RADIOS HOMO FORA FOBIA

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2019

O QUE SIGNIFICA A SIGLA LGBTQ+



O que significa a sigla LGBTQ+ e quais são as outras siglas utilizadas?
O ano é 2018 e você ainda ouve alguém falar “GLS”. Eu fico agoniado só de pensar, parece que voltei para os anos 2000 e aquele celular de tijolão ainda é uma novidade. Pois é.

GLS era frequentemente utilizado no Brasil para categorizar produtos, serviços e até eventos como “espaços gays”. A ABGLT(Associação Brasileira LGBT) acredita que o termo GLS é excludente porque ignora diversas orientações sexuais e identidades de gênero, além de colocar o ‘protagonismo’, de certa forma, nos gays.
“há alguns anos a sigla LGBT passou a ser adotada, por englobar também bissexuais, travestis e transexuais e trouxe o L, de lésbica, como letra inicial para destacar a desigualdade de gênero que também diferencia homossexuais femininas e masculinos.” 


O Significado de LGBT

Atualmente o termo LGBT é o mais utilizado, representando: lésbicas, gay, bissexuais, travestis e transsexuais. O termo foi aprovado no Brasil em 2008 em uma conferência nacional para debater os direitos humanos e políticas públicas de gays, lésbicas, bissexuais, travestis e transsexuais. 

O que é o Q de LGBTQ+?

Queer pode significar muitas coisas; não é sobre uma orientação sexual específica ou identidade de gênero, é sobre se identificar como algumas das letras da sigla, mas também fazer parte de todas elas. Confuso? Queer engloba todas as orientações e identidades, sem se especificar em apenas uma delas. 

Por muito tempo o termo “Queer” foi considerado algo ofensivo (e ainda pode ser), por isso não devemos falar que alguém é “queer”, mas sim que ela se identifica como Queer — assim focamos na pessoa em primeiro lugar e sua identidade como uma particularidade, não fator principal.

LGBTTTQQIAA?

Bom, você já deve ter visto essa sopa de letrinhas e deve ter ficado confuso. Por isso, trouxe a descrição desses termos para você ficar por dentro.

Lésbica: Mulheres que sentem atração romântica ou sexual por outras mulheres.
Gay: Homens que sentem atração romântica ou sexual por homens. O termo também pode ser utilizado para mulheres homossexuais.
Bisexual: Pessoas que sentem atração (afetiva ou sexual) por ambos os sexos.
Transgênero: Pessoas que não se identificam com seu sexo biológico e estão em trânsito entre gêneros.

Transsexual: São pessoas que se identificam com um sexo diferente do seu nascimento. Por exemplo: uma pessoa que nasceu homem, mas se identifica como mulher, é uma mulher transgênero.

2/Two-Spirit (Dois Espíritos): Utilizado por nativos norte-americanos para representar pessoas que acreditam ter nascido com espíritos masculino e feminino dentro delas.

Queer: Pode ser considerado um termo “guarda-chuva”, englobando minorias sexuais e de gênero que não são heterossexuais ou cisgênero.

Questionando: Pessoas que ainda não encontraram seu gênero ou orientação sexual — estão no processo de questionamento, ainda incertos sobre sua identidade.

Intersex: É uma variação de características sexuais que incluem cromossomos ou orgãos genitais que não permitem que a pessoa seja distintamente identificada como masculino ou feminino.

Assexual: É a falta de atração sexual, ou falta de interesse em atividades sexuais — pode ser considerado a “falta” de orientação sexual.

Aliado: São pessoas que se consideram parceiras da comunidade LGBTQ+.

Pansexual: É a atração sexual ou romântica por qualquer sexo ou identidade de gênero.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

STF (SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL) JULGA OMISSÃO DO CONGRESSO SOBRE CRIMES DE HOMOFOBIA

  
CONGRESSO OMISSO 

Supremo começa análise de ações sobre criminalização da LGBTfobia

(foto: esmaelmorais.com.br).
Supremo Tribunal Federal começou, na tarde desta quarta-feira (13/2), a julgar duas ações que discutem se o Congresso está omisso em não editar leis para criminalizar a homofobia. Nesta tarde foram ouvidas apenas as manifestações das partes, sem leitura de votos.


Os autores acusam o Congresso de inconstitucionalidade ao não criar punições específicas para quem mata ou agride pessoas por causa da orientação sexual ou identidade de gênero. O ministro Celso de Mello, que presidiu a sessão, é relator da ação direta de inconstitucionalidade por omissão, de autoria do PPS, e o ministro Luiz Edson Fachin é o relator do mandado de injunção, da Associação Brasileira LGBT (ABGLT).

Como ambas as ações são assinadas pelo mesmo advogado, Paulo Iotti, ele teve 30 minutos para sua sustentação. Segundo ele, "não há dúvida" de que o Congresso incorre em omissão inconstitucional ao deixar de editar as leis. E por isso decidiu se dedicar às "teses mais ousadas".

A principal delas, enquadrar a criminalização da "LGBTfobia" dentro das teses do Direito Penal mínimo, que defende uma retração do poder punitivo do Estado. “O direito penal mínimo exige a criminalização", disse.

"É um critério qualitativo, e não quantitativo. É o bem jurídico da tolerância — que é abaixo do respeito, em que você entende o outro como igual. O direito civil pode impor o respeito, o penal me parece que deve impor a tolerância”, afirmou. De acordo com ele, o "inconsciente coletivo demanda a atuação contramajoritária do Supremo", bem como a invocação de suas "funções iluministas", citando o ministro Luís Roberto Barroso.

O vice-procurador-geral da República, Luciano Mariz Maia, afirmou que afetos e amores não podem produzir desrespeito. “Há um elemento de coisificação, desconsideração da humanidade dessas pessoas. Elas não mortas não porque fizeram algo, mas por serem quem são. Temos, pela nossa Constituição, o compromisso com a vida logo no preâmbulo. Há a exigência para sermos uma sociedade justa, fraterna e sem preconceitos”, disse.

Independência dos Poderes
Na sua primeira sustentação oral como advogado-geral da União, André Mendonça defendeu a rejeição dos pedidos. Para ele, o caso deve ser tratado pelo Congresso, não pelo Judiciário. Em matéria penal, argumentou, é preciso ter cuidado com o avanço do Judiciário sobre as atribuições legislativas.

“A expansão judicial do âmbito punitivo de tipos penais é abertamente atentatória à competência do Poder Legislativo. E é este quem tem a legitimidade constitucional para discernir e definir os comportamentos reprováveis pelo direito penal. A questão é tão importante, que até mesmo a edição de medida provisória, como ato com força de lei, é excepcionada como impossível de ser editada pelo presidente da República em matérias penais”, afirmou. 

Ele também lembrou que não há omissão inconstitucional do Congresso, já que há projetos em discussão na Câmara e no Senado sobre o assunto.

O advogado-geral do Senado, Fernando César Cunha, concordou. “A Constituição não confere competência ao Judiciário para criar lei, ou aperfeiçoá-las, criar novos delitos. Confere competência legislativa às Casas do Congresso Nacional”, disse.

Vidas LGBT
Mais de 10 instituições foram admitidas como amici curiae. A primeira manifestação foi do Grupo Gay da Bahia, representado por Thiago Gomes Viana. Ele lembrou mortes de pessoas LGBT e momentos históricos, como a perseguição promovida pelo nazismo e pelas ditaduras brasileiras.

“Até torcedor tem uma lei pra chamar de sua, mas as pessoas LGBT não têm um tipo específico. O que avançamos foi feito pelo Executivo e pelo Judiciário, especialmente nesta corte. Há hipocrisia quando se diz que é preciso garantir o respeito à população quando todo e qualquer projeto é barrado ou recebe propostas contrárias no Congresso. A união homoafetiva foi reconhecida em decisão irretocável desta corte e foi também atacada por dois projetos de decretos legislativos”, afirmou.

Pelo Grupo de Advogados pela Diversidade Sexual, Alexandre Gustavo de Melo Franco Bahia ponderou sobre os objetivos da Constituição. “Que projeto normativo é este que estamos construindo até aqui? É esta Constituição que diz que é objetivo da República promover o bem de todos sem discriminação de cor, raça, sexo. E, como projeto aberto de inclusão de novos direitos, pode abarcar novos direitos”, argumentou. Segundo ele, as proteções que a Constituição deu a mulheres, idosos, crianças, pessoas com deficiência também tinham exigência anterior. Como, no entanto, existe razão específica para cada uma dela, foi criada uma legislação específica, para além de dispositivos de acordos internacionais que pedem por isso.

Ananda Puchta, da Aliança Nacional LGBTI, lembrou, em resposta ao argumento contrário de que o pleito feriria a liberdade religiosa, que esse segmento da sociedade é diverso, como qualquer outro, fazendo parte dele, também, muitos cristãos. “Nossa diversidade permeia toda a sociedade. A criminalização não cerceia a liberdade religiosa, queremos apenas parar de estampar manchetes sangrentas de jornais. Nós ocupamos também os bancos das igrejas. Não há porque temer uma legislação que nos proteja se se professa amor, respeito, tolerância. Tendo em vista a isonomia da lei penal, a LGBTfobia deve ser punida com o mesmo rigor do racismo”, apontou.

Especificamente sobre as pessoas travestis e transsexuais, Maria Eduarda Aguiar da Silva retomou o caso de Dandara dos Santos, torturada e morta no Ceará em fevereiro de 2017. A sentença incluiu a homofobia como um dos qualificadores do caso. “Já nos deixa um precedente no Judiciário e de que há a necessidade de qualificar os crimes de homofobia e transfobia. Crimes de ódio não são crimes comuns”, disse. Ela afirma ainda que o Brasil tem uma dívida histórica com travestis e transsexuais e, dentre as mudanças que poderiam vir da criminalização, cita notificação mais acurada dos casos.

Falou ainda a favor das ações o Instituto Brasileiro de Direito de Família (IBDFAM), na figura do advogado Rodrigo da Cunha Pereira. Ele reforçou a tese da omissão legislativa. “Se há muitos projetos tramitando no Congresso sobre o tema, nenhum deles foi votado. Não chegaram sequer a ser rejeitados”, enfatizou. Quanto à conexão com o crime de racismo, o advogada também sustentou pela pertinência da tese. De acordo com ele, essas pessoas são consideradas e tratadas como inferiores, como uma raça inferior. “E o direito é um importante instrumento ideológico de inclusão e exclusão de pessoas.”

Liberdade religiosa
Associação Nacional dos Juristas Evangélicos (Anajure) tratou da questão da liberdade religiosa, segundo a qual está ameaçada com as ações. O advogado Luigi Mateus Braga afirmou que os grupos religiosos tamném sofrem preconceito e a liberdade de crença deve ser resguardada. 

“Temos de ter muito cuidado. Quando se fala do movimento LGBT, os religiosos estão acostumados também a sofrer com frequência um tipo de preconceito. Sei como dói o preconceito, o ataque. Nós não podemos generalizar. Da forma como está proposto neste pleito não está claro de que o pronunciamento nos autos para aqueles que querem professar a sua crença não sofreram com essa proposta. Liberdade religiosa é uma conquista que se perde com facilidade”, afirmou Braga. Ele reafirmou que os textos religiosos têm trechos que tratam da questão LGBT sem aceitá-la, mas que isso é um fato social. “Não podemos sofrer uma busca e apreensão pelo que está na Biblia.”

FONTE: consultor jurídico (conjur.com.br) Escrito por ANA POMPEU.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

O YOUTUBER CARLINHOS MAIA ASSUME SUA HOMOSSEXUALIDADE LGBT

Assumido homossexual, Carlinhos Maia detona “ditadura gay” e dispara: “Me machucou mais que qualquer hétero”




Fernando Nascimento (autor da matéria)
Alagoas.24horas.com


O influenciador digital Carlinhos Maia surpreendeu muita gente ao revelar em seu perfil no Instagram na manhã deste domingo (03) que está noivo de outro homem, Lucas Guimarães. Ele publicou um vídeo do pedido de casamento e pediu desculpas ao rapaz por ter escondido o relacionamento da família e dos amigos. Além disso, Carlinhos fez uma série de vídeos no seu stories da rede social falando sobre todo o processo de se assumir e sobre as cobranças que recebeu.


Maia criticou o que chamou de ditadura que, segundo ele, o machucou bastante. “Eu via muitos gays dizendo ‘se assuma, saia do armário’. Coisa que os héteros não me pediam. Teve um tempo em que a ditadura começou a me machucar muito mais do que qualquer hétero”, revelou o rapaz. “Nos meus shows, 90% que vão me assistir são héteros. Eu não vivo do pink money. E esses mesmos héteros família: pai, mãe, filho, vó, eles gritam o nome do Lucas em todo show”, disse ele em outro trecho do desabafo.

Em outra sequência, o rapaz revelou que sobreviveria sem a internet. “Não façam do mundo gay uma ditadura do medo. Vocês estão dando medo pelo medo. Gay é amor, gay é paz, gay é arco-íris, e nós chegamos muito longe. Chegamos longe sendo homens, trabalhando, mostrando que somos iguais a todos. Olha onde eu cheguei. Sabe porque eu me orgulho? Porque eu sou um gay que se parar a internet aqui, eu sou sócio de três empresas que vocês nem sabem. Eu faço isso aqui por amor hoje em dia. Porque eu ganho muito bem fora da internet”, iniciou.

“Consegui, graças a vocês. Muito obrigado, mas hoje eu sou empresário, dou emprego a umas 45 famílias diretas. Vocês não vão me ver por aqui botando sainha, shortinho, salto alto, botando batom na boca, não. E não julgo, cada um faz o que quer e é feliz. Quem gosta, ótimo, seja feliz. Ninguém tem o direito de dizer que você não pode fazer, mas eu sou um gay que gosta de ser homem”, disparou o rapaz.


FONTE: SITE: ATHOSGLS Maior site LGBT do Brasil.

BRASIL: LGBT É ELEITO SENADOR DA REPUBLICA

Fabiano Contarato é o primeiro senador declarado LGBT na história e toma posse representando a Rede

foto: www1.folha.uol.com.br

No Espírito Santo, os 1.117.039 votos (31,15%) em Fabiano Contarato, da REDE, conseguiram eleger pela primeira vez um senador homossexual que não faz da sua vida particular um constrangimento. Ao contrário disso, Contarato, que é delegado da Polícia Civil e professor universitário, não tem medo de se expor ao debate público e misturou em sua campanha aspectos que dialogam tanto com ideias progressistas, quanto posições conservadoras. 

Em sua primeira disputa a um cargo eletivo – filiou-se à Rede neste ano – Contarato conseguiu desbancar políticos tradicionais de estado: derrotou os atuais senadores Magno Malta (PR), que teve 17,04% dos votos, e Ricardo Ferraço (PSDB), com 13,39%. A segunda vaga para o Senado ficou Marcos do Val (PPS), que obteve 863.359 votos (24,08%).

Em seu discurso de vitória, o senador eleito disse que sua campanha foi a de “Davi contra dois Golias”, citou expressões bíblicas e usou a narrativa do amor contra o ódio. Contarato é homossexual, casado, tem um filho e defende o casamento LGBT.

Leia também: PSL domina campo conservador na Câmara; PSOL e PDT crescem

Durante a disputa eleitoral – e também antes dela – deixou manifesta sua vida particular e aliou o discurso de defesa da família – em todas suas as formas – ao da inclusão. A tônica do candidato da Rede foi especialmente as questões ligadas à segurança pública. O Espírito Santo é o segundo estado mais violento do Brasil para crianças e jovens: 23,8% dos homicídios cometidos no estado em 2016 vitimaram menores de 19 anos de idade.

Formado em direito pela Universidade Vila Velha, Contarato é professor e delegado de polícia da Academia de Polícia Civil do Espírito Santo, e é especialista em Impactos da Violência na Escola pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Em 2016, foi nomeado corregedor-geral do Estado.

Enquanto a campanha ao Palácio do Planalto tende a polarização, o mais bem votado senador do Espírito Santo harmonizou em sua campanha símbolos e discursos de todos as matizes: bandeira do Brasil, defesa do casamento LGBT, contra o aborto, defesa dos direitos humanos e da lei Maria da Penha, mensagens motivacionais e especialmente a defesa de se professar a fé religiosa de maneira não dogmática. 

O discurso religioso não vem ao acaso. Pode tê-lo ajudado a diminuir o poder de seu principal adversário, o político de extrema-direita Magno Malta. Político de carreira, termina no fim do ano seu primeiro mandato de senador. Pastor evangélico, já foi cantor de músicas gospel. 
Em 2016, foi um dos parlamentares que mais defendeu o impeachment contra Dilma Rousseff. No discurso de votação, afirmou que “a arrogância precede a ruína”. Malta comparou o fim do mandato de Dilma a um “enterro de indigente” e finalizou seu discurso cantando “vai pra Porto Alegre e tchau”.

Malta tem também seu nome envolvido em casos de corrupção, nepotismo, perseguição e tortura, e é conhecido por discursos homofóbicos. O senador apoiou o candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL), primeiro colocado no primeiro turno. Ainda assim, o gesto não foi o suficiente para ser eleito pelo estado ao Congresso Nacional.

FONTE: REVISTA CARTA CAPITAL
               SITE: CARTA CAPITAL

segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

O FENÔMENO PABLO VITTAR

PABLO VITTAR
Início da vida e carreira

Phabullo Rodrigues da Silva nasceu em São Luís, Maranhão, em 1 de novembro de 1994. Ele é filho da técnica de enfermagem Verônica Rodrigues e tem duas irmãs, sendo que uma delas, Phamella, é sua gêmea.Vittar nunca conheceu seu pai, que abandonou Verônica ainda grávida. Ele, no entanto, disse nunca ter sentido falta de uma figura paterna durante a infância.Vittar passou parte da infância vivendo em cidades do interior do Maranhão, como Santa Inês; depois passou a infância toda na cidade de Santa Izabel do Pará, no Pará. Vittar alega ter sido vítima de bullying durante seus anos escolares, devido a seus gestos delicados e sua voz aguda, que frequentemente eram motivo de humilhação e até agressões físicas.[Vittar também frequentou aulas de balé clássico durante a infância. Ele falou sobre sua infância afirmando que sempre teve "noção de que era diferente e que não ia seguir os caminhos que um homem que nasceu com genitália masculina tinha que seguir: casar, ter filhos [...]. Sabia que ia fazer alguma coisa no mundo para deixar minha marca".

No início da adolescência, ele voltou para o Maranhão, vivendo na cidade de Caxias. Na época, começou a cantar em festas e junto ao coral de uma Igreja Presbiteriana, além de se apresentar no Pop, um programa regional de Caxias, onde fez covers de canções de diversos artistas.[17][18][19] Com 16 anos de idade, Vittar mudou-se para Indaiatuba, São Paulo, para tentar começar uma carreira artística.[5][15] Ele não obteve sucesso e acabou trabalhando em diversos lugares, como lanchonetes e salões de beleza.[11][15] Foi com essa idade que ele se assumiu homossexual para sua mãe, mas "nem surpresa ela ficou. Sempre me apoiou – aliás, a família inteira, minhas irmãs também", relatou o cantor em entrevista à Marie Claire.[15] Dois anos depois, mudou-se com sua família para Uberlândia, Minas Gerais.[15] Lá, Vittar passou no vestibular para o curso de Design de Interiores da Universidade Federal de Uberlândia, que posteriormente trancou, devido a sua agenda de shows, que havia aumentado.[20][21] No final de 2011, ele começou a publicar covers em um canal pessoal no YouTube.[8][22] Vittar disse que sempre foi fascinado pelo "universo feminino" e passou a se interessar pela arte das drag queens quando foi apresentado ao reality show RuPaul's Drag Race por um namorado.[6][11] Vittar se "montou" pela primeira vez aos 17 anos para divulgar a festa de uma amiga, entregando panfletos na porta de uma boate em Uberlândia;[11] "...fui na farmácia, comprei um lápis, um batom e umas extensões tão baratas que acabaram virando um dread só".[14] Ele também participou de concursos de beleza e venceu alguns antes de iniciar sua carreira musical.[5] Vittar começou a atuar como drag queen e cantor na casa noturna Belgrano, dos produtores Ian Hayashi e Leocádio Rezende, localizada em Uberlândia.[8][18]
Carreira
2015–17: Open Bar, Amor & Sexo e Vai Passar Mal

Vittar estava mantendo contato através das redes sociais com Pedro D'Eyrot, um dos integrantes do Bonde do Rolê, que apresentou os vídeos de Vittar ao produtor Rodrigo Gorky, também integrante do grupo.[21] Em uma visita à Belgrano, Gorky pediu a Hayashi e Rezende para que o apresentassem a Pabllo, que conhecia apenas da internet.[8][23] Gorky sugeriu a Vittar que gravassem uma releitura em português da canção "Lean On", do grupo Major Lazer, que foi intitulada "Open Bar" e lançada em outubro de 2015.[11][10] Em menos de quatro meses, o vídeo de "Open Bar" atingiu a marca de 1 milhão de visualizações no YouTube.[11][8] Em dezembro, lançou o extended play (EP) Open Bar. Além da faixa-título, o EP apresenta outras quatro faixas que são versões em português de canções gravadas por artistas como Beyoncé e Rihanna.[24] Com exceção de "Open Bar", que foi autorizada por um dos autores de "Lean On", Diplo, todas as canções do EP e seus videoclipes foram posteriormente retirados das plataformas digitais por questões de direitos autorais.[25] Um remix de "Open Bar" foi posteriormente incluído em seu álbum Vai Passar Mal: Remixes (2017).[26] Logo após o lançamento do EP, Vittar deu início à sua primeira série de shows, Open Bar Tour.[21] A turnê se estendeu por 2016 e totalizou 120 apresentações.[8] Vittar acabou chamando a atenção dos produtores do programa Amor & Sexo, da Rede Globo, que o convidaram para integrar a banda do programa em 2016.[11] Ele esteve no elenco da atração durante a nona e décima temporada e deixou o programa para se dedicar a seus projetos musicais.[27]
Vittar se apresentando em Brasília, junho de 2016.

Em janeiro de 2017, Vittar lançou seu álbum de estreia, Vai Passar Mal. O disco possui uma sonoridade diversificada, incorporando elementos de música pop, eletrônica e gêneros brasileiros, como tecnomelody, arrocha e funk carioca.[28][29] Luccas Oliveira, do jornal O Globo, escreveu sobre o álbum; "...em geral, suas faixas curtas e bem produzidas, com letras que exalam a autoestima e a afirmação de Pabllo, fazem do disco de estreia da drag queen um belo cartão de visitas — feito sob medida para o público que ela atinge."[29] "Nêga" foi lançada como carro-chefe do disco.[30] Uma colaboração com Rico Dalasam, "Todo Dia" foi lançada como segundo single do álbum em 20 de janeiro de 2017.[31] A canção ganhou atenção durante o Carnaval de 2017[11][10] e Pabllo se apresentou no Carnaval de Salvador.[20]Seis meses após o lançamento, a canção e seu videoclipe foram retirados das plataformas digitais devido a uma notificação extrajudicial de Dalasam para questionar acordo de direitos autorais.[32] O terceiro e quarto single do álbum, respectivamente "K.O." e "Corpo Sensual", alcançaram o top 70 da parada Hot 100 Airplay, da Billboard Brasil,[33] e tiveram êxito nas plataformas de streaming; "K.O." atingiu o topo do ranking do Deezer e "Corpo Sensual" culminou a tabela do Spotify no Brasil.[10][34] Em janeiro de 2018, o videoclipe de ambas as faixas havia ultrapassado a marca de 200 milhões de visualizações no YouTube.[35] "Então Vai" e "Indestrutível" também foram lançadas como singles de Vai Passar Mal.[36] O figurino usado pelo artista no videoclipe de "Indestrutível" foi leiloado com o intuito de arrecadar fundos para a Casa 1, projeto em São Paulo que acolhe pessoas LGBT em situação de risco.[37] Em fevereiro de 2017, Vittar deu início à sua segunda turnê, Vai Passar Mal Tour.[38]

Em maio de 2017, Lia Clark lançou um remix de sua canção "Tome Curtindo" em parceria com Pabllo.[39] Em junho, ele se juntou a outros artistas para lançar a canção "Filhos do Arco-Íris", cujos lucros beneficiaram as pesquisas da amfAR.[40] Em julho, a canção "Sua Cara", que apresenta vocais de Anitta e Vittar, foi lançada como segundo single do extended play (EP) Know No Better, do grupo norte-americano Major Lazer.[41] A canção atingiu o pico de número 49 no Hot 100 Airplay da Billboard Brasil[42] e chegou ao top dez em Portugal.[43] Nos charts da Billboard norte-americana, a canção alcançou o top 30 na Dance/Electronic Songs e na World Digital Songs.[44][45] Seu videoclipe foi filmado na parte Marroquina do Deserto do Saara e se tornou um sucesso instantâneo; na época de seu lançamento, ele foi o sexto videoclipe mais visto em suas primeiras 24 horas e também o mais rápido a atingir 1 milhão de likes no YouTube.[46][47] Em agosto, a cantora Preta Gil lançou uma parceria com Vittar intitulada "Decote".[48] No mesmo mês, Vittar assinou um contrato de dois álbuns com a gravadora Sony Music.[49] Em setembro de 2017, Vittar apresentou-se no palco Sunset da sétima edição do Rock in Rio, além de ter participado do show da cantora norte-americana Fergie no palco principal.[28] No dia 8 de dezembro, Vittar lançou um álbum de remixes intitulado Vai Passar Mal: Remixes. O álbum contém novas versões das canções de seu álbum de estreia.[26] No mesmo mês, a cantora britânica Charli XCX lançou uma colaboração com Vittar, Brooke Candy e CupcakKe, intitulada "I Got It".[50] A MTV Portugal citou Vittar como uma das principais "revelações musicais" de 2017.[51]
2018–presente: Não Para Não

Em janeiro de 2018, Vittar apareceu como artista convidado em três canções diferentes: "Paraíso", de Lucas Lucco,[52] "Joga Bunda", de Aretuza Lovi,[53] e "Eu Te Avisei", de Alice Caymmi.[54] Em abril, Vittar lançou a canção "Hasta la Vista" ao lado de Luan Santana e Simone & Simaria, resultado da campanha Coca-Cola Fan Feat..[55] No dia 1 de maio, estreou seu programa Prazer, Pabllo Vittar no Multishow. Além de performances musicais, a atração também apresentou entrevistas feitas por Vittar, durante um total de cinco episódios.[56] O programa foi indicado ao Rose d'Or Awards na categoria Entretenimento.[57] Em junho, o projeto Niara, formado por Francisco Gil e Nuno Tavares, lançou "Não Esqueço", single em parceria com Vittar.[58] No mês seguinte, a cantora angolana Titica lançou o single "Come e Baza" em parceria com Pabllo.[59] Em setembro, o duo Sofi Tukker lançou uma segunda versão de sua canção "Energia" em colaboração com Vittar.[60]

No dia 4 de outubro, Vittar lançou seu segundo álbum de estúdio, Não Para Não. O crítico musical Mauro Ferreira, do G1, disse que "O que era espontâneo em Vai passar Malparece estrategicamente calculado em Não Para Não", mas acrescentou que isso "jamais tira os méritos do álbum, bem produzido e hábil na confecção de um pop brasileiro com conexões com a cena internacional. Vittar oferece o que se esperava dela neste segundo álbum: um punhado de hits em potencial fabricados com matéria-prima rítmica vinda sobretudo do Nordeste."[61] No entanto, outros críticos sentiram que Não Para Não não tem a mesma "espontaneidade" de seu álbum de estreia.[62] "Problema Seu" foi lançada como carro-chefe do álbum, seguida por "Disk Me".[63] Para divulgar o álbum, em novembro, Pabllo deu início à sua terceira turnê Não Para Não Tour, com um show em São Paulo.[64] No mesmo mês, Vittar lançou o videoclipe de "Highlight", música-tema da série de animação da Netflix, Super Drags, que foi lançada na plataforma no dia 9, contendo cinco episódios. A série traz a participação de Vittar, dublando a personagem Goldiva em sua versão brasileira.[65] A IstoÉ elegeu Vittar o Brasileiro do Ano na categoria Música, em 2018.[66]
Características artísticas
Estilo musical e voz

Principalmente um artista pop, Pabllo transita entre diversos estilos.[2][3] Seu álbum de estreia, Vai Passar Mal mistura o pop com elementos de música eletrônica e gêneros brasileiros como tecnomelody, arrocha, funk carioca e forró.[28][29] Os críticos de música notaram que seu segundo álbum de estúdio, Não Para Não, seguiu a mesma fórmula de Vai Passar Mal. O álbum também explora a música pop com influências de diversos gêneros musicais, tanto brasileiros como mundiais.[61][67] Pabllo comentou sobre o álbum dizendo, "[...] eu morava em Santa Izabel do Pará e ouvia cúmbia, carimbó, tecnobrega e guitarrada. No Maranhão, ouvia o axé e os pagodes baianos. [...] A Pabllo Vittar está todinha nesse álbum, não tenho como ir contra as minhas origens."[68] Em geral, sua música explora temas como o amor, autoestima e festas.[29][67]

Vittar possui um tipo vocal classificado como contratenor.[28][69] Sérgio Anders, professor de canto da Universidade do Estado de Minas Gerais, analisou a voz de Pabllo: "É uma voz infantilizada num homem adulto, e isso ocorre por questões hormonais." Anders considera Pabllo um bom cantor, mas afirmou que sua técnica não é muito desenvolvida: "Pabllo tem dois tipos como cantora. Nas músicas dela mesma, vai muito além de sua tessitura. Já as músicas mais graves, geralmente covers, me agradam mais. Quando a vi cantar Whitney Houston foi maravilhoso."[69] O jornal The New York Times descreveu sua voz como um "soprano nasal".[70]
Influências

Rihanna (esquerda), RuPaul (centro) e Beyoncé (direita) são três das principais influências do artista.

Por influência de sua mãe, Vittar cresceu ouvindo artistas como Aretha Franklin, Etta James, Donna Summer e Whitney Houston.[71][5] Vittar imitava essas cantoras desde criança, "quando nem sonhava em ser drag ainda".[71] Vittar passou a se interessar pela arte das drag queens quando conheceu o reality show RuPaul's Drag Race[11] e cita o artista norte-americano RuPaul como uma influência importante; "todas as drags desse mundo têm que agradecer a RuPaul pela visibilidade que temos hoje."[72] Alguns participantes do reality show RuPaul's Drag Race também são referência para Pabllo, que citou April Carrion e Naomi Smalls como algumas das competidoras que o inspiram.[72][73]

No início de sua carreira, usava o sobrenome Knowles como parte de seu nome artístico, uma referência à cantora Beyoncé.[17] Outra referência relevante em sua carreira é Rihanna.[74] Em seu álbum de estreia, Vai Passar Mal, o artista teve influência direta de Lana Del Rey, Allie X e dos álbuns Anti, de Rihanna, e Lemonade, de Beyoncé.[4] Vittar se diz influenciado pelo grupo Major Lazer e pela cantora Anitta, artistas com os quais gravou a canção "Sua Cara".[74] A música e performances de Pabllo sofreram grande influência de grupos como Banda Batidão e Companhia do Calypso.[75][76][72] Vittar disse que estava ouvindo a diversos artistas para se "inspirar" quando produzia seu álbum de estreia, citando como exemplos Liniker e Elza Soares.[5] A modelo Bella Hadid o influencia visualmente, principalmente sua maquiagem e estilo.[77]
Imagem pública

Vittar é considerado um ícone gay[78] e foi citado pelo The New York Times como um "emblema de fluidez de gênero",[70] enquanto o The Guardian, comentando sobre seu posicionamento político, se referiu a Vittar como um "símbolo de resistência".[3] Vittar falou sobre sua percepção pública declarando que "Acho que sou um exemplo sim. Quando era pequeno não tinha ninguém para me espelhar. Não tinha alguém na TV que eu olhava e falava: ‘Eu posso ser isso’. Tinha o Ney [Matogrosso], mas ele era uma divindade, muito distante de mim."[71] À Vice, ele falou sobre sua função política enquanto um artista com grande reconhecimento entre o público LGBT e feminino, "Acho que é necessário [se posicionar] [...] Não é só subir no palco, rebolar e ir embora. O buraco é mais embaixo."[79] Sérgio Martins, da Veja, notou que Vittar "faz as poses de Madonna em Vogue, dá os trinados agudos de Beyoncé e Whitney Houston e rebola como dançarina de funk. [...] É uma catártica liberação para todos os que a veem no palco — adultos e adolescentes, gays e héteros."[80]

Pabllo não é transexual e só se sente de fato mulher quando está caracterizado no palco.[8][81] Fora do palco, costuma vestir peças consideradas tanto masculinas quanto femininas.[10][80] Numa entrevista para a Glamour, Pabllo se autodescreveu como "um menino gay que faz drag".[81] O cantor demora até três horas para "virar Pabllo Vittar" e não costuma usar maquiagem e peruca durante seu dia a dia.[1] O nome Pabllo é uma "versão artística" de seu nome de batismo, Phabullo.[82] Embora seja uma drag queen, Vittar não pensou em adotar um nome artístico considerado feminino. Ele explicou a questão dizendo:


"Nunca senti a necessidade de optar por um nome feminino porque, quando decidi fazer drag, queria passar verdade através da minha arte, música, do que acho que sou. Pabllo me representa de uma forma que você não tem noção. Acho que, se eu tivesse um nome feminino, não ia passar tanta verdade. Não gosto de me trancar em uma caixa. Gosto de ser afeminada, de ser isso aqui, de sair na rua às vezes de boné. Gosto de ser o que quiser ser".[16]

Embora prefira ser chamado no feminino quando está "de drag", em diversas ocasiões, Vittar afirmou não se importar com o gênero no qual é chamado.[15][83] Pabllo comentou o assunto dizendo:


"Eu acho que gênero não importa, pra mim. Se você escrever "ele", vou achar incrível, se escrever "ela", também vou achar demais. Mas, quando estou de drag… eu não fico na frente do espelho duas horas me maquiando para a pessoa me chamar de ele, né? Fica chamando de “ela”! Ela é bonita, ela é cantora, ela é draaaaaag! Eu gosto de ser chamada no feminino."[4]

Vittar também é creditado por impulsionar a inclusão de artistas drag e trans no cenário da música mainstream do Brasil.[84][85][86] Em março de 2018, a Billboard disse que "um coletivo de drag queens - com Vittar na vanguarda - está ajudando a mudar a aceitação da comunidade LGBTQ no Brasil, usando música e performance como seus meios. [...] Com seu trabalho revolucionário, sensibilidade camp e estética drag feroz, esta nova geração de artistas está usando sua visibilidade sem precedentes para confrontar o machismo profundamente enraizado do Brasil."[84] O site G1 chamou o fenômeno de "Efeito Pabllo Vittar".[85] Tony Goes, da Folha de S.Paulo, sugeriu que Vittar atingiu o mercado mainstream por seguir "à risca a fórmula consagrada por divas internacionais como Britney Spears ou Rihanna: entregou-se nas mãos de produtores experientes, que compõem sucessos de refrões pegajosos para ela."[87] Goes também disse que "Sua mensagem política está em sua própria imagem, não tanto nas músicas", acrescentando ainda que Vittar é "o mais popular artista queer brasileiro desde Ney Matogrosso."[87]

Em 2017, a revista Joyce Pascowitch elegeu Vittar "A Pessoa do Ano".[71][88] No mesmo ano, foi a quinta personalidade mais buscada no Google Brasil.[89] Vittar não só é o artista drag queen mais influente do mundo nas redes sociais[90][91] como também figurou no ranking Social 50, da Billboard, onde atingiu a trigésima terceira colocação em outubro de 2017.[92][93]

Pabllo tem sido criticado por sua "inabilidade em manter o fôlego" para cantar durante performances ao vivo.[94] Em sua coluna no Universo Online, Chico Barney o defendeu, dizendo que "ninguém precisa mandar bem ao vivo para ser uma grande artista [...] Ícones do showbiz mundial como Britney Spears, Radiohead e Xuxa Meneghel fizeram fama e fortuna como artistas de estúdio."[94] Ele terminou dizendo que:


"O legado da importância de Pabllo como figura pública tão representativa e bem-sucedida não pode ser obliterado por detalhes técnicos tão pedestres."[94]
Produtos e publicidade

Pabllo costuma associar sua imagem à marcas e empresas que estejam abertas a causas e à diversidade, além de serem marcas que ele pessoalmente consome e aprova.[95]Vittar evita apoiar marcas sexistas e preconceituosas que podem potencialmente ir contra seus ideais.[95] Em 2016, estrelou a campanha Louca Por Cores, da marca de cosméticos Avon.[96] Em setembro de 2017, Vittar promoveu as marcas Avon e Trident em seu videoclipe de "Corpo Sensual".[97] Em dezembro de 2017, a Coca-Cola lançou a campanha Coca-Cola Fan Feat. e passou a estampar o rosto de diversos artistas nas latas do refrigerante.[98] A campanha gerou uma votação através de seu site e Vittar foi um dos três artistas mais votados, gravando uma canção com os outros dois escolhidos.[99] Vittar também foi patrocinado por marcas e empresas como Itaú, TNT Energy Drink e Niely Cosméticos.[95] Em abril de 2018, foi um dos artistas a estrelar a campanha da coleção primavera/verão 2019 da Coca-Cola Jeans.[100]
Discografia
Ver artigo principal: Discografia de Pabllo Vittar
Filmografia
Televisão
AnoTítuloCargoNotas
2016–17 Amor & Sexo Vocalista da banda 
2017; 2018 TVZ Apresentador especial Episódio: "19 de abril de 2017"[101]
Episódio: "6 de setembro de 2017"[102]
Episódio: "21 de fevereiro de 2018"[103]
Episódio: "16 de agosto de 2018"[104]
Episódio: "10 de outubro de 2018"[105]
2017 A Força do Querer Ele mesmo Episódio: "5 de outubro de 2017"[106]
2017 Vai que Cola Ele mesmo Episódio: "Você Decide"[107]
2018 Prazer, Pabllo Vittar Apresentador[108]
2018 O Outro Lado do Paraíso Ele mesmo Episódio: "11 de maio de 2018"[109]
2018 Super Drags Goldiva (voz)[110] 5 episódios

Cinema
AnoTítuloPersonagemNotas
2017 Oitavo Concierge Curta-metragem[111][112]
2018 Crô em Família Ele mesmo[113]

Internet
AnoTítuloCargoNotas
2016–17 Vlog da Pabllo Ele mesmo Web-documentário[114]
2018 Up Next: Pabllo Vittar Ele mesmo Web-documentário[115]

Turnês
Open Bar Tour (2015–16)
Vai Passar Mal Tour (2017–18)
Não Para Não Tour (2018–presente)
Prêmios e indicações
Ver artigo principal: Lista de prêmios e indicações recebidos por Pabllo Vittar

Em 20 de julho, foi anunciado que Vittar estaria concorrendo à 24ª edição do Prêmio Multishow de Música Brasileira, concorrendo na categoria "Fiat Argo Experimente".[116] Cinco dias depois, Vittar também foi anunciado como concorrente na categoria "Melhor Show" na 16ª edição do Prêmio Jovem Brasileiro.[117]
Notas

Em diversas ocasiões, Pabllo Vittar afirmou não se importar em ser chamado no feminino ou no masculino.[4][5] Em uma entrevista para o "Na Mira", do portal Imirante, o mesmo afirmou não ser uma mulher transexual quando respondeu sobre sua decisão em se tornar drag queen: "Sou um menino gay afeminado! [...] foi super fácil [se transformar em drag], sempre gostei de passear entre o universo masculino e o feminino, nunca vi uma barreira entre os dois, então até hoje tenho isso comigo, não tenho uma linha entre um e outro, passeio pelos dois lados sempre."[6] Ver mais detalhes na seção "Imagem pública".

domingo, 28 de outubro de 2018

Cantora Amannda lança vídeo-manifesto em apoio a comunidade LGBT; Assista “Thick Skin”



A cantora Amannda, reconhecida mundialmente pelos seus hits nas pistas eletrônicas, resolveu se aprofundar mais na história da comunidade LGBTQ+ e mostrar a história por trás da luta pelos direitos que envolvem seu público direto. O projeto de seu novo videoclipe, para sua música “Thick Skin”, vem como uma homenagem a todos os que deram suas vidas para que a comunidade tivesse tantos reconhecimentos humanitários ao redor do mundo.


Contando a história de Stone Wall, que teve seu pontapé inicial no ano de 1969, o projeto levou 3 meses para ser finalizado com êxito, tendo como diretor do vídeo o brasileiro Cauê Barcellos e o apoio de ativistas ativistas norte-americanos, como Randy Wicker – que luta desde 1958 por direitos humanos – e Perry Bass – que participou dos conflitos em Stone Wall, renomado palestrante e autor de livros temáticos.

“Por muitas vezes, procurei fazer algo que transcendesse apenas a música e que tivesse um significado para a comunidade LGBTQ+, para que as pessoas pudessem ter uma consciência maior do sofrimento que os membros dela passam. Há 50 anos, o Stone Wall Riot foi o estopim para o movimento mundial da luta dos direitos humanos, que muitos consideram apenas diretamente ligados ao público gay. Podemos afirmar que se trata de direitos humanos, pois busca a igualdade para todas as pessoas. Pessoas como Marsha P. Johnson e Silvia Rivera – maiores ícones da luta pela igualdade – perderam suas vidas porque não tinham medo de expor a brutalidade e a violência com as quais os homossexuais eram tratados”, explicou.

Pensando em tantas pessoas que tiraram suas próprias vidas por estarem em depressão, pelo fato de não serem aceitas por sua identidade sexual, o projeto objetiva mostrar o passado, para que hajam mais mudanças no futuro.

“Com o crescente número de suicídios oriundos do preconceito sexual, precisamos mostrar que somos fortes, que somos pessoas que criaram uma ‘casca grossa’ com as lições da vida e não se deixam abalar. É sobre isso que a letra da música fala e não teria maneira melhor de fazer um clipe mostrando tudo o que a comunidade já viveu. Chorei muito ao final de cada cena, lágrimas de dor e desespero, mas o clipe vem com a ideia de mostrar que juntos podemos mudar e viver num mundo melhor”, conclui Amannda.

O vídeo também acabou se tornando uma homenagem a um amigo e integrante da equipe da cantora, Kauê Patah, que sucumbiu à depressão pela não-aceitação de sua condição.

A cantora, que acabou de passar pela Tailândia em turnê e ganhou em 2018 o prêmio de “Artista do Ano” pela CirtuitX Awards, anunciou que retorna ao Brasil no final do ano, para mais uma etapa de sua “Into The Groove Tour e lançamento da música “Don’tYou Dare”, em parceria com a cantora Nikki Valentine, ex-finalista do programa “The Voice Brasil”, e produzida pelo Dj Allan Natal.

fonte: athosgls blog
Rangel Querino


segunda-feira, 16 de julho de 2018

MILK UM LIDER NA LUTA CONTRA PRECONCEITOS E POR DIREITOS LGBT NOS ESTADOS UNIDOS

Atuações fantásticas fazem desse um dos melhores filmes de 2008, banhado pela sensibilidade incomparável de Van Sant.

Milk - A Voz da Igualdade vai muito além de uma simples e concreta biografia de um homem que marcou época. A estória de Harvey Milk é repleta de simbolismos, mensagens vindas daquele que entende perfeitamente o que é ser vítima da represália das pessoas para com os homossexuais. Gus Van Sant é assumidamente gay, um diretor de talento inegável, cujo trabalho em Gênio Indomável rendeu frutos, que o trouxe até aqui. Esse parece ser o filme que o diretor americano sempre quis comandar, e não à toa. Se hoje em dia ele pode andar na rua, sem (muitos) problemas, deve-se bastante a H. Milk. Bem, mesmo pra quem não viu o filme aqui sendo criticado, conhecer o mínimo da história desse ícone não é difícil. Milk morou a vida inteira em Nova York, descobriu sua verdadeira sexualidade lá e começou um relacionamento com Scott Smith. Decidido a mudar de vida (e de ares também), ele passa a viver em São Francisco junto com seu parceiro e abrem sue primeiro comércio juntos, uma loja de revelação fotográfia na Rua Castro. Milk entretanto, acaba se tornando um verdadeiro líder dos homossexuais, e vendo mais de perto as injustiças, o preconceito ainda mais nítido, ele começa a pregar seus conceitos baseados na igualdade, gerando seguidores que mais tarde tornariam seus amigos. Ele foi se tornando cada vez mais uma figura pública, motivo de esperança para muitos jovens que um dia, teriam liberdade para agir como quisessem nas ruas. Milk logo se transforma em um´homem não mais somente público, como também político, candidatando-se a cargos do governo. Depois de muitas tentatias fracassadas, ele finalmente consagra-se o primeiro ativista gay a ser eleito para um cargo público dos Estados Unidos, mas sua vida logo chegaria ao fim, quando um adversário, Dan White, mata-o a tiros de queima roupa.


Tudo isso você pode encontrar em 'Milk - A Voz da Igualdade', que transforma toda uma biografia repleta de feitos em uma lição de vida, transmitida por uma mensagem extremamente original e humana. Para tanto, Gus Van Sant foi capaz de abusar na sensibilidade, mas nunca levando o filme a uma sessão de manipulação gratuita, mas sim a uma reflexão bem construida por argumentos que salvam o filme de qualquer estereotipo do tema GLS e de qualquer apelação para a absolvição dos homossexuais. O diretor opta por um esquema que faz com que o espectador, mesmo aquele extremamente bem definido sexualmente, não se desgate com as cenas de amor entre dois homens.

O fiilme todo na verdade é de um bom gosto invejável. Desde a trilha sonora suave e bem encaixada de Danny Elfman até a história bem montada apoiada pelo tripé da poderosa direção, roteiro inteligente e atuações que beiram à perfeição. E por falar em atuações, destaca-se o talento imenso de Sean Penn, um dos atores mais completos e formidáveis em ação. Ele, que ganhou o Oscar pelo papel de Harvey Milk e alguns anos atrás pelo seu vingativo (ex-presidiário) personagem em Sobre Meninos e Lobos comprova mais uma vez que é um ator capaz de grandes performances, uma melhor que a outra. E ele não está só, apesar do destaque inegável que tem no filme, Emile Hirsh brilha intensamente, assim como o indicado ao Oscar e controlado Josh Brolin, em um papel bem mais exigente que aquele em Onde os Fracos Não Têm Vez. James Franco surpreende pela coragem e atua de forma discreta, mas convincente. 'Milk - A Voz da Igualdade' disputa acirradamente o prêmio de Melhor Elenco do ano, por convenção, obviamente. 

'Milk' tem também um roteiro extremamente coerente. Não-linear, Dustin Lance Black escreve de uma forma que possibilita encaixar cenas reais, uma exploração mais profunda da vida íntima de Harvey Milk sem apelar pro exagero, nem pra discussões de relacionamento desnecessárias. 

Enfim, Milk - A Voz da Igualdade vai muito além de ser somente uma biografia de alguém que fez muito pelo povo (neste caso, por um povo específico), é uma lição de vida, carregada pela emoção das atuações, pela sensibilidade do diretor e pela inteligência e bom senso do roteirista. Um filme imperdível e uma verdadeira aula de cinema, apesar de esperar um pouco mais, é excelente do mesmo jeito.


FONTE: Por Vinícius Cavalheiro

terça-feira, 5 de junho de 2018

FILME "FLOR DO DESERTO" UMA HISTORIA REAL

Quando o clitóris é uma pedra no caminho

Alguém viu o filme “Flor do Deserto”? Eu vi no fim de semana. É a história de Warris Dirie, modelo que tornou-se símbolo mundial da luta contra a mutilação genital feminina, que ainda hoje é comum na África e na Ásia e, também, entre os imigrantes que vivem na Europa, na América e na Austrália. Segundo a ONU, cerca de oito mil meninas sofrem esta violência todos os dias.

Alguém pode imaginar o que significa esta prática? As próprias mães levam suas filhas, de quatro ou cinco anos, para serem castradas, algumas vezes por médicos e enfermeiras, outras por senhoras da comunidade, extremamente respeitadas por terem o ofício de cortar o clitóris e toda a vulva das “pacientes”, costurando tudo depois. Não há anestesia nem higiene, e as “cirurgias” são feitas com facas, giletes, canivetes ou o que houver à mão no momento.

Muitas meninas morrem, e, nos últimos anos, a prática vem sendo aplicada a bebês. Na noite de núpcias, quando as noivas têm em torno de 12 anos, o marido faz um corte na cicatriz, antes de consumar o casamento, para ter certeza de que sua esposa foi “cortada”, como prega o costume, e portanto é uma mulher casta e respeitável. Mas que costume é este, que não consta em nenhum livro sagrado? É a praxe de indivíduos para quem o prazer de viver é a opressão; a tradição de homens que garantem a fidelidade de suas mulheres através da privação máxima, que é a privação do próprio corpo. Para eles, o clitóris é uma pedra no meio do caminho, um obstáculo à supremacia do seu próprio egoísmo e tirania.

Warris teve ao menos a sorte de conseguir fugir pelo deserto na noite anterior ao casamento, e sua mãe, que a viu fugir, apanhou durante anos do marido por causa disso. A menina conseguiu ser enviada para Londres pela avó, onde foi explorada como uma empregada doméstica sem nenhum direito. Não fosse pelas guinadas excepcionais da vida, não teria se tornado modelo famosa e, a partir daí, embaixadora da ONU.

Fico muito feliz por Warris ter escapado e ter se transformado nesta força-motriz itinerante, criadora de uma fundação internacional e premiada por chefes de estado como Mikhail Gorbachev e Nicolas Sarkozy. E penso em todas as outras meninas que ainda estão sob as garras de um costume absurdo, sem defesa em países onde a civilidade é artigo raro e, no caso das mulheres, inexistente.

E alguém me dirá que também existe violência contra a mulher aqui no Brasil. A questão é que aqui, a fuga é mais fácil, e conheço mulheres de diferentes classes sociais que fugiram mesmo, depois de apanhar e quase serem mortas por maridos covardões. Na África e na Ásia, o estupro é tão comum para os homens quanto tomar um copo d’água, e bater em mulher faz parte da tradição. Enquanto isso, elas choram e se desesperam, porque é só isso que podem fazer.

Fonte: alma lavada/Fernanda Dannemann


DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A HOMOFOBIA

LGBTQIAPN+ A LUTA CONTINUA O   17 de maio   é o   Dia Internacional de Luta contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia . Essa data tem como ob...