Quais são os direitos LGBT+ nos países nórdicos
PESQUISA: PERPLEXIDADE
Em todo o mundo,
ouvem-se relatos de ataques aos direitos de gays, intersexuais, trans e
queer. É o momento certo para a região nórdica aumentar a proteção e
melhorar a vida das pessoas LGBTI em toda a região, de acordo com os ministros
nórdicos para a igualdade de gênero, que decidiram hoje lançar uma nova área de
política dentro da cooperação.
Os países
nórdicos trabalham juntos pela igualdade entre mulheres e homens há mais de 40
anos, mas o trabalho não incluiu formalmente a igualdade de direitos para
pessoas LGBTI.
A reunião de
hoje dos ministros da igualdade de gênero na Islândia tomou a seguinte decisão:
“O Conselho Nórdico de Ministros se esforçará para alcançar direitos,
tratamento e oportunidades iguais para pessoas LGBTI na região nórdica”.
Aumento dos
crimes de ódio
“Os abusos dos
direitos humanos e o discurso de ódio direcionado às pessoas LGBTQI estão
aumentando em muitos cantos do mundo. Ao unir seus esforços, os países
nórdicos podem assumir a liderança global na proteção e promoção dos direitos
LGBTQI”, comentou Katrín Jakobsdóttir, que atua como primeira-ministra e
ministra da Igualdade de Gênero na Islândia.
A maioria dos
países nórdicos percorreu um longo caminho em termos de direitos e tem, por
exemplo, proteções legais para pessoas LGBTI contra discriminação, ameaças,
ódio e assédio.
Tanto avanços
quanto retrocessos
O último
relatório sobre os direitos LGBTI na Europa classifica a Noruega, Dinamarca e
Finlândia entre os cinco primeiros, a Suécia em décimo lugar e a Islândia em
décimo quinto.
O relatório foi
publicado pela ILGA-Europa, uma organização internacional independente que
promove os direitos humanos das pessoas LGBTI.
A ILGA diz que a
aceitação de pessoas LGBTI está aumentando em todo o mundo – mas muito
lentamente – e contratempos foram encontrados em muitos lugares.
Nova legislação
na Islândia
“Também
trabalharemos para uma melhor proteção em casa – como a Islândia fez com uma
nova lei de identidade de gênero inovadora – garantindo os direitos humanos e a
dignidade de todos”, acrescenta Jakobsdóttir.
A primeira coisa
que acontecerá agora, na sequência das decisões dos ministros, será um
exercício de mapeamento e análise da área LGBTI na região nórdica.
Convidar para a
sociedade civil
O exercício de
mapeamento será conduzido pela Nordic Information on Gender (NIKK) e envolverá
a sociedade civil.
Procurará
esclarecer a situação nos países nórdicos, incluindo as Ilhas Faroé, Åland e
Gronelândia, e identificar o que deve ser feito a nível nórdico. Com base
nos resultados deste exercício, os Ministros da Igualdade de Género decidirão
quais as medidas concretas a tomar.
Voz
internacional forte
A obra terá
início em 2020, sob a Presidência dinamarquesa do Conselho Nórdico de
Ministros.
“Os países
nórdicos são parecidos e é por isso que precisamos trabalhar juntos para
melhorar as condições das pessoas LGBTI. Trabalhar em conjunto sobre essas
questões no Conselho Nórdico de Ministros facilitará o aprendizado mútuo, o
desenvolvimento de iniciativas que funcionem e atuem como uma voz forte em
fóruns internacionais”, diz Mogens Jensen, Ministro da Igualdade de Gênero da
Dinamarca.
Pesquisa sobre
#MeToo
Os ministros
também decidiram financiar um projeto de pesquisa de três anos sobre assédio
sexual no trabalho na região nórdica. Os resultados desta pesquisa
formarão a base para o desenvolvimento de políticas após o #MeToo.
Este trabalho
começa imediatamente com a conferência internacional #MeToo – Moving Forward em
Reykjavik, de 17 a 19 de setembro, que atraiu 800 participantes da região
nórdica e além.
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