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domingo, 25 de maio de 2025

A LUTA CONTRA A AIDS

Os novos coquetéis contra HIV como funciona e o que mudou nesses dez anos de luta contra a aids

Nos últimos dez anos, o tratamento contra o HIV evoluiu significativamente. Antes, os pacientes precisavam tomar até 18 comprimidos por dia, enquanto hoje, em muitos casos, são necessários apenas dois ou três. Além disso, a PrEP (profilaxia pré-exposição) se tornou uma ferramenta essencial na prevenção, bloqueando a entrada do vírus no DNA.

O Brasil também avançou na produção nacional de medicamentos como atazanavir e raltegravir, além da versão genérica do tenofovir, indicado para HIV e hepatites. Atualmente, existem 22 medicamentos antirretrovirais disponíveis no país, que ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico e impedem o desenvolvimento da AIDS.

Outro grande avanço foi a possibilidade de tornar o vírus indetectável. Quando o tratamento é seguido corretamente, a carga viral pode ser reduzida a níveis tão baixos que o HIV não é mais transmitido. Além disso, pesquisas continuam em busca de uma vacina contra o HIV, com estudos promissores em andamento.

Esses avanços representam uma grande conquista na luta contra a AIDS, tornando o tratamento mais acessível e eficaz.


Como a PrEP funciona na prevenção do HIV?

A PrEP (Profilaxia Pré-Exposição) é um método eficaz de prevenção contra o HIV. Ela consiste na ingestão de medicamentos antes da exposição ao vírus, bloqueando sua entrada no organismo.

Existem duas modalidades principais:

  • PrEP diária: tomada todos os dias, garantindo proteção contínua.
  • PrEP sob demanda: usada apenas antes e depois de uma possível exposição ao HIV, seguindo o esquema 2+1+1 (dois comprimidos antes da relação sexual, um após 24 horas e outro após mais 24 horas).

Além da versão oral, há também a PrEP injetável, que utiliza o medicamento cabotegravir e é aplicada a cada dois meses. Estudos indicam que essa versão pode ser ainda mais eficaz do que a PrEP oral.

A PrEP é recomendada para pessoas em situação de vulnerabilidade ao HIV, como homens que fazem sexo com homens, pessoas trans, profissionais do sexo e casais sorodiferentes (quando um dos parceiros vive com HIV e o outro não).

Como a PrEP se compara a outras formas de prevenção do HIV?

A PrEP se destaca como uma das formas mais eficazes de prevenção ao HIV, mas não é a única estratégia disponível. Aqui está uma comparação com outras formas de prevenção:

  • Preservativos: São a forma mais tradicional de prevenção, protegendo contra o HIV e outras infecções sexualmente transmissíveis (ISTs). Diferente da PrEP, os preservativos não exigem uso contínuo de medicamentos.
  • PEP (Profilaxia Pós-Exposição): Enquanto a PrEP é usada antes da exposição ao HIV, a PEP é um tratamento emergencial iniciado até 72 horas após uma possível exposição ao vírus e deve ser tomado por 28 dias.
  • Tratamento como Prevenção (TasP): Pessoas vivendo com HIV que seguem corretamente o tratamento podem atingir uma carga viral indetectável, o que significa que não transmitem o vírus.
  • PrEP Injetável: Uma alternativa à PrEP oral, aplicada a cada dois meses, oferecendo proteção prolongada sem necessidade de comprimidos diários.

Cada método tem suas vantagens e limitações, e a escolha depende do estilo de vida e das necessidades individuais.

Quais são os benefícios e riscos da PrEP?

A PrEP oferece uma proteção eficaz contra o HIV, mas como qualquer medicamento, tem benefícios e possíveis riscos.

Benefícios

  • Alta eficácia: Quando tomada corretamente, a PrEP pode reduzir o risco de infecção pelo HIV em até 99%.
  • Autonomia: Permite que a pessoa tenha controle sobre sua própria prevenção, sem depender do uso de preservativos em todas as relações.
  • Disponível no SUS: No Brasil, a PrEP é oferecida gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), tornando-a acessível a quem precisa.
  • Opções de uso: Pode ser tomada diariamente ou sob demanda, além da versão injetável, que oferece proteção prolongada.

Riscos e efeitos colaterais

  • Efeitos adversos leves: Algumas pessoas podem sentir náuseas, dor de cabeça ou desconforto gastrointestinal nos primeiros dias de uso.
  • Impacto nos rins e ossos: O uso prolongado pode afetar a função renal e a densidade óssea, mas esses efeitos são raros e monitorados por exames médicos.
  • Não protege contra outras ISTs: A PrEP previne apenas o HIV, então o uso de preservativos continua sendo recomendado para evitar outras infecções.

A PrEP é uma ferramenta poderosa na prevenção do HIV, mas deve ser usada corretamente e com acompanhamento médico.

Quais são os requisitos para iniciar a PrEP?

Para iniciar a PrEP (Profilaxia Pré-Exposição), é necessário atender a alguns critérios médicos e realizar exames antes de começar o tratamento. Aqui estão os principais requisitos:

Critérios para iniciar a PrEP

  • Teste de HIV negativo: A PrEP é indicada para pessoas que não vivem com HIV. É necessário realizar um teste antes de iniciar o uso.
  • Sem exposição de risco recente: Se houve uma possível exposição ao HIV nos últimos 72 horas, a PEP (Profilaxia Pós-Exposição) pode ser mais indicada.
  • Exames de saúde: É necessário avaliar a função renal e hepática por meio de exames de sangue, garantindo que o organismo está apto para o uso dos medicamentos.
  • Vulnerabilidade ao HIV: A PrEP é recomendada para pessoas em maior risco de exposição ao vírus, como homens que fazem sexo com homens, pessoas trans, profissionais do sexo e casais sorodiferentes.
  • Compromisso com o acompanhamento médico: O uso da PrEP exige consultas regulares para monitoramento da saúde e retirada da medicação.

A PrEP é uma ferramenta poderosa na prevenção do HIV, mas deve ser usada corretamente e com acompanhamento médico


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