A participação de LGBTs nas câmaras municipais crescerá três vezes a partir do ano que vem. No último domingo (15), ao menos 78 vereadores gays, lésbicas, bissexuais e trans se elegeram. É o triplo dos 25 vencedores em 2016. Os dados são de entidades que representam a comunidade. O objetivo delas, no entanto, é conquistar Brasília em 2022, explica Toni Reis, um dos ativistas mais conhecidos do país.

– David Miranda (Psol-RJ) – como gays assumidos. A Aliança projeta eleger ao menos quatro deputados federais e outros dois senadores em 2022. “Se conseguirmos, poderemos fazer uma miniparada gay no Congresso”, brinca Toni Reis.

candidatos LGBTs pode ser creditado às conquistas garantidas pelo Supremo Tribunal Federal e à reação da sociedade aos ataques promovidos por setores mais extremistas contra gays, lésbicas e trans. “As maricas estão empoderadas”, diz Toni Reis, em alusão ao termo usado pelo presidente Jair Bolsonaro na semana passada para se referir aos brasileiros que se preocupam com a covid-19. A doença matou mais de 165 mil pessoas no país.

“O sucesso é reflexo dos avanços que tivemos no STF, que nos garantiu a identidade, o casamento, o combate à discriminação. Essas três grandes vitórias nos deram liberdade e igualdade. Toda ação tem reação. Nossa reação foi muito bem coordenada, com todas as diferenças que existem em nossa comunidade. Está balanceada a quantidade de pessoas gays, bissexuais, trans, lésbicas eleitas”, considera o ativista. “Estamos rufando os tambores para as eleições de 2022”, acrescenta.