RADIOS HOMO FORA FOBIA

quarta-feira, 17 de maio de 2017

17 de Maio - Dia Internacional contra a Homofobia

A LUTA MUNDIAL DOS DIREITOS LGBT

O Dia Internacional contra a Homofobia é celebrado em 17 de maio. A data foi escolhida lembrando a exclusão da homossexualidade da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 17 de maio de 1990, oficialmente declarada em 1992.
foto margarida salomão 
Entre 1948 e 1990, a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificou a homossexualidade como um transtorno mental. Em 17 de maio de 1990, a assembléia geral da OMS aprovou a retirada do código 302.0 (Homossexualidade) da Classificação Internacional de Doenças, declarando que “a homossexualidade não constitui doença, nem distúrbio e nem perversão”. A nova classificação entrou em vigor nos países-membros das Nações Unidas em 1993. Com isso, marcou-se o fim de um ciclo de 2000 anos em que a cultura judaico-cristã encarou a homossexualidade primeiro como pecado, depois como crime e, por último, como doença.

O que é a homofobia?

Homofobia caracteriza o medo e o resultante desprezo pelos homossexuais que alguns indivíduos sentem. Para muitas pessoas é fruto do medo de elas próprias serem homossexuais ou de que os outros pensem que o são. O termo é usado para descrever uma repulsa pelas relações afetivas e sexuais entre pessoas do mesmo sexo, um ódio generalizado aos homossexuais e todos os aspectos do preconceito heterossexista (opressão paralela, que suprime os direitos de lésbicas, gays e bissexuais) e da discriminação anti-homossexual. 
A homofobia se manifesta de diversas maneiras e em sua forma mais grave resulta em ações de violência verbal e física, podendo levar até ao assassinato de LGBTs. Nesses casos, a fobia, essa sim, é uma doença, que pode até ser involuntária e impossível de controlar, em reação à atração, consciente ou inconsciente, por uma pessoa do mesmo sexo. Ao matar a pessoa LGBT, a pessoa que tem essa fobia procura “matar” a sua própria homossexualidade. A homofobia também é responsável pelo preconceito e pela discriminação contra pessoas LGBT, por exemplo no local de trabalho, na escola, na igreja, na rua, no posto de saúde, e na falta de políticas públicas afirmativas que contemplem LGBT. Os valores homofóbicos presentes em nossa cultura podem resultar em um fenômeno chamado homofobia internalizada, através da qual as próprias pessoas LGBT podem não gostar de si pelo fato de serem homossexuais, devido a toda a carga negativa que aprenderam e assimilaram a respeito.

Apesar deste reconhecimento da homossexualidade como mais uma manifestação da diversidade sexual, lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT) ainda sofrem cotidianamente as consequências da homofobia. Para tanto, o dia 17 de maio, além de relembrar que a homossexualidade não é doença, tem uma característica de protesto e de denúncia. No mundo inteiro, há um número crescente de diversos movimentos sociais e organizações que lutam pelo respeito à diversidade sexual realizando atividades neste dia.

Fonte: site- porto web/ Porto alegre

sábado, 13 de maio de 2017

JOVEM EVANGÉLICOS SÃO MAIS LIBERAIS E APOIAM CASAMENTO GAY



Os jovens evangélicos são mais liberais que os mais velhos ou maiores em questões que envolvam ao casamento gay,segundo um estudo realizado nos Estados Unidos e  publicado pelo Centro Pew Research no dia 04/05.
A pesquisa também descobriu que os evangélicos da geração Y (nascidos entre 1981 e 1996) são mais propensos a apoiar leis ambientais mais rigorosas, facilidades de imigração e um governo orientado para os pobres.
Por outro lado, os jovens evangélicos continuam a ser mais conservadores em questões sociais do que as pessoas de sua idade que não são cristãos.
Enquanto 41% dos jovens evangélicos dizem que a homossexualidade deve ser desestimulada pela sociedade, que é a opinião de apenas 15% de todos os demais da Geração Y, de acordo com o estudo.
Além disso, enquanto 65% dos jovens evangélicos dizem que o aborto deveria ser ilegal na maioria ou em todos os casos, apenas 36% dos não-religiosos concorda.
Nos últimos anos, muitos estudos descobriram que os jovens são mais liberais em questões sociais e questões religiosas do que as gerações anteriores.
Em 2014, o Instituto de Pesquisa Religiosa Pública mostrou que 43% dos jovens evangélicos apoiavam a legalização do casamento gay. Eles também têm uma visão liberal em relação ao uso de drogas, 59% dos jovens evangélicos apoiar a legalização da maconha.
Outro fato aponta que apenas 41% dos jovens evangélicos concordam que a liberdade religiosa está sendo ameaçada nos Estados Unidos, em comparação com 61% das pessoas com mais de 65 anos de idade, revela Christian Post.



BRASIL NA ROTA DE CONVENÇÃO DA IGLTA 2017

Brasil se promove como destino gay-friendly na Convenção IGLTA 2017


Delegação brasileira na Convenção IGLTA 2017
Pela primeira vez, St. Pete Clearwater, uma cidade da Costa do Golfo da Flórida foi a sede da Convenção Global Anual da Associação Internacional de Viagens de Gays e Lésbicas, o principal evento educacional e de networking para a indústria de turismo LGBT. Durante o evento, que aconteceu entre 3 e 6 de maio, os participantes puderam presenciar tudo o que o destino em conjunto com a conferência podem oferecer a indústria de viagens LGBT.
A Associação Internacional de Turismo LGBT (IGLTA) no Brasil, representada pelo coordenador Clovis Casemiro, levou para a feira um grupo de operadores brasileiros para participar desta 34ª edição do evento.
Estavam presentes representantes da Embratur, que junto com Clovis apresentaram o segmento no Brasil; além do Rio CVB que apresentou o destino que é gay-friendly e a candidatura para sediar o Gay Games de 2026; e os operadores Planeta Brasil e Paixão em Viajar que trabalham com esse nicho de mercado.
Segundo o executivo, o almoço de apresentação do Brasil no evento reuniu mais de 400 convidados que puderam conhecer mais do país e saber como o destino se prepara para receber o turista LGBT, como por exemplo, com a criação da cartilha da Embratur de bem receber esse visitante.
De acordo com Casemiro, o Brasil atingiu a marca de segundo maior número de membros na associação, atrás apenas de EUA. Para o evento de 2018, que acontecerá em Toronto, a IGLTA Brasil quer crescer sua participação levando para a feira além do Rio CVB a cidade de São Paulo, que hoje tem a maior Prada LGTB do mundo.

DESTINO SEDE CONVENÇÃO 2017
St. Pete é considerado um dos destinos mais favoráveis ao turista LGBT da Flórida. O lugar oferece praias e variedade de negócios e acomodações gay-friendly que tornam a estadia especial. Entre os LGBT hotspots estão o Grand Central District, o Flamingo Resort & Entertainment Center e o Centro de Acolhimento LGBT, disponível para fornecer informações e serviços aos turistas. No mês de junho, a cidade recebe a maior celebração do orgulho da Flórida, o St. Pete Pride Fest.

http://www.athosgls.com.br/noticias

http://www.mercadoeeventos.com.br/feiras-e-eventos/brasil-se-promove-como-destino-gay-friendly-na-convencao-iglta-2017/

DEBATE LGBT VERSO RELIGIÃO

Jornalista gay discute com político anti-LGBT em programa de TV
Hoje temos direitos e você nos odeia por isso’, declarou Owen Jones ao líder cristão Sidney Cordle 
Gay assumido, jornalista Owen Jones foi um dos convidados do Daily Politics, da BBC Foto: Instagram/owenjones84
O jornalista Owen Jones e o político conservador Sidney Cordle discutiram durante debate no programa Daily Politics, da BBC, no Reino Unido, sobre direitos da população LGBT.
Cordle iniciou a entrevista colocando seu posicionamento contra a união de pessoas do mesmo sexo. “Nós acreditamos no casamento entre homem e mulheres, pois só assim se geram crianças. Essa é nossa prioridade”, disse.

O político é um dos líderes da Aliança de Pessoas Cristãs, movimento recém-fundado na Inglaterra. Além de reprovar a comunidade LGBT, Cordle ainda criticou a religião islâmica, afirmando que os ataques muçulmanos foram provocados pela abertura de direitos a LGBTs e outras minorias no Ocidente.

Após ouvir quase cinco minutos de fala do líder cristão, Owen Jones replicou. “Uma das coisas que mais me deixa orgulhoso de ser britânico é a comunidade LGBT, que lutou contra opressão e perseguição por muitos e muitos anos e que ainda é perseguida por causa de pessoas como você”, afirmou.

“Hoje, nós temos direitos e você nos odeia por isso. Direitos que outras pessoas já têm garantidos. Nós amamos pessoas da mesma forma que héteros também amam. Não estamos pedindo privilégios ou tratamentos especiais. Só queremos os mesmos direitos”, explicou Jones, que é homossexual assumido.

“Sua afirmação bizarra de que o casamento hétero é pela procriação e pelas crianças renega casais heterossexuais que não têm filhos por condições físicas, materiais ou opção. Isso é perturbador”, continuou.
Neste ponto da entrevista, Cordle elevou o tom, dizendo que Jones foi deliberadamente insultante em seu discurso, mas o jornalista prosseguiu: “Há milhões de muçulmanos como o prefeito de Londres [Sadiq Kham] que lutam pelo direito de pessoas LGBT e contra o fanatismo que você representa, que acreditam em uma democracia secular e direitos iguais. Você é a verdadeira ameaça para esta grande democracia”.
Sem conseguir argumentar, Cordle reclamou do pouco tempo que teve - mesmo tendo falado durante boa parte do programa - e foi interrompido pela apresentadora Jo Coburn.

http://www.athosgls.com.br/noticias_visualiza.php?contcod=41906

http://emais.estadao.com.br/noticias/comportamento,jornalista-gay-discute-com-politico-anti-lgbt-em-programa-de-tv,70001774460



terça-feira, 24 de janeiro de 2017

A LUTA CONTRA VIOLÊNCIA A CLASSE LGBT



JANEIRO 24, 2017 POR RODRIGO CAETANO
Carta a Guilherme 

Lençóis Paulista, 24 de janeiro de 2017 terça feira 

Olá Guilherme,

Não. Você não me conhece, tampouco eu gostaria de conhecê-lo. Escrevo essa carta no intuito de alertar, esclarecer e se possível conscientizar meus amigos que compartilham do mesmo sentimento que o moço a qual você brutalmente assassinou. Alertar pois em um curto espaço de tempo, crimes passionais como o que você executou tem sido cada vez maiores, causando o que nós acreditávamos que estava longe do interior mas ela tá ali sorrateira: homofobia. Esclarecer pois muitos ainda acham que foi somente um crime e por mais que uma revolta muito grande nos encha de uma vontade enorme de fazer alguma coisa ou criar justiça com as próprias mãos, devemos entender que ainda não há uma lei que puna agressores por homofobia, que homofobia ainda não é crime e que pessoas que a cometem na verdade são pessoas que possivelmente tem desejos, vontades homossexuais e as reprimem de tal forma que não suportam ver um gay feliz, bem sucedido ou então não suportam o amor que eles podem proporcionar né? E conscientizar sobretudo esses homossexuais da minha ilustre cidade que pensam que estamos todos tranquilamente confortáveis achando que foi mais um caso isolado e que nunca vai acontecer com ninguém. Não. Isso é a mais pura mentira! E pode vir a acontecer com qualquer pessoa. 

Vamos falar do Vagner. Uma pessoa doce, tranquila, trabalhadora e que muitas pessoas o conheciam por andar com sua bicicleta pela cidade ou por oferecer produtos de higiene pessoal no comércio e na cidade a preços mais acessíveis. Nem eu sabia que vagner era homossexual e isso não vem ao caso. Saber que ele foi morto cruelmente me deixou atônito afinal eu e mais alguns amigos estudamos com ele. Mas saber que isso foi motivado unicamente por ele ter um sentimento amoroso pra uma pessoa me deixa estarrecido, preocupado, afinal amor mata? Faz uma pessoa matar outra simplesmente porque a outra a ama? Eu não consigo entender. Definitivamente não consigo entender. A coragem do Vagner e a confiança que ele teve ao conceder ir a um lugar desconhecido ao seu lado nos mostra como nós ainda esperamos no amor algo bom, saudável e feliz. Mas você Guilherme poderia dizer não. Aliás você sabe dizer não?

O crime que você cometeu se enquadra perfeitamente em algo que as autoridades abafam, ocultam diariamente sobretudo numa cidade pequena como a nossa onde fazem vista grosssa aos homossexuais que nela residem: homofobia. A homofobia surge quando eu não suporto, ou não consigo conviver com uma pessoa que sente atração pelo mesmo sexo e que seja bem ou não em sucedida, que demonstre amor por mim ou que simplesmente esteja do meu lado respirando e então eu passo à agredir, maltratar, cometer atos violentos. E dentro de uma cidade pequena não tem possibilidade alguma disso não acontecer com qualquer pessoa sobretudo com essa incrível arte que as pessoas têm de abafar casos ao invés de discuti-los. Conseguem notar a relação com algo que já é crime? Sim, racismo. Não Guilherme, a intenção não é jogar pedras em você. Isso seria uma forma de combater esse mal usando as mesmas ferramentas que você utilizou. Mas tentar entender o que causa, o que motiva e o que esperar de um homofóbico. Muitos não vão concordar com meu posicionamento e não preciso de concordância alguma. Só estou exercendo o meu direito como cidadão e meu dever de alertar as pessoas pra que isso não volte a acontecer e se vier, que sejam tomadas precauções antes do pior.

Heteros entendam de uma vez por todas que ninguém consegue mandar nos sentimentos e que se um homem sente desejos afetivos por você a sua resposta pode ser um não ou um sim e não há problema algum nisso. É tudo uma questão de saber usar as palavras não há problema algum nisso. Dizer não também é uma questão de sabedoria e se aquela sua namorada já não está te satisfazendo e tem um homem que te atrai se joga. A vida fica tão mais simples quando os sentimentos são atendidos e não repreendidos. Gays antes de vocês se levantarem criticando a atitude de Vagner e dizerem que ele “mereceu” a morte por ter demonstrado afeto pra um hetero pois “existe tanto gay por aí, o cara vai se envolver com um hetero” seria melhor você guardar esses argumentos e parar de olhar aquele seu amiguinho hetero que você tanto deseja então já que você consegue ser tão ou mais opressor que os próprios homofóbicos.

Guilherme qual foi o seu direito nessa sua atitude? O que você cometeu a justiça já está tomando providências mas como sabemos essa justiça é lenta. Mas eu espero francamente que você pense nas suas atitudes e tenha responsabilidade para entender os seus desejos. Saiba que agora além da culpa que você pode ou não sentir você ter que lidar com seus desejos de uma forma mais clara, mas tenha consciência que desejo não se luta contra, é uma batalha perdida e ele aparece sempre nos melhores momentos. A escolha sempre vai ser sua. Sua atitude foi covarde e eu sinto que você terá que conviver com ela durante um bom tempo.

Gays de lençóis cuidado ao saírem de casa. Avisem seus pais mesmo que eles não te aceitem, deixem o número do telefone de vocês e dos seus amigos para que eles se sintam seguros. Tenham cuidado. Vai conhecer alguém novo e o boy já quer te levar pro escuro, a menos que já tenha confiança, diga não e não tenha medo disso. Os lugares que frequentam também precisam ser seguros e por favor sempre usem camisinha, apesar do texto não falar sobre prevenção, essa é sempre a melhor forma de termos segurança. Se o boy for agressivo ou te fez algo que não gostou, romper é melhor do que tentar situações pra que ele mude. As pessoas só mudam quando querem. Quando querem…

sábado, 22 de outubro de 2016

GLOBO CONTRA O PRECONCEITO


 Globo exibe campanha contra a homofobia em horário nobre com beijo gay


A Globo, quem diria, exibiu um comercial de grande ajuda para a comunidade LGBT. A campanha “Eu odeio berinjela” – criada pela agência OpusMúltipla para a ONG Dignidade, do Paraná, do ativista Toni Reis -, vem sendo exibida em horário nobre no canal dos Marinhos.
Com o mote “Você não precisar aceitar, mas deve respeitar”, o vídeo, bem humorado, visa o respeito entre as diferenças.
Na internet, é claro, muitos internautas apoiaram e “aplaudiram” a atitude da emissora, que por muitas vezes, é bem rigorosa quanto a esses assuntos.


fonte: FRANCISCO SANTOS
http://www.otvfoco.com.br/globo-exibe-campanha-contra-a-homofobia-em-horario-nobre-com-beijo-gay/

MENSAGEM DE OPINIÃO DO GRUPO BOTICÁRIO CONTRA PRECONCEITO A CLASSE LGBT


MENSAGEM CONTRA O PRECONCEITO

O administrador Artur Grynbaum, 47, presidente do Grupo Boticário, que faz anúncios polêmicos, como Dia dos Namorados com casais gays, afirma em entrevista exclusiva ao UOL que as empresas têm um papel em apresentar mensagens que ajudem a reflexão sobre o mundo moderno, mas não podem fazer isso só por marketing.

Curitibano filho de imigrantes judeus fugidos da 2ª Guerra, ele critica a ex-presidente Dilma Rousseff, tem "esperança" em Michel Temer, defende mudanças na Previdência e limitação de gastos do governo e afirma que perfume é item de cesta básica -e o nacional é tão bom quanto o importado.

fonte: uol economia/marketing opinião
foto:uol

A LUTA PELA SOBREVIVÊNCIA DE REFUGIADOS GAYS

Getty Images/iStockphoto



Os refugiados não fogem só da guerra. Para mulheres e homens da África ou do Oriente Médio, trata-se também de escapar das perseguições por causa da homossexualidade. Mas estas não terminam quando eles chegam à Europa.

Adeyinka é uma "nigeriana orgulhosa". Ela acha importante dizer isso, apesar de que, como para os outros refugiados entrevistados, modificamos seu nome para não colocá-la em perigo. Em casa não lhe faltava nada. Seu pai tinha muito dinheiro. Ela estudou em escolas excelentes. E ama sua religião, o islamismo. Aos 33, abrigada em um lar para migrantes lésbicas, na periferia de Viena, na Áustria, ela sobrevive agora com algumas dezenas de euros que recebe toda semana de uma entidade beneficente cristã.

"Sou bonita, e isso me causou muitos problemas. Eu estaria morta se não tivesse escapado", afirma em tom determinado, em um bar onde se sente em confiança por estar acompanhada de uma responsável da associação cristã austríaca Queer Base. É uma das poucas na Europa que dão, graças a verbas municipais, um apoio específico aos solicitantes de asilo gays, transexuais e lésbicas.

O trajeto de Adeyinka é parecido com o de milhares de homossexuais que chegaram à Europa entre os sírios, iraquianos e afegãos que fugiram dos conflitos, no momento da onda histórica de migrantes em 2015. Ele é salpicado pela violência particular reservada às minorias sexuais, mas também iluminado por uma solidariedade que parece específica dessa comunidade.

Muitos migrantes pegam a estrada por motivos íntimos. É um fato pouco conhecido pelas sociedades ocidentais, assim como pelos poderes públicos. E com razão: na maioria das vezes, os interesses principais escondem os motivos reais de seu exílio forçado, o que complica o acesso ao asilo.

É difícil fazer contato com eles, ainda mais conquistar sua confiança. Eles têm medo da traição e da morte, pois muitas vezes sua cabeça é posta a prêmio por um clã, uma tribo, um chefe de família ou uma autoridade religiosa.

É o caso de Adeyinka, nossa "bela nigeriana", que ousa pela primeira vez contar a litania de agressões que constituem sua vida. Ela foi casada à força com um empresário "feio e velho". "Ele dizia ser muito religioso, mas isso não o impediu de me violentar e me engravidar várias vezes, enquanto via o nojo que me inspirava o menor de nossos contatos. Seus filhos, os meus filhos, eu os detestei."

Um dia, ela foi surpreendida fazendo amor com sua professora e levou uma surra de cinto. Seu marido a jogou no carro de dois homens. "Eles me trancaram em uma casa onde fui torturada sexualmente durante dias. Consegui fugir, recuperei o dinheiro que eu economizava havia anos em segredo e parti."

Níger, Líbia --a jovem conhecia bem o caminho da Europa e tinha preparado sua fuga. Para atravessar o Mediterrâneo, como centenas de milhares de anônimos, ela pagou aos traficantes temerosos que fazem o destino oscilar. "Para nós, mulheres negras, a cor da pele é uma maldição. Aos olhos dos traficantes, valemos mais que ouro! Eles me venderam à máfia nigeriana na Itália. Eu tinha deixado um inferno para encontrar outro, sem dúvida ainda mais sombrio."

Adeyinka teve de servir a uma rede de prostituição forçada. Mas a rota dos migrantes homossexuais às vezes é semeada de anjos da guarda. Pois vários deles devem sua sobrevivência aos gays e lésbicas que os ajudaram em seu périplo. "Um gay italiano imediatamente compreendeu que eu não era como as outras garotas. Eu me senti em segurança e lhe disse que eu era lésbica. Ele me comprou uma passagem de trem e me disse para ir à Áustria. Se eu ficasse na Itália, os nigerianos teriam me matado. Aqui, sempre que cruzo com uma mulher negra, olho para o outro lado. Sei que a máfia me procura. Na rua, não falo com ninguém. Os homens me assediam sem parar: 'Quanto? Quanto?' Eles ainda querem me possuir."





http://noticias.uol.com.br/internacional/ultimas-noticias/le-monde/2016/10/16/refugiados-gays-fogem-de-perseguicoes-mas-temem-ser-cacados-na-europa.htm

terça-feira, 20 de setembro de 2016

EM BANCO DE SANGUE GAYS NÃO APARECEM ISOLADOS COMO GRUPOS DE RISCO


O grupo "Homens que têm sexo com homens" desapareceu das novas normas propostas pela Direção-Geral da Saúde. Mas documento remete para normas de 2011 que o referem como "subpopulação de risco mais elevado


"Critérios de inclusão e exclusão de dadores por comportamento sexual" é o título da nova norma ontem publicitada pela Direção-Geral da Saúde, que entrou em período de consulta pública. A grande novidade é o desaparecimento da referência a "homens que têm sexo com homens" (HSH) que era, pelo menos até 2015 - quando o Instituto Português do Sangue anunciou que ia alterar o critério para uma exclusão temporária, implicando que o prospetivo dador homossexual teria de estar um ano abstinente para doar -, uma "categoria" excluída liminarmente da dádiva de sangue. O facto é celebrado num comunicado da ILGA Portugal, que foi ouvida no processo de reformulação da norma.

"Desaparece assim a generalização abusiva de comportamentos de uma população com uma enorme diversidade de práticas, permitindo um enfoque nos comportamentos de risco e não só mantendo como, na realidade, reforçando a preocupação com a qualidade do sangue recolhido." De facto, em vez de referir a "categoria" HSH, a norma fala em "participação em práticas homossexuais ou heterossexuais anais", fazendo assim equivaler as orientações sexuais no que respeita a uma determinada prática considerada de risco para a transmissão de infeções, nomeadamente do VIH, o que parece ir ao encontro das conclusões da ILGA.

Mas mais à frente lê-se: "A avaliação do risco infecioso associado a um comportamento é complexa e baseia-se na evidência e nos dados estatísticos publicados relativos à população em geral e certas subpopulações cujo risco infecioso para agentes transmissíveis pelo sangue é significativamente mais elevado, evidenciado na Norma n.º 58/2011 "Diagnóstico e rastreio laboratorial da infeção pelo vírus da imunodeficiência humana (VIH)"."

Ora o que diz esse documento de 2011? "Entende-se como população de maior risco para a infeção por VIH os trabalhadores do sexo e seus parceiros, utilizadores de drogas, homens que têm sexo com homens, reclusos, populações móveis, migrantes e refugiados."

Em que ficamos afinal? É que a nova norma, não mencionando a categoria HSH, remete para uma outra norma que a menciona como sendo "subpopulação de risco". O que permite aventar que quando agora se estabelece uma "suspensão temporária" de 12 meses, "com avaliação posterior", para "indivíduos do sexo masculino ou feminino que tiveram contacto sexual com indivíduo(s) pertencente(s) a subpopulações com risco infecioso acrescido para agentes transmissíveis pelo sangue (subpopulações com elevada prevalência de infeção)", se está a incluir a "categoria" HSH.

Claramente, essa não é a interpretação da ILGA, já que no seu comunicado adverte para que "a possibilidade de passar de uma exclusão permanente para uma exclusão de todos os homens que tenham tido sexo com homens no último ano [a nova orientação anunciada há um ano pelo Instituto Português do Sangue] equivalia a uma exclusão permanente para qualquer pessoa com atividade sexual minimamente regular, mantendo exatamente a mesma lógica errada que norteou anteriormente a política relativa à doação de sangue."

O período de "suspensão" de um ano, frise-se, é o advogado pela nova norma para quem seja parceiro sexual de portadores de infeção por VIH, hepatite C ou hepatite B e para "quem tenha tido contactos sexuais com indivíduo(s) originário(s) de países com epidemia generalizada de infeção por VIH", critérios que já vigoravam no manual de triagem de dadores de 2014 do Instituto Português do Sangue, assim como a exclusão definitiva para quem se identifique como "trabalhador sexual". Período de exclusão mais curto - seis meses - mantém-se o imposto a quem tenha tido recentemente um novo parceiro ou contacto sexual "não incluído nas alíneas anteriores".


A norma, que deverá entrar em vigor apenas em 2017, resultou do trabalho de um grupo coordenado pelo médico Jorge Tomaz, tendo tido em consideração o resultado de um outro grupo criado pelo anterior governo para examinar a questão - do qual fazia parte o atual secretário de Estado Ajunto e da Saúde, Fernando Araújo, especialista em imuno-hemoterapia - e que em 2015 propôs a suspensão de um ano para os HSH. Mas esta, recorde-se, é uma solução que o BE já disse não aceitar. O partido tem aliás no seu programa para as legislativas de 2015 a remoção da exclusão, liminar ou temporária, dos HSH da dádiva de sangue, e fez recentemente uma pergunta ao Ministério da Saúde sobre o assunto, recordando uma resolução de 2010 da Assembleia da República em que se recomendava ao governo que acabasse com a discriminação na dádiva com base na orientação sexual.








segunda-feira, 2 de maio de 2016

PAIS GAYS NÃO INTERFEREM NA VIDA DE FILHOS ADOTADOS

Felicidade de filhos independe de pais são gays ou héteros, diz estudo
02/05/2016: 
Por DiairodePernambuco.com.br


Osmir e Carlos Eduardo com os filhos: o casal viajou at Caruaru (PE) para conhecer as crianas, adotadas em 2012. Foto:Ana Rayssa/Esp. CB/ D.A Press

As risadas que chegam até o corredor do elevador oferecem indícios consistentes de que crianças vivem naquele apartamento do segundo andar, casa de Carlos Eduardo dos Santos e Osmir Messora. Trata-se de mais um momento alegre em família. Juntos há 31 anos, o enfermeiro e o servidor aposentado compartilham a paternidade de Felipe, Fagner, Victor e Vinícius, uma escadinha de 10, 8, 6 e 4 anos, respectivamente. Quem os conhece não hesita em afirmar: se os filhos estão felizes, é por causa do amor dos dois pais.
A adoção era um sonho antigo de Osmir, 54 anos, e Carlos Eduardo, 55. “Somos de São Paulo e entramos com o processo lá, mas não deu certo. Prestei um concurso para a Universidade de Brasília (UnB) em 2008, fui aprovado e me mudei para cá. O Osmir veio dois anos depois. Retomamos o sonho aqui”, conta Carlos, hoje chefe do Setor de Gestão do Ensino do Hospital Universitário de Brasília (HUB).
Em 2010, quando procuraram o Fórum em Brasília, encontraram menos resistência do que na capital paulista. O processo andou e, em 2012, receberam uma ligação de Caruaru (PE). A voz ao telefone dizia que três irmãos eram candidatos à adoção, e o casal poderia conhecê-los se quisessem. E, de tanto quererem, passaram 15 dias na cidade em companhia das crianças, que em nenhum momento se opuseram à sexualidade do casal. Elas foram adotadas e, logo depois, veio Vinícius. Na visita a Caruaru, o caçula ainda não era elegível, porque os pais biológicos ainda tinham direitos.
Os argumentos contra a adoção por casais homoafetivos sugerem que as crianças teriam risco aumentado para problemas mentais e do desenvolvimento. Victor, contudo, garante e demonstra que está feliz. E Felipe assegura que, na escola, há outras crianças adotadas por casais do mesmo sexo e, por isso, a situação é tratada com normalidade. Agora, a percepção dos meninos foi constatada em um estudo coordenado por Ellen C. Perrin, diretora de Pesquisa do Floating Hospital for Children, associado ao Centro Médico Tufts, em Boston, nos Estados Unidos.
Sem depressão
Segundo a pesquisa, apresentada ontem na reunião da Academia Americana de Pediatria, filhos de gays têm índices de bem-estar semelhantes aos das crianças criadas por heterossexuais. Pais de vários estados americanos — incluindo 732 homossexuais — responderam a questionários sobre sua relação com os filhos. Entre os gays, por exemplo, 88% disseram não ser verdade que o filho seja infeliz ou deprimido. Entre os demais pais, esse índice foi de 87%. Outro exemplo: 72% dos homossexuais e 75% dos héteros disseram que o filho não “se preocupa muito”, no sentido de ser estressado com as condições de vida. Na amostra, 36% dos filhos de homossexuais tinham nascido no contexto de uma relação heterossexual, 38% foram adotados ou acolhidos e 14% eram fruto de barriga de aluguel.
Os maiores problemas constatados ainda vêm da discriminação. Muitos dos pais gays descreveram ter encontrado barreiras para conseguir a custódia das crianças (33%) e para adotar (41%). Um terço disse que os filhos tinham sofrido provocação, intimidação ou outras experiências estigmatizantes por amigos. Perrin constatou que o preconceito não tinha como alvo apenas as crianças: de 20% e 30% relataram experiências estigmatizantes simplesmente por serem pais. Outro dado constatado pelo levantamento é que a rejeição vem de pessoas próximas. Os julgamentos negativos são feitos principalmente por familiares, amigos e comunidades religiosas.
Duas perguntas para
Valdenízia Bento Peixoto, pesquisadora do Grupo de Estudos de Gênero, Política Social e Serviço Social da UnB.
Podemos extrapolar os resultados deste estudo para a realidade brasileira?
O que move a família são laços de afeto, independentemente de sangue, por isso acho que os dados do estudo podem ser aplicados no Brasil. Por outro lado, o Brasil tem uma forte dosagem de valores ultraconservadores herdada da formação sócio-histórica do país. Ela é fundada em um tripé de interesses e valores morais da Igreja, do Estado e das ciências médicas. Tudo que foge disso vira pecado, crime ou doença. Eu discordo da aparente colocação que crianças filhas de homossexuais sofrem mais bullying, terminação que eu não gosto de usar. A homofobia tem herança e berço histórico, já o bullying é um problema psicossocial da criança que agride e que é agredida. Essas agressões ocorrem por motivos diversos, não somente por razão da sexualidade.
Como combater o preconceito?
A informação é muito importante neste sentido, porque preconceito se quebra com orientação, razão e compreensão. O segundo passo é mais enfático e depende dos movimentos LGBT para realizar enfrentamentos junto ao governo, de forma que a ampliação e manutenção de políticas sejam garantidas. A cultura e educação também são importantes, porque a homossexualidade não é um assunto individual e exclusivamente privado. É público e precisa ser discutido na educação. A sexualidade é uma forma de estabelecimento de poder, disse Michel Foucault. Raça, sexualidade e gênero são variáveis de hierarquia de poder e quem não está nessas casinhas está sempre vulnerável e submisso. 
Fonte: Diário de Pernambuco
 athosgls.com.br


http://boainformacao.com.br/2016/05/felicidade-de-filhos-independe-de-pais-sao-gays-ou-heteros-diz-estudo/

Como a américa corporativa se tornou uma importante aliada da causa LGBT



The Huffington Post | De Shane Ferro

A América corporativa emergiu como um poderoso aliado na luta contra uma série de projetos de leis que ameaçavam reduzir os avanços conquistados a favor dos direitosLGBT

O apoio tem crescido rapidamente desde 2008, quando apenas cinco empresas assumiram a oposição ao referendum da Preposição 8 na Califórnia que derrubou a igualdade no casamento no estado.
No ano passado, antes da decisão da Corte Suprema que levou ao reconhecimento federal dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo, aproximadamente 400 empresas assinaram uma petição no tribunal a favor do demandante.

Nela, eles argumentaram que “permitir que casais do mesmo sexo casem levanta a moral dos empregados e sua produtividade, reduzindo as incertezas e removendo inúteis encargos administrativos impostos pela atual disparidade no tratamento da lei estadual”.

No ano passado, as coalizões corporativas anularam legislação no Arizona, Arkansas, Indiana e Geórgia que discriminava lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros.

A briga recentemente se voltou para a Carolina do Norte e, em menor grau, para o Mississippi, que passaram legislação anti-LGBT nas últimas semanas. Nos dois estados, grupos de empresas assinaram cartas denunciando publicamente as leis e afirmando seu apoio de proteções legais contra discriminação LGBT.
Na Carolina do Norte, algumas empresas até passaram por uma espécie de greve econômica contra o estado.

No início de abril, PayPal anulou seus planos de construir um novo local para seus 400 empregados em Charlotte e oDeutsche Bank anunciou que não dará continuidade a uma expansão para seus 250 empregados em escritório próximo a Raleigh.
As duas empresas citaram a nova lei da Carolina do Norte.
O governador da Carolina do Norte, Pat McCrory (Republicano), respondeu à crítica da lei na terça quando emitiu uma ordem executiva para esclarecê-la. Expandiu a política de não discriminação para funcionários públicos para que incluísse orientação sexual e identidade de gênero, mas fora isso ele reafirmou os termos da lei que passou em março, permitindo que o setor privado e governo local definissem suas próprias políticas anti-discriminatórias.

As corporações ainda não comentaram sobre a ordem executiva. PayPal não respondeu aos pedidos do Huffington Post e o Deutsche Bank se negou a comentar.







O governador da Carolina do Norte, Pat McCrory (R) acredita que há uma “indignação seletiva” sobre a nova lei do estado, que discrimina contra a comunidade LGBT 




Muitas das ações corporativas nos meses anteriores tiveram origem no trabalho da Campanha de Direitos Humanos (CDH), um grupo de defesa LGBT cujo logo é conhecido pelo sinal de igual, que viralizou nas redes sociais em 2013 como símbolo de igualdade no casamento durante o julgamento da Proposição 8 na Corte Suprema da Califórnia.


A CDH tem tratado de galvanizar a liderança corporativa em apoio aos direitos LGBT por mais de uma década. Publicou o índice de igualdade corporativa anual desde 2002.


A CDH avalia a igualdade LGTB nas empresas usando uma escala de 0-100. No seu primeiro relatório, apenas 13 empresas receberam uma avaliação ideal. Em 2016, 407 empresas conseguiram alcançar esse nível.


As leis anti-LGBT como as que passaram na Carolina do Norte e no Mississippi “não só são erradas, mas não são boas para os negócios” disse Deena Fidas, encarregada do Índice de Igualdade Corporativa para o CDH. “Os estados que têm a mancha de discriminação não são os mais economicamente viáveis”.


E por isso faz sentido que as corporações estejam aumentando a defesa pelos direitos LGBT no ambiente de trabalho.


“Sinto que existe uma frustração das empresas nesse cenário que muda o tempo todo”, disse Bob Witeck, estrategista de comunicação sobre questões LGBT em Washington, D.C. “Isso nos está levando a um momento crítico. E este momento de virada acontece quando as empresas são as principais responsáveis por uma mudança ao passarem leis federais contra a discriminação”.


Witeck disse que em breve eles estarão fartos e exigirão que lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros recebam a mesma proteção legal no ambiente de trabalho que recebem as mulheres cissexuais e pessoas negras. Apenas 22 estados e Washington, D.C. nos Estados Unidos — menos da metade do país — têm leis anti-discriminação para proteger os direitos de pessoas gays da perda de emprego ou do lar por causa de chefes ou proprietários intolerantes. Três desses estados não incluem leis para indivíduos transgêneros.


As grandes empresas não se tornaram aliadas importantes no movimento LGBT apenas por uma questão de princípio. O escalão superior da América corporativa permanece como um lugar evidentemente heterossexual e cisgênero, com apenas um executivo da Fortune 500 abertamente gay, Tim Cook da Apple.


O ex BP CEO John Browne renunciou em 2007 após denúncias de ser gay. Mas — enquanto as empresas competem por talento e o poder aquisitivo de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros adultos nos Estados Unidos alcança $884 bilhões— a luta a favor dos empregados e das partes interessadas nos direitos LGBT, logicamente tornou-se um bom negócio.


É verdade especialmente quando falamos sobre talento jovem: quase três-quartos da geração do milênio apoia o casamento gay e a aceitação dos direitos LGBT aumentou a cada geração que entra no ambiente de trabalho.





http://www.brasilpost.com.br/2016/04/29/america-corporativa-causa-lgbt_n_9810658.html

ALUNO DA UNIVASF É AGREDIDO E ESPANCADO EM PETROLINA

foto: blog-Geraldo Jose




Mais um ataque homofóbico aconteceu neste final de semana em Petrolina, o segundo com alunos da Univasf. O primeiro foi no início do mês de abril e o segundo neste final de semana. De acordo com o último agredido, Anderson Veloso, ele foi levado por três homens dentro de um Sedan preto, espancado e violentado sexualmente. Após o ocorrido, o garoto escreveu um texto no facebook falando sobre esse momento triste em sua vida, veja abaixo na íntegra:

"O dia 30 de abril de 2016 tinha tudo pra terminar de uma forma positiva, mas não foi isso que aconteceu. Mais uma vez, a violência e o ódio permearam as ruas da cidade de Petrolina, fato que tem acontecido bastante, levando em consideração as grandes tragédias que aconteceram aqui nos últimos tempos. Entretanto, dessa vez foi algo diferente. A vítima de todo esse obscuro e frio momento me fez parar pra refletir sobre diversas questões que antes não chegavam até a pele, até o verdadeiro sentir. Dessa vez, a vítima da agressão foi eu.

Tantas e tantas vezes já havia ouvido falar que a homofobia matava, mas mesmo assim, isso não me chegava aos olhos, visto que nunca havia passado por uma situação como essa. Hoje, só hoje, eu posso verdadeiramente enxergar que o preconceito é capaz de nos levar a lugares nunca vistos antes, e com o coração despedaçado, infelizmente, terei de confessar aqui que ontem à noite (sábado), por volta das 18:30 da noite, eu fui capturado por três pessoas em um carro sedan preto; fui levado a um lugar desconhecido e chegando lá me espancaram com socos, me derrubaram no chão e continuaram a me bater, mesmo já debilitado, após isso me enforcaram com o cordão do meu short. Como se não bastasse tudo isso que aconteceu, ainda violaram sexualmente de mim.

Os gritos de "vou te matar viado", "vai embora de Petrolina, viadinho" e tantos outros ainda ecoam dentro de mim e eu sei que eles permanecerão ainda por muito tempo. Todavia, mesmo diante disso tudo, eu não me silenciarei. A minha dor não será apenas mais uma dor. O meu choro não será um choro em vão. Olhar e ver o desespero daqueles que verdadeiramente me amam, rasga meu coração. Olhar em um espelho qualquer e ver o desespero no meu próprio olhar, me consome. Só que essa luta não é só minha. Em nome de todos aqueles que já apanharam ou morreram por conta da homofobia, eu digo: não foi em vão. Nós somos fortes e nós vamos conseguir, mesmo que queiram nos destruir. E quantos são aqueles que foram destruídos pela simplicidade de existir, tantos são aqueles que ainda serão atingidos e se machucarão pior do que eu. Eu sou um sortudo, um maldito sortudo que carregará dentro de si uma dor que agora faz parte de mim, mas eu ainda estou aqui.

Apesar de achar que nunca mais iria ver meus pais, meus amigos ou aqueles que verdadeiramente eu amo, eu ainda estou aqui. E EU SEI QUE NÃO É EM VÃO. Agora, não mais uma dor me consome, além disso, uma danada vontade de lutar e gritar está louca pra sair, assim como as lágrimas que escorrem pelos meus olhos. Doeu? Sim. Vai doer mais? Sim. Mas isso não me calará. Essa dor que eu estou sentindo não é só minha, é a dor das milhares de famílias e amigos que perderam os seus por não serem esses malditos sortudos, assim como eu. É por eles, pelos que não voltaram. Pelos meus familiares. Pelos meus amigos. E acima de tudo, pela minha liberdade que ninguém toma, por aqueles que ainda irão levar muito na cara, por todos aqueles que perderam suas vidas. Um lado da minha face apanhou, mas EU AINDA TENHO O OUTRO LADO."





Um evento está sendo organizado contra a Homofobia. No dia 05 deste mês, o DAPSI e o DACBIO (UNIVASF) convocam a comunidade do Vale do São Francisco, a comparecer no Ato CONTRA a HOMOFOBIA em defesa dos direitos humanos. O encontro será as 18 horas em frente à Cantina em Petrolina.
Redação Blog Geraldo José

sexta-feira, 25 de março de 2016

MOVIMENTO LGBT NA LUTA CONTRA O GOLPE CONTRA A DEMOCRACIA NO BRASIL

MOVIMENTO GAY CONDENA GOLPE, QUE AFETARIA DIREITOS LGBT


23/03/2016:
Resta a nós, Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Mulheres, Negras e Negros, Nordestinas e Nordestinos, Indígenas, Pobres, Trabalhadoras e Trabalhadores, olharmos para o tabuleiro político atual e identificar quem está de cada lado. Resta a nós entender que, por coerência, qualquer consequência de uma ruptura democrática como a de 1964, quando do Golpe Militar, recairá mais pesadamente sobre nossos ombros. Resta a nós esclarecer àqueles que ainda não entenderam isso: Não marcharemos ao lado dos que nos odeiam!"; a afirmação é de Luiz Modesto, diretor nacional de formação da União Nacional LGBT
Por Luiz Modesto Costa, diretor nacional de formação da União Nacional LGBT - O Brasil segue para um momento decisivo, fruto do agravamento de uma crise política que tem paralisado o governo e fragilizado a economia nacional, e é fundamental que nós, Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais, saibamos compreender como estão posicionadas as forças políticas nesse jogo de interesses que vai muito além da bandeira do combate a corrupção.
Se olharmos com atenção para os grupos que têm inflamado brasileiros e brasileiras a irem às ruas pedindo o impeachment/renúncia de Dilma, identificaremos, em sua totalidade, a lista dos parlamentares e lideranças que atuaram para impedir que iniciativas como o PL 122/06, que criminalizaria a lgbtfobia, fossem aprovados na Câmara dos Deputados e Senado Federal. Recordemos alguns:
Entre tantos, Eduardo Cunha, deputado federal pelo PMDB, que é autor do projeto que criminaliza a heterofobia e que desenterrou o “dia do orgulho hétero”, além de se autodeclarar um dos parlamentares mais atuantes na luta contra o “casamento gay” e ter ressuscitado o projeto que proíbe a adoção de crianças por casais homoafetivos. Como presidente da Câmara dos Deputados, atuou para retirar direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, reorganizou pautas priorizando votações que favorecessem planos de saúde, bancos, igrejas e latifundiários, fortaleceu a bancada religiosa fundamentalista e manobrou para que seus projetos fossem aprovados (como a PEC da Redução da Maioridade Penal, que mesmo rejeitada foi reapresentada, ainda que contra a norma da Constituição). Com seus aliados, protela andamento do próprio processo no Conselho de Ética, onde é investigado por quebra de decoro parlamentar e por ocultar contas na Suíça.
Há também Jair Bolsonaro, deputado federal pelo PSC, que afirmou que “Ter filho gay é falta de porrada”, que “Seria incapaz de amar um filho homossexual, prefiro que um filho meu morra num acidente do que apareça com um bigodudo por aí”, e que “Mulher deve ganhar salário menor porque engravida”. Jair surfa nas ondas verde e amarelas das manifestações que ajudou a convocar, onde ganhou a alcunha de “Bolsomito”. Com ares de parlamentar ao lado do povo contra a corrupção e a “destruição de valores”, Jair procura potencializar pré-campanha à presidência do Brasil em cima de pautas antidemocráticas e fundamentalistas.
Pastor Marco Feliciano, deputado federal pelo PSC, é defensor da “cura gay”, presidiu a Comissão de Direitos Humanos da Câmara em 2013, onde tentou suspender a resolução do Conselho Nacional de Justiça que reconhece casamento homoafetivo e barrou o PL 6297/2005, que garantiria à população LGBT o direito de declararem companheiro/companheira como dependente para fins previdenciários.
Temos também o deputado João Campos, pelo PSDB, autor do projeto de lei que reconhece a “Cura Gay”; o deputado Anderson Ferreira, pelo PR, autor do “Estatuto da Família”, que define como família apenas o grupo formado por homem, mulher e filhos; Senador Magno Malta, do PR, que inviabilizou o Programa Escola Sem Homofobia, entre tantos outros que seguem posicionados exatamente no mesmo front. Há também Marina Silva, da Rede, que vetou propostas voltadas a população LGBT em seu programa de governo quando candidata à presidência em 2014, Pastor Silas Malafaia, um dos mais influentes ativistas anti-LGBT, e Marisa Lobo, “psicóloga cristã” defensora da “cura gay”, entre tantos e tantas mais.
Ao fim do processo eleitoral de 2014 que reelegeu Dilma Rousseff como presidenta do Brasil, estas forças políticas que formam a cruzada anti-LGBT por todo o país, aliados à chamada bancada da bala, que tenta ocultar a violência policial e o extermínio da população jovem negra e das pessoas transexuais e travestis nas grandes cidades, além dos representantes dos setores mais conservadores da Igreja Católica, como a Opus Dei e dos herdeiros da Tradição, Família e Propriedade – TFP, dispararam o terceiro turno.
A estratégia era barrar, no Congresso, tudo o que pudesse dar condições para que o governo levasse o País a retomar o crescimento. A palavra de ordem dos parlamentares de oposição era “obstrução” ao que vinha do Planalto, ao mesmo tempo que garantiram a tramitação de projetos como: da terceirização, que retiram direitos das mulheres vítimas de violência sexual e que criminalizam as manifestações sociais.
O enfrentamento a corruptos e corruptores ganhou musculatura na última década e, pela primeira vez no Brasil, políticos e grandes empresários foram presos. A impressão de que a velha prática dos engavetadores havia se encerrado entra em xeque quando, ao mesmo tempo em que processos como o chamado “Mensalão do PT” tinham seguimento e celeridade, outros, envolvendo lideranças de oposição e, hoje, entusiastas do impeachment, como o “Trensalão Tucano”, o “Mensalão Tucano de Minas” e a “Privataria Tucana”, nunca seguiram a diante.
Se, por um lado, a justiça brasileira tem desfrutado de autonomia para dar andamento em investigações contra grandes empresários e políticos de alto escalão, por outro, membros desse mesmo aparato estatal têm se arrogado o direito de vazamentos seletivos de informações confidenciais, municiando de fragmentos os principais veículos de imprensa nacional, que tratam de apresentar ininterruptamente factóides e estimular prejulgamentos,condenando midiaticamente antes mesmo de concluir investigação, provar, julgar e sentenciar, desestabilizando as instituições democráticas.
Na recente democracia brasileira, conquistada à tão duras penas, não haveremos de nos deixar entorpecer pelo mesmo discurso da “corrupção do outro”, tal como fizeram os opositores de Getúlio Vargas, de Jucelino Kubitschek e de João Goulart.
O combate à corrupção, bandeira reivindicada pelos que fomentam e instrumentalizam a atual marcha que grita impeachment e impregna as ruas de ódio, constitui a mais vil demagogia. Dos parlamentares de oposição que constituem a comissão que aprecia o pedido de impeachment, mais da metade é investigada em casos de corrupção. Dos membros da Fiesp, principal financiadora dos atos pró-impeachment, resta o peso de, junto com a Rede Globo de Televisão, contribuírem com o déficit de 420 bilhões de reais na arrecadação só em 2015, dinheiro sonegado que, como os 21 bilhões estimados do chamado “Petrolão”, cairiam muito bem para a educação, saúde e infraestrutura do Brasil.
Resta a nós, Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Mulheres, Negras e Negros, Nordestinas e Nordestinos, Indígenas, Pobres, Trabalhadoras e Trabalhadores, olharmos para o tabuleiro político atual e identificar quem está de cada lado. Resta a nós entender que, por coerência, qualquer consequência de uma ruptura democrática como a de 1964, quando do Golpe Militar, recairá mais pesadamente sobre nossos ombros. Resta a nós a clareza de que, para nosso bem, não engrossaremos as fileiras dos demagogos, dos corruptos e corruptores dissimulados, dos que nunca estiveram conosco e nunca estarão. Resta a nós esclarecer àqueles que ainda não entenderam isso:
Não marcharemos ao lado dos que nos odeiam! 

fonte: athosgls.com.br

CARTOLA DA NBA FALA SOBRE SUA SEXUALIDADE

Cartola da NBA diz que sofreu para se assumir gay: "Senti dever de ocultar"

23/03/2016:


Primeiro dirigente da NBA assumidamente gay, Rick Welts, presidente do Golden State 
Warriors, afirmou ter tido dificuldades para conviver com o esporte antes de se assumir homossexual. Em entrevista à "HBO", o dirigente explicou que sabia desde os três anos que era gay.
"Dei-me conta aos três anos (que era gay) e, como instinto, senti que tinha que ocultar isso", explicou. "Não enxergava como isso (ser gay) poderia se encaixar no mundo do esporte profissional. Não queria ser visto como diferente dos demais, então era como 'não pergunte, não falo'". Welts chegou a trabalhar para a NBA, em um departamento voltado para melhorar a imagem da Liga. Ele, inclusive, foi o coordenador de comunicação do caso Magic Johnson, quando o antigo jogador do Los Angeles Lakers anunciou que havia contraído o vírus da aids.
"Foi um momento muito difícil para mim. Lembro-me de ficar pensando que isso, provavelmente, era inevitável, que todo homem gay acabaria contraindo essa doença", afirmou. A entrevista completa com o presidente do Golden State Warriors, time dos brasileiros Leandrinho Barbosa e Anderson Varejão, vai ao ar nesta terça-feira (23), na HBO dos Estados Unidos. 

fonte: athosgls.com.br

DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A HOMOFOBIA

LGBTQIAPN+ A LUTA CONTINUA O   17 de maio   é o   Dia Internacional de Luta contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia . Essa data tem como ob...