossexuais 
em seu sentido mais abrangente, compreendendo não só a esfera sexual em si (atração e prática do ato sexual), como também 
a esfera afetiva e a implicação de ambas em comportamentos 
e relações humanas. Embora nos dicionários as palavras heterossexualidade e heterossexualismo figurem como sinônimos, o 
movimento LGBT não emprega o sufixo “ismo” para identificar 
orientação ou identidade sexual, por trazer uma carga semântica de conotação negativa, que caracteriza doença ou distúrbio, 
como explicado anteriormente.
Homoafetivo: 
Adjetivo utilizado para descrever a complexidade e a multiplicidade de relações afetivas e/ou sexuais entre pessoas do mesmo 
sexo/gênero. Este termo não é sinônimo de homoerótico e homossexual, pois conota também os aspectos emocionais e afetivos  envolvidos  na  relação  amorosa  entre  pessoas  do  mesmo 
sexo/gênero. É um termo muito utilizado no mundo do Direito. 
Não é usado para descrever pessoas, mas sim as relações entre 
as pessoas do mesmo sexo/gênero. 


Intersexual: 
É o termo geral adotado para se referir a uma variedade de condições (genéticas e/ou somáticas) com que uma pessoa nasce, 
apresentando  uma  anatomia  reprodutiva  e  sexual  que  não  se 
ajusta às definições típicas do feminino ou do masculino.
Lésbica: 
Mulher que é atraída afetivamente e/ou sexualmente por pessoas 
do mesmo sexo/gênero. Não precisam ter tido, necessariamente, 
experiências sexuais com outras mulheres para se identificarem 
como lésbicas. 


fonte: ABGLT – Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, 
Travestis e Transexuais

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