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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

DRAMA JUVENIL: JOVEM GAYS COMETEM SUICÍDIOS EM ESCOLAS DO RIO GRANDE DO SUL


Pacto de Morte entre meninos gays revela nosso atraso

"Pacto de morte deixa um morto em escola por pais não aceitarem namoro gay". A manchete na home do R7 foi um tirambaço nos que, como eu, abominam qualquer forma de preconceito. O caso aconteceu em Sombrio, cidade de menos de 30 mil habitantes na divisa com o Rio Grande do Sul. O adolescente de 16 anos foi asfixiado pelo próprio namorado. Ele disse à polícia que iria cometer suicídio, mas ficou desesperado e pediu socorro.

Escrevi este post, ontem, perto da meia-noite, portanto, hoje teremos desdobramentos que, espero, esclareçam esse drama juvenil. Mas o que me interessa já é conhecido. Dois garotos fraquejaram diante da insanidade. Não suportaram "viver o amor que não ousa dizer o nome", como falava Oscar Wilde.

O escritor irlandês pagou caro pela sua opção sexual. Foi levado aos tribunais pelo pai de um dos seus amantes. Ficou dois anos preso. E morreu três anos depois. Quase na miséria.

Genial entre os geniais, Wilde foi um símbolo e, antes de ser aniquilado pelos boçais, viveu intensamente. Teve mulher e dois filhos e sabia tudo de amor. Mesmo homossexual, era profundo conhecedor da alma feminina. Ou alguém pode duvidar que isso seja verdade, quando lê uma sentença como essa: "Nunca confie na mulher que diz a verdadeira idade, pois, se ela diz isso, ela é capaz de dizer qualquer coisa."

Wilde conclamava a todos a viver pelo prazer, pois "nada envelhece tão bem quanto a felicidade".

O menino morto em Santa Catarina pode ter vivido momentos prazerosos, mas a felicidade foi surrupiada pelo preconceito. E não vai mais poder envelhecer vivendo o amor que queria viver.

Não vou condenar os pais destes adolescentes. A dor que estão vivendo já é mais do que suficiente para refletirem. Apenas lamento que, pelo crime de ser homossexual, o garoto morto tenha tido uma pena ainda mais dura do que a de Oscar Wilde.

Só que Wilde viveu há mais de 100 anos.

Nesse tempo todo, evoluímos a passos de lesma. Muitos ainda acreditam que o homossexualismo é uma doença. E a cura gay é uma realidade. Nunca vi um ex-anão e um ex-viado. Os que se dizem "curados" sabem bem o quanto estão mentindo.

Fazem isso porque são frágeis demais para enfrentar as patas de uma gente perversa e hipócrita. Capaz de condenar um menino por ser gay, mas absolver o político que rouba a merenda desse mesmo menino.

É, realmente, pavoroso o que a estupidez pode causar.

Não quero terminar este post de maneira triste. Abaixo dois momentos bacanas da luta contra o preconceito. Um é um vídeo que encontrei navegando pela internet. O outro é autoexplicativo. A voz, a música e a vida de Angela Ro Ro dizem mais do que qualquer manifesto.

fonte: da reportagem
http://noticias.r7.com

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