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A cidade de Harvey Milk, dos bondinhos, de bandeiras gays hasteadas em sua principal avenida, São Francisco é a mais importante capital gay dos EUA, além de ser, é claro, o centro financeiro e cultural mais importante do estado da Califórnia. A cidade litorânea viu seu lado LGBTT florescer junto aos hippies e à cultura jovem nos anos 60-70, época em que Harvey Milk entra na política – e sai morto, infelizmente – e o bairro deCastro se firma como a vila gay da cidade, fazendo de São Francisco o principal centro da cultura gay no país americano. Com a derrota da Proposition 8, que impedia casamentos entre pessoas do mesmo sexo, a cidade volta a ocupar o primeiro lugar dessa lista e ganha, facilmente, o título de melhor cidade no mundo para ser LGBTT.
2. Berlim, Alemanha
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Pode ter levado 75 anos, mas a capital alemã pode aproveitar de novo a cena inclusiva LGBTT que Cristopher Isherwood (assista Christopher and His Kind) descreveu tão apaixonadamente em seu memorial de 1939, “Adeus a Berlim”. Talvez o doloroso período de regência nazista e segregação torne a cidade ainda mais atraente para pessoas com estilos de vida alternativos – você tem que ser original para querer morar lá. As construções magnificamente restauradas do século XIX, os grandes boulevards e o famoso parque e área verde integram o cenário perfeito para a cultura LGBTT. O prefeito de Berlim é gay, a boate Kit Kat existe, e o primeiro asilo exclusivo para homossexuais idosos(as) – o Asta Nielsen Haus – abriu as portas há alguns anos.
3. Copenhague, Dinamarca
Em 1989 a Dinamarca se tornou o primeiro país do mundo a reconhecer uniões registradas entre casais do mesmo sexo, e essa foi só a última decisão progressista em um país com um longo histórico de tolerância. A vida LGBTT é completamente integrada à pequena e sofisticada Copenhague, que tem seu próprio centro gay e arquivo, uma grande variedade de bares, boates (incluindo a Jailhouse, onde os funcionários ficam vestidos de uniformes policiais) e praias próximas ao porto. Há umaParada Gay anual em março e um festival de filmes gays, e em 2009 Copenhague foi a cidade-sede do World Outgames – uma competição atlética séria para homens e mulheres homossexuais.
4. Londres, Reino Unido
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A vida gay era rica e tolerada por séculos na capital britânica, até que os resultados do julgamento de Oscar Wilde fez gays se esconderem por quase 100 anos. Nas décadas seguintes à legalização da homossexualidade em 1967, leis de direitos iguais e campanhas de pessoas importantes tornaram Londres uma das cidades mais prominentes do mundo quando o assunto é tolerância. A cena LGBTT é muito visível noSoho, mas a vida gay está integrada aos distritos e tem pontos importantes em Brixton,Hampstead, Hackney e Vauxhall. Agora que casais do mesmo sexo podem celebrar uniões civis e adotar, famílias gays tornaram-se realidade em muitos dos distritos de Londres.
5. Amsterdã, Holanda
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Em 2001, a Holanda se tornou o primeiro país no mundo a legalizar o casamento igualitário. Não surpreendentemente, a vida queer floresceu nessa nação de liberdade sexual, e em nenhum lugar mais do que na capital cultural de Amsterdã. A cidade tem seu próprio Pink Point, um centro de informações para gays e lésbicas situado perto daCasa de Anne Frank, e próximo a ele fica um monumento dedicado à promoção dos direitos LGBTT – o Homomonumento -, inaugurado em 1987. O primeiro hotel gay de Amsterdã, o Golden Bear, está aberto em Kerkstraat desde 1948, e a cultura LGBTT da cidade é mais visível nessa rua e em volta de Rembrandtplein.
6. Barcelona, Espanha
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A reputação dessa cidade quanto à sua atitude tolerante ao lifestyle gay vai desde os anos da ditadura de Franco, quando a homossexualidade era ilegal na Espanha mas encontrava uns cantos de aceitação por lá. Hoje em dia, todo o espectro da cultura gay – de jovens inteligentes às glamourosas travestis vistas em Tudo Sobre Minha Mãe, deAlmodóvar – é visível nas ruas, particularmente nos boulevards amplos do Eixample e nas vielas ambientadas de El Raval. A Espanha moderna está compensando pelos anos de trevas, e agora tem uma das mais abertas legislações no mundo para casais do mesmo sexo, incluindo direitos iguais no casamento e adoção.
7. Paris, França
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Embora tenhamos visto infelizes manifestações de repúdio e preconceito na Cidade da Luz, a cidade de Proust e Edith Piaf é um ambiente propício para uma vida que e florescente. Um quarteirão comercial LGBTT é agora bem estabelecido em volta do distrito Marais, mas uma vida noturna mais underground e picante para casais do mesmo sexo pode ser encontrada no judiado Pigalle e até no Bois de Boulogne (leia os memoriais de Rupert Everett para detalhes de arregalar os olhos). Mulheres são especialmente bem servidas em Paris, com bares lésbicos chiques como o Alcantara Café, eventos como festivais cinematográficos só para mulheres e arquivos culturais lésbicos. Locais de peregrinação gay na cidade incluem os túmulos de Oscar Wilde eGertrude Stein, ambos no cemitério Père Lachaise.
8. Mykonos, Grécia
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Essa pequena ilha egeia tornou-se famosa nos anos 60 pela tolerância e vida noturna intensa que oferecia aos LGBTT. Apesar da competição com outras ilhas de festa comoIbiza, Mykonos ainda atrai hordas de turistas gays que aproveitam a aceitação de suas boates e praias. O nome da ilha é em homenagem a Mykons, neto de Apollo, e Delos, uma ilha próxima, local de nascimento de Apollo e Artemis, é uma de suas maiores atrações. A homossexualidade foi legalizada na Grécia em 1951, e a prostituição masculina em 2006. O fato de que as raízes da história dos homossexuais sejam normalmente traçadas a partir da Grécia antiga é definitivamente um dos motivos que trazem os gays até Mykonos.
9. Nova York, EUA
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A cidade de Quentin Crisp e Judy Garland é, definitivamente, uma capital gay do mundo. É um lugar onde homens e mulheres LGBTT de todas as idades e etnias são tão integrados no trabalho e cultura política que a sexualidade deles é, frequentemente, a característica menos significante. Distritos gays óbvios incluem Greenwich Village, onde os protestos de Stonewall de 1968 começaram, Upmarket Chelsea e a mais gasta East Village. Além do East River, o Brooklyn é o novo lar de muitos gays artísticos e famílias de núcleo lésbico. A tolerância é a norma, mas é aconselhável tomar cuidado em regiões como o Harlem e o Central Park durante a noite. O casamento entre pessoas do mesmo sexo foi legalizado em julho de 2011.
10. Sydney, Austrália
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As coisas mudaram muito desde a primeira marcha de Mardi Gras que houve em Sydney em 1978. Homossexualidade era ilegal na província de New South Wales até1984, e muitos dos 53 manifestantes que foram detidos perderam seus empregosquando suas fotos apareceram nos jornais. Tais coisas são inimagináveis agora que gays e lésbicas são integrados em cada esfera da vida de Sydney, e o Mardi Gras é um festival de três semanas, a maior festa do país. A rua Oxford começou a se desenvolver como um distrito gay nos anos 60 e hoje é a região mais visivelmente gay da cidade. Infelizmente, casamentos entre pessoas do mesmo sexo ainda não são honrados na lei federal.
FONTE: AGENCIA LGBT BRASIL
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