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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

MITOS E VERDADES NA VIDA DOS HOMOSSEXUAIS

MITOS SOBRE A VIDA DOS GAYS

Diz o ditado popular que o diabo não é tão feio como parece. A mesma coisa digo eu em relação aos homossexuais: os viados não são tão sacanas e promíscuos como o povo imagina. E vou mais além: a sexualidade e o erotismo dos gays não são tudo aquilo que os heteros imaginam. Tentarei aqui destrinçar algumas verdades e mentiras sobre erotismo gay.
Como durante dois mil anos o amor entre pessoas do mesmo sexo foi considerado crime merecedor da pena de morte, sendo proibido até mesmo pronunciar seu nome – daí ser poeticamente chamado por Oscar Wilde de “amor que não ousava dizer o nome” – uma série de mentiras e mitos foram inventados e repetidos de geração em geração, reforçando preconceitos, justificando discriminações, aumentando o estigma contra os sodomitas, pederastas, uranistas, perversos, libertinos, homossexuais, viados, invertidos, desviados, boiolas, bilolas, baitolas, chibungos, frangos, bichas, etc. etc.
Primeiro mito:
Todo gay tem dentro de si uma mulher acorrentada. Puro equívoco: algo como 99% dos homossexuais estão satisfeitos em ser homens, gostam de seu pênis, não aspiram em tornar-se nem travesti nem mulher. Alguns poucos podem até ter trejeitos efeminados e entre si, de forma irreverente, se chamarem de “mona”, “mulher” etc. A grande maioria dos gays está feliz com seu corpo e com seu modo de ser masculino.

Mais ainda: muitos gastam tempo e grana para parecer ainda mais machos, praticando musculação, criando barba e bigode, usando roupas e adotando estilo supermasculino. E nunca é demais recordar que aparência exterior não equivale necessariamente a preferência erótica: um gay socialmente delicado pode, na cama, virar um insaciável ricardão-comilão. E vice-versa, é claro.
Segundo mito:
Todo homossexual é um viciado em sexo, um sexófilo insaciável. Outros vêem o gay como sinônimo de profissional do sexo, sempre disponível e à procura de clientes. Mito, exagero, miopia de observação! Um grupo gay da Bahia há duas décadas vem realizando pesquisas sistemáticas com diferentes categorias de homossexuais constatou que muitos gays passam meses seguidos sem ter sequer uma relação sexual. Outros declararam não ter transado nem uma só vez durante os cinco dias de folia no carnaval baiano. Mesmo as travestis profissionais do sexo, que vivem da prostituição, mantêm uma média de quatro transas por noite – embora nem sempre cheguem a gozar nem mesmo uma vez todos os dias.

Terceiro mito:
homossexualidade seria sinônimo de cópula anal. Tão arraigada está no imaginário popular esta idéia que desde a Idade Média, os cristãos passaram a associar “sodomia” a “homossexualidade”, rotulando os gays de “sodomitas”, isto é, amantes da penetração anal. Ledo engano: primeiro porque na própria origem do mito de Sodoma não há referência explícita a que os habitantes daquela cidade vivessem comendo uns aos outros ou quisessem “sodomizar” os forasteiros; segundo, porque muitas mulheres heterossexuais sentem e gostam do prazer anal, sem falar nos homens que querem que suas parceiras metam o dedo ou outros objetos penetrantes dentro de seu ânus; terceiro, porque tem muito gay, do mais machudo ao mais efeminado, que simplesmente não gosta nem de ser comido, nem de comer cu de ninguém. Portanto, homossexualidade é uma coisa, “analidade” é outra.

Quarto mito:
Todos os gays são potencialmente perigosos molestadores de crianças. Sobretudo na Inglaterra e nos Estados Unidos, este preconceito é tão forte que a legislação impedia aos homossexuais de ensinarem em escolas infanto-juvenis, muitos pais manifestando-se abertamente contra a presença de professores gays nos estabelecimentos de ensino. Pesquisas bastante sérias e exaustivas comprovam o oposto: são os heterossexuais que mais abusam sexualmente de crianças e adolescentes, com 90% de superioridade em relação aos gays (10%). Pedofilia (atração por crianças impúberes) e pederastia (atração por adolescentes) são tendências tanto homo quanto heterossexuais, embora a sociedade geralmente aceite o namoro e abençoe o casamento de um homem adulto com uma ninfeta, enquanto condena, lincha e executa sumariamente nos presídios, o pederasta homossexual.

Quinto mito
Surgiu nas últimas duas décadas – e apesar de tão moderno, já alastrou-se por todo o planeta: os homossexuais são transmissores da peste gay. Teve “cientista” que chegou a declarar que o HIV era um vírus gay. Outros imaginaram que havia uma predisposição orgânica do gay para se contaminar pelo vírus da imunodeficiência humana. E embora haja fortes evidências nas pesquisas de respeitáveis cientistas que sinalizam que a AIDS surgiu entre populações heterossexuais, somos obrigados, em pleno século XXI, a ouvir uma declaração, no mínimo ignorante, do participante Dourado (Big Brother Brasil 10) no dia 9 de fevereiro que a Globo exibiu em horário nobre. Ele disse que apenas homossexuais contraem o vírus HIV. "Hétero não pega Aids, isso eu digo porque eu conversei com médicos e eles me disseram. Um homem transmite para outro homem, mas uma mulher não passa para o homem", afirmou.

Nada predispõe organicamente o gay para ser infectado pelo HIV; só no Ocidente os homossexuais se tornaram a população mais atingida pelo HIV, mas, em contrapartida, formam o grupo que melhor tem respondido à prevenção da “epidemia do século”, sendo inclusive, os inventores do safe sex, o sexo sem risco.

fonte: blog acidez mental/uol

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