RADIOS HOMO FORA FOBIA

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2023

TRUVADA UM COQUETEL PREVENTIVO CONTRA H.I.V


COQUETEL DE MEDICAMENTOS PREVENTIVOS CONTRA HIV

TRUVADA é um medicamento usado para prevenir a infecção pelo HIV em pessoas que estão em alto risco de contrair o vírus. O Truvada contém dois medicamentos antirretrovirais - tenofovir e emtricitabina - que ajudam a impedir a replicação do HIV no organismo.

O Truvada é indicado para pessoas que são HIV negativas e têm maior risco de exposição ao vírus, incluindo:

  • Pessoas que têm relações sexuais sem proteção com parceiros infectados pelo HIV.
  • Pessoas que injetam drogas e compartilham agulhas ou outros equipamentos de injeção.
  • Profissionais de saúde que têm exposição ocupacional ao HIV, como agulhas ou outros objetos contaminados com sangue.

É importante lembrar que o Truvada é uma medida preventiva, mas não é uma cura para o HIV. O medicamento deve ser usado em combinação com outras estratégias de prevenção, como o uso consistente de preservativos, a redução do número de parceiros sexuais e a realização de exames regulares para detecção do HIV e outras doenças sexualmente transmissíveis.

O uso do Truvada deve ser prescrito e monitorado por um profissional de saúde qualificado. Como qualquer medicamento, o Truvada pode causar efeitos colaterais, portanto, é importante conversar com um médico para entender os riscos e benefícios do uso do medicamento.

Truvada é um medicamento antirretroviral usado no tratamento e prevenção da infecção pelo HIV. A sua composição inclui os seguintes medicamentos:

1.    Emtricitabina: é um medicamento antirretroviral que pertence à classe dos inibidores da transcriptase reversa nucleosídeos (ITRN). Age inibindo a replicação do vírus do HIV.

2.    Tenofovir disoproxil fumarato: é um medicamento antirretroviral que também pertence à classe dos ITRN. Age inibindo a transcriptase reversa, uma enzima essencial para a replicação do HIV.

Esses dois medicamentos combinados formam o Truvada, que é usado para o tratamento de pacientes infectados pelo HIV e como profilaxia pré-exposição (PrEP) em pessoas que estão em risco de contrair o HIV. É importante lembrar que o Truvada não cura o HIV e não deve ser usado sozinho como tratamento, mas sim como parte de uma terapia antirretroviral combinada (TARV) supervisionada por um médico especialista em HIV/AIDS.

 

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PREVENÇÃO CONTRA I.S.T E HIGIENIZAÇÃO CORPORAL

 A higiene corporal é um aspecto importante para a saúde geral e sexual de todas as pessoas, incluindo homens gays. Aqui estão algumas medidas que podem ser tomadas para prevenir a contaminação por Infecções Sexualmente Transmissíveis (I.S.T), vírus e outras doenças sexualmente transmissíveis:

1.    Prática de uma boa higiene pessoal - é importante tomar banho diariamente e lavar bem a região genital com água e sabão neutro.

2.    Uso de preservativos - os preservativos são eficazes na prevenção da transmissão de ISTs, incluindo HIV, sífilis, gonorreia, clamídia e herpes. Use um preservativo em todas as relações sexuais, independentemente do tipo de sexo praticado.

3.    Conhecer o seu parceiro sexual - conversar com seu parceiro sobre sua saúde sexual pode ajudar a prevenir a transmissão de ISTs. Saiba se ele já teve alguma doença sexualmente transmissível e se está atualmente infectado.

4.    Realizar exames regulares - faça exames de rotina para detectar possíveis ISTs e outras doenças. É importante realizar exames regularmente, especialmente se você tiver múltiplos parceiros sexuais.

5.    Vacinas - existem vacinas disponíveis para prevenir algumas ISTs, como HPV e hepatite B. Converse com seu médico sobre as opções disponíveis.

6.    Evite compartilhar objetos pessoais - evite compartilhar objetos pessoais, como toalhas, roupas íntimas, escovas de dente ou qualquer objeto que possa estar em contato com fluidos corporais.

7.    Medicamentos - em alguns casos, medicamentos podem ser prescritos para prevenir a transmissão de ISTs, como o uso do Truvada para prevenção do HIV. Converse com seu médico sobre as opções disponíveis.

Lembre-se, a prevenção é a chave para manter uma vida sexual saudável. Não hesite em procurar ajuda médica se achar que pode estar em risco de contrair uma IST ou qualquer outra doença sexualmente transmissível.

A TENDÊNCIA E CRESCIMENTO DA MODA LGBTQIAP+

Com certeza, a moda sempre teve um papel importante na construção da identidade individual e coletiva, e tem sido uma forma de expressão cultural, social e política ao longo da história. No entanto, é verdade que a moda também pode ser um campo fértil para a perpetuação de estereótipos e preconceitos, especialmente quando se trata da comunidade LGBT.

 

Muitas vezes, as pessoas LGBT têm sido retratadas de forma caricatural e estereotipada na moda, com estilos associados a clichês e estereótipos limitantes. Isso não só é ofensivo, mas também contribui para uma cultura de exclusão e marginalização.

 

Felizmente, há uma tendência crescente na moda em direção à inclusão e representatividade, com mais marcas e designers adotando uma abordagem inclusiva em suas coleções e campanhas. A moda pode ser uma força poderosa para o bem, e é importante que a indústria continue a evoluir em direção a uma representação mais diversa e autêntica das pessoas LGBT.

 

 

 

 

CRIME DE INTOLERÂNCIA CONTRA O LGBTQIAP+

O CRIME DE INTOLERANCIA DO DEPUTADO ESTADUAL GABRIEL TAVARES

É importante ressaltar que incitar crimes de ódio é uma grave violação dos direitos humanos e pode ter consequências jurídicas sérias, como a pena de reclusão mencionada no caso do deputado estadual Rafael Tavares.

A incitação ao ódio e à violência contra grupos específicos de pessoas, como gays, negros, japoneses e indígenas, é considerada um crime no Brasil e em muitos outros países. Esses crimes têm o potencial de causar danos físicos e emocionais a indivíduos e comunidades, além de aumentar a discriminação e a desigualdade.

Por isso, é importante que a justiça faça cumprir as leis e puna aqueles que cometem crimes de ódio. Além disso, é necessário que a sociedade como um todo se mobilize para combater o discurso de ódio e promover a tolerância e o respeito à diversidade.

Infelizmente, casos de incitação a crimes de ódio são mais comuns do que se imagina e têm impactos muito negativos nas vítimas e nas comunidades afetadas. No caso específico do deputado estadual Rafael Tavares, as acusações de incitação à violência contra gays, negros, japoneses e indígenas são muito graves e merecem ser tratadas com seriedade pelas autoridades competentes.

Segundo informações da imprensa, o processo que investiga o deputado Rafael Tavares foi instaurado em 2017, após ele ter sido flagrado em um vídeo, divulgado nas redes sociais, fazendo comentários preconceituosos e incitando a violência contra grupos específicos de pessoas. Desde então, o caso tem tramitado na Justiça e, como mencionado, está prevista a última audiência em abril de 2023.

Caso seja condenado, o deputado Rafael Tavares pode ser punido com pena de um a três anos de reclusão, de acordo com a legislação brasileira. É importante destacar que a incitação ao ódio e à violência é um crime que deve ser combatido de forma enérgica, visando garantir a proteção dos direitos humanos e a promoção de uma sociedade mais justa e igualitária.

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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2023

DENTRO DO ÁRMARIO

DENTRO DO ÁRMARIO  SUAS CONSEQUENCIAS NA VIDA DO GAY

A orientação sexual é uma parte fundamental da identidade de uma pessoa, e quando essa orientação é vista como desviante ou inaceitável pela sociedade, pode levar a uma série de problemas de saúde mental, incluindo ansiedade, depressão, estresse pós-traumático e até mesmo suicídio. Isso é especialmente verdadeiro para pessoas gays que vivem no anonimato com medo de se declarar para a sociedade e não serem aceitas, especialmente pela família.

O medo de ser rejeitado e a necessidade de esconder a verdadeira orientação sexual podem levar a uma sensação de isolamento e solidão. Isso pode ser ainda mais agravado quando as pessoas não têm acesso a redes de apoio ou não se sentem seguras em buscar ajuda. O estigma e a discriminação em relação à orientação sexual também podem levar a problemas de autoestima e autoconfiança, o que pode afetar outras áreas da vida, como trabalho, relacionamentos e educação.

Além disso, a pressão para manter uma identidade secreta pode levar a um grande desgaste emocional, causando estresse e ansiedade. A necessidade de manter uma "fachada" pode ser muito exaustiva, o que pode levar a problemas físicos, como fadiga crônica e problemas gastrointestinais.

Para lidar com esses problemas, é importante que as pessoas gays tenham acesso a redes de apoio e suporte. Isso pode incluir grupos de apoio, terapia individual ou em grupo, e a ajuda de amigos e familiares que são solidários e compreensivos em relação à sua orientação sexual. É também importante que a sociedade como um todo se conscientize da importância da aceitação e inclusão de pessoas gays, para que possam viver suas vidas com autenticidade e sem medo de serem julgadas ou discriminadas.

 

TRANSFOBIA UMA REALIDADE A SER COMBATIDA

 MUNDO TRANSFÓBICO

A transfobia é um termo que se refere ao medo, aversão ou discriminação contra pessoas trans, que são aquelas cuja identidade de gênero não corresponde ao sexo atribuído no nascimento. A transfobia pode se manifestar de diversas formas, desde comentários preconceituosos até violência física, e suas consequências podem ser graves e afetar diversos aspectos da vida das pessoas trans.

No cotidiano, a transfobia pode levar a diversas formas de exclusão e preconceito, incluindo a dificuldade de acesso a serviços básicos como saúde e educação, a violência e o assédio nas ruas e no ambiente de trabalho, e a discriminação no acesso a empregos e moradia. Além disso, a transfobia pode levar a problemas de saúde mental, incluindo ansiedade, depressão e até mesmo suicídio.

Para combater a transfobia, existem diversas leis e direitos que protegem as pessoas trans contra a discriminação. No Brasil, a Constituição Federal garante a igualdade de todos perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, incluindo gênero e orientação sexual. Além disso, a Lei nº 7.716/1989 prevê punições para a prática de discriminação e preconceito de qualquer natureza.

Mais recentemente, em 2019, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, que a discriminação por orientação sexual e identidade de gênero é equiparada ao crime de racismo, o que significa que pessoas trans estão protegidas pelas mesmas leis que protegem a população negra. Além disso, em 2020, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou uma resolução que permite que pessoas trans alterem seu nome e gênero nos registros civis sem a necessidade de cirurgia ou laudos médicos.

Apesar dessas leis e medidas, a transfobia ainda é uma realidade enfrentada por muitas pessoas trans. É importante que a sociedade como um todo se conscientize da importância do respeito e da inclusão das pessoas trans, e que as leis sejam efetivamente aplicadas para garantir a proteção dos direitos dessas pessoas.

 

 CAMINHOS IGUALITARIOS E FUTURISTAS PARA OS LGBTQIAP+

A luta pela igualdade de direitos para a comunidade LGBTQ+ tem avançado significativamente nas últimas décadas, e isso tem permitido que pessoas LGBT+ assumam suas identidades e possam contribuir em diferentes setores, inclusive no mundo dos negócios. No entanto, o caminho ainda é longo, e muitos empreendedores gays enfrentam desafios em suas carreiras. Nesse contexto, é importante destacar a presença crescente de gays empreendedores, futuristas e grandes consumidores do mercado da moda e cosméticos.

A moda e os cosméticos são setores em que a presença de gays tem sido cada vez mais marcante. Os gays têm sido responsáveis por criar muitas tendências, e seus gostos estéticos e de moda têm se tornado cada vez mais importantes para as indústrias de moda e beleza. Isso tem levado a uma maior diversidade de produtos e serviços que atendem às necessidades e desejos dos consumidores gays.

Além disso, muitos gays têm se destacado como empreendedores e futuristas em diferentes setores, incluindo tecnologia, entretenimento e mídia. A criatividade e o pensamento inovador dos gays têm ajudado a impulsionar a inovação e a mudança em muitas indústrias, criando novas oportunidades de negócios e crescimento econômico.

No entanto, muitos empreendedores gays enfrentam obstáculos em suas carreiras. A discriminação ainda é uma realidade para muitas pessoas LGBT+, e isso pode limitar as oportunidades de negócios e crescimento profissional. Além disso, muitos gays ainda enfrentam preconceitos e estereótipos negativos que podem afetar suas relações comerciais.

Por fim, é importante reconhecer que a diversidade e a inclusão são importantes para o sucesso dos negócios. Empreendedores gays, futuristas e grandes consumidores do mercado da moda e cosméticos representam uma parcela significativa da população e do mercado consumidor, e suas necessidades e desejos devem ser atendidos. Ao apoiar e promover a diversidade, as empresas podem obter uma vantagem competitiva e ajudar a criar um mundo mais justo e inclusivo para todos.

Em conclusão, os gays empreendedores, futuristas e grandes consumidores do mercado da moda e cosméticos têm se tornado cada vez mais importantes para o mundo dos negócios. Embora ainda enfrentem desafios, a criatividade, inovação e pensamento diverso desses empreendedores são essenciais para o crescimento econômico e o avanço social. As empresas e a sociedade em geral devem apoiar e promover a diversidade e a inclusão para criar um mundo mais justo e igualitário para todos.

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SITES LGBTQIAP+

Existem muitos sites disponíveis para a comunidade LGBTQIAP+, e aqui estão alguns populares:

  1. The Trevor Project - Uma organização nacional que fornece serviços de intervenção em crises e prevenção de suicídio para jovens LGBTQ.

  2. GLAAD - Uma organização de monitoramento de mídia que promove a representação LGBTQ na mídia.

  3. Human Rights Campaign - Uma organização de direitos civis que trabalha para alcançar a igualdade LGBTQ e acabar com a discriminação.

  4. Lambda Legal - Uma organização jurídica que luta pelos direitos LGBTQ por meio de litígios de impacto, defesa de políticas e educação pública.

  5. A Força-Tarefa Nacional LGBTQ - Uma organização que trabalha para construir poder e alcançar equidade para pessoas LGBTQ.

  6. PFLAG - Uma organização nacional que fornece apoio, educação e defesa de indivíduos LGBTQ, suas famílias e aliados.

  7. Trans Lifeline - Uma linha direta composta por pessoas trans, fornecendo suporte e recursos para indivíduos trans.

  8. Queer Voices - Uma publicação online com artigos, ensaios e entrevistas com escritores e ativistas LGBTQ.

  9. Autostraddle - Uma publicação online com artigos, ensaios e conteúdo de entretenimento para mulheres LGBTQ e pessoas não binárias.

  10. PinkNews - Uma publicação online que fornece notícias e assuntos atuais para a comunidade LGBTQ.

Estes são apenas alguns exemplos dos muitos recursos disponíveis para a comunidade LGBTQIAP+.

A SIGLA LGBTQIAP+

 A sigla LGBTQIAP+ é usada para se referir a pessoas que se identificam como parte da comunidade LGBTQIAP+. A sigla é uma abreviação para várias identidades de gênero e orientações sexuais, incluindo:

  • L: Lésbica
  • G: Gay
  • B: Bissexual
  • T: Transgênero ou Trans
  • Q: Queer ou Questioning (Queer significa "estranho" ou "fora dos padrões", e Questioning significa "questionando" ou "em dúvida")
  • I: Intersexo (pessoas que nascem com características sexuais ambíguas ou que não se encaixam nas categorias binárias de "homem" ou "mulher")
  • A: Assexual ou Aliado (Assexual se refere a pessoas que não sentem atração sexual; Aliado se refere a pessoas que não fazem parte da comunidade LGBTQIAP+, mas apoiam a luta por direitos iguais)
  • P: Pansexual (pessoas que sentem atração por pessoas de qualquer gênero)

O sinal de "+" no final da sigla representa outras identidades que não estão listadas, ou que estão em constante evolução e mudança. A sigla é uma forma de inclusão e respeito para todas as pessoas que fazem parte da comunidade LGBTQIAP+ e suas diversas identidades.

sexta-feira, 1 de julho de 2022

VISIBILIDADE TRANS.

 29 de janeiro, Dia da Visibilidade Trans. O Brasil celebra essa data liderando um ranking que em nada traz orgulho para nós. Segundo dados do relatório da organização não governamental Transgender Europe (Ong TGEu /2016), quase 900 pessoas trans e travestis foram assassinadas entre 2008 e 2016. Para entender o tamanho do problema, o México contabilizou 256 mortes nesse mesmo período. Estados Unidos somaram 146 assassinatos. Na Turquia, foram 46. Rússia, três. Só no ano passado, segundo levantamento da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), pelo menos 175 pessoas trans e travestis brasileiras tiveram a vida, os planos e a chance de um futuro interrompidos. 



Em números absolutos, São Paulo foi o estado brasileiro que mais matou trans e travestis no ano passado, seguido de Ceará, Bahia, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Mesmo com a pandemia, em que o isolamento social se tornou imprescindível, o número de pessoas mortas pela condição de ser quem são não caiu.  "O Brasil vai continuar ainda por muitos anos sendo o País que mais mata trans. Não existe uma política pública específica que vai erradicar os assassinatos, a não ser pela educação e pela punição dos crimes. Muito embora tenhamos o feminicídio como uma prática criminosa, ainda assim existe uma grande parte de pessoas que comete esse crime. O transfeminicídio vem nesse mesmo bojo, com uma grande característica de que esses crimes nem são investigados", lamenta a presidenTRA da Antra, Keila Simpson. 

A expectativa de vida dessas pessoas é outro problema alarmante, destoando consideravelmente da média das pessoas consideradas cisgênero - que é quando o indivíduo se identifica com a condição de nascimento (a menina se enxerga como menina e o menino se enxerga como menino). De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a média nacional das pessoas cis é de 75,5 anos. As transgênero vivem, em média, 35 anos. Além da morte física, pessoas transexuais e travestis ainda têm que lidar com a falta de representatividade. Não há, por exemplo, um levantamento oficial ou confiável que revele hoje quantas e quantos se identificam de maneira diferente da que nasceram. 

"Não existe nenhum dado quantitativo de pessoas transexuais e travestis no Brasil. Quem deveria ter desses dados era o IBGE e eles nunca fizeram isso, a despeito de termos feito diversas investidas. Pedimos que colocassem no censo o marcador identitário da identidade de gênero e ainda não conseguimos. Estima-se por alto o número de pessoas trans no Brasil (1,9% da população total), mas não são números reais. Então, toda vez que trabalhamos com políticas públicas, partimos dessas suposições com números que não são reais", dispara Keila. 

A falta de identificação com o corpo pelas pessoas trans também passa pelo nome. Um levantamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), feito em 2018, mostra que pouco mais de duas mil pessoas retificaram o nome nos cartórios, isso no primeiro ano da norma que possibilita essa mudança sem ação judicial ou laudo médico - agora, basta ir ao cartório para realizar a alteração.Na opinião de Ábiner Augusto Mendes Gonçalves, integrante da Associação de Advogados pela Igualdade, o Brasil já avançou em alguns pontos nesse sentido. "Nos últimos tempos, foi retirada a transexualidade do rol de adoecimento mental pela Organização Mundial da Saúde (OMS), por exemplo. Tivemos também essa Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) que julgou a mudança de prenome pelas pessoas trans, em que elas não precisam de nenhum laudo médico nem passar pela Justiça. Já temos decisões judiciais nos estados aceitando que a Lei Maria da Penha seja aplicada para as mulheres trans, já que o conceito de mulher dado pela lei é de identidade de gênero, e não biológico e fisiológico", elenca o advogado. 

"Quanto mais visibilidade é dada para as pessoas trans, mas a sociedade se naturaliza com o convívio delas na sociedade. É importante que isso continue, que isso se naturalize realmente como pessoas dignas que elas são, como qualquer outra, para ter relacionamentos, empregos e uma vida que possa prosperar", espera Ábiner. Caetano Mendes, 21 anos, mora atualmente em Belo Horizonte (MG). Além de cursar faculdade no curso de relações internacionais na PUC Minas, Caetano tem ainda uma marca de roupas, em parceria com uma amiga. E ele ainda encontra tempo para estudar para o tão sonhado concurso. "Eu pretendo seguir a carreira de diplomata, mas só depois da graduação."

Aos 15 anos, Caetano percebeu que gostava de mulheres. O que poderia ser um acontecimento natural na vida de um adolescente nessa idade, tornou-se motivo de reflexão para ele: Caetano é um jovem trans. "Aos 17 anos, tive meu primeiro relacionamento sério com uma menina e foi quando eu comecei a entender mais a relação com meu corpo, a entender melhor a relação com outras pessoas. Comecei a explorar mais meu corpo e percebi que não me identificava com certas coisas." 

Caetano se considera uma pessoa transgênero não-binário. O termo, ainda pouco difundindo e que pode causar confusão, é utilizado para denominar quem não se classifica exclusivamente em nenhum dos gêneros binários (masculino ou feminino). São pessoas que transitam entre os dois gêneros, sem necessariamente estar em um deles. 

"Eu me identificava com algumas características comumente chamadas de características sexuais secundárias masculinas ou associadas a homens, como barba, peitoral liso, voz mais grave. Mas não me identifico com o conceito de ser homem", reforça Caetano. "Eu me identifico mais com a transgeneridade do que com qualquer conceito de homem ou mulher." 


FONTE: SITE LINHA POPULAR

Busca por representatividade trans aumenta 129% em um ano em plataforma de imagens

No “Mês do Orgulho”, as empresas já estão pensando em como incluir a comunidade LGBTQ+ em suas campanhas sem cair em lugares-comuns que capitalizam o movimento e que, ao invés de atrair, alienam seus consumidores ano após ano. A iStock, a plataforma líder de e-commerce que fornece imagens, vídeos e ilustrações premium a preços acessíveis para PMEs, criativos e estudantes de todo o mundo, explora como as marcas podem promover uma representação mais autêntica de um dos coletivos LGBTQ+: a comunidade transgênero, não apenas durante este mês, mas durante todo o ano.

fonte: jornal linha popular

Por meio do VisualGPS Insights, sua mais nova plataforma interativa, a iStock oferece aos clientes dados de busca e download que informam suas estratégias de conteúdo e os ajudam a identificar lacunas nas narrativas visuais atuais, incluindo a representação de pessoas trans e outras identidades da comunidade LGBTQ+.

Analisando o contexto atual da comunidade transgênero na América Lati
na, observa-se que, embora a representação e a cobertura trans nas políticas públicas e nos principais meios de comunicação nunca tenham sido tão frequentes, os países latinos estão na metade do caminho, restando notar que ainda há muito trabalho ser feito.

Em março de 2020, o canal de notícias público na Argentina anunciou Diana Zurco como sua apresentadora, tornando-se a primeira mulher trans a apresentar notícias na TV aberta da região. A Argentina já era notícia há uma década por ser um dos primeiros países a aprovar a mudança de gênero no Documento de Identidade. Na Colômbia, durante as eleições de 2018, Tatiana Piñeros foi promovida como  a primeira candidata transgênero ao Congresso. Em novembro de 2021, foi inaugurada a Clínica Pública Trans na Cidade do México, a primeira do gênero no país. Essa iniciativa busca relembrar a rejeição e discriminação sofridas pela comunidade trans quando vão aos serviços de saúde. Vale lembrar que o México, segundo a ONG LetraS, é o segundo país com maior letalidade para pessoas trans, atrás apenas do Brasil. A expectativa de vida da comunidade trans no México é de apenas 35 anos.

Nesse sentido, de acordo com a plataforma de pesquisa criativa da iStock, o VisualGPS, uma fonte de informação que oferece dados e perspectivas sobre o consumo de conteúdo visual, revelou que os consumidores são muito mais propensos a ver pessoas da comunidade trans retratadas como vítimas de violência, do que em um ambiente diário com suas famílias ou mesmo “curtindo a vida”. De acordo com Federico Roales, Creative Researcher da iStock, apenas uma maior representatividade em termos de volume não é suficiente. O especialista indica que é importante que o público veja uma variedade maior de histórias visuais positivas protagonizadas por pessoas da comunidade trans e ressalta que as marcas podem ajudar a preencher essa lacuna.

Com maior visibilidade na mídia e progresso lento, mas constante na América Latina, uma das barreiras para aumentar a representação de transgêneros na publicidade parece ser que as marcas têm medo de errar. De acordo com o The Visibility Project da GLAAD, 81% dos anunciantes e 41% das agências estão preocupados com a representação inautêntica da comunidade e da cena LGBTQ+. O medo de que isso possa provocar uma reação negativa (um “escrache” ou a marca ser “cancelada”) tem como consequência a não inclusão de conteúdos visuais diversos como estratégia de redução de danos. No entanto, o VisualGPS revelou que o compromisso com a diversidade vai além da identidade autopercebida: 68% dos consumidores não LGBTQ+ preferem comprar de empresas que representam pessoas LGBTQ+ em seu conteúdo visual.

A iStock também informou que, entre 2021 e 2022, as pesquisas por conteúdo de pessoas transgênero aumentaram +129%. No entanto, apesar dessa intenção, as pessoas transgênero só foram representadas em menos de 1% do conteúdo mais baixado. Além disso, as narrativas visuais tendem a mostrar um espectro muito estreito de suas trajetórias de vida: como mostra a ferramenta VisualGPS Insights, a maioria das imagens mais populares relacionadas aos termos “lgbt” ou “trans” mostram cenários com bandeiras de orgulho, ou o tradicional desfiles, demonstrando falta de profundidade cultural e autenticidade na forma como as histórias LGBTQ+ estão sendo abordadas.

“As imagens LGBTQ+ mais populares mostram celebraçõe
s de orgulho e os temas predominantes são centrados na luta pela igualdade. Embora isso tenha sido importante alguns anos atrás, quando se defendia mais visibilidade, as marcas agora precisam se concentrar em tornar o LGBTQ+ mais prevalente na sociedade. Os resultados da pesquisa no VisualGPS Insights mostram que há muito pouco conteúdo que coloque as histórias do coletivo LGBTQ+ diretamente na cultura latino-americana”, disse Federico Roales.

Sobre a iStock:

A iStock é uma fonte global líder de conteúdo visual, oferecendo às pequenas e médias empresas e indivíduos uma maneira poderosa de fazer sua mensagem se destacar para os consumidores. A iStock oferece mais de 145 milhões de fotos, ilustrações, vetores e videoclipes premium extraídos da multidão e disponíveis a preços acessíveis e sem complicações. Combinando a comunidade global exclusiva de colaboradores da iStock com os extensos recursos e experiência em tendências criativas da empresa-mãe Getty Images, a iStock oferece qualidade líder de mercado, conteúdo de estoque criativo distinto e autêntico, disponível apenas em www.istock.com.

Para notícias e anúncios da empresa, visite nossa Sala de Imprensa; Para obter informações, visite o blog da iStock. Encontre a iStock no Facebook, Twitter, Instagram e LinkedIn. Você também pode baixar o aplicativo iStock, onde você pode facilmente encontrar, salvar e compartilhar conteúdo premium para criar comunicações visuais incríveis.

quinta-feira, 4 de novembro de 2021

STF FEZ SUA PARTE AGORA ESPERAR A BOA VONTADE DO CONGRESSO FEDERAL



STF e a criminalização da homofobia



Em 13 de junho de 2019 o Plenário do STF entendeu que houve omissão inconstitucional do Congresso Nacional por não editar lei que criminalize atos de homofobia e de transfobia. O julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) 26, de relatoria do ministro Celso de Mello, e do Mandado de Injunção (MI) 4733, assim, por maioria de oito votos a favor e três contrários, a Corte reconheceu a mora do Congresso Nacional para incriminar atos atentatórios a direitos fundamentais dos integrantes da comunidade LGBTI+1.


De tal sorte que a conclusão foi: Por maioria, o Plenário aprovou a tese proposta pelo relator da ADO, ministro Celso de Mello, formulada em três pontos. O primeiro prevê que, até que o Congresso Nacional edite lei específica, as condutas homofóbicas e transfobias, reais ou supostas, se enquadram nos crimes previstos na lei 7.716/89 e, no caso de homicídio doloso, constitui circunstância que o qualifica, por configurar motivo torpe. No segundo ponto, a tese prevê que a repressão penal à prática da homo transfobia não alcança nem restringe o exercício da liberdade religiosa, desde que tais manifestações não configurem discurso de ódio. Finalmente, a tese estabelece que o conceito de racismo ultrapassa aspectos estritamente biológicos ou fenotípicos e alcança a negação da dignidade e da humanidade de grupos vulneráveis2.



Supremo decide criminalizar a homofobia como forma de racismo


 

Supremo decide criminalizar a homofobia como forma de racismo

Após seis sessões de julgamento, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu hoje (13) criminalizar a homofobia como forma de racismo. Ao finalizar o julgamento da questão, a Corte declarou a omissão do Congresso em aprovar a matéria e determinou que casos de agressões contra o público LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis) sejam enquadrados como o crime de racismo até que uma norma específica seja aprovada pelo Congresso Nacional.


Por 8 votos a 3, os ministros entenderam que o Congresso não pode deixar de tomar as medidas legislativas que foram determinadas pela Constituição para combater atos de discriminação. A maioria também afirmou que a Corte não está legislando, mas apenas determinando o cumprimento da Constituição.

Pela tese definida no julgamento, a homofobia também poderá ser utilizada como qualificadora de motivo torpe no caso de homicídios dolosos ocorridos contra homossexuais.

Religiosos e fiéis não poderão ser punidos por racismo ao externarem suas convicções doutrinárias sobre orientação sexual desde que suas manifestações não configurem discurso discriminatório.

Na sessão desta quinta-feira, a ministra Cármen Lúcia seguiu a maioria formada no julgamento do dia 23 de maio e entendeu que a Constituição garante que ninguém será submetido a tratamento desumano. "Numa sociedade discriminatória como a que vivemos, a mulher é diferente, o negro é diferente, o homossexual é diferente, o transexual é o diferente, diferente de quem traçou o modelo porque tinha poder para ser o espelho. Preconceito tem a ver com poder e comando", disse.

Em seguida, o ministro Ricardo Lewandowski votou pela omissão do Congresso, mas entendeu que a conduta de homofobia não pode ser enquadrada como racismo pelo Judiciário, mas somente pelo Legislativo. O presidente do STF, Dias Toffoli, também seguiu o mesmo entendimento.

"A extensão do tipo penal para abarcar situações não especificamente tipificadas pela norma penal incriminadora parece-me atentar contra o princípio da reserva legal, que constitui uma fundamental garantia dos cidadãos, que promove a segurança jurídica de todos", disse Lewandowski.

Gilmar Mendes também seguiu a maioria e disse que a Constituição obriga a criminalização de condutas discriminatórias.

"Estamos a falar do reconhecimento do direito de minorias, direitos fundamentais básicos. Os mandamentos constitucionais de criminalização do racismo e todas as formas de criminalização não se restringem a demandar uma formalização de políticas públicas voltadas a essa finalidade", disse Mendes.

Marco Aurélio divergiu da maioria a favor da criminalização e disse que o STF está invadindo a competência do Congresso Nacional ao tipificar crimes.

Os ministros Celso de Mello e Edson Fachin, relatores das ações julgadas, além dos ministros Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso, Rosa Weber, Luiz Fux votaram nas sessões anteriores a favor da criminalização.

O caso foi discutido na Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) nº 26 e no Mandado de Injunção nº 4.733, ações protocoladas pelo PPS e pela Associação Brasileiras de Gays, Lésbicas e Transgêneros (ABGLT).

As entidades defenderam que a minoria LGBT deve ser incluída no conceito de "raça social", e os agressores punidos na forma do crime de racismo, cuja conduta é inafiançável e imprescritível. A pena varia entre um e cinco anos de reclusão, de acordo com a conduta.

Em fevereiro, no início do julgamento, o advogado-geral da União (AGU), André Mendonça, reprovou qualquer tipo de conduta ilícita em relação à liberdade de orientação sexual, mas entendeu que o Judiciário não tem poderes legais para legislar sobre matéria penal, somente o Congresso.

A mesma posição foi defendida pelo representante da Associação Nacional de Juristas Evangélicos (Anajure), o advogado da entidade defendeu que o Congresso tenha a palavra final sobre o caso. Segundo a entidade, a comunidade LGBT deve ter seus direitos protegidos, mas é preciso assegurar que religiosos não sejam punidos por pregaram os textos bíblicos.

Pelo atual ordenamento jurídico, a tipificação de crimes cabe ao Poder Legislativo, responsável pela criação das leis. O crime de homofobia não está tipificado na legislação penal brasileira.

No mês passado, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal aprovou a mesma matéria, tipificando condutas preconceituosas contra pessoas LGBT. A medida ainda precisa ser aprovada pelo plenário da Casa.

Assista na TV Brasil: STF permite criminalização da homofobia e da transfobia





quarta-feira, 21 de julho de 2021

Premiê da Hungria anuncia referendo sobre lei contra gays

 

Premiê da Hungria anuncia referendo sobre lei contra gays



Lei equipara pedofilia e homossexualidade, proíbe a ‘demonstração e promoção da homossexualidade’ para menores de 18 anos e tem causado forte reação da União Europeia.

Por France Presse

O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, anunciou nesta quarta-feira (21) que fará um referendo para avaliar o apoio da população à polêmica lei contra a comunidade LGTBQIA+.

O anúncio do premiê foi feito após a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, advertir o governo húngaro para retificar a lei contra ou enfrentar “consequências legais” do bloco europeu.

“Bruxelas claramente atacou a Hungria nas últimas semanas sobre a lei”, afirmou Orbán em um vídeo divulgado em uma rede social.

A lei húngara equipara pedofilia e homossexualidade, proíbe a “demonstração e promoção da homossexualidade” para menores de 18 anos e tem causado forte reação da União Europeia.

Na prática, séries de televisão como “Modern Family” e filmes como Billy Elliot, por exemplo, seriam banidos da programação de TVs, assim como conteúdos educacionais sobre o tema em escolas.

governo de extrema direita do premiê Viktor Orbán vem irritando seus pares do bloco europeu por repetidas ações que corroem sistematicamente as instituições democráticas da Hungria.

Sem mencionar a Hungria ou Orbán, 17 líderes europeus assinaram uma carta recentemente na qual reafirmam seu compromisso contra a discriminação à comunidade LGBTQIA+ e a defesa de seus direitos

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