RADIOS HOMO FORA FOBIA

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Nota de Jean Wyllys Deputado Federal sobre assassinato de ativista LGBT vítima de homofobia em Pernambuco



Enquanto cerca de 1.5 milhões de pessoas celebravam a diversidade, o respeito e o amor ao próximo durante a parada LGBT de Copacabana desse domingo no Rio de Janeiro, a intolerância e o ódio causaram mais um lastimável homicídio homofóbico no estado de Pernambuco. Dessa vez, a vítima foi o jovem Lucas Cardoso Fortuna, jornalista e ativista do movimento LGBT de 28 anos, encontrado morto na praia de Gaibu, no Cabo de Santo Agostinho.
O assassinato de Lucas engrossa as estatísticas que colocam o Brasil no topo da lista dos países com o maior número de crimes de ódio ao redor do mundo. O código penal brasileiro pune crimes contra a vida e qualquer crime contra a vida já é um crime hediondo, ainda mais quando por motivo torpe, mas as circunstâncias dessa ocorrência – que indicam que ao fim e ao cabo a motivação foi homofóbica – não podem ser menosprezadas ou ignoradas pelo delegado ou delegada responsável pelas investigações, pois determinará o rumo das mesmas.
Envio, desde Bogotá, onde denunciarei hoje o assassinato na reunião da Comissão de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos, minha solidariedade à família, aos amigos, amigas, companheiras e companheiros ativistas de Lucas e reitero que não ficarei alheio a essa barbárie que ceifa a vida de mais um jovem LGBT.  Farei o possível, dentro de meu papel como parlamentar,  para que os crimes contra a comunidade LGBT não continuem gozando de impunidade em nosso País.
Luta que segue!

Jean Wyllys
Deputado Federal
PSOL-RJ

O ESTADO DO PIAUI É O 2° QUE MAIS MATA HOMOSSEXUAIS NO BRASIL



Somente no primeiro semestre de 2012, para cada 346 mil habitantes do Piauí, um homossexual foi morto violentamente. Com essa média, o estado aparece no segundo lugar de uma estatística triste: dentre os estados que mais matam homossexuais em todo o Brasil, o Piauí tem a vice-liderança. Ao todo, foram registradas nove mortes apenas nos últimos seis meses, de acordo com dados da mais antiga entidade de defesa dos homossexuais do Brasil, o Grupo Gay da Bahia (GGB).

A proporcionalidade fica ainda mais assustadora se levado em conta o fato de que todas as mortes do estado aconteceram em Teresina, o que significa que um homossexual foi morto a cada 88 mil habitantes da capital.
Embora com população de apenas pouco mais de 3 milhões de habitantes, o Piauí ainda tem uma quantidade expressiva se considerados os números absolutos em comparação aos outros estados. O estado aparece em quinto lugar do Brasil em quantidade de vítimas, ficando atrás apenas de São Paulo (19), Paraíba (15), Bahia (14), Paraná (10) e empatando com o Rio de Janeiro (9).
Os dados reafirmam conclusões de anos anteriores, que apontam o Nordeste como a região mais perigosa para os homossexuais, concentrando 1/4 dos homicídios. O estado da Paraíba tem os piores índices, sendo o segundo estado em números absolutos e o primeiro em comparação com o número de habitantes, sendo o único estado à frente do Piauí neste índice, com uma morte para cada 251 mil habitantes. O Piauí vem com uma para cada 346 mil.
Em seguida, a proporcionalidade salta para uma morte, em média, a cada 1 milhão de habitantes no estado, também nordestino, da Bahia. Depois aparecem o Paraná e o Rio de Janeiro. São Paulo, embora lidere em números absolutos, apresenta 1 morte para cada 2 milhões de pessoas.
Características das vítimas
As vítimas piauienses foram cinco gays, duas lésbicas e dois travestis, o que reforça a estatística nacional, que mostra que os crimes de ódio vitimaram, na maioria, os gays. Eles foram 52% do total das 165 vítimas em todo o país neste primeiro semestre. Em seguida vêm os travestis, 41% das vítimas.
Proporcionalmente, contudo, as travestis e transexuais representam o grupo mais vulnerável, pois não chegando a 1 milhão de pessoas, comparativamente aos gays que ultrapassam 20 milhões, foram mortas 65 ‘trans' e 85 gays. Fazendo um comparativo, o risco de as travestis serem assassinadas é 15 vezes maior do que o dos gays.
Dentre as profissões das vítimas, no Piauí foram assassinados um estudante, um eletricista e um cabeleireiro gays, além de uma travesti profissional do sexo. Os outros homossexuais assassinados não tiveram suas profissões reveladas.
A média de idade das vítimas no Piauí foi de 22 anos, tendo a vítima mais velha apenas 35 anos. Há ainda um menor de idade entre os mortos: um adolescente de 16 anos.
Heterossexuais também são vítimas de homofobia
Além dos homossexuais, foram mortos dois jovens heterossexuais nos últimos meses, depois de serem confundidos com gays pelos autores dos crimes.
Uma das vítimas deste primeiro semestre foi Leonardo da Silva, heterossexual de 22 anos, morto a golpes de paralelepípedo na Bahia, confundido com homossexual por estar abraçado com seu irmão gêmeo. Nessa ultima semana de junho, o jovem Lucas, de Volta Redonda, 15 anos, teve seus olhos arrancados, foi empalado, espancado e teve seu corpo jogado em um rio da região.
Em ambos os casos a polícia declarou tratar-se de crimes homofóbicos.
fonte: Portal o Dia. Com

MANIFESTO II MARCHA NACIONAL CONTRA A HOMOFOBIA


MANIFESTO DA II MARCHA NACIONAL CONTRA A HOMOFOBIA PELA APROVAÇÃO IMEDIATA DO PLC 122



Somos lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais (LGBT), de todos os cantos do país, de todas as profissões, de todos os credos, de todas as raças, de todos os sotaques, de todas as opiniões, de todas as etnias, de todos os gostos e culturas. Mas temos algo em comum. Não usufruímos nossos direitos pelo simples fato de termos orientações sexuais ou identidades de gênero diferentes da norma sexual dominante. Somos milhões de cidadãos/ãs de “segunda classe”  em nosso Brasil.

Faz 22 anos que o Brasil se democratizou e promulgou a “Constituição Cidadã”. Entretanto, em todo esse período, nossa jovem democracia não foi capaz de incorporar a população LGBT. Até hoje não existe sequer uma lei que assegure nossos direitos civis. Não existem leis que nos protejam da violência homofóbica.
A homofobia não é um problema que afeta apenas a população LGBT. Ela diz respeito também ao tipo de sociedade que queremos construir. O Brasil só será um país democrático de fato se incorporar todas as pessoas à cidadania plena, sem nenhum tipo de discriminação. O reconhecimento e o respeito à diversidade e à pluralidade constituem um fundamento da democracia. Enquanto nosso país continuar negando direitos e discriminando lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais não teremos construído uma democracia digna desse nome.

fonte: ABGLT

BOMBA: SBT vai lançar em 2013 primeiro reality-show ‘gay’ da TV Brasileira

O SBT vai ser a primeira emissora brasileira a ter um reality-show gay, trata-se do ‘In search of a star’. Informações conseguidas em primeira mão pelo ‘Duas Linhas’.

Em busca de uma estrela, deve contar com quatorze talentos da noite, drag-queen que terão que fazer um mega show toda semana, onde um júri formado por três especialistas e o público vai eliminar quem não consegui brilhar.
O prêmio final será de R$ 500 mil reais, o SBT vai colocar a disposição da vencedora uma mega estrutura onde ela vai poder se apresentar em casas noturnas do Brasil.
fonte: Agencia LGBT Brasil

UM GRANDE PENSADOR


Não tente adivinhar o que as pessoas pensam a seu respeito.
Faça a sua parte, se doe sem medo.
O que importa mesmo é o que você é.
Mesmo que outras pessoas não se importem.
Atitudes simples podem melhorar sua vida.
Não julgue para não ser julgado...
Um covarde é incapaz de demonstrar amor
- isso é privilégio dos corajosos.


"mahatma gandhi"

ELIMINAR A HOMOFOBIA É UM PRESENTE PARA HUMANIDADE


FRASE DO DIA: João Castelo opina sobre homofobia


Muitos procuram justificativas morais, ideológicas ou religiosas para apregoar posturas medievais ao avanço dos costumes. O direito das pessoas a sua opção religiosa, política, ideológica e sexual é assegurado pela Constituição e a cultura brasileira é cada vez mais aberta ao respeito  às diferenças.
A escolha do parceiro numa união afetiva diz respeito unicamente às pessoas envolvidas nisso. Isso vale para as relações heterossexuais e homossexuais.
""João Castelo (PSDB), prefeito de São Luís, sobre homofobia e união homoafetiva"
fonte: Blog do Gilberto Léda

MILITANTE GAY É ENCONTRADO MORTO EM PASSEIO A CIDADE DE RECIFE




Militante gay, jornalista goiano foi encontrado morto na praia de Calhetas, no último domingo. 


 Crédito: Reprodução do Facebook
Brilhante, inteligente, inquieto e um grande militante da comunidade LGBT. Essas são algumas das palavras utilizadas por amigos nas redes sociais para descrever o jornalista goiano Lucas Cardoso Fortuna, 28 anos. Entre as citações favoritas no seu perfil no Facebook, está a frase de Einstein: “Mais fácil desintegrar o átomo que acabar com o preconceito”. Preconceito esse que pode ter ocasionado sua morte. O corpo de Lucas foi encontrado na manhã do último domingo, na Praia de Calhetas, no município do Cabo de Santo Agostinho.

Lucas era presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) no município de Santo Antônio de Goiás, e militante do Movimento Gay, em Goiânia. Foi fundador do Grupo Colcha de Retalhos, que luta pela causa LGBT na Universidade Federal de Goiás. Foi o responsável pela organização de diversas paradas da diversidade em Goiânia e lutou pela aprovação do Projeto de Lei 122, que assegura a punição à homofobia no Brasil.
À imprensa goiana, professores da faculdade de jornalismo da UFG, onde Lucas estudou, comentaram o crime muito abalados. “Tudo leva a crer tratar-se de um crime homofóbico pelas agressões sofridas. Lucas Fortuna era um militante da causa gay e combatia a intolerância e a violência através de suas ações pacíficas e brilhante oratória . Durante anos foi um dos organizadores em Goiânia da Parada Gay”, escreveu o professor Juarez Ferraz de Maia, em nota.
“O Lucas foi o meu braço direito enquanto estive na coordenação do curso e foi o responsável por grandes feitos e vitórias no curso de Jornalismo. Brilhante, inteligente e inquieto. Foi uma grande liderança social e do movimento estudantil. Sempre muito precoce em tudo. Acho que ele foi feliz”, destacou Maia.

Investigação

O jornalista Lucas Fortuna morreu por afogamento. A conclusão é do laudo do Instituto de Medicina Legal (IML), que divulgou nesta segunda-feira a causa da morte do rapaz. O documento atesta ainda, que a vítima foi espancada, pois apresentava diversar marcas de violência pelo corpo e esfaqueado duas vezes: na altura da orelha e no pescoço.
A Chefia de Polícia Civil designou a Delegacia de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) do Cabo de Santo Agostinho para investigar o assassinato. A polícia estuda a possibilidade de motivação homofóbica – a vítima era homossexual assumido e militante da causa LGBT – e ainda a hipótese de latrocínio.
Lucas estava em Pernambuco a serviço da Federação Goiana de Voleibol, para ser árbitro de um campeonato. Segundo informações da Pousada Caravelas de Pinzón, onde ele estava hospedado com o grupo, Lucas iria retornar para Goiás hoje, mas conseguiu adiar a passagem aérea de volta para prolongar sua estadia em Pernambuco. No sábado à noite, após confirmar o adiamento, saiu do hotel e sua ausência só foi notada na manhã do domingo. O corpo está no Instituto Médico Legal (IML), já foi examinado e o laudo técnico sairá em 10 a 15 dias.
Informado da morte do filho no domingo, Avelino Mendes Fortuna veio ao Recife nesta segunda-feira, onde reconheceu o corpo de Lucas por volta das 10h. “Independentemente do meu filho ser homessexual ou não, ele era uma pessoa brilhante que teve sua vida brutalmente interrompida por um homicídio. Podia ter sido o filho de qualquer pessoa, vamos lutar para que a morte dele não tenha sido em vão”, afirmou Avelino à Rede Globo. O corpo do jornalista será levado ainda nesta segunda-feira para Goiânia. O enterro acontecerá nesta terça-feira em Santo Antônio de Goiás.

Homofobia

Somente este ano, 30 homossexuais foram mortos por conta da homofobia, um crescimento de 20% em relação ao número de casos em 2011 (25 mortes), segundo dados da ONG Leões do Norte. Pernambuco é o segundo estado mais violento para a comunidade LGBT, ficando atrás apenas da Bahia.
(Com informações de Raphael Guerra e Carolina Braga)

 fonte: LGBTUDO

Onde é permitido o casamento gay?

De quase 200 países, só em 37 a união entre pessoas do mesmo sexo é legal. E mesmo assim, o negócio é mais ou menos. Em 11 nações ela realmente tem status de casamento. Outras 13 não dão o nome casamento, mas garantem a maioria dos direitos  é o que ocorre no Brasil desde a recente discussão no Supremo Tribunal Federal. Nos 13 países que sobraram, a lei é meia-bomba: não garante pensão alimentícia ou herança, e tem restrições na divisão de bens. Na prática, tratam a união homossexual como um negócio. Há ainda os indecisos Estados Unidos e México, que permitem a união só em determinadas regiões. Do outro lado da moeda, temos os que não saíram do armário. Em 7 países da África e do Oriente Médio, como Sudão e Irã, ser gay leva à pena de morte, e em mais de 50 outras nações, é motivo para prisão.

FONTE Revista Galileu

Gay conta ter gasto mais de R$ 60 mil para tentar 'conversão' à heterossexualidade

O americano Peteson Toscano conta ter gasto US$ 30 mil (cerca de R$ 60.500), recorrido a três tentativas de exorcismo e passado por um casamento fracassado até conseguir superar seus dilemas pessoais e aceitar que 
era gay.



O processo durou 17 anos e Toscano hoje milita contra tratamentos que atendem por com nomes como ''conversão'' ou ''terapia reparadora'', voltados para gays que querem mudar sua orientação sexual.

Mas Toscano, de 47 anos, afirma que não só estes processos não funcionam como também causam danos psicológicos.Tais práticas contam com o apoio de Igrejas fundamentalistas cristãs. E alguns dos que se submeteram a elas asseguram sua eficácia e se definem como ex-gays.
Ele é de uma tradicional família ítalo-americana do Estado de Nova York. Cristão devoto e evangélico, Toscano teve dificuldades em aceitar o que via como um conflito entre sua orientação sexual e sua fé.
'Desespero terrível'
''Eu estava fazendo algo errado pelo qual eu seria punido na outra vida. E por isso sentia muito medo e um desespero terrível'', afirma, em entrevista à BBC.
Como um adolescente que cresceu nos Estados Unidos da década de 80, Toscano viveu em uma época em que o termo ''gay'' era um sinônimo de Aids. Até 1973, psiquiatras americanos classificavam homossexuais como sendo insanos.
''Eu somei dois mais dois e cheguei ao que me parecia ser uma equação lógica, a de dizer 'isto é errado, é ruim, eu preciso consertar isso'. E 17 anos depois eu finalmente acordei e retomei a razão'', afirma.
Os anos de tratamento são uma lembrança dolorosa. Após ter entrado em depressão depois de uma entrevista à rádio pública dos Estados Unidos na qual relatou os processos a que se submeteu, ele agora evita entrar em pormenores.
Experiência traumática
Mas ele relata que um dos incidentes mais sombrios ocorreu durante seu internamento por dois anos no centro Love in Action (Amor em Ação), hoje rebatizado como Restoration Path (Caminho da Restauração), na cidade de Memphis, no Estado americano do Tennessee.
Lá, ele foi instruído a registrar todos os encontros homossexuais que já havia tido. Em seguida, pediram que ele relatasse o mais constrangedor destes encontros para sua família.
Tais terapias não se limitam, no entanto, aos Estados Unidos. Toscano visitou a Inglaterra na década de 90 a fim de se submeter a um exorcismo. Ele já tinha se submetido a dois exorcismos fracassados nos Estados Unidos.
De acordo com Peterson, esse tipo de prática ''é danosa psicologicamente especialmente para os jovens. Se você acredita nisso, você fará qualquer coisa para rasgar a sua alma''.
Nos Estados Unidos, já estão sendo tomadas medidas para proibir parcialmente as terapias de conversões para gays no Estado da Califórnia. E o governador Jerry Brown está avaliando um projeto de lei que torna ilegal a terapia reparadora para crianças. Se aprovada, será a primeira medida nesse sentido tomada no país.
Toscano tem um blog e um canal de YouTube e usa sua experiência como ator de teatro realizando apresentações nas quais procura consicentizar pessoas sobre os danos causados aos que se submetem a tratamentos para suprimir ou mudar suas orientações sexuais.
fonte BBC-BRASIL

17° PARADA GAY DO RIO 2012


Milhares de pessoas participam de Parada Gay na orla de Copacabana



O sol forte voltou a aparecer neste domingo, e na orla de Copacabana cerca de 700 mil pessoas participou da 17ª Parada de Orgulho LGBT. Com o lema “Coração não tem preconceitos. Tem amor”, lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais pediram respeito ao amor e à diversidade. Só no ano passado, 266 LGBTs foram assassinados no Brasil por conta de sua orientação sexual e identidade de gênero. E para ressaltar esta questão, antes da saída dos trios, discursaram o secretário do Meio Ambiente, Carlos Minc, a diretora do grupo Arco-Íris, Marcelle Esteves, o deputado Rodrigo Bethlem, entre outras autoridades. Para celebrar o início do desfile, a travesti Jane Di Castro cantou o Hino Nacional.








O presidente do Grupo Arco-Íris, Júlio Moreira, destacou que, apesar do aspecto festivo do evento, aquele era um ato político. "A maior parte do ano a população LGBT vive dentro do armário, escondida, alijada de muitos direitos. Precisamos discutir o tema dentro das escolas, no Congresso Nacional", disse Julio que, antes da saída dos trios, pediu um beijo dos casais presentes na parada, simbolizando uma vaia à homofobia presente no Poder Legislativo. 
 
Heterossexuais e grupos de combate à discriminação racial, por estado de saúde (como soropositivos, portadores de hepatites virais etc.), e de combate à intolerância religiosa também entram na luta contra a discriminação este ano.  O movimento “Mães da Igualdade”, composto por mães de LGBT, abriram a parada. Alguns dessas mães perderam seus filhos vitimados pela violência homofóbica e lutam para sensibilizar a sociedade para o respeito e a inclusão da comunidade LGBT.

FONTE: JORNAL DO BRASIL

ABSURDO NA NIGÉRIA


Na última semana o país avançou na criminalização do casamento gay mesmo sofrendo uma série de retaliações pelo Parlamento Europeu.
Os deputados do país africano parecem não se incomodar e o projeto de lei, que já havia sido aprovado em dezembro de 2011, passa agora por uma segunda etapa de avaliação na Câmara dos Deputados.
Ele prevê uma pena de até 14 anos de prisão para qualquer pessoa que participe de uma cerimônia de união entre pessoas do mesmo sexo. E a pena pode chegar a até 10 anos, para quem servir de testemunha ou que ajude na realização do evento. Organizações LGBT também seriam proibidas. A lei não afeta apenas os nigerianos. Estudantes, turistas e trabalhadores no país, estariam sujeitos as punições criminais.

REVISTA HOLANDESA WIKI ELEGE OS 500 GAY FAMOSOS


Revista holandesa lista os 500 gays mais influentes do mundo; quatro são brasileiros


A revista holandesa Wink, conhecida internacionalmente como Mate, listou os 500 gays (incluindo as lésbicas) mais influentes da história. Dentre os nomes estão o do âncora de TV Anderson Cooper, da CNN, Chris Colfer ( do Glee) e o cantor George Michael.
Quatro brasileiros também estão na lista. Luiz Mott, fundador do Grupo Gay Bahia, André Fisher (Junior, H, Mix Brasil e Festival Mix) , José Celso Martinez Correa, do Teatro Oficina e o escritor João Silvério Trevisan (foto) , fundador do antológico jornal Lampião, feito para o público gay – que circulou entre 1978 e 1981.

CRIME HOMOFÓBICO


Jovem é morta a facadas e namorada fica ferida em crime homofóbico em Salvador


Uma jovem de 19 anos foi morta a facadas e a sua companheira de 22 anos ficou ferida durante um atentado na noite da terça-feira (16), no km 11,5 da Estrada Velha do Aeroporto. O crime aconteceu por volta das 22h30, quando a residência onde o casal morava, na Vila Coração de Jesus, foi invadida por dois homens. Segundo o posto de polícia do Hospital do Subúrbio, Djeane Ferreira Lima e Daiane Almeida dos Santos discutiram com um vizinho delas, identificado pelo prenome de Alan, após ele ter feito piadas de teor homofóbico sobre as duas. As vítimas estavam em casa quando Alan e outro homem invadiram a residência e atacaram as jovens. Daiane foi esfaqueada na cabeça, no rosto, braço esquerdo e no queixo. Já a companheira dela, que também foi golpeada diversas vezes, não resistiu aos ferimentos e morreu no local.


Daiane foi socorrida por uma unidade do Serviço Móvel de Urgência (Samu) para o Hospital do Subúrbio, e teve alta médica no início da tarde desta quarta-feira (17). De acordo com a TV Bahia, as jovens estavam juntas há um ano e tinham decidido morar juntas no mês passado.
O corpo de Djeane Ferreira Lima, 19 anos, foi encaminhado para o Departamento de Polícia Técnica (DPT), onde passou por uma perícia. O sepultamento do corpo da jovem acontece ainda nesta tarde (17), no cemitério Quinta dos Lázaros.

O caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), mas até o momento Alan e o outro homem envolvido no crime, que ainda não foi identificado, não foram capturados pela polícia. 



Pesquisa IBGE

O crime de caráter homofóbico aconteceu no dia em que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nova pesquisa relacionada ao número de casais gays no país. Nela, o Instituto indicou que existem 60 mil casais homoafetivos no Brasil, sendo 20% deles na região Nordeste.
O número de casais corresponde ao total de domicílios onde os próprios moradores declararam viver uma união consensual desse tipo e equivale a 0,1% do total de moradias do país. O IBGE também apontou que entre esses casais, 47,4% se declararam católicos.
Nota do site. O Grupo Gay da Bahia (GGB) encaminhou oficio a Secretária de Segurança Pública e de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos pedindo justiça para as moças. No documento salientando a importância da apuração enérgica e aplicação severa da lei para que sirva de exemplo e outros crimes não aconteçam contra os LGBT.

 Do Jornal Correio da Bahia

domingo, 18 de novembro de 2012

HOMOFOBIA CONTRA GAROTO DE 15 ANOS NA ESCOLA


Vítima de homofobia, aluno agredido quebra silêncio e pede respeito



"Se eu não tivesse denunciado o que fizeram comigo, meu caso iria acabar como mais uma estatística da violência contra os gays no Brasil", é assim que o estudante C.T., de apenas 15 anos, resume o drama vivido em uma escola pública de Santo Ângelo, no interior do Rio Grande do Sul. Em um e-mail enviado à Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (ABGLT) poucos dias depois de ser agredido por um colega de aula, ele contou que sentia vontade de morrer. "Às vezes eu sinto que ninguém gosta de mim e que a única solução é me matar", escreveu na mensagem que foi divulgada em todo o País.


Dois meses depois de ser agredido com chutes e pontapés pelo colega de aula, o adolescente disse que enviou o e-mail como uma forma desesperada de romper com o silêncio comum às vítimas da homofobia em busca de respeito. C.T. e sua mãe, que preferiu não divulgar o nome para preservar o filho, receberam o Terraem sua casa, na cidade de Santo Ângelo, localizada a 450 km de Porto Alegre. Pedagoga, a mãe disse que ela e o marido levaram um choque quando souberam que o adolescente havia sido agredido na escola.
"Foi um grande susto, mas desde o primeiro momento decidimos apoiar o nosso filho", contou a mulher ao afirmar que não sabia que o adolescente sofria bullying dos colegas. "A parte física não foi tão forte, foram alguns chutes e socos. Isso passou. Mas o pior foi o lado emocional. Ele tem pesadelos quase todas as noites e agora precisa de acompanhamento psicológico", disse sobre o único filho.
A família de C.T. registrou um boletim de ocorrência na Polícia Civil após a agressão. O colega de aula, da mesma idade, foi ouvido, assim como educadores da escola, que foram acusados de omissão. "Os professores sabiam o que acontecia comigo e tapavam os olhos. Vários colegas faziam piadinha comigo e eles não faziam nada", disse o estudante. "Normalmente, os professores não querem se envolver, não pensam que é algo sério. Acham que é só uma brincadeira de adolescente. Mas no meu caso, o resultado dessas 'brincadeiras' foi a agressão. O meu colega começou a me bater na saída da aula e disse que tinha uma faca para me matar. Tinha um monte de gente em volta olhando, e ninguém fez nada".
Segundo a responsável pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente de Santo Ângelo, Elaine Maria da Silva, a investigação foi concluída em abril e encaminhada ao Ministério Público. A delegada disse que o resultado não pode ser divulgado por envolver menores de idade. Para C.T., a sensação é de impunidade: "Todo mundo sabe quem eu sou nessa cidade, apesar de ter pessoas que me apoiam, muita gente passa por mim e me reprova. A minha vida mudou muito, tenho medo de sair na rua e ser agredido de novo. Para ele (o agressor), a vida continua a mesma, ou até melhor porque ele foi tratado como herói. Uma prova disso é que semanas depois da agressão ele foi eleito líder da turma", lamenta o adolescente, que estudava no 1º ano do ensino médio na Escola Estadual Onofre Pires.
Além do medo, ele precisou enfrentar várias mudanças após denunciar a agressão. A família o matriculou em uma escola particular da cidade. Ele também recebe acompanhamento de duas psicólogas: uma do novo colégio e outra contratada pela Secretaria de Educação do Estado. Apesar do sofrimento, C.T. não se arrepende em ter tornado pública sua história. "Fiz isso como uma garantia para que meu caso não fosse negligenciado".
A direção da escola Onofre Pires, onde ocorreu a agressão, disse que o caso está sob responsabilidade do Ministério Público e que não vai comentar as denúncias do aluno. Já a Secretaria Estadual da Educação informou que presta toda a assistência ao jovem e a sua família, com o acompanhamento da psicóloga.
A atitude desse menino é uma exceção, diz pesquisadora
Coordenadora da Área de Juventude e Políticas Públicas da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais, Miriam Abramovay afirma que a história de C.T. é uma exceção no Brasil. "Ele é uma exceção porque reagiu. Foi para os jornais, falou com os governos, com os movimentos sociais. Isso tudo é fruto de uma consciência política muito forte. A maioria dos adolescentes que passa pela mesma situação acaba silenciando. O medo e a vergonha de se sentir culpado por ser diferente faz com que não reajam à violência", explica Abramovay, autora de diversos livros e pesquisadora sobre a violência nas escolas.
Segundo ela, a falta de reação contra o bullying homofóbico causa diversos danos, como o isolamento social, falta de interesse nos estudos e, em alguns casos mais extremos, leva até ao suicídio. "A escola trabalha na lei do silêncio, e não do diálogo. Quanto menos tiver que fazer melhor. Acontecem 800 casos iguais por dia, mas a escola finge que não é nada sério", lamenta a especialista. Ela afirma ainda que os educadores estão despreparados para lidar com a sexualidade e diversidade de gênero e que a falta de uma política pública voltada para discutir a homofobia dentro das escolas impede avanços. "Temos que colocar mais energia nisso. Já existem algumas ações isoladas, mas ainda é algo muito tímido, que precisa ser reforçado", afirma ao destacar a importância da capacitação dos professores para lidar com a violência homofóbica.
Para C.T., que sonha em ir para uma cidade maior estudar medicina ou jornalismo, as escolas públicas ainda não estão preparadas para lidar com a homofobia. "Na minha escola nova, que é particular, eu percebo que os professores são mais capacitados, não tem tanto preconceito. Mas no geral, acho que falta muita informação. Eu acredito muito que o preconceito acaba quando as pessoas conhecem o assunto. Elas deixam de acreditar em crendices, passam a perceber que os gays são pessoas iguais a todas as outras", disse ao Terra.
C.T. finalizou citando o kit de combate a homofobia que seria distribuído nas escolas públicas e que foi vetado pela presidente Dilma no ano passado. "O veto ocorreu por causa da pressão da bancada evangélica, mas eu espero que os políticos parem com essa hipocrisia de negar que o problema da homofobia existe e tomem uma providência logo", declarou o adolescente ao destacar que a população LGBT precisa ter seus direitos respeitados.
 ANGELA CHAGAS


Direto de Santo Ângelo

3° PARADA GAY DE PETROLINA-PE


foto portal de Gonzaga patriota

Pelo terceiro ano consecutivo a cidade de Petrolina, Sertão do São Francisco dá exemplo ao garantir no calendário de eventos, atividades que visam contribuir para a construção e consolidação da cidadania plena da população LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais).
Com o tema: “Respeito e Cidadania: Petrolina contra a Homofobia” a IIIª Semana da Diversidade, que acontece no período de 09 a 11/11/2012 garante a programação com atividades diversificadas: seminários, rodas de diálogo, debates, serviços de orientação e encaminhamento de denúncias de violação de direitos humanos LGBT, dentre outros.

A atividade mais esperada pela população LGBT de Petrolina e adjacências é a IIIª Parada da Diversidade de Petrolina que será realizada no próximo dia 11/11/2012, concentração na Praça das Algarobas, às 17h.
Todas as ações são realizadas pela Associação da Parada da Diversidade de Petrolina e contam com o apoio e a parceria do Governo de Pernambuco através da Assessoria Especial do Governador para a Diversidade Sexual e do Centro Estadual de Combate a Homofobia, além do apoio da Prefeitura de Petrolina.
Fonte: blog de Geraldo Jose

O FILME PREMIADO TEUS OLHOS MEUS OLHOS





Teus olhos meus” conta a história de Gil e Otávio. O primeiro é órfão, criados pelos tios e sempre teve uma vida regada a poesia, álcool e violão. O outro é um produtor musical que tem um surto de ciúmes e manda o companheiro ir embora sem motivos.
O caminho dos dois se cruzam após Gil travar uma guerra familiar. Sem rumo, dinheiro ou apoio dos amigos, o jovem de 20 anos encontra o homem que vai mudar seu destino para sempre. Assista ao trailer!
O elenco conta com nomes importantes como Paloma Duarte, Roberto Bom tempo  Jayme Matarazzo, Graziella Schmitt, Emílio Dantas e Remo Rocha. Além de participação de Maria Gadú e O Teatro Mágico na trilha sonora e pequenas participações no enredo.
“Teus olhos meus” demorou um ano para ser gravado e editado, mas o sucesso não demorou tanto a chegar. A produção ganhou quatro prêmios no 4º Los Angeles Brazilian Film Festival e recentemente Melhor Longa de ficção brasileiro na 35ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.
Fonte: PAROU TUDO


A BAHIA SEGUE DECISÃO DO STF


A Bahia legalizou  dia 10/11/2012 o casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. A partir de 26 de novembro os casais LGBT que desejarem se casarem basta se dirigirem ao cartório mais próximo para dar início ao processo. A medida assinada pela desembargadora Ivete Caldas, corregedora geral da justiça e pelo desembargador Antônio Pessoa Cardoso, corregedor das comarcas do interior do estado da Bahia, foi publicada no Diário Oficial da Justiça nesta quinta-feira é considerada um avanço importante para a qualidade de vida dos LGBT em todo o Estado.
A medida tem base a decisão do STF que reconheceu em 2010 as uniões entre pessoas do mesmo sexo como núcleos familiares e autorizou os cartórios a realizarem o registro das uniões e emissão da declaração pública de união entre as duas pessoas. Antes para o processo de casamento os casais eram, após a certidão, obrigados a ingressarem na justiça para obterem esse reconhecimento, agora não é preciso mais isso, a lei mudou. O diferente de antes é que agora o provimento permite aos casais que possam realmente casar-se e as pessoas podem fazerem diretamente o processo de habilitação conforme o Tribunal de Justiça da Bahia no cartório.

Ex-presidiário larga as drogas e faz sucesso na internet com ‘TV GLS’



ELIAS DO CARMO SUA HISTÓRIA

O talento para a comunicação acompanha Elias do Carmo, de 37 anos, desde a infância. Ele começou a brincadeira com uma caixa de isopor, que fingia ser uma câmera, e um microfone para entrevistar a comunidade. Mais de 20 anos depois, Elias criou a TV GLS e já acumula mais de 50 mil visualizações no Youtube. Ele aproveita a nova ocupação para superar diversas dificuldades, como as drogas e a constatação de que é soropositivo.
Natural de Pernambuco, Elias do Carmo vive em Santos, no litoral de São Paulo, desde que era bebê. Como os pais eram pobres, eles moravam na rua. Com isso, Elias e os irmãos foram recolhidos e levados para um orfanato. Aos finais de semana, ele visitava os pais na favela Caldeirão do Diabo, atualmente conhecida como Vila Santa Casa. Foi nesta comunidade, onde vive até hoje, que Elias começou a brincar de repórter. Ele improvisou uma caixa de isopor para usar como câmera e, com este aparato, questionava aos moradores quais eram os problemas da comunidade. “A TV GLS começou com um sonho. Sempre fui um artista popular na minha comunidade. Meu dom artístico sempre foi satirizar o cotidiano”, afirma Elias.
Pouco tempo depois, Elias passou a trabalhar na rádio Tam Tam, em Santos. Nesta época, resolveu comprar um celular com câmera, para que as reportagens ficassem mais sérias. Os vídeos eram jogados no Youtube e, algumas semanas depois, passaram a ser acessados frequentemente. Em 2010, ele resolveu criar, oficialmente, a TV GLS. “Eu resolvi investir em algo para esse público, que sofre muito preconceito. De início achei que não ia dar certo, por causa da sigla da TV. Coloquei esse nome porque eu sou gay. Achei que ia ser criticado, que iria ser agredido, apanhar. Mas, por incrível que pareça, hoje meu público alvo não é gay. Muitos héteros e crianças me acompanham. Recebo ligações do Brasil todo para cobrir eventos”, diz Elias. Ele explica que a TV GLS cobre qualquer tipo de evento, de cunho social, cultural ou de entretenimento.
Atualmente, Elias trabalha com uma câmera 3D, e acumula a função de cinegrafista e repórter. Para Elias, o trabalho com a TV GLS é uma reviravolta em sua vida. “Eu fico impressionado com a proporção que as coisas tomaram. Eu só estudei até a 7ª série, fui faxineiro durante toda a minha vida”, afirma. Elias, que é portador do vírus da aids, vive com a verba de um auxílio doença. Ele conta que já foi dependente químico e traficante. “Cumpri mais de dois anos de pena e posso afirmar que a cadeia foi essencial para eu me redimir, refletir sobre a vida a abandonar o vício e o crime. Por isso sempre falo que a TV GLS é a reviravolta em minha vida, é a minha terapia, que me mantém ocupado e me dá prazer”, relata.
Elias comenta que as pessoas o abordam para parabenizá-lo pela atitude. “Eu não sei distinguir direito como é esse fenômeno, porque eu não passei da 7ª série. Sou ex-usuário de drogas, depois me tornei um traficante, fui condenado, sai da cadeia e criei a TV GLS. Ela é minha salvação, tem me dado um avanço muito importante para o meu tratamento”, diz Elias. Atualmente, o maior sonho do repórter é registrar o projeto, com um número de Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).
do G1
por Anna Gabriela Ribeiro

Estudantes cristãos estão sofrendo bullying


Estudantes cristãos de uma escola estadual de Manaus, que se recusaram a fazer um trabalho sobre a cultura afro-brasileira dizem que estão sendo vítimas de bullying na instituição de ensino.
O motivo seria a recusa do grupo em participar de feira cultural da escola, que segundo os alunos, teriam de representar e defender o conteúdo de obras literárias que fazem referência à homossexualidade e ao candomblé.
A professora da escola, na zona norte, coordena o projeto para preservar a identidade etno-cultural brasileira, proposto aos alunos do ensino médio há sete anos. Obras literárias como Tenda dos Milagres e Jubiabá, de Jorge Amado, que retratam a cultura afro são lidas durante a feira, e os alunos devem mostrar o que assimilaram.
“O objetivo do nosso trabalho não é trabalhar a questão religiosa, mas sim levar o conhecimento dos nossos alunos, a formação, a contribuição dos valores culturais, que foi deixada pelos nossos antepassados. Negros, índios, a formação cultural”, disse a professora Nonata Neves.
Mas o grupo de 14 estudantes cristãos se recusou a participar da feira, pois, segundo Kimberly Alves, os livros fazem referência a rituais e condutas sexuais que afrontam os valores dela. “Os livros que estavam propostos para nós lermos e defendermos, falava mais a respeito de candomblé e homossexualismo, muito mais do que a cultura. Aí já está errado, e na feira cultural é defender a homossexualidade, é defender o candomblé, aí já é demais, a opinião do grupo é não concordar com isso.”
Sem nota na avaliação, os alunos querem fazer um trabalho alternativo com o conteúdo sugerido por eles, para não ficarem prejudicados, mas a ideia foi negada pela escola. “Se continuar do jeito que está, a questão até poderemos ficar sem nota, ou então sermos prejudicados por nota baixa, e isso prejudicaria nossa entrada nos vestibulares como o processo seletivo da UFAM, ou até mesmo da UEA”, conta a estudante.
“A nossa postura é que eles terão que fazer uma prova, pelo menos uma prova em cima dos livros que eles lerão”, afirmou a diretora da escola, Isabel Carvalho.
A Coordenação Amazônica da Religião de Matriz Africana e Ameríndia, por meio do presidente Alberto Jorge, diz que o grupo de jovens é influenciado por alguns pais e pastores, e vai denunciar o caso ao Ministério Público Federal por intolerância religiosa e racial.
“Preferiram montar uma tenda evangélica na frente da escola juntamente com os pastores e fizeram uma incitação ao ódio cometeram crime de injúria, cometeram crime de racismo que vai de encontro ao próprio estatuto da igualdade racial.”
O pastor Vitor Luiz diz que a igreja não prega o preconceito, mas defende a posição dos estudantes. “Não é da cultura afro-brasileira, não é questão disso. É as práticas erradas que eles cometem, e nós é que somos errado.”
Diante da polêmica, os alunos contam que estão sofrendo discriminação na escola por parte de professores e colegas. “Porque uma coisa é discordar, opinião, agora não podemos mais ter opinião no Brasil, o que é isso? Só porque nossa opinião é diferente tem que ser tachada como intolerante.”
“Em nenhum momento em pensava que um trabalho voltado para literatura brasileira, obras clássicas, fosse causar tanta polêmica como está acontecendo”, disse a professora.
do Cenário MT
por Yano Sérgio

Marta Suplicy cria Comitê de Cultura LGBT no ministério


Ações visam combater a homofobia e promover direitos humanos, segundo texto publicado hoje no Diário Oficial da União
A ministra da Cultura MartaSuplicy (PT) criou o Comitê Técnico de Cultura para Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (LGBT). A decisão foi publicada hoje (12) no Diário Oficial da União. Aocomitê competirá “apresentar subsídios técnicos e políticos para apoiar a implementação de políticas culturais voltadas para a população LGBT e demais grupos da diversidade sexual.”
Segundo a publicação, o foco do Comitêserão ações que fomentam e valorizam manifestações e expressões artísticas do grupo, sempre visando o combate ao preconceito e à homofobia. Além disso, será estimulada a produção de conhecimento sobre a cultura LGBT.
“Queremos deixar claro para a sociedade que há uma cultura produzida por este grupo e que a cultura é também um meio de combate à homofobia”, explica Thais Werneck,  da Secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura (SCDC/MinC).
Segundo ela, a pasta vem trabalhando em ações com o segmento LGBT desde 2004, quando foi criado o programa Brasil Sem Homofobia, com o objetivo de promover os direitos humanos do grupo. “Já tínhamos ações voltadas para a valorização e o fomento à cultura do segmento”.
Coordenado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), o principal eixo do Brasil Sem Homofobia é o apoio a projetos de fortalecimento de instituições não-governamentais que atuam na promoção da cidadania LGBT e no combate à homofobia.
Foi por uma solicitação do próprio movimento LGBT, que reivindicou junto ao MinC a criação de um grupo técnico deespecialistas, que o Comitê foi criado. Thais ressalta que as ações serão pensadas em conjunto com a sociedade.
Entre os integrantes do Comitê, além de pessoas ligadas ao próprio MinC e à Presidência da República, serão indicados dois representantes do meio acadêmico que tenham como foco de estudo a cultura LGBT e cinco representantes da sociedade de notório conhecimento e atuação na área.
A indicação destes representantes será feita via chamada pública, que deve ser publicada no Diário Oficial da União ainda nesta semana. “Após prazo para as inscrições, a SCDC/MinC irá analisar os currículos e indicar os nomes para a ministra”, explica Thais.
Para o Ministério, o universo LGBT tem um modo próprio de se expressar artisticamente. “A cultura é o modo de ver ede se comportar diante do mundo”, afirma Thais. A parada do orgulho LGBT, que acontece anualmente em algumas cidades do país, como São Paulo, Juiz de Fora e Brasília, está entre uma das iniciativas apoiadas pelo MinC.
Entre os 16 integrantes do Comitê serão convidados representantes da Secretaria da Cidadania e da DiversidadeCultural do Ministério da Cultura (SCDC/MinC), da Secretaria de Políticas Culturais do Ministério da Cultura(SPC/MinC), da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH/PR), da Secretaria de Políticas dePromoção da Igualdade Racial da Presidência da República (SEPPIR/PR), da Secretaria de Política para as Mulheres da Presidência da República (SPM/PR) e da Secretaria Nacional de Juventude da Presidência da República (SNJ/PR).
Também irá compor o Comitê um representante do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (CNCD-LGBT), além dos representantes da sociedade.
A Cartilha colorida!

E a briga continua, tudo por causa de uma cartilha. Mas não estamos falando de uma cartilha qualquer, e sim uma “cartilha gay”. Antes mesmo do projeto ser apresentado oficialmente, veio a tona de forma escabrosa, causando polêmicas e discussões sem tamanho. Como já é de costume em uma sociedade com déficit de Educação, lá está ele dando sua parcela de contribuição: o Preconceito. Pais preocuparam-se com a “homossexualização” de seus filhos, deputados se agredindo para defender conceitos morais e éticos que não praticam mas defendem, enquanto isso o projeto e seu objetivo ficaram lá, restrito apenas aqueles que o criaram e alguns outros ativantes dos direitos humanos.
Certo ou Errado?
A questão não é essa. Enquanto pessoas discutem se deve ou não haver uma “cartilha-gay”, não entrou em pauta a Eficiência da mesma. Em todo caso, o fato de haver uma cartilha para esse propósito classifica os homossexuais em grupos, tratando como diferentes aqueles que lutam para serem vistos como iguais.
As crianças não precisam de cartilha para entender que homossexuais são iguais a todos. O que precisa é de uma Educação formal de primeiro mundo. Precisam de disciplinas como Sociologia para aprenderem conviver em sociedade, cobrar seus direitos e conhecer seus deveres.
Filosofia para refletir sobre as coisas, compreender a Razão, o que é ser Ético e Moral.
Antropologia para o compreendimento da pluralidade cultural, entendendo que as pessoas possuem suas diferenças, mas continuam sendo seres humanos, independente de sua cultura.
Enquanto os valores continuarem distorcidos nesse país, viveremos compartilhando conflitos e guerras sociais que crescem a cada dia.
“Antes de querer mudar o país, dê três voltas dentro de sua casa”.

DIA MUNDIAL DE LUTA CONTRA A HOMOFOBIA

LGBTQIAPN+ A LUTA CONTINUA O   17 de maio   é o   Dia Internacional de Luta contra a Homofobia, Transfobia e Bifobia . Essa data tem como ob...