RADIOS HOMO FORA FOBIA

sábado, 1 de dezembro de 2012

Servidor público homossexual consegue licença-maternidade em MS


Um servidor público de Campo Grande, que mantém uma união homossexual, conseguiu o direito a licença-maternidade integral na Justiça do Mato Grosso do Sul.
O funcionário, que não teve o nome divulgado, tem a guarda judicial conjunta de uma criança de menos de um ano. Por causa da tutela, ele conseguiu obter 120 dias de licença, prorrogável por mais 60 dias.
O pedido foi concedido ontem pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região.
O relator do processo afirmou, em sua decisão, que “é razoável a alegação de que importaria [...] impedir a criança do necessário convívio e cuidado nos primeiros meses de vida, sob o fundamento de falta de previsão constitucional ou legal para a concessão de licença no caso de adoção ou de guarda concedidas a casal homoafetivo”.
De acordo com a advogada responsável pelo caso Tânia Regina Cunha, o companheiro do servidor –que trabalhada no TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral do Estado)– não terá direito à licença porque trabalha como autônomo e não é filiado à Previdência Social.
fonte: Agencia LGBT Brasil
fonte: folha de são paulo

HOMOFOBIA UMA DOENÇA A SER EXTERMINADA

Estudantes lançam campanha contra homofobia



Os estudantes da Executiva Nacional de Comunicação Social (Enecos) organizam em alguns estados mobilização contra a homofobia. A iniciativa parte depois da morte do estudante e jornalista Lucas Fortuna na praia de Calhetas, Cabo de Santo Agostinho, no Pernambuco. A campanha contra crimes homofóbicos e pelo Projeto de Lei (PL) 122 que criminaliza a homofobia, chama-se “Tirem suas saias do Armário”.
Lucas Cardoso Fortuna tinha 28 anos e foi encontrado morto, há dez dias, apenas de sunga. Homossexual assumido, ele participava e incentivava as marchas contra a homofobia em Goiânia (GO). Na ENECOS iniciou o movimento Pró-saia em 2007, no qual os homens vestiam saias nos encontros da executiva. Lucas dizia que “vivemos em uma sociedade tão machista que, se formos pensar bem, só o fato de um homem usar saia, mesmo no carnaval, já é representativo de uma ruptura, ainda que seja pequena”. No último dia 21, a família foi ao enterro de saia, como forma de protesto.
Tirem suas saias do Amário -  A campanha da Enecos surgiu pelo Setorial de Diversidade Sexual da Executiva. A campanha foi iniciada vai até 30 desse mês. De acordo com a nota publicada pelos estudantes de comunicação social o Brasil encontra-se em primeiro lugar no ranking mundial de assassinatos homofóbicos, concentrando 44% do total de execuções de todo o mundo, segundo dados do Grupo Gay da Bahia (GGB). As ações são desenvolvidas na Bahia, Alagoas, Minhas e Piauí.
fonte; Agencia LGBT Brasil

O PASTOR SILAS MALAFAIA O INIMIGO DO AMOR OPINA SOBRE A PASTORA LANNA HOLDER






Pastor Silas Malafaia fala sobre a Missionária lésbica Lanna Holder: “Teologicamente errada e confusa



Um dos maiores articuladores dos protestos contra a PL 122, o pastor Silas Malafaia falou à reportagem da revista Exibir Gospel a respeito da iniciativa de igrejas que se dizem evangélicas, mas defendem que a homossexualidade não é pecado. Em São Paulo, a novidade é a Igreja Comunidade de Refúgio, de Lanna Holder.

Lanna Holder assumiu publicamente o seu relacionamento com a pastora Rosania Rocha – com quem havia se envolvido nos Estados Unidos -, abriu uma igreja em São Paulo, na qual afirma que homossexualidade não é pecado, e admite que o seu testemunho era enganoso até para ela mesma. “Quando me converti, aprendi que a homossexualidade era uma possessão demoníaca. Isso sempre foi uma luta pessoal, eu não entendia porque, mesmo selada pelo Espírito Santo e abençoada com o dom da Palavra, eu continuava sentindo desejos homossexuais”.

No Rio de Janeiro, contudo, já existe a Igreja Contemporânea, que tem até filiais pelo Brasil. Tais instituições estão na contramão dos movimentos evangélicos, que pregam o que está escrito na Bíblia: que os homossexuais não herdarão o Reino dos Céus. “O apóstolo Paulo diz em I Co 6-9: ‘Não sabeis que os injustos não herdarão o reino de Deus? Não vos enganeis: nem impuros, nem idólatras, nem adúlteros, nem efeminados, nem sodomitas’. Sodomitas, aqui, refere-se a homens que se envolvem em atos sexuais com outros homens ”, observou Malafaia, nos bastidores da Marcha para Jesus de São Paulo.
A nova doutrina das igrejas voltadas para homossexuais também ignora o Evangelho que liberta e transforma o homem, conforme aponta o pastor, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo. Apesar de seu discurso, ele enfatiza que os evangélicos não são homofóbicos, apenas defendem a Palavra de Deus: “Como qualquer organização, a igreja tem regras. Ohomossexual é bem recebido, mas ele não será membro, porque está no pecado”. Ainda em I Co 6, no versículo 11 o pastor cita: ‘E é o que alguns de vós têm sido (referência aos impuros, idólatras, sodomitas); mas haveis sido lavados, santificados, justificados em nome do Senhor Jesus pelo Espírito do nosso Deus`. Então como é que a pessoa vem para a igreja e continua homossexual?”, questiona.
Sobre os argumentos de Lanna Holder, Malafaia diz que ela está “teologicamente errada e confusa”, porque Jesus ama todos, mas não consente que se continue no pecado. “À mulher adúltera ele disse ‘Vem, mas, agora, não peque mais’. O texto áureo da Bíblia fala do amor (João 3-16), mas os versículos 17 e 18 dizem: ‘Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele’”, acrescenta.
O pastor acrescenta que a Bíblia fala de salvação e de condenação, de amor, misericórdia, mas também de justiça e juízo: “Homossexualidade na Bíblia é pecado, pode tentar, forçar, mas é pecado”. A respeito da afirmação de que se nasce homossexual, Malafaia fala como psicólogo clínico, uma de suas formações: “Não existe ordem cromossômica homossexual. O cromossomo de um homem hetero é igual ao de um homem homossexual, assim como o cromossomo da mulher hetero é como o da mulher homossexual. Homossexualidade é preferência, aprendida ou imposta, é comportamental”. O pastor reconhece, porém, que é necessário que as igrejas tenham uma atenção especial com os homossexuais. “Tem que ajudar, amar e integrá-lo. Muita gente não entende isso. No entanto, se quer ser membro, tem de se submeter às regras. Há salvação para o homossexual, bandido e até para os que se acham politicamente correto. Mas se não aceitar a Cristo, não será transformado, não será perdoado e vai para o inferno. Isso vale para mim e para qualquer um”, conclui.
fonte: Agencia LGBT Brasil

MESQUITA EM PARIS PARA FEMINISTAS E LGBT


Paris vai ganhar nesta sexta-feira a primeira mesquita ultraprogressista da Europa. A sala de orações será instalada na casa de um monge budista na perifeira leste da capital francesa. A nova mesquita vai acolher homossexuais, transgêneros, transexuais e feministas. As mulheres serão encorajadas a conduzirem as orações. As autoridades muçulmanas da França condenam a iniciativa.
“Trata-se de uma mesquita radicalmente aberta, uma mesquita onde as pessoas podem vir como são”, explica Ludovic-Mohamed Zahed, o iniciador do projeto. Para a primeira oração, nesta sexta-feira, o franco-argelino de 35 anos espera 20 muçulmanos.
Mas o número de fieis dessa mesquita atípica pode aumentar rapidamente, avalia esse pesquisador em antropologia e psicologia. Ele lembra que sua associação “Homossexuais Muçulmanos da França”, que conta hoje com 325 integrantes, foi criada em 2010 com um pequeno grupo de 6 pessoas.
O monge budista zen Federico Joko Procopio, militante dos direitos dos homossexuais, bissexuais e transgêneros, empresta à mesquita uma sala de seu dojo (lugar dedicado à prática da meditação) por solidariedade. “Além dessa causa comum, há ainda o símbolo importante de uma religião que estende a mão para outra religião sobre um tema que é mais do que delicado”, explicou ele.
Até agora, Ludovic-Mohamed Zahedrezava rezava toda sexta-feira junto com milhares de fieis na Grande Mesquita de Paris. Ele diz que apreciava o anonimato do local e o conteúdo, nunca político, dos sermões. Mas ele diz que esse tipo de combinação é raro e, mesmo misturados à multidão, certos indivíduos, transexuais em transição ou homens efeminados, são “detectados imediatamente”. Seu objetivo então é oferecer um local a todos aqueles que poderiam não se sentir à vontade em lugares de culto tradicionais.
“Esse tipo de espaço faz falta na França”, considera Lounès, de 38 anos, que prefere manter o anonimato. Ele está estudando atualmente para poder conduzir as orações na futura mesquita. “Há muitas pessoas que abandonam a religião porque encontram interlocutores violentos”, diz.
Rejeição
Essa iniciativa não teve o apoio de nenhuma instituição muçulmana. Muitos imãs e personalidade do Islã na França acreditam que o projeto vai contra a religião.
“Há muçulmanos homossexuais, isso existe, mas abrir uma mesquita é uma aberração, porque a religião não é isso”, avalia Abdallah Zekri, presidente do Observatório dos atos islamofóbicos, sob a autoridade do Conselho francês do Culto Muçulmano, instância oficial do Islã na França
“Nós não culpabilizamos os homossexuais, mas não podemos conceder um lugar a essa prática a ponto de deixar que ela se torne um aspecto da sociedade”, afirma Dalil Boubakeur, reitor da Grande Mesquita de Paris. Para ele, essa mesquita não poderá ser reconhecida. “É algo extracomunitário”, diz.
Em pleno debate sobre o casamento homossexual, um projeto do governo que deve ser discutido no parlamento no início de 2013 e ao qual os representantes de todas as religiões monoteístas são contrários, a abertura dessa mesquita provoca debates acalorados.
Ainda mais que Ludovic-Mohamed Zahed, que se casou religiosamente em fevereiro com um outro homem – com o qual ele já tinha se casado no civil na África do sul – está associado a essa questão na mídia. No entanto, Zahed garante que “é uma coincidência do calendário”. Além disso, esse novo espaço de oração, “que não é uma mesquita para gays”, não tem como objetivo celebrar casamentos homossexuais. “Não precisamos de uma mesquita para isso.”
Ludovic-Mohamed Zahed comemora o fato de ter começado a receber, além das ameaças, emails com encorajamentos e questões.
Islã para todos
Mesquitas abertas as todos os fieis já existem na África do Sul, nos Estados Unidos e no Canadá, mas a de Paris será a primeira na Europa. A associação “Muçulmanos por valores progressistas”, lançada em 2007 nos Estados Unidos, recenseou cerca de dez lugares de culto similares na América do Norte.
“O objetivo desses muçulmanos que se autodenominam progressistas não é somente defender uma minoria sexual no contexto de uma interpretação do Islã que eles consideram intolerante e obsoleta a partir de sua experiência da discriminação”, explica Florence Bergeaud-Blackler, pesquisadora do Instituto de Pesquisas e Esetudos sobre o Mundo Árabe e Muçulmano. “Eles querem reformar, promover um Islã que inclua valores progressistas”, acrescenta.
Apesar de serem poucos, com cerca de 1.500 integrantes nos Estados Unidos, “Muçulmanos por valores progressistas” querem encarnar um “Islã alternativo”. “Cada vez mais muçulmanos nos veem como os representantes do Islã do século 21″, enfatiza Ani Zonneveld, presidente e co-fundadora da associação.
“Mesmo sendo ainda ultraminoritários e não tendo muito peso na paisagem religiosa muçulmana, eles fazem reflexões a partir de bases teológicas sólidas”, aponta Florence Bergeaud-Blackler. Ela acredita que a mensagem deles tem um impacto que não pode ser negligenciado no campo religioso.
do RFI
fonte: Agencia LGBT Brasil

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

RAÍ É HOMOFOBICO? NÃO É


Em uma bela manhã, Raí acorda e se depara com a notícia, via jornais: Bomba! Jogador Raí assume romance gay com apresentador da Globo, ou ainda, com amigos que ligam e o indagam: “e aí Raí, pegando o Zeca Camargo, hein, quem diria, por que você não falou nada para gente antes?

Deve ser bastante confortável tal questão, da noite para o dia você ter sua vida exposta de forma pejorativa, pois a homossexualidade, gostem ou não, no meio social, é símbolo de preconceitos e tabus fortíssimos; símbolo de rejeição e chacotas;  símbolo de ignomínia e perversão e, de repente, agora nem mais cobrar uma postura responsável e honesta, de quem fez o que fez, é algo viável ou possível, pois alguns militantes consideram que uma reação de indignação seja ela HOMOFOBIA!

Ao meu sentir, quem pensa assim, pensa precipitadamente... Quando uma prostituta é chamada de prostituta (por quem for), ela pode processar, inclusive, criminalmente por difamação a pessoa que lançou tal impropério. Perceba, mesmo ela sendo prostituta! Afinal, o termo prostituta usado com o intuito de desonrar alguém, ou atingir a intimidade sexual de alguém de forma vexatória é crime! Da mesma forma a questão de chamar alguém de gay, de homossexual, com o intuito de expor a condição intima de um cidadão de forma a desqualificá-lo diante da opinião pública.  

Não foi o Raí que inventou a rejeição social dos gays, nem foi ele que caçou confusão com os mesmos, pelo contrário, envolveram-no em uma situação surreal,  expuseram-no de forma acachapante em uma questão em que há dois mil anos ter seu nome associado a tal grupo traz constrangimentos mil, e só por isso, há milhões de gays pelo mundo vivendo no anonimato, na clandestinidade da orientação sexual, com medo de serem expostos e terem que enfrentar o preconceito, a rejeição, a humilhação de algo íntimo e PERSONALÍSSIMO, que não diz respeito a ninguém!

Portanto, NÃO, RAÍ NÃO É HOMOFÓBICO por processar ninguém, ele só faz uso de seu direito de não querer ter sua vida exposta, ou seu nome usado em questões em que ele não consente, independente de ser a noticia falsa ou verdadeira. É direito de Raí não querer esse tipo de assunto relacionado à sua pessoa, pelo direito pessoal, intransferível, irrevogável, íntimo, que só diz respeito a ele e a ninguém mais! 

fonte: Gospel Lgbt

ASSEXUALIDADE E SAPIOSSEXUAL



Sapiossexual /Assexual

O que têm a dizer as "novas" sexualidades saídas do armário recentemente





Recentemente, os assexuais saíram do armário e têm tencionado um reconhecimento da assexualidade como uma verdadeira "quarta" orientação sexual à parte – se desconsiderarmos a pansexualidade. Dizem os assexuais que não têm interesse por relações sexuais, o que os diferenciaria dos héteros, homos, bis.


É verdade que, há um certo tempo, já se sabe que hétero, homo e bi são tipos ideais. Como tenho defendido, não existe entre eles fronteiras: existe um degradê, e há pessoas que ficam entre as cores intermediárias, difíceis de encaixar nas três orientações clássicas. Os exemplos são muitos, do homem que curte exclusivamente travestis à travesti que se relaciona com mulheres exclusivamente.

No entanto, este não é o caso da assexualidade. Se formos pensar no que diz a proposta dos assexuais, a ideia é que o "a-" representa a ausência de interesse por relações sexuais, que estariam no bojo das outras três orientações clássicas.

No fundo, com esse entendimento, os assexuais estão promovendo um retrocesso a tudo que a psicologia tem estudado e construído a respeito da complexa sexualidade humana e, para nos mantermos no tema, a respeito das orientações sexuais.

A primeira delas diz respeito ao conceito de sexualidade: um conceito amplo, que passa pelas sensações físicas provocadas por diferentes estímulos e vai até o ponto de conter as próprias orientações sexuais em si. Adultos têm sexualidade. Idosos têm sexualidade – mas, vale dizer, crianças também têm sexualidade, ainda que seja difícil determinar, nas mais tenras idades, qual seja sua orientação sexual.

O caso clássico das "fases sexuais", trazidas pela psicanálise, é aqui interessante. Quem nunca ouviu falar das fases oral, anal, genital... Que marcam o desenvolvimento do ser humano? Ora, a criança que está na fase oral está exercitando sua sexualidade, que difere da do adulto, ainda que não seja possível, ou muito difícil, determinar sua orientação sexual.

Essa verdade indica o óbvio, se o leitor acompanhou meu raciocínio: sexualidade vai muito além do ato sexual genital, do aquilo naquilo. Dentro desse espectro amplo da sexualidade, insere-se a orientação sexual, com o que se compatibiliza.

Com efeito, vamos manter um exemplo, uma pessoa é hétero se tem atração/desejo pelo sexo oposto. Ora, compatibilizando esse fundamento à noção ampla de sexualidade, é evidentemente que essa atração/desejo não se esgota no ato sexual, nem mesmo no desejo de realizá-lo. O desejo, aqui, deve ser tomado em uma acepção igualmente ampla, na qual o ato sexual se insere, mas que não se esgota nele e chega, inclusive, a abarcar a afetividade. Ninguém é hétero porque "transa" exclusivamente com alguém do sexo oposto: a pessoa "transa" exclusivamente com alguém do sexo oposto porque é hétero.

Tendo isso como pano de fundo, não é difícil chegar a seu resultado lógico: o ato sexual é resultado da orientação sexual, e não seu determinante. Mais ainda: pela própria amplitude do conceito de sexualidade e, compatível com ele, orientação sexual, esse ato sexual (= genital) pode ser resultado da orientação... Ou não.

Dito isso, por que a proposta dos assexuais é um retrocesso? Porque, indo na contramão da psicologia e de todo o conhecimento científico acumulado até agora, identifica a relação sexual com a orientação sexual, quando a segunda inclui a primeira, podendo esta ser seu resultado ou não. Em suma, para o assexual, o hétero é hétero porque "transa" exclusivamente com alguém do sexo oposto. É um erro conceitual, que cheira a naftalina e não faz jus ao conceito de orientação sexual.

Desse ponto de vista, portanto, a suposta assexualidade, excluindo-se os casos em que se instalou por traumas, não é uma "quarta" orientação sexual. É tão somente um dos resultados possíveis das três orientações sexuais clássicas, no que diz respeito ao ato.

Retomando o exemplo do heterossexual, existirão aqueles héteros que mantêm relações sexuais, os héteros que as mantêm em excesso (satiristas ou ninfomaníacas) e os héteros que não mantêm qualquer relação ("assexuais"): havendo atração pelo sexo oposto, e tomando essa atração ou desejo em sua acepção ampla, que inclui a afetividade – amor Eros –, a pessoa é hétero. "Transar" ou "não transar" é apenas um detalhe.

Não deixa de ser, aliás, comum observar que os assexuais mesmo dizem que não gostam do sexo em si, do ato em si – mas gostam do carinho, do afeto, do companheirismo e até do toque (não genital ou erotizado) de companheiros, com quem se envolvem, se apaixonam e gostam de dividir suas angústias e sentimentos. Lamento dizer: mas isso não é assexualidade. É a mesma velha e conhecida sexualidade humana, com a única diferença de não resultar ou não levar ao ato genital.

Assim, o "assexual" que dispensa esse tipo de carga emocional, desejo ou atração para o sexo oposto, por exemplo, não é assexual. É um hétero, tanto quanto aquele que transa, porque a transa é só um detalhe no conceito de orientação sexual, e, mais ainda, no conceito de sexualidade.

Gospel Lgbt
por João Marinho

"CURA DA HOMOSSEXUALIDADE"? DIGA NÃO!


Para quem não sabe, hoje a Câmara dos Deputados está discutindo um tenebroso projeto cujo intuito é fazer o Brasil voltar aos anos 1950 e restaurar as "terapias de conversão" ou "reparação" da homossexualidade.
 atualmente proibidas pela resolução CFP 01/99.

Não existe evidência científica de que essa "reversão" exista. O que existe é evidência de que ela pode causar danos emocionais e psicológicos a quem a ela se submete.

Diga NÃO! Não a essa nova tentativa evangélica fundamentalista de estabelecer uma volta ao passado e reescrever o que a ciência tem descoberto e já abandonou. É simples!


ntegrante do Conselho Federal de Psicologia (CFP), o psicólogo Celso Tondin, critica a proposta de lei que pretende mudar a resolução do CFP para permitir que psicólogos possam atuar na chamada “cura gay”. De acordo com o conselheiro, trata-se de como uma tentativa de “moralização” e de “higienização” da sociedade.

"Essa proposta é apresentada envolta em um discurso muito sedutor que é o do direito das pessoas. No entanto, esse discurso esconde uma tentativa de moralização, de higienização da sociedade. Há uma negação da diversidade humana sob uma fachada de defesa de direitos", analisou.

O conselheiro lembrou ainda que a atribuição de regulamentar o exercício da profissão de psicólogo cabe ao conselho e essa atribuição é regulamentada pela Lei 5.766, de 1971, que cria o conselho federal e os conselhos regionais de psicologia.

Ele reagiu à alegação de que a resolução restringe a atuação dos profissionais. "A gente não restringe, a gente regulamenta de acordo com o nosso código de ética, que é baseado em técnicas e conhecimentos científicos", destacou.

"Ao dizer que não é papel do conselho e, sim, do Poder Legislativo, o de criar as regras para o exercício da função, o deputado João Campos [autor da proposta] está cometendo um equívoco conveniente. Trata-se do meio que ele encontrou de veicular a idéia de que a homossexualidade é uma patologia", disse o conselheiro referindo ao parlamentar, do PSDB de Goiás.

Em nota divulgada nessa semana, o relator da proposta na Câmara dos Deputados, deputado Roberto de Lucena [PV-SP], disse que seu relatório foi mal interpretado. "A má interpretação do projeto de decreto legislativo causou desconforto e levou a discussão para a esfera religiosa, o que não é o caso. O termo ‘cura gay’, para Roberto de Lucena, foi um equívoco da matéria, utilizado de forma pejorativa, em especial por ser o autor da proposta um parlamentar de confissão evangélica, fato que demonstra mais um evidente e claro preconceito", diz o texto divulgado pela assessoria do deputado.

No entanto, para Tondin, as explicações do relator não passam de uma tentativa de "escamotear" a ideia central da proposta que é tratar a homossexualidade como uma doença. "Querem escamotear o real objetivo dessa proposta que é o de transformar a homossexualidade em uma doença. Se não achassem isso, não entrariam nessa questão dessa forma, não contestariam as resoluções do conselho de psicologia e não usariam o termo homossexualismo", diz o conselheiro.

No início da semana, o Conselho Federal de Psicologia publicou uma nota na qual afirma que "não existe oposição entre psicologia e religiosidade". "Pelo contrário, a psicologia é uma ciência que reconhece que a religiosidade e a fé estão presentes na cultura e participam na constituição da dimensão subjetiva de cada um de nós. A relação dos indivíduos com o sagrado pode ser analisada pelo psicólogo, nunca imposto por ele às pessoas com as quais trabalha", diz a nota.

"Assim, afirmamos o respeito às diferenças e às liberdades de expressão de todas as formas de religiosidade, conforme garantidas na Constituição de 1988 e, justamente no intuito de valorizar a democracia e promover os direitos dos cidadãos à livre expressão da sua religiosidade, é que o Código de Ética Profissional do Psicólogo orienta que os serviços de psicologia devem ser realizados com base em técnicas fundamentadas na ciência psicológica e não em preceitos religiosos ou quaisquer outros alheios a esta profissão", diz o texto.


Frente Parlamentar LGBT considera aberração projeto que propõe a "cura" do homossexualismo

Gays homofóbicos Uma verdade inconveniente


Já devo ter dito que não dou apoio à "tese" de que homofobia é coisa de gay enrustido. Embora haja duas pesquisas que apontam isso, elas apontamhipóteses – e autolimitadas ao público e cultura estudados (faixa etária, localidade, etc.), segundo os próprios pesquisadores, e aos algoritmos que selecionaram alguns dos vários tipos de homofobia.

Politicamente e realisticamente, o discurso é também perigoso. Joga nas costas dos gays a culpa pelo próprio preconceito que sofrem e pelas agressões de que são vítimas, não explica a homofobia que parte das mulheres, despreza os inúmeros fatores culturais e religiosos que dão suporte à ideologia homofóbica e isenta, por tabela, os heterossexuais de toda e qualquer responsabilidade, como se fossem todos anjos de candura e inofensivos.

Isso simplesmente não procede.

No entanto, existe uma verdade inconveniente que, por sinal, ajuda também a mostrar o quanto essa "tese" é falha: existem gays homofóbicos, alguns dos quais abraçaram, ainda que de forma enviesada, a sua sexualidade. Em suma, "enrustimento" e homofobia não andam lado a lado.

Deixemos, porém, essa questão para outro momento, pois quero me centrar nessas "estranhas figuras". Os gays homofóbicos. Você sabe qual é o discurso que eles têm?

Iguais e diferentes
Basicamente, é o mesmo dos não gays homofóbicos. Como em outras realidades de homofobia, há níveis e, no máximo, "atenua-se" alguma coisa. No entanto, o substrato é igual. 

Entre os gays homofóbicos que são mais radicais, e geralmente e inicialmente direcionam a homofobia para si próprios, os argumentos vão de que a homossexualidade é antinatural e até os religiosos, como o de "não ser de Deus" à "teoria" de que é fruto da influência de algum demônio.

Esses vão acabar buscando "se curar" ou "se livrar" da homossexualidade – e aí vão lotar os consultórios de Marisa Lobo & Cia. ou programas da Exodus e entidades semelhantes de "ex-gays".

Esses gays mais radicais e homofóbicos vão também a cultos de libertação, a "aconselhamentos", a sessões de exorcismo e vão até se casar e ter filhos, tudo na busca para "sair" daquilo, ou "controlar" – e nem é raro que vejam o casamento como uma "tábua de salvação".

Muitas mulheres, especialmente as religiosas, apoiam essas ideias – e não ficam sabendo que, como o desejo é difícil de ser reprimido, fatalmente, mais tarde, buscarão homens, vivendo uma realidade dupla e infeliz.

Num segundo momento, eles se voltam contra os gays assumidos e felizes. Para eles, soa absurda essa opção: todos os gays deveriam, como eles, "buscar o bom caminho" e procurar se "converter" à heterossexualidade e à norma hétero de vivência afetivo-sexual, qualquer que seja ela.

Nessa fase, também não é incomum começarem a adotar outros discursos do opressor, como criticar a vida gay por ser "promíscua", "não gerar filhos", "ser cheia de álcool e drogas", culpar os gays por terem pegado HIV e disseminado a aids, etc. – tudo para justificar por que a homossexualidade é uma "vida desgraçada" a não ser seguida.

Moralismo
Existe também outro tipo de gay homofóbico bastante comum. Esse é o que até adota a sua sexualidade. Na minha experiência, acaba sendo um dos desdobramentos dos mais radicais, mas com outra solução. Se mantivermos essa tese, são aqueles que, depois de um tempo, não buscam mais o processo de cura, reversão – e admitem se relacionar com homens, mesmo que na vida dupla que mencionei mais atrás.

No entanto, não demora a vir a homofobia, de forma mais velada, num discurso conservador.

Terminantemente no armário, esses gays criticam os que dali saem e "expõem sua sexualidade". Dizem que "não é necessário se assumir" (porque, afinal, "héteros não se assumem"), que "contar pra família só trará desgosto", que beijar em público é "desrespeitar idosos", que fazer carinho na frente de crianças "pode influenciá-las e não deve ser feito", que exibir casais gays na tevê é "desrespeitar a família" e daí por diante.

Inclusive, apoiam os não gays homofóbicos e os gays do primeiro tipo com esse mesmo discurso. Chegam até mesmo a achar que "movimento gay é besteira" e que "casamento deve ser mesmo só entre homem e mulher".

Fatalmente, desse discurso deriva uma veia moralista. Aí, passam a criticar a parada gay porque é "orgia a céu aberto", gays mais femininos "porque não é porque é gay que é para ser mulher".

Detestam as drags, "que só trazem vergonha", e também as travestis "porque elas não se aceitam e querem ser o que não nasceram para ser". Também detestam "o meio gay" (seja lá que sentido deem à expressão), que, para eles, "só tem p*taria". Se topam um relacionamento, tem de ser um namoro tipicamente moralista, porque se consideram "diferentes" dos "outros gays, que só pensam em sexo".

Culpa da vítima
A rigor, o que há de comum, na verdade, é associar a homossexualidade a algo necessariamente negativo ou indesejável. Pode ser desde uma doença até um problema espiritual, de algo antinatural até motivo de vergonha (e "com razão") para os pais.

Para além disso, há uma crítica a qualquer comportamento gay que soe como uma liberação e exposição do que deve ser, irremediavelmente, vivido por baixo dos panos para não "desrespeitar" ninguém (leiam-se: héteros homofóbicos).

A coisa é tão séria que há até os que põem nas vítimas de agressão homofóbica a culpa por serem agredidas... Porque, "se fossem discretas" ou se "não transassem com qualquer um", "nada disso aconteceria".

Você já conheceu algum gay desses dois tipos? Se sim, acenda seu alerta. Ele é um gay que não conseguiu deixar a homofobia cultural e social de lado.

Gospel Lgbt
por João Marinho

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

JOGADOR DE FUTEBOL SUECO ANTON HAYSÉN SAI DO ARMÁRIO

Anton Hysen tromou coragem e resolveu sair do armário. lateral do Utsiktens BK, time da quarta divisão da Suécia, declarou à revista Offside que é homossexual, e que existem outros gays no mundo da bola.

“Eu sou um jogador de futebol, e sou gay. Se eu jogar bem, então acho que não importa se eu gosto de garotos ou garotas”, disse Hysen. Depois disso, ele declarou ainda não ter medo do que podem falar, e que também gostaria de ver outros atletas se assumindo.
“Onde estão os outros? Não existe mais ninguém?”, finalizou. Hysen é filho de Glenn Hysen, famoso jogador do Liverpool, da Inglaterra, da Seleção Sueca, e hoje, treinador do próprio filho, na Suécia.
Anton é o primeiro sueco a admitir sua homossexualidade publicamente. A polêmica entrevista só será publicada na semana que vem.


ENTREVISTA:


“Acontecem piadas normais, brincadeiras habituais. Coisas como: ‘Anton, cuidado para não deixar o sabão cair no chão durante um banho’”, contou.



"Eu não me importo. Às vezes são simples piadas, coisas normais. Não sou religioso. Acredito só em mim, na minha família e nos meus amigos. E vivo só o dia a dia. O resto não me preocupa”, emendou.

Anton também descarta uma proteção especial por parte do pai. Glenn Hysen jogou em times como Fiorentina e Liverpool e disputou a Copa de 1990. Pai de outros dois jogadores, Glenn, conhecido por ser um zagueiro que chegava duro, comanda o Utsiktens.

“Sim, ele é meu técnico, mas não é um fator decisivo. Ele não está no chuveiro com a gente”, argumentou Anton. E se você tiver vontade de se relacionar com outros jogadores? “Se for algo bom, não tenho motivo para dizer não. Não tenho nada a esconder.”

fonte: agencia de futebol do interior

A LUTA CONTRA HOMOFOBIA NAS INSTITUIÇÕES MILITARES


Licenciado desde 2008 das Forças Armadas, onde trabalhou por cerca de 15 anos, Fernando Alcântara Figueiredo, homossexual assumido, reagiu de forma “realista” à decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) em equiparar os direitos dos casais gays aos dos casais heterossexuais. Para ele, o reconhecimento da união homoafetiva, na última quinta-feira (5), não trará benefícios aos militares homossexuais enquanto houver preconceito velado dentro do Exército. 

- O reconhecimento [da união civil] precisa passar pelo Judiciário, porque ainda não é lei. Mas para pedir o reconhecimento da união à Justiça, a pessoa tem assumir que tem uma relação homoafetiva dentro das Forças Armadas. Hoje, infelizmente, isso é totalmente impensado lá dentro.

Figueiredo ficou conhecido em 2008, quando ele e o companheiro, o ex-sargento Laci Marinho de Araújo, assumiram que eram um casal em entrevista à revista Época. Pouco depois, os dois foram presos militarmente por alguns dias sob a acusação de deserção (no caso de Araújo) e desrespeito às normas militares (no caso de Figueiredo). 

Embora as Forças Armadas sempre tenham negado qualquer tipo de perseguição ou retaliação aos homossexuais, e condenado a prática da homofobia, o caso gerou intenso debate sobre o preconceito dentro do Exército.

No Rio de Janeiro, questionado sobre o julgamento, o ministro Nelson Jobim (Defesa) disse na sexta-feira (6) que as Forças Armadas respeitará a decisão do Supremo em relação ao caso.

- A decisão do Supremo é soberana e vai ser cumprida dentro do que determina o sistema. As Forças Armadas são forças constitucionais e, portanto, a lei será cumprida.

Entretanto, em entrevista ao R7, o ex-sargento avaliou que o discurso de Jobim não condiz com a realidade. Segundo ele, embora as Forças Armadas não possam expulsar quem se assume gay, há formas de fazer com que os militares homossexuais abandonem a carreira ou continuem no “armário”.

- Existem duas formas de perseguição dentro da ‘legalidade’. Uma delas é a transferência [de cidades] por necessidade de serviço, que foi algo que aconteceu comigo e com o Laci. A outra é pela não-promoção. Quer dizer, você pode se assumir, mas eles acabam com a sua carreira.


Para o militar licenciado, que escreveu um livro sobre o caso, as conquistas da sociedade civil só terão qualquer efeito dentro do Exército quando a instituição passar por um processo completo de redemocratização. Para tanto, ele defende a reforma do Código Penal Militar, que penaliza qualquer ato sexual (homossexual ou não) praticado dentro das Forças Armadas com base no crime da pederastia.

- O crime de pederastia é uma coisa especificamente criada para julgar os homossexuais. [...] A gente sabe que os preconceituosos de plantão vão continuar a fazer de tudo para perseguir os homossexuais antes que eles cheguem até que o caso chegue à Justiça.

O casal de sargentos licenciados recorreu à Corte Interamericana de Direitos Humanos, ligada à OEA (Organizações dos Estados Americanos), para denunciar a “perseguição e humilhação” sofridas à época.

Figueiredo, que tentou se eleger deputado federal no ano passado pelo PSB-SP, defende ainda a criação de uma lei que proteja os militares homossexuais, já que, na opinião dele, muitos não se assumem por medo das consequências.

- Eu fico muito feliz em razão de o restante da sociedade estar vivendo essa mudança histórica. Mas ainda, lamentavelmente, acho que o Exército vai demorar muito para passar a agir como o restante da sociedade.

fonte: R7.com

SARGENTOS GAYS NA LUTA POR DIREITOS DE SER FELIZES


Em 2008, dois sargentos do Exército ganharam as capas de jornais e revistas após assumirem publicamente a relação homoafetiva existente entre eles. Desde a revelação Fernando Alcântara e Laci Marinho de Araújo dizem sofrer perseguição e discriminação dentro das Forças Armadas.
Com medo de retaliações e ameaças, o casal desistiu de procurar ajuda no país e recorreu à Corte Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) para obter segurança internacional. A intenção é sair do Brasil e garantir “uma vida normal”, de acordo com Fernando.
Os temores da dupla vão além das ameças que sofreram ou de manifestações de intolerância à la Bolsonaro. Os dois também se preocupam com os crescentes atos de violência contra homossexuais. “Temos visto cada vez mais casos de agressões nas grandes cidades, e, querendo ou não, somos o casal gay mais visado do país, por sermos militares e termos assumido nossa relação. Não aguentamos conviver com tantas ameaças. Ficamos em casa, não podemos sair. Só queremos garantir uma vida tranquila, como qualquer pessoa tem direito”, afirma Fernando.
Com uma relação que já dura mais de 13 anos, eles dizem que recorreram à ajuda internacional por terem desistido de lutar por seus direitos nos órgãos públicos brasileiros. “Não acreditamos em mais nada que venha do Exército e não conseguimos nos sentir à vontade em nosso próprio país. Queremos proteção internacional porque as pessoas que nos ameaçaram de morte ainda continuam recebendo dinheiro dos cofres públicos. E tudo fica por isso mesmo. Como vamos acreditar que aqui haverá alguma solução?”, indagam.
Eles apresentaram a denúncia contra o Brasil em 17 de maio do ano passado, baseando-se principalmente nos problemas que enfrentaram no Exército, mas responsabilizam o Estado brasileiro como um todo pelos percalços que têm enfrentado desde que assumiram seu relacionamento. “O Exército é uma instituição do governo brasileiro e essa estrutura governamental foi complacente com tudo o que nos aconteceu”, resume Fernando.
O casal diz não ter preferência por nenhuma nação em especial para residir. Procura, sim, um lugar seguro, onde a sua relação afetiva seja aceita. O casamento civil também não está entre os seus planos atuais, nem será decisivo na opção por um país. Questionado a respeito, Fernando, que não pertence mais ao Exército e luta na Justiça para ser reconhecido como dependente econômico de Laci, se limita a responder: “A importância do casamento civil tem relação com o reconhecimento de dependência. O que nos importa é que nossa família nos aceita”.
O Exército preferiu não se manifestar sobre o assunto.

Rodrigo Andrade fala à revista gay sobre homofobia



O Eduardo que fez a novela “Insensato Coração”, fala sobre a experiência de ter interpretar um homossexual assumido e comenta os casos de agressão a gays
Rodrigo Andrade, o Eduardo de “Insensato Coração”, fala sobre a experiência de ter interpretado um homossexual assumido e comenta os casos de agressão a gays. “Tive um primo que era gay e foi assassinado por homofobia, por preconceito”, conta.
Rodrigo diz que, apesar de ter amigos gays, antes de fazer a novela não tinha muito contato com o universo homossexual. “Hoje quando acesso a internet, abro e-mails, quando vejo notícias que se relacionam a gays, abro para ler. Antigamente não era algo que me interessava. Não por preconceito, mas era um mundo que eu não conhecia”, afirma.
O ator conta que, antes da novela, enxergava a homossexualidade de outra forma. "Pensava que quem era gay escolhia ser. Não sabia que a pessoa já nasce gay. Não tinha noção desse tipo de coisa. Hoje eu tenho. Não vou te dar certeza porque não existe nenhuma prova concreta, mas na minha cabeça hoje as pessoas já nascem gays. Umas se descobrem mais cedo, outras mais tarde, e algumas nem se descobrem”, argumenta.
Para Rodrigo, quem esconde que é homossexual só por status ou para manter as aparências deve sofrer muito. "Quem vive com mulher para se autoafirmar, mas na verdade gosta de homem, para tentar se aceitar assim, uma hora ou outra a vida pesa. Recebo e-mails com cada história que não dá nem para imaginar. Só com as mensagens que recebo já dá para construir uma novela”, diz.

fonte:site A Crítica.com

Homofóbicos têm desejo sexual pelo mesmo sexo? Cientistas dizem que sim.


É ciência. No caso, a constatação de um estudo lá da Universidade de Georgia, nos EUA. Tudo bem, a pesquisa é de 15 anos atrás, mas, em vista de toda a discussão que tem rolado a respeito do casamento gay, da criminalização da homofobia e por aí vai, comentá-la ainda é relevante. “A homofobia está aparentemente associada à excitação homossexual”, apontam os pesquisadores, “que o indivíduo homofóbico desconhece ou nega”.
Antes de tudo, os especialistas perguntaram a homens heterossexuais o quão confortáveis eles se sentiam ao redor de homens gays. Com base nesses resultados, dividiram os voluntários em dois grupos: os que exibiam sinais de homofobia (com 35 participantes) e os definitivamente não-homofóbicos (neste, eram 29, no total). Aí começou o teste.
Todos os homens foram colocados em salinhas privativas para assistir a vídeos “quentes”, de quatro minutos cada: um mostrava cenas de sexo entre um homem e uma mulher; outro, entre duas mulheres; e o último, entre dois homens. Enquanto a sessão se desenrolava, um aparelho, ligado ao pênis de cada participante, media o nível de excitação sexual de cada um. A engenhoca, segundo os cientistas, era capaz de identificar a excitação sexual sem confundi-la com outros tipos de excitação (como nervosismo ou medo).
Eis os resultados: enquanto assistiam aos vídeos de sexo heterossexual ou lésbico, tanto o grupo homofóbico quanto o não-homofóbico tiveram “aumento da circunferência do pênis”. Em outras palavras, gostaram do que viram. Mas durante o filminho gay  “apenas o grupo homofóbico exibiu sinais de excitação sexual”, afirma o estudo. Pois é, eles até disseram que preferiam manter distância dos gays. Mas, opa, seus pênis contaram outra história.


Hostilidade e discriminação contra pessoas homossexuais
são fatos bem estabelecidos (Berrill, 1990). Na ocasião, estes
atitudes negativas levam a atos hostis verbal e física contra
indivíduos homossexuais com motivação aparente, exceto um pouco forte
aversão (Herek, 1989). Na verdade, mais de 90% dos homens gays e
lésbicas relatam ser alvo de agressões verbais ou ameaças, e

mais de um terço relatório sendo sobreviventes de violência relacionados
a sua homossexualidade (Fassinger, 1991). Embora as atitudes negativas
e comportamentos para os indivíduos homossexuais foram assumidas
para ser associado com rígidas crenças moralistas, ignorância sexual,
e medo da homossexualidade, a etiologia dessas atitudes e
comportamentos permanece um enigma (Marmor, 1980). Weinberg (1972)
rotulado essas atitudes e comportamentos homofobia, que ele definidos
como o medo de estar em ambientes fechados com homossexual
homens e mulheres, bem como o medo irracional, ódio e intolerância
por indivíduos heterossexuais de homossexuais e
mulheres.
Hudson e Ricketts (1980) indicaram que o significado
da homofobia termo tem sido diluído por causa da sua expansão
na literatura para incluir qualquer atitude negativa, crença ou
ação em relação a homossexualidade. Fyfe (1983) também argumentou que
o ofhomophobia definição ampla ameaça restringir nossa compreensão
de reações negativas para os indivíduos homossexuais. Além disso,
Hudson e Ricketts criticou estudos para não fazer o
distinção entre atitudes intelectuais em relação à homossexualidade
(homonegativism) e pessoais, respostas afetivas para gays
(homofobia). Eles indicaram que muitos pesquisadores
não declarar a definição operacional do que eles chamam de homofóbico.
Para esclarecer este problema, Hudson e Ricketts definido
homonegativism como um constructo multidimensional, que inclui
juízo sobre a moralidade da homossexualidade, decisões

Intolerância, qual o limite que devemos tolerar?

Por Alex Sernambetiba
Num determinado debate virtual, um indivíduo me questionou por que eu participo de discussões na net, se, na visão dele, eu não respeito opiniões contrárias. Tirando o alto teor de dissimulação que este tipo de insinuação possui, resolvi comentar esta declaração, posto que muitos vêm cometendo o mesmo equívoco.
Ora, penso que, EM SE TRATANDO DE HOMOFOBIA OU DE SUA RELATIVIZAÇÃO, não há o que respeitar. Minha proposta nessas discussões não é respeitar ideias homofóbicas ou relativizadoras, mas DENUNCIÁ-LAS E CONFRONTÁ-LAS COM TODA A VEEMÊNCIA QUE SE ESPERA DE UM VERDADEIRO CIDADÃO LGBT. Se eu vejo alguém, LGBT ou não, tentando diminuir a homofobia cometida por alguém ou, ainda, atacando a dignidade de um ativista, quando deveríamos apoiá-lo, SEMPRE IREI TRATAR TAL MANIFESTAÇÃO COMO RELATIVIZAÇÃO DA HOMOFOBIA, DOA A QUEM DOER. Respeito e conivência são elementos totalmente distintos.
Portanto, meus queridos companheiros e companheiras de luta, O DEBATE SOBRE A HOMOFOBIA NÃO POSSUI A MESMA DINÂMICA QUE OS DEBATES SOBRE IDEOLOGIAS POLÍTICAS, POR EXEMPLO. Como bem disse um colunista, não existe, em se tratando de preconceito e de ódio por grupos sociais, o “outro lado”, porque o outro lado é simplesmente CRIMINOSO.

fonte: Gay 1 entretenimento
Por Alex Sernambetiba



Leia Mais Em: http://www.eleicoeshoje.com.br/intolerancia-qual-o-limite-que-devemos-tolerar/#ixzz2DZ9306Mh

Anders Lindegaard faz manifesto em blog e pede um herói gay no esporte.


O goleiro Anders Lindegaard, do Manchester United, abriu uma polêmica na Inglaterra ao dizer que o futebol precisa de um herói gay. Com sete aparições com a camisa da equipe na temporada, o jogador dinamarquês fez um manifesto num blog, lamentando a falta de tolerância com homossexuais no meio.


"A homossexualidade no futebol é um tabu. A atmosfera em campo e nas arquibancadas é difícil. Muitas vezes é expressado um estereótipo clássico no qual um verdadeiro homem deve ser corajoso, forte e agressivo. E não é a imagem que um torcedor associa a um gay" publicou Lindegaard.

Para Lindegaard, líder da Premier League com o Manchester United, o problema não é exatamente com os companheiros de profissão. Essa falta de tolerância é mais por parte dos torcedores.

"Como jogador, acho que em primeiro lugar um atleta homossexual tem medo da recepção que poderia receber dos torcedores. Minha impressão é que os jogadores não teriam um problema em aceitar um homossexual."

Heterossexual, o goleiro do Manchester United ainda revelou que teve uma conversa com sua namorada, Misse Beqiri, antes de colocar o polêmico post no ar. Por fim, ele fez uma crítica geral ao futebol.

"Enquanto o resto do mundo tem sido mais liberal, civilizado e menos preconceituoso, o mundo do futebol continua preso ao passado quando se trata de tolerância."




Jesse Tyler Ferguson está sofrendo com a perseguição de muitos internautas no Facebook.


Gay assumido, o ator Jesse Tyler Ferguson está sofrendo com a perseguição de muitos internautas no Facebook. O astro do seriado Modern Family recentemente afirmou que apoia o casamento entre pessoas do mesmo sexo e, por isso, está recebendo muitas críticas de supostos fãs na rede social.


Por meio de uma publicação em seu mural, o ator comentou a situação chata pela qual vem passando. Segundo Ferguson, nem mesmo o fato de ter se preparado para lidar com a pressão, por ser uma figura pública, foi o bastante para impedir que ele se irritasse com as críticas por conta de sua sexualidade. “Como um ator, aprendi que tenho que desenvolver uma pele forte, mas como um humano estou passando por um momento difícil. A quantidade de críticas que venho recebendo nos últimos dias por apoiar o casamento homossexual é cavalar”, criticou.

Jesse aproveitou ainda para destacar que não entende como há fãs que pensam de uma maneira "tão retrógrada" a ponto de atacá-lo simplesmente por sua orientação sexual, e por apoiar a união estável entre pessoas do mesmo sexo. “Estou em choque e envergonhado de muitos dos meus ‘fãs’ por acreditarem que sou menos importante por causa de minha orientação sexual. Para quem se sente dessa forma, mostro a porta de saída tranquilamente e desejo boa sorte em suas jornadas”, escreveu o ator, em post que ganhou mais de duas mil curtidas e cerca de 60 compartilhamentos em poucas horas.

fonte: Gay 1 entretenimento

ANVISA proíbe doação de sangue de gays e bissexuais no Piauí.


Vejam só, no Piauí, o Grupo Martizes, que defende os direitos humanos de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros, fundado em 2002 naquele estado, realizou ato público em favor da vida, hoje (26/12) pela manhã, em frente do HEMOPI - Hemocentro do Piauí, pela campanha de doação de sangue "Nosso sangue pela igualdade".
 

O objetivo principal desta campanha pela vida é protestar contra a proibição imposta pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aos homens gays e bisssexuais, que são impedidos do doar sangue desde 2004.
 

A Anvisa do Piauí, através de reunião colegiada, aprovou em 07 de junho de 2004, uma resolução que mostra claramente um comportamento homofóbico e desrespeito a nossa constituição.
 

Essa resolução  de nº 153, foi expedida em 14/06/2004, pela ANVISA/PI (veja aqui) que determina o seguinte:
 
  “Determina o Regulamento Técnico para os procedimentos hemoterápicos, incluindo a coleta, o processamento, a testagem, o armazenamento, o transporte, o controle de qualidade e o uso humano de sangue, e seus componentes, obtidos do sangue venoso, do cordão umbilical, da placenta e da medula óssea”.
 
A referida Resolução traz, no item 3.5.2.7.2-Situações de Risco Acrescido, o seguinte conteúdo:
“B.5.2.7.2 - Situações de Risco Acrescido 
 
(...)
d) Serão inabilitados por um ano, como doadores de sangue ou hemocomponentes, os candidatos que nos 12 meses precedentes tenham sido expostos a uma das situações abaixo:
(...)
Homens que tiveram relações sexuais com outros homens e ou as parceiras sexuais destes”.
 

Diante dessa situação, o Grupo Matizes entrou 2006 com uma Ação Publica Contra Tutela Antecipada (veja aqui), através do Ministério Publico Federal junto a União Federal visando que a ANVISA do estado do Piauí, passe a considerar os homossexuais e bissexuais como legitimados a doar sangue, eliminando da Resolução nº 153 o caráter discriminatório.
 

Agora eu repito a frase que a nossa amiga blogueira Karlinha Ferreira, colocou na sua matéria "Igualdade? Direito? Justiça?":
 

"Resumindo... Se você for homoafetivo e tiver o mesmo parceiro há um, dois, três anos não importa você não pode ser doador, mas se você for hétero e promíscuo sim. Isso é que é Direito, isso é que é país!"
 


DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A HOMOFOBIA

LGBTQIAPN+ A LUTA CONTINUA O   17 de maio   é o   Dia Internacional de Luta contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia . Essa data tem como ob...