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quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

GENERO NÃO É IDEOLOGIA


Gênero não é ideologia: explicando os Estudos de Gênero
Georgiane Garabely Vázquez

Doutora em História, feminista e professora da Universidade Estadual de Ponta Grossa (PR)


Nos últimos anos, pesquisadores e pesquisadoras dos Estudos de Gênero vêm sofrendo uma série de ataques (alguns, violentos) contra as temáticas que estudam e problematizam. A princípio, nada de novo, uma vez que os Estudos de Gênero foram durante muito tempo marginalizados por setores dentro das próprias universidades. No entanto, o aumento da propagação de discursos equivocados sobre o campo nos últimos anos, especialmente no Brasil, chama a atenção para um de seus principais combustíveis: a desinformação.
A fim de desfazer certas confusões – algumas mal-intencionadas – proponho discutir o que é, afinal de contas, o conceito de gênero. De uma forma simples, direta e acadêmica, pretendo contribuir para um debate bastante pertinente tanto no campo das pesquisas como nos debates públicos que ocorrem pelo país.

Gênero e Feminismos
Não é possível entender o que são Estudos de Gênero sem compreender o movimento feminista, que começa no cenário internacional no século XIX e reivindica direitos civis para as mulheres. É muito reconhecida a luta pelo direito ao voto, mas é importante lembrar que essa não era a única reivindicação – as mulheres tinham pouco direitos e muito pelo que lutar. A mulher casada, por exemplo, era considerada pela lei brasileira “incapaz” e sob tutela do marido – o que somente foi alterado na legislação em 1962, com a Lei 4.121.

Diversidade e respeito são questões importantes na perspectiva social dos Estudos de Gênero. Foto: Pixaby.

No espaço universitário, os feminismos – no plural devido à heterogeneidade do movimento – iniciaram uma trajetória em meados do século XX. Na História, por exemplo, a incorporação da categoria mulher está relacionada a todo um movimento historiográfico de renovação no campo de conhecimento. A história demográfica, a história da família e a ideia de uma história “vista de baixo”, na qual também deveriam ser contadas as vidas de pessoas comuns, de operários e operárias, de camponeses e camponesas, entre outros, contribuíram significativamente para a compreensão de que era necessário se escrever sobre Mulher – nesse primeiro momento ainda no singular, ou seja, ainda pensada como uma categoria homogênea.1

Entre o fim dos anos de 1970 e o início da década de 1980 as historiadoras feministas – principalmente ligadas ao feminismo norte-americano – começaram a problematizar as particularidades que existiam entre elas próprias. A categoria Mulher já não dava conta de explicar a multiplicidade de experiências e subjetividades. Joana Maria Pedro argumenta que as mulheres negras, particularmente, questionaram o gesto excludente da escrita da História das Mulheres, revelando as fraturas internas não só da História, mas do próprio feminismo acadêmico ao mostrar as armadilhas e ilusões da categoria Mulher. Desde então, feministas como Angela Davis e Bell Hooks, colocaram o dedo na ferida ao dizer que as mulheres não viviam da mesma forma a experiência de ser mulher. Outras variáveis precisavam ser levadas em consideração, como classe, cor, escolaridade, dentre outros aspectos que precisavam ser compreendidos.

Gênero: que negócio é esse?

É neste contexto que chegamos à questão do uso da palavra Gênero no final da década de 1980. Quando Joan Scott publicou seu famoso artigo “Gênero: uma categoria útil de análise”, na American Historical Review, em 1986 (clique para ver o original em inglês e traduzido para o português em 1990), ela visava demonstrar que a imensa produção da História das Mulheres havia chegado a um impasse: ou ficava numa categoria suplementar ao mainstreamhistoriográfico, ou forçava uma transformação no interior da disciplina e do conhecimento histórico. Defendendo a segunda posição, Scott então propõe o gênero como categoria de análise e não como um tema ou um objeto. E como categoria, ela propõe a perspectiva de gênero para análise, inclusive, das estruturas e dos discursos políticos:

O gênero é uma das referências recorrentes pelas quais o poder político tem sido concebido, legitimado e criticado. Ele não apenas faz referência ao significado da oposição homem/mulher; ele também o estabelece. Para proteger o poder político, a referência deve parecer certa e fixa, fora de toda construção humana, parte da ordem natural ou divina. Desta maneira, a oposição binária e o processo social das relações de gênero tornam-se parte do próprio significado de poder; pôr em questão ou alterar qualquer de seus aspectos ameaça o sistema inteiro (SCOTT, 1990, p.92).

Scott aponta, de maneira muito interessante, para um dos eixos mais polêmicos que os Estudos de Gênero enfrentam hoje no Brasil. Não se trata de negar as diferenças sexuais e corporais entre homens e mulheres, mas de compreendê-las não como naturais e determinadas, mas como relações sociais e de poder, que produziram hierarquias e dominação. Para Scott, gênero é a organização social das diferenças sexuais. É um saber que estabelece significados para as diferenças corporais.

Já em 1989, Judith Butler publica “Gender Trouble“, que no Brasil foi lançado em 2003 com o título “Problemas de Gênero: Feminismo e Subversão da Identidade“, mostrando o caráter performativo do gênero. Nele, Butler questionou a ideia de que sexo está exclusivamente ligado à biologia e de que gênero relacionado à cultura, como o debate era apresentado até aquele momento por boa parte das pesquisadoras e pesquisadores da área. Ela questionou a ideia de que o gênero fosse uma espécie de “interpretação cultural do sexo”.

Para Judith Butler, a ideia de performatividade de gênero compreende a noção de que sexo e gênero são discursivamente criados e que, ao se desnaturalizar o sexo, deve-se também desnaturalizar o gênero. Portanto, não se trata de negar a existência de sexo ou de gênero, mas de historicizar tais diferenças, procurando analisar as estratégias discursivas que as consolidaram. Nesse ponto, a meu ver, encontra-se uma das contribuições mais significativas da obra de Judith Butler: dar visibilidade ao fato de que existem corpos que “importam” – corpos enquadrados no sistema heteronormativo – e corpos que “não importam” – o que a autora chama de corpos abjetos. Esses, dentro da lógica binária, podem ser vistos como “corpos desviantes”, culturalmente inintelegíveis e que ameaçam as estruturas de poder. Pessoas gays, lésbicas, transexuais e intersexuais acabam por demarcar fronteiras que não deveriam ser cruzadas dentro do sistema heteronormativo e, dentro desse sistema excludente, seus corpos não são aceitos, ou melhor, a existência dessas pessoas não é aceita. Tal exclusão acabou por colocar em risco a vida dessas pessoas, gerando intolerância, mortes e inúmeras outras violências.

Assim, Butler propôs a reflexão sobre as armadilhas na naturalização do gênero. De lá para cá, se passaram 30 anos. E todo esse período foi de muita luta para a consolidação de um campo de investigação acadêmica.2

A expressão “ideologia de gênero”, que tanto tem sido empregada nos dias de hoje para criticar os Estudos de Gênero, não é uma categoria acadêmica ou um objeto de pesquisa. Como vimos, os pesquisadores e pesquisadoras que se dedicam o entendem justamente no contrário: que gênero não é uma ideologia. Para eles, a expressão “ideologia de gênero” é estranha, uma anomalia. Quem fala (e muito) em “ideologia de gênero” são os movimentos conservadores – muitas vezes com explicações falsas e sem fundamento.

Estudos de gênero hoje

Os Estudos de Gênero nunca tiveram como objetivo modificar a sexualidade de ninguém – até porque os pesquisadores e pesquisadoras da área não acreditam que a orientação sexual ou a identidade de gênero das pessoas sejam modificáveis como querem fazer crer seus detratores. Nunca defenderam pedofilia ou incentivaram a erotização infantil. Nunca foram “ideologia”.

Estudar Gênero significa estabelecer um recorte sobre aspectos da realidade social existente – no presente e/ou no passado – que têm como peça fundamental a organização de papeis sociais baseada numa imagem socialmente construída acerca do que foi consolidado como sendo masculino ou feminino por exemplo. Portanto, procura compreender como a ideia de uma masculinidade hegemônica influencia nas relações e restringe as opções sociais de mulheres, de crianças e dos próprios homens, e propor estratégias de libertação. Aqui, nos Estudos de Gênero, estão as pesquisas sobre violência doméstica, violência sexual, feminicídio, desigualdade econômica e outras assimetrias relacionadas às desigualdades de gênero.

Aliás, os Estudos de Gênero possuem como uma de suas principais características a interdisciplinaridade, o que amplia seus temas de pesquisa. Diferentes áreas, não só das Ciências Humanas, mas também as Ciências Sociais Aplicadas, as Ciências da Saúde e as Ciências Exatas vêm se dedicando às pesquisas em Gênero.

Trata-se, ainda, de respeitar as diferenças sexuais e enxergar sujeitos históricos que têm sido apagados das narrativas históricas: gays, lésbicas, trans, intersexuais e bissexuais. Significa compreender que o “mundo privado” também é político e que, portanto, o direito à cidadania deve efetivamente ser de todas, todos e todes.

Pesquisas sobre sexualidades existem dentro dos Estudos de Gênero, porém – e parece ser necessário repetir – não se trata de conspirar para mudar a orientação sexual de ninguém. As pesquisas sobre sexualidade variam em quantidade proporcional e, na maioria das vezes, procuram analisar trajetórias, sociabilidades ou mesmo subjetividades dos indivíduos relacionando tais conceitos à sexualidade – sejam os indivíduos heterossexuais ou não.

Também são temas dentro dos Estudos de Gênero: a maternidade, os sentimentos, a religiosidade, a assistência, a participação política, os racismos, as interseccionalidades e o próprio movimento feminista, isso só para citar algumas poucas áreas.

Não existe ideologia de gênero! E se os Estudos de Gênero puderem impactar de forma transformadora em nossa sociedade, será na construção de um mundo mais justo e igualitário. Um mundo em que meninas não sejam mortas por namorados. Um mundo sem violência doméstica, sem exploração sexual. Um mundo em que ninguém tenha medo da igualdade de direitos e deveres.

Notas

1 É importante destacar, assim como fez Joana Maria Pedro (2011), que não existe, pelo menos no Brasil uma total linearidade entre as categorias mulher, mulheres, gênero. Tais palavras/conceitos/categorias, transitam em títulos de artigos e projetos variados, sem um rigor cronológico.

2 Os Estudos de Gênero hoje figuram como uma das áreas mais consolidadas nas universidades internacionais e brasileiras. No Brasil contam com revistas especializadas de alto impacto como a REF (Revista de Estudos Feministas) vinculada à UFSC e os Cadernos Pagu, da UNICAMP, dentre inúmeras outras especializadas no tema. Além disso, a área já possui um curso de bacharelado específico (Bacharelado em Gênero e Diversidade, na UFBA), disciplinas de graduação e pós-graduação em várias áreas, além de inúmeros projetos de pesquisa e extensão.

Referências Bibliográficas

ALVES, B. PITANGUY, J. O que é feminismo. 8aed. São Paulo: Brasiliense, 2003

BUTLER, Judith. Problemas de Gênero: Feminismo e Subversão da Identidade. 8aed. São Paulo: Civilização Brasileira, 2015.

SCOTT, Joan. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Revista Educação e Realidade. v.lS, n.2, jul./dez. 1990.

PEDRO, Joana Maria. Traduzindo o Debate: o uso da categoria gênero na pesquisa histórica. HISTÓRIA, São Paulo, v.24, N.1, P.77-98, 2005.

________. Relações de Gênero como categoria transversal na historiografia contemporânea. Topoi, v. 12, n. 22, jan.-jun. 2011, p. 270-283.




terça-feira, 5 de dezembro de 2017

SOGRO SE APAIXONA PELO GENRO

Homem troca a mulher pelo sogro no estado Espírito Santo cidade de vila velha

Oswaldo Nunes Bissoli, 37 anos, comerciante e persona non grata na Família Oliveira Lafaiette. O estopim para o ódio se deu a partir da revelação que genro e sogro mantinham relações íntimas em segredo e desejam tornar público o amor que compartilhavam.


Antonio Novaes Lafaiette, 60 anos, bancário e pai de três filhas surpreendeu amigos e familiares ao abandonar o lar onde viveu por 32 anos para viver com Oswaldo este amor ‘proibido’. Natália Oliveira Lafaiette, 59 anos, aposentada e abandonada está à base de ansiolíticos desde que soube do fato.

As famílias que moram no município de Vila Velha no Espírito Santo nunca suspeitaram que a amizade entre genro e sogro transcendesse os limites fraternais. Ambos durante anos cultuavam o hábito de pescar e por isso viajavam pelos recantos mais belos do Brasil em busca de rios em que pudessem colocar suas varas.

A impactante descoberta se deu quando Oswaldo pediu para seu cunhado A.O.L. 17 anos formatasse seu computador. Curioso o jovem decidiu “conhecer melhor” o computador antes de realizar o serviço. Neste momento ele se depara com uma pasta repleta de fotos íntimas do sigiloso casal.

Karina Oliveira Lafaiette 35 anos, professora e esposa traída, num momento de fúria decidiu enviar as fotos íntimas deles para amigos e familiares do casal e hoje responde a um processo por violação de privacidade. Quem viu as fotos diz que o comerciante possuía uma ‘pequena empresa’ enquanto o seu sogro era detentor de um ‘grande negócio’.

Fonte: Rondônia Infoco

quinta-feira, 30 de novembro de 2017

COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIAS DA CÂMARA FEDERAL PEDE APURAÇÃO DE ASSASSINATO DE ATIVISTA NEGRO LGBT


Presidente da CDHM solicita que governo baiano apure e informe providências quanto ao homicídio de Felipe Doss.



O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados (CDHM), deputado Paulão (PT-AL), solicitou ao governador da Bahia, Rui Costa, e ao secretário de Segurança Pública do estado, Maurício Teles Barbosa, que informe com urgência as providências tomadas quanto ao assassinato do jovem Felipe Doss, militante do movimento negro, da luta LGBT e estudante.
foto: PT.ORG.BR
Segundo denúncias recebidas pelo colegiado parlamentar, Doss teria sido executado na noite da quinta-feira (09.11) com um tiro na cabeça, próximo a sua casa, em Salvador, capital da Bahia. Ativistas de Direitos Humanos da Bahia informam que na véspera de seu assassinato, Doss participou da reunião do Grupo Facilitador do Fórum Social Mundial, defendendo o lema “Vidas Negras Importam”.

“É relevante pensar que Felipe, cuja parte da vida foi dedicada à defesa de que Vidas Negras Importam, passa a integrar, qualquer que tenha sido o motivo de sua morte, o rol dos jovens negros assassinados num país em que a juventude negra é exterminada cotidianamente”, afirma o deputado Paulão nos expedientes enviados às autoridades do governo da Bahia.

fonte: 

Comissão de Direitos Humanos e Minorias - CDHM

terça-feira, 21 de novembro de 2017

GRAND PRIX DE VOLEI LGBT MUNDIAL NO BRASIL EM MANAUS

Espanha vence Sérvia de virada e conquista 5º Grand Prix de Vôlei LGBT, em Manaus
Depois de dois anos como vice, equipe espanhola leva a melhor na competição, diante de público de 800 pessoas. Terceiro lugar ficou com a Nigéria, que venceu a África do Sul.Um dos mais apaixonantes esportes do país, o Vôlei, foi protagonista do Ginásio Poliesportivo do Amazonas (antiga Arena Amadeu Teixeira) ao celebrar a diversidade e dar um bloqueio na LGBTfobia, ao receber na noite deste sábado, dia 30, a final do 5º Grand Prix de Vôlei LGBT. Pela competição, que reuniu um público de mais de 800 pessoas, quem levou a melhor e levantou a taça foi a Espanha, ao vencer a Sérvia por 3 sets a 1, com parciais de 25/21, 25/23, 25/19 e 25/23."Desde 2011, realizamos a competição e esse ano foram 18 equipes participando. Foi um evento maravilhoso e estamos felizes. A edição cresce a cada ano, e em 2017 conseguimos fazer a final aqui no Ginásio Poliesportivo e com o público de quase mil pessoas. Estamos muito felizes com o resultado, afinal de contas este evento não só dissemina o esporte, como também é uma bandeira da classe, que luta diariamente por mais espaço, conquistas e respeito", declarou o organizador da competição, Daniel Coelho, ao ressaltar o apoio dos famili"Das quartas de final pra cá sentimos a participação dos familiares. A família se manifesta no apoio à causa. Foi marcante. Estamos dando um grande salto no que compete à luta pela diversidade", completou.

'Furiosas' quebram Tabu

Depois de duas medalhas de prata, a Espanha começou o jogo parecendo que iria repetir a conquista de anos anteriores. A estreante Sérvia, que pela primeira vez chegava à final, não se intimidou e abusou do bloqueio, bem como da velocidade para fechar o primeiro set em 25 a 21. A derrota no set despertou as "furiosas". Mais ligadas no jogo, as equipes fizeram um duelo intenso. No final, predominou a experiência espanhola que soube controlar o nervosismo para vencer os três sets restantes.ares.
"Nosso conjunto foi predominante. Momento nenhum perdemos nossa cabeça e nosso conjunto foi o grande campeão. Tivemos algumas derrotas no campeonato e a cada derrota falávamos para nós mesmo que precisávamos melhorar. E agora conseguimos alcançar este título maravilhoso", comentou o oposto Adriano Patrick, escolhido como o melhor atacante do campeonato.
Ex-jogador da fúria, um dos treinadores responsáveis pelo título espanhol, Emerson Oliveira, se emocionou com a primeira conquista da equipe.

"Faço parte da equipe desde 2012, fui duas vezes medalha de prata e por questões pessoais não tive como participar esse ano. Então, recebi o convite do dono do time para ajudar como treinador. E graças a Deus, a Espanha se torna campeã. Nosso time evoluiu cada vez mais e trabalhamos para ser campeões", comentou Oliveira.

Reconhecimento

Pelo lado da Sérvia, a segunda colocação não frustrou o grupo na conquista da prata.
"Eu sempre prezo pela boa campanha. Ganhar todo mundo quer, o título é importante, mas também, temos que valorizar o adversário. Um grande adversário, excelente adversário. O título ficou em boas mãos, e o nosso grupo está satisfeito", contou o atleta, Ronaldo Pedrosa.

Nigéria é bronze

Na decisão do terceiro lugar, a Nigéria não encontrou qualquer dificuldade para vencer a África do Sul, no encontro das equipes do Continente Africano. Sempre a frente do placar, o time nigeriano venceu por 3 sets a 1, parciais 25/20, 25/21 e 25/15, e ficou com o terceiro lugar.
A competição recebeu, durante toda a temporada, apoio da Secretaria de Estado de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel).
Destaques da competição:

Melhor técnico - João da Espanha
Melhor jogador - Cindy da Sérvia
Melhor saque - Lelê da França
Melhor recepção - Breno da Nigéria
Melhor levantamento - Danizinha da Espanha
Melhor ataque - Patrick da Espanha
Melhor bloqueio - Kaio da Sérvia
Melhor defesa - Eli da Rep. Dominicana
A mais louca - Abelha do Catar
FONTE: SITE/LGBT- GAY 1/ESPORTE 

ESTADO LAICO DA MAIS DIREITOS A LGBTI

Ativistas dizem que Estado laico é fundamental para avanço dos direitos LGBT

Ativistas e parlamentares reafirmaram nesta sexta-feira (7) a necessidade de um Estado laico para o avanço da luta pelos direitos LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros). Eles participaram de sessão solene no Plenário da Câmara dos Deputados em homenagem ao Dia do Orgulho LGBT, celebrado em 28 de junho.
Para a deputada Erika Kokay (PT-DF), é preciso enxergar a variedade de orientações sexuais e identidades de gênero antes da formulação de políticas públicas. Segundo ela, um dos pontos mais sensíveis da agenda LGBT é justamente a necessidade de separar a religião da luta pelos direitos civis.
"A lógica fundamentalista de achar que a sua forma de amar é a única, que a sua igreja é a única e que a sua forma de pensar é a única impede o avanço da própria humanidade”, sustentou.
Erika Kokay acrescentou que a intolerância em relação aos direitos dessa minoria coloca o Brasil em primeiro lugar no ranking de países que mais matam gays e lésbicas.
A parlamentar também criticou a recente decisão da Câmara Legislativa do Distrito Federal de derrubar o decreto que regulamenta a lei anti-homofobia. A lei que propõe uma série de direitos a essa minoria já tinha sido regulamentada pelo governador Rodrigo Rollemberg, mas a bancada evangélica distrital se articulou para revogar o texto. “O Estado vai passar a não encarar como natural as manifestações LGBT”, alertou Kokay.
Na mesma linha de discurso, o deputado Vicentinho (PT-SP) disse que não é “papel da religião rebaixar o ser humano, porque seu papel é o de nos qualificar”. “Nenhum de nós deve ser julgado ou pela cor da pele, ou pela orientação sexual, ou pelo nosso jeito de vestir e pensar”, reforçou.
Misoginia
Transexual, a coordenadora dos Direitos LGBT da Secretaria de Estado dos Direitos Humanos (SEDH) do Ministério dos Direitos Humanos, Marina Reidel, também se preocupa com “tempos sombrios” de recrudescimento da violência com base em gênero. Ela reiterou que as manifestações de misoginia enfraquecem a autoestima dessa população e devem ser combatidas com mais rigor pelas leis antipreconceito.

“Nós sofremos no dia a dia porque parece que nós transpiramos sexualidade 24 horas, mas não. Nós também somos pessoas que temos sentimentos, nós também buscamos o amor, a paz, o direito e a cidadania”, defendeu.
Militância
A representante da Organização das Nações Unidas (ONU) na sessão solene, Rubi Martins dos Santos Correia, defendeu a capacitação de jovens transexuais para a militância por seus direitos e deveres. Ela participa da campanha Livres e Iguais, que identifica as demandas de gays e lésbicas para ter acesso aos seus direitos em diversos países.

"Está chegando uma geração com garra, que vai bater de frente, que vai apertar a tecla mil vezes até chegarmos em um patamar onde a gente seja respeitada, como a gente nasceu, no corpo que a gente tem, pelo nosso nome", frisou.
Reportagem – Emanuelle Brasil
Edição – Pierre Triboli

PESQUISA CLASSIFICA A SITUAÇÃO DE INSEGURANÇA PARA A CLASSE LGBT NA AMERICA LATINA

Estudantes LGBTI se sentem inseguros nas escolas, aponta pesquisa

A maioria dos estudantes latino-americanos que se identificam como gays, lésbicas ou transexuais se sentem inseguros nas escolas. Esse é o resumo de uma pesquisa realizada em sete países da América Latina entre dezembro de 2015 e março de 2016. Os resultados foram apresentados nesta quarta-feira (18), em audiência pública conjunta das comissões de Relações Exteriores; e de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados.
A pesquisa foi feita com estudantes do ensino básico, com idade acima de 13 anos e que se identificavam como LGBT. No Brasil, 1.016 adolescentes responderam ao questionário, feito pela internet, de forma anônima. E o cenário é o seguinte: 73% desses estudantes sofrem bullying homofóbico; 60% se sentem inseguros nas escolas; e 37% já sofreram violência física.
Exemplo uruguaio

Nos sete países estudados (Brasil, Argentina, Chile, Uruguai, Peru, Colômbia e México), os dados são muito parecidos, com exceção do Uruguai, onde todas as taxas são menores do que 50%.

Segundo o diretor executivo da Associação Brasileira de Gays, Lésbicas e Transgêneros, Toni Reis, isso se deve a políticas públicas adotadas pelo Uruguai em respeito à diversidade.
"Primeiro país onde tem educação sexual para o respeito, tem leis protetivas. É o Estado que aprovou casamento entre pessoas do mesmo sexo, aprovou a questão do aborto, inclusive a liberação da maconha, ou seja, é um país onde a cultura é muito mais aberta às pessoas diferentes, e o fundamentalismo religioso não é tão preponderante", disse Reis.
Outro dado trazido pelos participantes da audiência foi a omissão de professores e pais na proteção dos estudantes que sofrem bullying homofóbico nas escolas. Na Colômbia, por exemplo, a pesquisa identificou que 60% dos professores não fazem nada para impedir ou acabar com a discriminação.
Segundo a pesquisa, a violência no ambiente escolar expulsa os estudantes da escola e os empurra para a depressão, a automutilação e o suicídio.
Ministério da Educação

O diretor de Políticas de Educação em Direitos Humanos e Cidadania do Ministério da Educação, Daniel Ximenes, apresentou as iniciativas do órgão para promover a diversidade nas escolas. Entre elas, o Pacto Universitário em Direitos Humanos, que já conta com a adesão de 320 faculdades e universidades (como USP, Unicamp e UnB), e o apoio ao Conselho Nacional de Educação para elaborar a norma sobre uso do nome social na educação básica.

Já a deputada Erika Kokay (PT-DF) lembrou que o Ministério da Educação precisa tomar uma posição sobre a exclusão dos termos “orientação sexual” e “identidade de gênero” da Base Nacional Comum Curricular, ainda em discussão. "Retirar isso significa desconhecer que há pessoas que sofrem uma morte simbólica que, em grande medida, precede uma morte literal em função da sua condição de fazer parte de uma população LGBT. Então é muito importante que nós atestemos a violência, que tenhamos esses dados publicizados para que possamos construir políticas públicas na perspectiva de romper esse nível de violência", disse a deputada.
Reportagem – Verônica Lima

Edição – Pierre Triboli
AGENCIA CÂMARA NOTICIAS 

CÂMARA MUNICIPAL DO RECIFE APROVA FRENTE PARLAMENTAR LGBT

Frente Parlamentar LGBT é aprovada na Câmara do Recife

Com torcida nas galerias, a pauta foi aprovada com ampla participação dos vereadores.

Após ser adiada por três vezes, por falta de quórum em votação, a Frente Parlamentar de Cidadania LGBT foi aprovada na Câmara Municipal do Recife nesta segunda-feira (23). O projeto foi aprovado com 19 votos "Sim", seis "Não" e duas abstenções.
Em justificativa ao voto, o vereador Jayme Asfora (PMDB) alfinetou a colega Michele Collins (PP), autora de um requerimento que pede ao ministro da Educação que retire a expressão ideologia de gênero na base curricular." Quero me incorporar (à Frente) com entusiasmo para lutar contra projetos que proíbam discussão de gênero e de livre orientação sexual."


"A gente precisa de uma Frente LGBT para que a cidade não viva esse clima de ódio ao diferente e a intolerância que muitos tentam pregar colocando suas convicções pessoais. Temos muito trabalho a fazer", afirmou Marília Arraes (PT), autora do projeto

FONTE: Jornal do Comercio /Vinícius Sales

domingo, 19 de novembro de 2017

PARADA GAY DO RIO SERA CONTRA O FUNDAMENTALISMO RELIGIOSO.

22ª Parada LGBT do Rio será contra o fundamentalismo religioso.
Com presença de artistas como Daniela Mercury, a Parada LGBT do Rio busca celebrar a diversidade enquanto combate a opressão

A 22ª Parada do Orgulho LGBTI (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais, Transgêneros e Intersexuais) do Rio de Janeiro será realizada no dia 19 de novembro em Copacabana com o tema: “Resistindo à LGBTIfobia, fundamentalismo, todas as formas de opressão e em defesa do Rio”. A parada LGBT terá a presença de muitos artistas, como a cantora Daniela Mercury, que abriu mão de seu cachê para participar deste movimento colorido.
Mas a cantora baiana não é a única atração que aceitou abrir mão do cachê para participar do evento. A  Parada LGBT terá seis trios com shows de Lorena Simpson, Sara e Nina, Yann, Cariúcha, DJ Paulo Pringles, Bloco Exagerados, Candybloco e várias outras atrações, como a bateria da Estação Primeira de Mangueira. O Hino da Parada, "Bom é Beijar", criado para o evento em 1998, será entoado pela cantora Leila Maria. Mais uma vez, a Divina Diva Jane Di Castro abrirá a Parada cantando o Hino Nacional.

Resistência

De acordo com Marcelle Esteves, vice-presidente do Grupo Arco-Íris, o grande desafio deste ano é colocar na rua o que é o tema da Parada: a resistência. “Em um momento em que direitos são retirados, em que o fundamentalismo e conservadorismo avançam, colocar o terceiro maior evento da cidade na rua com esse mote e, ao mesmo tempo, envolver artistas, a comunidade e vários movimentos sociais tem nos feito perceber o quão importante é ter todas as pessoas unidas em um único propósito”, afirma.
Realizada um dia antes do Dia da Consciência Negra, a Parada da Resistência reforçará a luta em defesa da resistência da cultura e do povo negro. “É essa resistência em tempos de fundamentalismo religioso e a aceitação de diversidade sexual e de gênero, comportamental e estética que serão o mote de todos que levantarão a bandeira da diversidade LGBTI e da luta contra quem rejeita os seres humanos apenas por eles fugirem dos estereótipos impostos pela sociedade”, explica Almir França, presidente do Grupo Arco-Íris.
“Somos gays, lésbicas, bi, drags, kings, ursos, trans, gordos, idosos, pessoas femininas, masculinas, brancas, negras, surdas e com deficiências intelectuais, físicas e de visão. A Parada 2017 traz mais essa reflexão: todos somos diferentes e iguais ao mesmo tempo”, finaliza Amir.

História

Organizada há 22 anos pela ONG Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT, a Parada do Orgulho LGBT Rio leva para as ruas pessoas que lutam por direitos iguais. “Ela é considerada o terceiro maior evento da cidade e leva centenas de milhares de pessoas para a mais famosa praia do mundo. A Parada é sinônimo de vanguarda. Foi a primeira do Brasil e desde então cumpre papel importante na luta pela igualdade de direitos para a população LGBTI no país”, diz Claudio Nascimento, fundador da Parada LGBT do Rio.

SITE: IGAY

PARTIDO POLITICO PSOL ELEGE UM GAY PARA PRESIDÊNCIA REGIONAL DO PARTIDO


PSol elege primeiro gay a ocupar presidência de partido no DF
O PSol deu posse em (22/10), ao primeiro gay a ocupar a presidência de um partido político no Distrito Federal (DF). Escolhido a partir de oito plenárias antecipatórias, Fábio Félix será oficializado como presidente local da legenda na convenção da legenda neste domingo, em solenidade agendada para o auditório da Câmara Legislativa do DF (CLDF).

É uma abertura a da direção da sigla para um grupo historicamente excluído dos espaços partidários. Demonstra que o PSol tem um compromisso com os segmentos sociais 
mais marginalizados”, resume o presidente eleito. Félix afirmou que fará uma gestão “transgressiva, que foge da lógica tradicional da condução de um partido”.
Seu nome foi escolhido pela maioria das mais de 900 pessoas que estiveram presentes nas regionais da legenda realizadas ao longo dos meses de agosto e setembro em Ceilândia, São Sebastião, Planaltina, Santa Maria e Plano Piloto. “Nosso centro é fortalecer a democracia interna do PSol, que não é um partido de caciques”, afirma Félix.
Na convenção deste domingo, será discutido ainda o programa para as eleições de 2018, com consulta sobre uma candidatura própria ao Governo do Distrito Federal (GDF). Entre os nomes cotados, o da auditora da Controladoria-Geral da União (CGU) Anjuli Tostes e do presidente do Sindicato dos Servidores de Assistência Social (Sindsasc), Clayton Avelar. As etapas locais são preparatórias para o Congresso Nacional do PSol, marcado para 1, 2 e 3 de dezembro, em Luziânia (GO), entorno do Distrito Federal.


fonte: athosgls.com.br/Liana Costa

APROVADO VERBA FEDERAL DA CULTURA PARA PARADA GAY

Ministério da Cultura aprova liberação de verba para parada gay

O valor aprovado é de R$ 1,3 milhão e o prazo para captação é até 31 de dezembro de 2017. Verba vai para outros eventos ligados ao Mês da Diversidade
Evento faz parte do Mês da Diversidade no Rio de Janeiro
 foto: arco iris.com.br
 O Ministério da Cultura publicou no Diário Oficial da União (DOU) da última sexta-feira (20) a aprovação de projeto de captação da produtora Four X Entertainment para angariar recursos para as paradas LGBT cariocas e eventos ligados ao Mês da Diversidade, decretado pela Prefeitura do Rio de Janeiro. O valor aprovado é de R$ 1.372.625 e o prazo para captação via Lei Rouanet é até 31 de dezembro de 2017.


Segundo informou hoje (23) a Coordenadoria Especial de Diversidade Sexual da Prefeitura do Rio, o patrocínio foi obtido após negociação com empresas como a Ambev e a Uber. O órgão buscou mais de 20 empresas ao longo ano para viabilizar a parceria. O coordenador Nélio Georgini foi a Brasília em agosto para tratar do assunto com o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão.

A diretora da Four X Entertainment, Libia Miranda, disse que, depois da publicação no Diário Oficial, o próximo passo é a confirmação dos repasses por parte das empresas, o que precisa ocorrer dentro de uma semana, a tempo de ser aprovado pela Comissão Nacional de Incentivo à Cultura (Cnic).

Parte dos recursos deve ser destinada à Parada LGBT de Copacabana, em 19 de novembro, e também para a de Madureira, em 26 de novembro. Ambas já tiveram que ser adiadas por causa da falta de verba. Também está em estudo o apoio financeiro à Parada LGBT da Rocinha.

Outra atração que deve receber recursos, de acordo com publicação no DOU, na da última sexta-feira (20), é o evento de música Diversifest, que será realizado no Sambódromo, em data ainda não definida. O festival chegou a ser marcado para 1º de outubro, mas foi adiado.

RUSSIA PAIS DO TERROR CONTRA GAYS

Ativistas alegam que cantor russo foi torturado e morto.Em campo de concentração anti-gay na Chechénia.
 foto fonte: blog/atribuna
O cantor russo Zelimkhan Bakaev terá sido preso, torturado e morto em setembro num campo de concentração na República da Chechénia — um território que pertence à Federação Russa e que é conhecido por perseguir homossexuais. O caso está a correr os media um pouco por todo o mundo, mas a denúncia foi feita por ativistas e organizações de defesa da comunidade LGBT — Lésbicas Gays Bisexuais e Transexuais. Bakaev, de 26 anos, foi visto pela última vez a 8 de agosto, em Grozny (a capital da Chechénia), quando se dirigia para aquela região russa como convidado do casamento da sua irmã. Segundo ativistas LGBT russos, o cantor pode ter sido levado para um dos campos de concentração que, alegadamente, estarão a funcionar em segredo naquele país.
A família não conseguiu obter respostas das autoridades, mas um mês depois do desaparecimento, os midias russos alegam que Bakaev está na Alemanha. Isto porque este aparecerá supostamente em vários vídeos onde assume gostar muito de estar na Alemanha. O vídeo foi, no entanto, apontado como falso porque o quarto onde foi gravado tinha vários símbolos típicos russos, tal como também aparecia uma bebida energética que não é vendida na Alemanha, como refere a rádio Free Europe. As autoridades da Chechénia negam, ainda assim, ter qualquer conhecimento do paradeiro de Bakaev e insistem na teoria de que o cantor simplesmente abandonou o país. Segundo o El Español, Bakaev pode ter sido uma das mais de 100 vítimas da repressão anti-homossexual na Chechénia, acusam alguns ativistas internacionais dos direitos humanos. Zelimkhan Bakaev era conhecido por ser um cantor russo ainda em ascensão. O jovem de 26 anos já tinha lançado, inclusivamente, alguns singles no mercado discográfico russo. Antes disso, o jovem cantor tornou-se conhecido por ter participado num concurso de talentos russo.
fonte: site/observador.


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"TOM OF FINLAND" FILME GAY PROIBIDO EM VÁRIOS PAÍSES CONCORRE AO OSCAR




Filme gay proibido em mais de 50 países vai concorrer ao Oscar

Talvez o principal artista a representar a homossexualidade masculina no século 20, Tom of Finland inventou um traço que traduz com perfeição o desejo sexual de um homem por outro. E, agora, sua vida virou filme e vai representar a Finlândia na corrida do Oscar.

O filme “Tom of Finland” (2017), de Dome Karukoski, quase não consegue sair do papel. Como ninguém queria pagar para produzi-lo, seus produtores acabaram abrindo um crowdfunding para conseguir o dinheiro necessário, acreditando no poder da comunidade gay mundial. O resultado é um longa incrivelmente benfeito, com uma história inspiradora e muito excitante.
O longa parte da participação de Tom, à época Touko Valio Laaksoneen, no exército finlandês durante a Segunda Guerra Mundial. A barra começa a pesar após o fim do conflito, pois era crime ser gay na Finlândia. No entanto, nada que uma praça pouco iluminada e um olhar atento – para ver quando a polícia estivesse se aproximando – não resolvesse.

Tom of Finland - (Trailer legendado em português PT)

A construção de uma rede de amizades para uns protegerem os outros, a complacência de algumas esposas, a violência física e psicológica sofrida até a descoberta do amor são elementos presentes no filme. Curioso que ele ainda teve de enfrentar uma grande insegurança até descobrir se o seu trabalho poderia ser considerado arte ou não, apesar de ser rentável.

Outro ponto de destaque sobre Tom – e que pouca gente sabe – é a sua crise com o surgimento da Aids. Ele já era um artista famoso e bem-sucedido nos EUA, mas se sentiu responsável pelas contaminações, porque seus desenhos despertavam o desejo sexual das pessoas, o que teria feito o vírus se espalhar, segundo sua cabeça.

O artista não só acaba por entender que não tem culpa, como ainda tem participação ativa nas organizações responsáveis por arrecadar dinheiro e dar suporte aos contaminados.

Por conta do tema, “Tom of Finland” já foi proibido em 50 países, o que não impediu de ser reconhecido em seu próprio espaço como a obra a representá-los no Oscar do próximo ano. É admirável o resultado conseguido pelo diretor e mais lindo descobrir que os desenhos de Tom vão além de volumes nas calças e jaquetas de couro.

FONTE: athosgls/blog/Ítalo Damasceno

STF DERRUBA NORMAS DO GOVERNO CONTRA CLASSE LGBT

Ministro relator do caso, Edson Fachin deu voto derrubando normas do Ministério da Saúde


Os hemocentros no Brasil sofrem com a falta de doadores. Pacientes nos hospitais e vítimas de acidentes que precisam de transfusão de sangue enfrentam o risco de estoques muitas vezes desabastecidos. Estimular a solidariedade de um ato que não custa a quem doa é feito todos os anos pelo Ministério da Saúde. As regras para doação de sangue no Brasil, no entanto, esbarram em limitações – que passam agora a ser questionadas na Justiça. Nesta quarta-feira, o Supremo Tribunal Federal retoma a votação de uma ação direta de inconstitucionalidade, a Adin 5543, que pede o fim da proibição de doação por homossexuais.
Por uma determinação da Agência de Vigilância Sanitária, a Anvisa, e do Ministério da Saúde, homens homossexuais só podem doar sangue se ficarem 12 meses sem relações sexuais com outros homens. A primeira restrição do gênero no Brasil surgiu em 93 quando a transmissão do vírus da aids era equivocadamente associada aos homossexuais.
Pelas normas federais, cidadãos gays com vida sexual ativa integram um grupo de risco na transmissão do vírus HIV e de doenças sexualmente transmissíveis, como as hepatites B e C. Diante disso, o Partido Socialista Brasileiro entrou com a ação questionando a constitucionalidade dessa restrição. O entendimento é que há uma discriminação no tratamento dos doadores diante de sua orientação sexual.
Advogado da causa, Rafael de Alencar Carneiro acredita que o ranço discriminatório é um dos obstáculos que permeiam a igualdade de direitos, inclusive quando se trata de um ato altruísta, como o de ajudar um desconhecido.
“O que motiva essa ação é combater um tratamento claramente discriminatório, preconceituoso, em relação aos homossexuais. Cabe ao poder público evitar estigmatizações, discriminações. E, no caso, é o próprio poder público quem provoca este tipo de tratamento”
O ministro Edson Fachin foi o único dos 11 integrantes da corte a votar. Ele é favorável à ação e à igualdade de direitos para doares, independente de gênero e orientação sexual. Para o ministro, “orientação sexual não contamina ninguém. O preconceito, sim”
O estabelecimento de grupos, e não de condutas de riscos, incorrem, em meu ver, em discriminação, pois lança mão de uma interpretação consequencialista desmedida apenas em razão da orientação sexual
A retomada do julgamento no Supremo Tribunal Federal sobre as normas que restringem a doação de sangue por homens homossexuais está marcada para esta quarta-feira, a partir das 2 horas da tarde.


fonte: athosgls/blog

terça-feira, 14 de novembro de 2017

A NOVA ONDA A BROMOSSEXUALIDADE

BROMOSSEXUAL: POR QUE ESSE E MAIS TERMOS SÃO PROBLEMÁTICOS?



O mundo está ficando cada vez mais rotulado. E isso é um problema. Por quê? Porque começam a surgir rótulos desnecessários para definir coisas que já têm nome (ou que não precisam ter nome). Um exemplo disso é o novo termo que, de acordo com o The New York Times, “está na moda”: o bromossexual.

Não, ser bromossexual não é quem sente atração pelo elemento Bromo da tabela periódica. Na verdade, o “bromossexual” não tem nada a ver com atração. A definição seria apenas: um homem hétero que tem amigo gay. Em termos mais úteis: é uma amizade. Nada mais do que isso.

E é extremamente problemático e desrespeitoso criar termos como bromossexual porque é esse tipo de coisa que deslegitimiza a luta LGBT. Sabe aquela história de que “não é bagunça”? Pois é, tá começando a virar uma bela de uma bagunça.

O sufixo “sexual” se refere ao sexo e à atração sexual. A “bromossexualidade” não pode ser colocada como uma sexualidade porque NÃO É! As sexualidades em questão são: hétero e gay. E como elas se relacionam nesse caso? Amizade. E amizade não tem a ver com sexualidade e nem com atração sexual.

Um gay pode ser amigo de gays, lésbicas, bissexuais e héteros. Um hétero também pode. Nada disso influencia na sexualidade da pessoa. Apenas enfraquece a luta real dos LGBT que além de terem que sofrer todos os dias com preconceitos, têm também que engolir gente achando que precisa rotular a amizade. É mais e mais segregação. Imagina só:

“Ah, não posso ser seu amigo porque sou hétero e não sou bromossexual”. Vai começar a ser uma frase comum e aceitável, sendo que, na verdade, essa pessoa seria só: preconceituosa. As pessoas que não querem fazer amizade com alguém por causa apenas de sua sexualidade terão uma nova desculpa para isso.

Não vamos aceitar bromossexual e não vamos aceitar outros termos absurdos que segregam e deslegitimizam os LGBT, tais quais:

Metrossexual: Homem hétero que gosta de cuidar da aparência. Ué, por que um comportamento tem que ser colocado como “sexual”? Arrumar o cabelo, tomar banho e passar perfume não têm nada de sexual não, gente. Se arrumar não é exclusivo de mulheres e homens gays/bissexuais. Homem hétero pode se arrumar que vai continuar sendo hétero.

Sapiossexual: Pessoa que se sente atraída por quem é inteligente. Bom, vamos lá: essa pessoa se sente atraída só por quem é inteligente e do sexo oposto? Ela é heterossexual. Ela se sente atraída por gente inteligente do mesmo sexo? Ela é homossexual. Ela se sente atraída por ambos os sexos? É bissexual. A sexualidade tem a ver com o sexo e não com a cabeça. Ah, e outra coisa: o que caracterizaria uma “pessoa inteligente”? Porque existem vários tipos de inteligência.

Highsexual: É o “hétero” que fuma maconha e “vira gay”. Bom… A maconha não tem o poder de mudar a sua sexualidade e nem de fazer você sentir atração sexual por pessoas do mesmo sexo. Tudo o que ela faz é te relaxar. Ou seja, o “highssexual” usa a desculpa de que estava “fora de si” para poder assumir a atração que já sentia previamente por outras pessoas. Ele faz isso por medo? Por que não consegue se assumir quando está sóbrio? Não sei, cada um tem suas razões, mas afirmar que uma pessoa pode “virar gay” por causa de fatores externos só reforça o preconceito e o argumento das pessoas contra os LGBT de que gay não é natural. Por isso, parem.

G0y: Esse aqui é genial. “G0y” (assim mesmo, com o número zero substituindo a letra o) é um “homem hétero que se relaciona com outros homens, mas não faz sexo anal”. Bom, se é hétero é porque sente atração por mulheres e se se relaciona com outros homens é porque sente atração por homens também. Quem sente atração por homens e mulheres não é hétero. Espero que isso esteja bem claro. Ah, e outra coisa: ser gay ou homem bi não significa que você faz sexo anal. A sexualidade não tem nada a ver com o modo que você se relaciona intimamente com uma pessoa. Ela tem a ver apenas com a sua atração sexual.
fonte: ONDDA BLOG

DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A HOMOFOBIA

LGBTQIAPN+ A LUTA CONTINUA O   17 de maio   é o   Dia Internacional de Luta contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia . Essa data tem como ob...