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segunda-feira, 2 de setembro de 2013


O ESTILO DE VIDA GAY E LÉSBICO (GGB) GRUPO GAY DA BAHIA

FOTO: AGENCIALGBT.COM.BR

A vida cotidiana de lésbicas e gays é semelhante à dos heterossexuais, exceto com relação à orientação sexual. As diferenças existentes são, na maioria das vezes, decorrentes do modo como a sociedade encara a homossexualidade, já que persistem vários conceitos errôneos sobre esta questão.

Algumas vezes, são evidentes as diferenças entre lésbicas e gays. Na verdade, as diferenças entre homossexuais e heterossexuais são menores que as existentes  entre homens e mulheres.

Homossexualidade = Amor

O que as pessoas pensam quando ouvem a palavra homossexual? Sem dúvida, quase todo mundo pensa em "homens gays e sexo". É claro que a homossexualidade tem a ver com sexo, mas não apenas com sexo e não apenas com homens. Existem também mulheres homossexuais. 

Independentemente do sexo pelo qual as pessoas se atraem, existe, na maioria delas, a capacidade para o amor e para a sexualidade. Ao falar de amor, não se está pensando somente em sexo e desejo, mas também na busca de intimidade, afeição e companheirismo. Na realidade, a homossexualidade e a heterossexualidade não são mais complicadas que isso.
Ninguém sabe porque alguém "se torna" homossexual. Isso não significa que não se tenha tentado descobrir. Muito pelo contrário. Durante os últimos cem anos, várias teorias foram propostas. Cada uma tentou achar a resposta para o porquê de algumas pessoas serem homossexuais.
A Igreja teve um interesse antigo na homossexualidade, mas somente com relação à atividade sexual entre pessoas do mesmo sexo, considerada um pecado.
Apenas a partir do final do século XIX, quando a ciência médica passou a estudar a homossexualidade, o interesse pelo indivíduo homossexual aumentou. As primeiras teorias médicas consideravam a homossexualidade uma desordem herdada, um defeito físico. Mais tarde, o interesse foi concentrado na esfera psíquica e a homossexualidade foi descrita como o resultado de distúrbios psicológicos, ocorridos principalmente na infância.
Nos anos 70, surgiram visões completamente novas e positivas sobre a homossexualidade. Psicólogos e sexólogos começaram a vê-la como uma variação sexual normal. Hoje, um número cada vez maior de especialistas acredita que a homossexualidade deve ser vista como o resultado conjunto da hereditariedade, de componentes ambientais e de escolhas positivas.
Ao mesmo tempo, surgiu também um interesse na homossexualidade como um fenômeno social. Antropólogos, historiadores e outros pesquisadores apontaram, dentre outras coisas, para a mudança no modo como a homossexualidade é encarada através do tempo e para as diferenças entre as diversas culturas.

Você pode saber quem é homossexual?



A maioria das pessoas nunca pensa que alguém que encontram pode ser homossexual. Isto porque partem do princípio de que todo mundo é heterossexual. Além disso, têm uma visão definida de como os homossexuais se parecem: "Todos os homens gays são femininos e todas as lésbicas são masculinas".

Essa é a opinião geral, mas não é a realidade. A homossexualidade não pode ser percebida superficialmente. Homens gays e lésbicas agem como todo mundo age. Contudo, se a homossexualidade de uma pessoa fica visível de repente, você descobre que já encontrou lésbicas e homens gays sem ter percebido. Pode ser que o carteiro, o atendente do supermercado, o professor do seu filho, o político local ou seu artista preferido sejam homossexual.

Quantos são os homossexuais?

Muitos homossexuais percebem, desde jovens, suas paixões e interesses dirigidos para pessoas do seu próprio sexo. Outros não entendem, até mais tarde na sua vida, o que significam estes sentimentos. Alguns podem até estar numa relação heterossexual, com família e filhos.

É realmente muito difícil determinar o número de homossexuais, mas estima-se que entre 5% e 10% da população vivem como homossexuais ou têm sentimentos homossexuais não postos em prática por causa das pressões sociais.
Um dos problemas de se calcular o número total de homossexuais é que somente as experiências sexuais têm sido consideradas. Sabemos, hoje, que muitos homossexuais nunca fizeram sexo com pessoas do mesmo sexo, especialmente mulheres homossexuais. Existem também outros que mantiveram relações com pessoas do mesmo sexo, mas não se consideram homossexuais.

Ser homossexual

Freqüentemente, a homossexualidade é mencionada na forma de atitudes negativas, estereótipos e preconceitos, como no caso das piadas sobre gays e filmes pornôs lésbicos. Ou é citada como algo estranho e perigoso, a exemplo das manchetes ameaçadoras sobre homossexualidade.

Raramente, descreve-se a vida cotidiana dos homossexuais: trabalho, compras, acompanhamento de crianças nos cuidados diários ou durante os feriados de verão. Enfim, uma vida normal, como a de qualquer pessoa, homo ou heterossexual.
A não visibilidade dos homossexuais significa que o conhecimento de grande parte das pessoas sobre a vida de gays e lésbicas é limitado. Contudo, já que mais e mais homossexuais estão falando abertamente das suas vidas, essa situação vem se transformando. Com o tempo, as atitudes negativas mudarão.

Eu sou homossexual?
Antes mesmo de conhecer uma palavra que defina seus sentimentos homossexuais, muitas pessoas já estão cientes dos seus desejos. Muitos jovens ouvem que se trata "apenas de uma fase" pela qual estão passando. Outros têm sentimentos que, somente mais tarde, podem ser identificados como homossexuais. Para alguns, um caso amoroso pode ajudar a interpretar seus sentimentos. Outros dizem que foram seus desejos sexuais que os levaram a entender a sua situação.

De certo modo, essas experiências estão relacionadas ao gênero. Os homens, mais que as mulheres, tornam-se cientes de sua homossexualidade através da sua sexualidade. Numa idade precoce, eles podem ter fantasias sexuais ou sentir-se atraídos por outros garotos, podendo ter efetivamente relações deste tipo para testar seus sentimentos.

Já as garotas tornam-se cientes da sua homossexualidade através de um caso de amor e têm geralmente várias amizades com mulheres até que entendam o seu desejo.

Assumindo-se homossexual

Os homossexuais falam em “sair do armário”, uma expressão que significa assumir-se, compreendendo e aceitando seus sentimentos e procurando fazer contato com outros. "Sair do armário" também significa contar sobre os seus sentimentos a pessoas mais próximos de você.

As experiências de “sair do armário” variam muito. Algumas pessoas dizem que, para elas, tudo aconteceu rápido e foi como se todas as peças de um quebra-cabeça se encaixassem. Para outros, esse foi um processo longo e difícil, que durou anos, ou mesmo décadas. Com freqüência, antes de aceitarem sua condição ou de terem se assumindo completamente, essas pessoas compreenderam o que estava acontecendo.
Sem dúvida, as circunstâncias em torno deles influenciaram o grau de dificuldade para se assumirem, como, por exemplo, idade, local de moradia ou de trabalho. 
Todo esse processo depende do tipo de pessoa que se é. Alguns estão prontos para seguir seu próprio caminho e não temem a reação das outras pessoas. Outros têm uma maior necessidade de serem aceitos e acreditam que não é possível viver abertamente.
Muitos acreditam que as pessoas a sua volta, se souberem da sua homossexualidade, vão evitá-los. Algumas vezes, acontecem reações negativas, mas a experiência mostra que pode acontecer o contrário. A família, os colegas e os amigos podem não apenas aceitar a situação, como também admirar a coragem e a honestidade daqueles que se colocam como são.

Encontrando outros homossexuais


 O primeiro encontro com outros homossexuais, em geral, é surpreendente. Antes disso, a solidão é, quase sempre, a parte mais difícil de ser homossexual. Acredita-se, literalmente, que “não exista ninguém que se sinta do mesmo jeito”. Sabe-se da existência de outros homossexuais, mas não se sabe onde encontrá-los.

Algumas vezes, lésbicas e gays descrevem seu primeiro contato com outros homossexuais como “encontrar seu lar”. Talvez, sintam-se assim porque finalmente encontram outros com as mesmas experiências, ou que se parecem com eles e entendem sobre o que se está falando. È como encontrar pessoas que falam a mesma língua.

Um grupo invisível


 Geralmente, quando a homossexualidade é discutida, o debate é, na verdade, sobre homens gays. As mulheres lésbicas são, em geral, ignoradas. Por que as lésbicas não são tão visíveis quanto os gays? Basicamente, porque vivemos em uma sociedade governada por homens. As mulheres são menos visíveis do que os homens, sejam elas heterossexuais ou homossexuais. A vida dos homens, gays ou heterossexuais, é vista como mais interessante e é dado a eles um maior espaço.

Isto também tem a ver com o modo como a sexualidade é encarada. Os desejos sexuais e a satisfação das mulheres são vistos como totalmente dependentes dos homens. Um exemplo disto são as cenas “lésbicas” dos filmes pornográficos para homens heterossexuais. Estas cenas não são completamente consumadas até que um homem entre na jogada.
Essa visão da sexualidade faz com muitas pessoas não consigam imaginar o que duas mulheres podem fazer “por conta própria”. O mesmo não acontece com relação ao sexo entre dois homens. Como a homossexualidade é sempre associada com sexo, em conseqüência os homens gays recebem mais atenção.
As mulheres lésbicas têm se tornado mais visíveis nos últimos anos. Mulheres bem conhecidas assumiram-se nos meios de comunicação e a decisão de lésbicas de terem filhos tem chamado a atenção da mídia.

Ambientes lésbicos


 As imagens sobre as lésbicas são freqüentemente estereotipadas. No começo do século, uma lésbica era retratada como uma mulher mais velha, mais experiente. Usualmente, uma professora de uma escola para meninas, que, calculadamente, tentava seduzir jovens e inocentes garotas.

Nos anos 70, surgiu a imagem de lésbicas masculinizadas de cabelos curtos, com forte aversão aos homens e ativas nos movimentos feministas.
Acima de tudo, essas imagens distorcidas deveriam funcionar como uma advertência assustadora, que procurava defender o papel tradicional das mulheres. “A professora da escola feminina” era uma ameaça ao papel tradicional feminino por ela ser, ao mesmo tempo, solteira e financeiramente independente. O mesmo para “a feminista”, que agia sem precisar dos homens.
Em diferentes épocas, as mulheres lésbicas procuraram locais de freqüência exclusivamente feminina. Podia ser uma escola feminina, o movimento feminista, os grupos de escoteiras ou um time esportivo. Nestes ambientes – independente da sua orientação sexual – as mulheres encontraram companheirismo, amizade e intimidade. Hoje em dia, existem clubes e associações direcionadas para lésbicas.

A vida dos gays desafia a sociedade

O fato de serem mais visíveis do que as lésbicas não torna a vida dos gays mais fácil. Ao contrário, no que se refere aos gays, a conexão entre visibilidade e preconceito é muito evidente. Ela pode tomar a forma de ataques, nos quais gangues aparecem nos pontos de encontro homossexuais somente para assustá-los ou feri-los.

Particularmente, por causa da sua sexualidade, os gays sempre foram descritos como “o inimigo”. De vez em quando, o medo da homossexualidade masculina reflete-se em debates longos e intensos.
A resistência à homossexualidade feminina e masculina é baseada nas mesmas acepções. Somente por existirem, gays e lésbicas desafiam os papéis dos gêneros, a tradicional família nuclear e o monopólio heterossexual sobre o amor e os relacionamentos.
Uma parte da cultura dos gays é obviamente centrada na sexualidade. Em todo o mundo, existem parques, banheiros públicos e cinemas pornôs, onde homens homossexuais encontram-se para ter contatos sexuais. Contudo, existe também uma cultura de bares e discotecas, locais onde os homens podem encontrar-se socialmente e estabelecer contatos para relacionamentos mais duradouros.
Ao longo dos anos, a sociedade tentou regular, de diferentes maneiras, a sexualidade dos homens homossexuais. Nos anos 50, isso se deu na forma de batidas policiais nas festas freqüentadas por gays. Dizia-se querer, com essas atitudes, proteger a juventude. 
A busca de gays por contatos sexuais é uma parte tão visível de sua vida social que é comum colocar-se de lado o fato de muitos gays viverem relações românticas duradouras, assim como fazem as lésbicas e os heterossexuais.
Na década de 80, o HIV e a AIDS influenciaram a vida dos gays. Muitos perderam, ou conhecem alguém que perdeu, amantes e amigos para a AIDS. Outros foram diretamente afetados. No geral, eles aprenderam a conviver com o HIV, conscientizando-se, como nenhum grupo, da necessidade de proteção contra o contágio.

Homossexuais mais velhos

Muitas pessoas acreditam que pessoas mais velhas não têm vida sexual, mesmo no caso de heterossexuais. Muitos dos homossexuais mais velhos viveram em uma sociedade muito mais preconceituosa que a atual. Alguns viveram épocas em que as relações homossexuais eram ilegais e poderiam ser punidas com sentenças de prisão. Devido a estas experiências assustadoras, muitos homossexuais mais velhos são relutantes em falar sobre a sua orientação sexual.

Esse silêncio cria problemas quando, com a idade, começa a aumentar a necessidade da ajuda de outros. As equipes de hospitais ou os assistentes sociais raramente percebem que o “bom amigo” de um paciente é, na verdade, seu companheiro.
Nos últimos anos, a situação de homossexuais mais velhos recebeu mais atenção no movimento gay e lésbico. Foram criados grupos especiais para homens e mulheres mais velhos. Esses grupos dão apoio e ajuda para que as pessoas lidem com atitudes negativas com relação à homossexualidade. Neles, podem ser encontrados velhos e novos amigos, o que permite a socialização dos seus integrantes. Esses grupos contrabalançam também a cultura homossexual predominantemente dominada pela juventude.

Jovens gays e lésbicas

A adolescência é o tempo em que se começa seriamente a descobrir sentimentos relacionados a amor, namoros e sexo. Conversa-se com amigos sobre quais são as pessoas por quem se está interessado e em como encontrá-las. Contudo, os amigos geralmente acreditam que todo mundo está interessado no sexo oposto e, freqüentemente, a atitude direcionada à homossexualidade é abertamente negativa, especialmente entre os rapazes.

Muitos homossexuais ficam preocupados que seus amigos descubram seus verdadeiros sentimentos. Algumas vezes, eles optam por evitar os amigos. Outros tentam provar sua heterossexualidade, buscando vários relacionamentos e contatos sexuais com o sexo oposto.
Homossexuais mais jovens alegam que a falta de modelos e a "invisibilidade" da homossexualidade torna complicada a “saída do armário” na juventude. Os rapazes não conseguem se reconhecer em imagens estereotipadas ou caricaturais. Com relação a jovens lésbicas, o silêncio parece ainda maior.
Na escola, a educação sexual ou os programas de saúde concentram-se, predominantemente, na discussão dos sentimentos e da sexualidade dos heterossexuais. Nos piores casos, os sentimentos homossexuais são descritos como “algo passageiro”, que será superado com o passar do tempo.

Pais homossexuais


Alguns gays e lésbicas têm filhos. A maioria das crianças é fruto de uma relação heterossexual prévia. Contudo, alguns homossexuais, mesmo depois de assumidos e com o objetivo de terem filhos, apelam para a inseminação artificial ou para relacionamentos com amigos do sexo oposto. Em poucos casos, homossexuais solteiros adotam crianças.

Existem vários preconceitos com relação à paternidade de homossexuais e quanto ao desenvolvimento das crianças. Contudo, todos os estudos já realizados mostram que os filhos de homossexuais desenvolvem-se do mesmo modo que os de heterossexuais. Resultados semelhantes foram obtidos, quando se estudou a identidade de gênero ou a identidade sexual. Os filhos de homossexuais têm um contato social tão bom quanto os filhos de heterossexuais e não são mais hostilizados que as outras crianças.
As pesquisas mostram que a identidade sexual dos pais não influencia a orientação sexual futura da criança ou a qualidade do ambiente caseiro. O importante para a criação dos filhos é a disponibilidade dos pais, sejam eles homossexuais ou heterossexuais.

Será mesmo assim?
            Algumas dúvidas comuns sobre a homossexualidade demonstram a persistência de conceitos errôneos sobre o tema:
  1. Em uma relação homossexual, um parceiro faz o papel feminino e o outro o masculino?
NÃONa relação homossexual, os parceiros podem adotar aspectos de papéis de todos os gêneros. Isso significa que não se “representa” o sexo oposto.
  1. Os homossexuais são mais obcecados por sexo que os heterossexuais?
NÃOO sexo é mais visível nos relacionamentos de homens que no de mulheres. As diferenças entre a sexualidade masculina e a feminina é maior do que a diferença entre a sexualidade de homossexuais e heterossexuais.
  1. Os homens homossexuais são pedófilos e molestam crianças?
NÃOProporcionalmente, existem mais homens heterossexuais envolvidos em abusos sexuais de crianças.
  1. A homossexualidade é causada por uma trauma de infância?
NÃO. Ninguém sabe porque alguém “se torna homossexual”. Existem diferentes teorias que falam sobre hereditariedade e ambiente. A maioria dos homossexuais não teve qualquer dificuldade durante a infância.
  1. Os filhos de homossexuais tornam-se homossexuais?
NÃO. A pesquisa científica já realizada mostra que estas crianças não se tornam homossexuais numa proporção maior que os filhos de heterossexuais.
  1. Os homossexuais são atraídos por todas as pessoas do mesmo sexo?
NÃONão é suficiente que a pessoa seja do mesmo sexo. Os homossexuais têm, com relação a seus parceiros, tantas exigências quanto os heterossexuais.
  1. Informações positivas sobre a homossexualidade resultam em mais pessoas tornado-se homossexuais?
NÃO. Informação não faz com que as pessoas tornem-se homossexuais. Por outro lado, mais pessoas terão mais coragem de viver como homossexuais na medida que a informação contribua para reduzir os preconceitos.
Masculino – feminino

Quando se discute sexualidade, muita gente acredita que exista uma grande diferença entre homossexualidade e heterossexualidade. As pesquisas mais recentes sobre sexualidade e gênero mostram que a diferença é maior entre homens e mulheres do que entre homossexuais e heterossexuais.

Os homens parecem achar mais fácil dissociar a sexualidade dos relacionamentos ou casos amorosos. Pode-se dizer, também, que os homens usam o sexo como um meio de intimidade ou como uma maneira de começar um relacionamento romântico.
As mulheres são mais dependentes de um contexto emocional para o seu prazer sexual. Pode-se dizer, ainda, que, para as mulheres, uma maior intimidade com os parceiros torna mais importante a atividade sexual.

Gays - Lésbicas

Para os homens gays, existem diferentes lugares para encontrar pessoas que estão procurando contatos sexuais casuais. Alguns homens gays são também mais abertos com relação a ter vários parceiros sexuais, mesmo quando envolvidos em um relacionamento romântico.

As lésbicas tendem a procurar por parceiras em locais onde possam se conhecer melhor. As relações são, no geral, monogâmicas. Os encontros sexuais casuais são vistos como uma ameaça aos relacionamentos lésbicos, nos quais a sexualidade é raramente separada do resto da vida romântica do casal. 
Isso são, é claro, generalizações. Muitos gays têm relacionamentos monogâmicos e algumas lésbicas têm encontros sexuais casuais, mesmo quando estão se relacionando.

Visão médica

A definição da ciência médica do que é normal ou anormal teve sempre mais relação com a moralidade do que com a ciência. Isto é particularmente evidente quando se analisa o modo como a homossexualidade vem sendo descrita e explicada. Por quase 100 anos, a ciência médica oprimiu os homossexuais.

Quando, no final do século XIX, a medicina passou a se interessar pela homossexualidade, os médicos declararam que ela era expressão de uma androginia interiorizada, de um gênero duplo. Os homossexuais eram, então, encarados não apenas como sexualmente desviantes, mas também como fisicamente e psicologicamente desviantes.
Os homossexuais foram descritos como femininos e interessados em atividades tipicamente femininas. Pensava-se que eles tinham vozes, físico e crescimento piloso tipicamente femininos. Similarmente, as lésbicas eram descritas como tendo vozes graves, ombros largos e crescimento piloso masculino.
Mesmo hoje, nós podemos ver como essas idéias permanecem na maioria das noções sobre homossexualidade. Especialmente nas imagens preconceituosas da gays e lésbicas.
Durante os anos 90, a ciência médica "explicou" a homossexualidade em termos psicológicos. Essas explicações vêm sendo suscetíveis a mudanças de tendências nesta área.

Visão religiosa

Um dos argumentos mais comuns contra a homossexualidade é o de que ela é condenada pela Bíblia. Tanto no Velho quanto no Novo Testamento, as atividades homossexuais são mencionadas num contexto negativo. Por outro lado, não há menção sobre a homossexualidade nos evangelhos.

Atualmente, dentro do cristianismo, existem duas visões predominantes sobre a homossexualidade. Elas estão baseadas em modos diferentes de interpretação da Bíblia.
Um grupo aceita os sentimentos e a sexualidade homossexuais. Para ele, a Bíblia deve ser interpretada segundo a época, a cultura e o contexto religioso no qual foi escrita. Existem várias outras recomendações na Bíblia que não são mais consideradas como modernas e, por isso, não são mais vistas como significativas. Essa escola é usualmente chamada de interpretação histórico-crítica.
A atitude negativa com relação à homossexualidade é principalmente encontrada naqueles que representam a interpretação bíblica fundamentalista ou literal. Eles acreditam que as palavras da Bíblia são aplicáveis hoje do mesmo jeito que eram aplicadas no tempo em que foram escritas. Os seguidores desta interpretação podem aceitar a idéia da existência de homossexuais, mas têm uma visão negativa com relação ao amor e a sexualidade homossexuais. Eles são contra todas as tentativas de igualar os relacionamentos homossexuais aos heterossexuais, por exemplo, em termos legais.

*Adaptação da cartilha "Lesbian & Gay - The Swedish Way", produzida pela Federação Sueca para os Direitos de Lésbicas e Gays. (RFSL, Suécia) Salvador, Bahia, 12/10/2009.

 FONTE: GGB GRUPO GAY DA BAHIA
Rua Frei Vicente, 24 - Pelourinho - Caixa Postal 2552
CEP 40.022-260. Salvador / Bahia / Brasil 

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