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segunda-feira, 2 de maio de 2016

Como a américa corporativa se tornou uma importante aliada da causa LGBT



The Huffington Post | De Shane Ferro

A América corporativa emergiu como um poderoso aliado na luta contra uma série de projetos de leis que ameaçavam reduzir os avanços conquistados a favor dos direitosLGBT

O apoio tem crescido rapidamente desde 2008, quando apenas cinco empresas assumiram a oposição ao referendum da Preposição 8 na Califórnia que derrubou a igualdade no casamento no estado.
No ano passado, antes da decisão da Corte Suprema que levou ao reconhecimento federal dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo, aproximadamente 400 empresas assinaram uma petição no tribunal a favor do demandante.

Nela, eles argumentaram que “permitir que casais do mesmo sexo casem levanta a moral dos empregados e sua produtividade, reduzindo as incertezas e removendo inúteis encargos administrativos impostos pela atual disparidade no tratamento da lei estadual”.

No ano passado, as coalizões corporativas anularam legislação no Arizona, Arkansas, Indiana e Geórgia que discriminava lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros.

A briga recentemente se voltou para a Carolina do Norte e, em menor grau, para o Mississippi, que passaram legislação anti-LGBT nas últimas semanas. Nos dois estados, grupos de empresas assinaram cartas denunciando publicamente as leis e afirmando seu apoio de proteções legais contra discriminação LGBT.
Na Carolina do Norte, algumas empresas até passaram por uma espécie de greve econômica contra o estado.

No início de abril, PayPal anulou seus planos de construir um novo local para seus 400 empregados em Charlotte e oDeutsche Bank anunciou que não dará continuidade a uma expansão para seus 250 empregados em escritório próximo a Raleigh.
As duas empresas citaram a nova lei da Carolina do Norte.
O governador da Carolina do Norte, Pat McCrory (Republicano), respondeu à crítica da lei na terça quando emitiu uma ordem executiva para esclarecê-la. Expandiu a política de não discriminação para funcionários públicos para que incluísse orientação sexual e identidade de gênero, mas fora isso ele reafirmou os termos da lei que passou em março, permitindo que o setor privado e governo local definissem suas próprias políticas anti-discriminatórias.

As corporações ainda não comentaram sobre a ordem executiva. PayPal não respondeu aos pedidos do Huffington Post e o Deutsche Bank se negou a comentar.







O governador da Carolina do Norte, Pat McCrory (R) acredita que há uma “indignação seletiva” sobre a nova lei do estado, que discrimina contra a comunidade LGBT 




Muitas das ações corporativas nos meses anteriores tiveram origem no trabalho da Campanha de Direitos Humanos (CDH), um grupo de defesa LGBT cujo logo é conhecido pelo sinal de igual, que viralizou nas redes sociais em 2013 como símbolo de igualdade no casamento durante o julgamento da Proposição 8 na Corte Suprema da Califórnia.


A CDH tem tratado de galvanizar a liderança corporativa em apoio aos direitos LGBT por mais de uma década. Publicou o índice de igualdade corporativa anual desde 2002.


A CDH avalia a igualdade LGTB nas empresas usando uma escala de 0-100. No seu primeiro relatório, apenas 13 empresas receberam uma avaliação ideal. Em 2016, 407 empresas conseguiram alcançar esse nível.


As leis anti-LGBT como as que passaram na Carolina do Norte e no Mississippi “não só são erradas, mas não são boas para os negócios” disse Deena Fidas, encarregada do Índice de Igualdade Corporativa para o CDH. “Os estados que têm a mancha de discriminação não são os mais economicamente viáveis”.


E por isso faz sentido que as corporações estejam aumentando a defesa pelos direitos LGBT no ambiente de trabalho.


“Sinto que existe uma frustração das empresas nesse cenário que muda o tempo todo”, disse Bob Witeck, estrategista de comunicação sobre questões LGBT em Washington, D.C. “Isso nos está levando a um momento crítico. E este momento de virada acontece quando as empresas são as principais responsáveis por uma mudança ao passarem leis federais contra a discriminação”.


Witeck disse que em breve eles estarão fartos e exigirão que lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros recebam a mesma proteção legal no ambiente de trabalho que recebem as mulheres cissexuais e pessoas negras. Apenas 22 estados e Washington, D.C. nos Estados Unidos — menos da metade do país — têm leis anti-discriminação para proteger os direitos de pessoas gays da perda de emprego ou do lar por causa de chefes ou proprietários intolerantes. Três desses estados não incluem leis para indivíduos transgêneros.


As grandes empresas não se tornaram aliadas importantes no movimento LGBT apenas por uma questão de princípio. O escalão superior da América corporativa permanece como um lugar evidentemente heterossexual e cisgênero, com apenas um executivo da Fortune 500 abertamente gay, Tim Cook da Apple.


O ex BP CEO John Browne renunciou em 2007 após denúncias de ser gay. Mas — enquanto as empresas competem por talento e o poder aquisitivo de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros adultos nos Estados Unidos alcança $884 bilhões— a luta a favor dos empregados e das partes interessadas nos direitos LGBT, logicamente tornou-se um bom negócio.


É verdade especialmente quando falamos sobre talento jovem: quase três-quartos da geração do milênio apoia o casamento gay e a aceitação dos direitos LGBT aumentou a cada geração que entra no ambiente de trabalho.





http://www.brasilpost.com.br/2016/04/29/america-corporativa-causa-lgbt_n_9810658.html

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